Agora... emocionou-me! Alguma coisa o seu marido há-de entender, ou agiria de outra forma. Há dias em que o que me faz mais falta é essa compreensão - de que assumimos um compromisso indissolúvel, seja ou não gratificante, com os sacrifícios que implica. Eu entendo sacrifícios como ofertas, por isso não existe qualquer "dor de privação". É claro que passo por "maluquinha", imaginem só, dedicar a minha vida aos bichos... Mas não se trata disso, trata-se simplesmente de assumir uma responsabilidade que EU escolhi conscientemente - especialmente no que toca a animais com problemas. A maioria das pessoas fica incomodada com isso, e mesmo com raiva ("ciúmes"?). A Garfield tem muita sorte com a sua família.Garfield2010 Escreveu: É daqueles pressentimentos que não de explicam, tal como o sentir que devia tentar adoptar o Oscar no meio de tantos emails tenebrosos que todos recebemos todos os dias. Não sei explicar mas sabia que ele recuperaria e ver as suas pupilas dilatarem e contraírem faz-me tão mas tão feliz.
Os arranhões (às vezes muito feios) são parte das obrigações que assumi e ele vale cada um deles. Por isso, mesmo a sangrar por vezes, continuo a penteá-lo e a dar-lhe beijos. Isso é o que faz o meu marido dizer que não bato bem lol. Ele não percebe que cuidar deles é uma responsabilidade minha e assumida a 100%. Por isso estou de férias mas vou a casa dormir todos os dias
Vicente, gato persa cego - Adoptadissimo...
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Eu não sei se ele entende, penso que não, pelo menos não entende como nós as duas entendemos, por exemplo. Ele aceita e acaba por conformar-se, é verdade que foi comigo buscar todos os meus gatos e em momentos-chave, como o adormecimento da Kitty, foi ter comigo, mas todos os dias ouço comentários acerca das despesas que dão, do tempo que me ocupam, do trabalho que implicam. Mesmo esta decisão de ficar em casa durante as férias, dando voltas que me permitam vir dormir a casa deu (dá) muitas dores de cabeça mas, como ele diz sempre a terceiros, gosta tanto de mim que até atura os gatosChamarrita Escreveu:Agora... emocionou-me! Alguma coisa o seu marido há-de entender, ou agiria de outra forma. Há dias em que o que me faz mais falta é essa compreensão - de que assumimos um compromisso indissolúvel, seja ou não gratificante, com os sacrifícios que implica. Eu entendo sacrifícios como ofertas, por isso não existe qualquer "dor de privação". É claro que passo por "maluquinha", imaginem só, dedicar a minha vida aos bichos... Mas não se trata disso, trata-se simplesmente de assumir uma responsabilidade que EU escolhi conscientemente - especialmente no que toca a animais com problemas. A maioria das pessoas fica incomodada com isso, e mesmo com raiva ("ciúmes"?). A Garfield tem muita sorte com a sua família.Garfield2010 Escreveu: É daqueles pressentimentos que não de explicam, tal como o sentir que devia tentar adoptar o Oscar no meio de tantos emails tenebrosos que todos recebemos todos os dias. Não sei explicar mas sabia que ele recuperaria e ver as suas pupilas dilatarem e contraírem faz-me tão mas tão feliz.
Os arranhões (às vezes muito feios) são parte das obrigações que assumi e ele vale cada um deles. Por isso, mesmo a sangrar por vezes, continuo a penteá-lo e a dar-lhe beijos. Isso é o que faz o meu marido dizer que não bato bem lol. Ele não percebe que cuidar deles é uma responsabilidade minha e assumida a 100%. Por isso estou de férias mas vou a casa dormir todos os dias
Eu sei que ele se esforça bastante para tentar compreender e conviver com eles e isso basta-me... quando refila, dou uma volta, conto até 100000, ponho os phones, assobio, etc.... não vale a pena entrar em confronto, até porque ele sabe que somos um pacote: eu, os gatos e os miúdos. Compre um, leva com 6
Mas tenho muita sorte com a cara metade e os filhotes sim, porque permitem que dê azo à minha "loucura"...
<p>"Os cães podem vir quando são chamados; os gatos anotam a mensagem e voltam a ligar mais tarde."</p>
<p> Mary Bly </p>
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É sim Sarina. Vê-lo recuperar recompensa todo o esforço, não só meu mas da Mar72 também... e faz com que cada arranhão, cada luta, tenha valido a pena...sarina Escreveu:É verdade, Garfield, tem uma família maravilhosa!E essa fantástica notícia de que o Bicas está a recuperar a visão deixou-me "nas núvens"!... Agora estou mesmo toda sorrisos - é para estes momentos que a gente vive, né?
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Yeeeeeees!....
Não só o recuperar da visão, mas ouvi-lo ronronar, trepar por mim acima, nas sonecas de barriga para cima, todo lambuzado de atum. Enfim, vê-lo, penso eu, feliz, deixa-me nas nuvens... a visão é a cereja no topo do meu bolo
Acho que o Oskita não pensa assim, porque está farto de tanta correria atrás dele
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Pois...Garfield2010 Escreveu:. Sei que a família do meu marido pensa que eu não bato muito bem, para a minha já é mais fácil de aceitar porque foram eles que me criaram assim (embora achem que eu exagero). Conhecidos, amigos, não compreendem muito bem porque me viro para os "desvalidos" mas enfim... são escolhas, há quem goste de tunning, quem goste de descer as estradas de skate, quem toureie carros nas auto estradas e depois existem pessoas como nós, que não são malucas não senhor, são responsáveis pelas escolhas conscientes que fazem, a isso chamo maturidade e, se toda a gente assumisse as consequências das suas decisões, não haveriam tantos animais maltratados e abandonados, tantas crianças negligenciadas e nós não seríamos vistas como a excepção mas sim a regra....
Mas tenho muita sorte com a cara metade e os filhotes sim, porque permitem que dê azo à minha "loucura"...
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essa é que é essa!sarina Escreveu:A verdade é que esses seus bichinhos encontraram o céu desde que passaram pela porta do seu lar e os seus filhos têm em si um exemplo de humanidade de que poucos pais são capazes. Portanto, não é nada difícil perceber por que razão o seu marido, apesar de toda a resmunguice, a admira. É um homem inteligente...e que ainda há-de ficar "caidinho" pelos gatuchos - de forma mais assumida, quero dizer, porque gostar deles já ele gosta, pois claro.
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Não, Sarina, infelizmente o Eugénio conseguiu fugir, no final de Setembro. São ágeis trepadores, muito mais ágeis do que julguei, já que, pelas portas, não saiu. São bichinhos muito interessantes sim! Não têm mentes brilhantes, mas são destemidos. No caso do ouriço-orelhudo (hemiechinus auritus), que é a espécie do Eugénio, preferem correr do que enrolar-se, já que os espinhos são pequenos e cobrem apenas metade do corpo (parece um capachinho... telecomandado!
). Ele já tinha mais de um ano quando o comprei e não estava muito habituado a ser tocado, mas apesar de "bufar" nunca tentou morder-me. Desde o primeiro dia que só o deixei comer ração dos gatos quando não pude mesmo dar-lhe as minhocas, caracóis e insectos que são a sua principal dieta, e dava-lhe tudo vivo, por isso espero que ele tenha conseguido desenrascar-se por aí... Os seus hábitos nocturnos também não facilitaram a procura, sobretudo porque eles passam muito pouco tempo activos - pelo menos em cativeiro, e que eu desse conta. Ele gostava imenso de andar a correr tudo por volta das 9 da noite, duas horas depois estava recolhido a ferrar o galho, e mais tarde voltava às maratonas, mas só o sabia pelos vestígios (não tinha sido habituado a caixinha de aparas e fazia tudo onde dormia...
).
Deixo aqui um vídeo da libertação de um destes ouricinhos no seu meio natural: http://www.youtube.com/watch?v=Vo_YQM5-BVU
desculpe o off topic, Garfield!
Edição: tenho de acrescentar que a relação com os gatos era óptima, embora uma certa Chamarrita tivesse medo dele... deve ter sido a única que lhe deu patada com força!

Deixo aqui um vídeo da libertação de um destes ouricinhos no seu meio natural: http://www.youtube.com/watch?v=Vo_YQM5-BVU
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Edição: tenho de acrescentar que a relação com os gatos era óptima, embora uma certa Chamarrita tivesse medo dele... deve ter sido a única que lhe deu patada com força!
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Sim, o sexo distingue-se bem. Mas não me diga que ele pode ter sido pai, porque esse é um dos meus terrores... a hibridação! Não é provável, já que o Eugénio seria quase metade de uma "ouriça" cacheira, mas pode suceder e é algo que eu não queria. Espero realmente que se tenha safado, que o seu instinto tenha falado mais alto, porque lá capacidade de adaptação tem ele. Só que já nasceu em cativeiro... bom, nunca saberei mesmo!sarina Escreveu:
O bichinho do filme é muito giro, mas fiquei cheia de pena porque parecia tão perdido e a querer voltar para a caixinha...Eu cá seria um desastre a libertar animais - ao primeiro passinho que dessem, toca para a caixinha outra vez e... casa com eles!
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Sou um bocado possessiva e cheia de medo com o que lhes possa acontecer, mas sei que é necessário libertá-los quando não são domésticos. Na verdade, se calhar o seu Eugénio (dava para distinguir o sexo?) até já é pai... quem sabe! Há que pensar positivo!
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A Chamarrita não lhe fez mal, que não conseguiu
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Os répteis a par com os psítacideos são a minha paixão, dão trabalho, exigem dedicação mas são animais de que gosto bastante...sarina Escreveu:Entretanto... quem ficou caidinha fui eu ... pelo (a?) Rango!![]()
Coisinha mais verde e gira!
Mas é menino ou menina? E costuma andar cá fora a ver o panorama?
Não sei se o Rango é menino ou menina, só através de análise se descobre e, apesar de ter levado a iguana ao vet, nunca me interessou tal exame.
O Rango comigo saía algumas vezes mas não as suficientes. O seu terrário foi feito de forma a confundir-se com a mobília, logo, não era descoberto por estranhos logo à primeira. Os gatos, principalmente a Kitty, gostavam dele do ponto de vista predatório: adoravam imaginá-la no papo lol.
Já não o tenho há um mês, está com uma amiga próxima que também gosta de répteis. Quando decidi adoptar o Vicente, tinha noção de que não tinha tempo para todos, e, quem mais sofreu com a adopção do Oscar foi o Rango. Quem mo ofereceu, por incrível que pareça, foi o meu marido que alem de ter uma repulsa enorme por répteis, não de apercebeu de quanto cresceria, do que implicava mantê-la e de que precisaria ser solta... A escolha quando se colocou a adopção do Vicente foi inevitável: não teria tempo para a socializar, para soltá-la, para interacção. O mais acertado, por muito que me tenha custado, seria entregá-la a quem lhe desse tudo isso, além das condições do terrário que foram muito estudadas e permitiram que quase duplicasse o tamanho no tempo em que a tive. Posso visitá-la quando quiser, sei que está óptima, mantê-la teria sido puro egoísmo da minha parte. Até porque, dada a fobia do marido, nunca a poderia ter solta mais tarde, como será necessário.
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Adorei o off-topic, acho que todos os meus gatos adorariam um ouriço para brincar, não que os deixasse se tivesse um
Os exóticos implicam muito trabalho, condições especiais e são muito sensíveis. O máximo que me aventurei foi com uma chichila que morreu na vaga de calor de 2004...
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O peixe acabou por morrer de susto com as investidas da Kittysarina Escreveu:Garfield, se dissesse aqui o que penso de si e da sua postura perante a vida (e em vida incluo sempre animais, claro está), a Garfield ficaria![]()
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porque é muito modesta. Assim, por hoje, deixo-lhe só um grande abraço pela admiração que sabe que tenho por si. É muito reconfortante encontrar assim quem se entregue de forma tão sensível e consciente. A verdade é que esses seus bichinhos encontraram o céu desde que passaram pela porta do seu lar e os seus filhos têm em si um exemplo de humanidade de que poucos pais são capazes. Portanto, não é nada difícil perceber por que razão o seu marido, apesar de toda a resmunguice, a admira. É um homem inteligente...
e que ainda há-de ficar "caidinho" pelos gatuchos - de forma mais assumida, quero dizer, porque gostar deles já ele gosta, pois claro.
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Uma noite descansada para essa família de 6 mais grandinhos, e mais uns penudos e uma iguana -
, não me recordo se tb há peixes por aí...
Agradeço o elogio mas acho que penso da mesma forma que muita gente pensa, por isso gosto de vir ao fórum (para me sentir menos "maluquinha"), só não somos a maioria. Mas ainda muita gente considera os animais tão importantes e parte das suas responsabilidades como a família, o trabalho e até os hobbies...
Mas não é só com animais, infelizmente. Quando tive os meus 2 filhos, em alturas diferentes, optei por ficar os primeiros três anos com cada um deles em casa. Não critico de forma alguma quem não tenha essa possibilidade, mas eu tinha e não me sentia bem tanto com o entregá-los bebés a um infantário, quer entregá-los aos avós, que, de ambos os lados criaram filhos, e merecem descanso. Era um risco o conseguir voltar ao mercado de trabalho e em ambas as ocasiões deixei empregos promissores que me permitiriam estar melhor na vida nesta altura, mas achei que tinha de assumir as minhas responsabilidades e tive o privilégio de ver os primeiros passos e ouvir as primeiras palavras de ambos e de os criar à minha maneira sem depender de terceiros. Isto tudo para dizer que, incrivelmente, ninguém que me rodeava apoiou. Uma coisa esperada há unas décadas é vista hoje em dia como "não querer trabalhar
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Os ouriços só dão o trabalho de lhes arranjarmos alimento vivo e serem regularmente desparasitados, se for um ouriço orelhudo. De resto são animais resistentes - eles vivem em zonas semidesérticas e mesmo no deserto (preferencialmente nas zonas de oásis), sujeitam-se a altíssimas temperaturas diurnas e baixíssimas temperaturas nocturnas, estão preparados para estar pelo menos um semana sem comer... e são absolutamente encantadores. Os gatos acham as brincadeiras deles muito picantes portanto, fora a curiosidade inicial, rapidamente passam a ignorá-lo. O que não significa nada para o ouriço, que corre entre eles (e para eles) a grande elocidade, fazendo-os saltar... Bem, páro aqui, por causa do Oskita.
coitado, ser perseguido por um Terranova felino de cara achata - "e, vês, mãe, que eu sempre disse que ele se fazia de cego?" -e ainda por uma ratazana com uma carapaça de espinhos! 
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Gosto de pensar que os meus bichitos estão melhor do que estavam, não sei se no céuChamarrita Escreveu:essa é que é essa!sarina Escreveu:A verdade é que esses seus bichinhos encontraram o céu desde que passaram pela porta do seu lar e os seus filhos têm em si um exemplo de humanidade de que poucos pais são capazes. Portanto, não é nada difícil perceber por que razão o seu marido, apesar de toda a resmunguice, a admira. É um homem inteligente...e que ainda há-de ficar "caidinho" pelos gatuchos - de forma mais assumida, quero dizer, porque gostar deles já ele gosta, pois claro.
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Espero conseguir transmitir aos meus miúdos os valores correctos. Irá ser uma incógnita mas terão sempre a mãe a azucrinar-lhes os ouvidos
Quanto ao marido, é uma pessoa melhor que eu que raramente acedo a algo que não gosto. Tem imensas qualidades, não sei se irá algum dia admitir e mostrar que gosta dos meus patudos mas aceitá-los já me chega
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A Garfield deve ser eu numa vida paralela, só pode.Garfield2010 Escreveu: Mas não é só com animais, infelizmente. Quando tive os meus 2 filhos, em alturas diferentes, optei por ficar os primeiros três anos com cada um deles em casa. Não critico de forma alguma quem não tenha essa possibilidade, mas eu tinha e não me sentia bem tanto com o entregá-los bebés a um infantário, quer entregá-los aos avós, que, de ambos os lados criaram filhos, e merecem descanso. Era um risco o conseguir voltar ao mercado de trabalho e em ambas as ocasiões deixei empregos promissores que me permitiriam estar melhor na vida nesta altura, mas achei que tinha de assumir as minhas responsabilidades e tive o privilégio de ver os primeiros passos e ouvir as primeiras palavras de ambos e de os criar à minha maneira sem depender de terceiros. Isto tudo para dizer que, incrivelmente, ninguém que me rodeava apoiou.
De mim, tem todo o apoio e admiração. A Garfield faz o seu próprio caminho : "se cá dentro me parece bem, faço-o", consciente e corajosa. :)Se a minha vida fosse outra
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O
), como, segundo todos os que me rodeiam (de família a chefias), sou completamente transparente, logo, mesmo quando calo, transparece a minha opinião...tal como se estou bem ou mal disposta, etc. Chega a ser aborrecido o não conseguir disfarçar, porque toda a gente sabe se tenho um dia mau...
Nunca senti o tal apelo da maternidade, nunca quis ter filhos e sempre o disse desde muito cedo. Acabei por ser mãe relativamente cedo, aos 24, não foi uma gravidez planeada, demorei umas semanas a digerir a notícia, até porque, como costumo brincar, sou alérgica à gravidez (tenho gravidezes complicadas, com uma brutal perca de peso, que me obrigam a ficar de baixa e sempre com a ameça de internamento), logo, foi tudo muito intenso na altura (hormonas à mistura, muitas crises de choro, aliás foi por isso que fui ao médico lol: chorava que nem uma perdida, o médico começou por pensar que estava deprimida) mas, como já disse antes, acredito que temos de ser responsáveis pelas consequências dos nossos actos, daí o tentar preparar-me para a nova etapa da minha vida que não vale a pena, porque nada nos prepara para sermos pais e eles nascem sem livros de instruções), sempre me valeram as fraldas postas em nenucos para praticar
)), deixei o emprego para acompanhar os primeiros anos dela (toda a gente criticou, incrivelmente, para mim era uma opção óbvia, tendo essa possibilidade), não foi fácil abdicar da minha independência, aprender a ser mãe e a verdade é que deixamos de ter vida, por mais que se diga que não, deixamos de poder sair quando queremos, ler quando nos apetece, levantar quando bem entendemos, a nossa vida gira à volta deles... Ela hoje tem 11 anos e é uma companheirona... Cinco anos depois, um divórcio e um casamento mais tarde (eu não digo que sou complicada?) sabia que o meu segundo marido, apesar de estar com a minha filha desde os 2 anos e de ser como um pai para ela, não há distinção, mas sabia que ele gostaria de ser pai e seria muito injusto não o ser, só porque eu não queria, ainda mais tendo eu já uma filha. Não fui pressionada a isso mas acabei por decidir ser mãe novamente e recomeçar a saga: deixar emprego, chegar ao ponto de só dizer gugu dadá e de bater com a cabeça nas paredes por estar farta de a minha vida girar à volta de fraldas mas compensa, apesar de ter sido novamente criticda, principalmente pela família do meu marido, apesar de a minha sogra nunca ter trabalhado fora de casa, por exemplo, por isso, as pessoas confundem-me tanto, os animais são tão mais simples, não é?)... Apesar disso, tenho alturas que olho para eles e penso "não era nada disto que tinha planeado", mas neste momento, não imaginava a minha vida sem eles. Quando me perguntam quando vem o próximo, digo "nunca" e é mesmo a sério... E concordo com o tudo o que disse, a nossa herança para as próximas gerações é muito pesada e é um dos motivos porque não queria ter filhos, apesar de ser muito emocional, de vez em quando o lado racional aparece e acho que, como a Chamarrita, é mais racional, nos dias de hoje, não se ter filhos (não há tempo, não há dinheiro, não há paciência, o futuro é incerto) mas a vida dá muitas voltas.
Agradeço o elogio mas não me considero corajosa e o "se cá dentro parece bem, faço-o", às vezes causa muita complicação. Por isso considero-me teimosa até à medula e obstinada, isso sim. E nem sempre é fácil quando se partilha a vida com alguém (aí é mesmo complicado), e mesmo no dia a dia mas, pelo menos tenho o consolo de me procurarem quando precisam de uma opinião sincera porque, como o meu chefe diz "mesmo que tentasse mentir não conseguia", claro que isto vai da escolha da gravata por aí fora lol...e nem sempre me deixa numa situação confortável...Acho a Chamarrita bem mais corajosa do que eu, porque assume a sua vida tal como ela é, sem óculos cor de rosa e sujeita ao escrutínio e à censura de todos que lêem as suas opiniões e escolhas de vida. Isso sim, é coragem...
E lá se vai o testamento e o off-topic
...
O Vicente está bem, com uma ligeira irritação numa vista já em tratamento, os olhos são uma zona muito sensível nele, como em todos os Persas aliás, e ficam irritados (apesar das limpezas frequentes diárias) facilmente... Mas deve estas bem amanhã, quem me dera que os nós fossem tão fáceis de tratar. Estou mesmo a considerar tosquiá-lo e "começarmos de novo"...
Chamarrita, sempre achei que poderíamos ser grandes amigas na vida real, porque temos opiniões semelhantes em muita coisa... Aliás, sempre pensei que a minha vida fosse como a sua. Se me tivesse dito, quando era mais jovem, que casaria e teria filhos, desatar-me-ía a rir. Primeiro porque tenho um feitio tramado, admito, que me faz querer fazer as coisas à minha maneira. Daí ter saído de casa aos 21 anos. Não é que não gostasse ou não goste dos meus pais ou que não tivesse uma vida familiar normal, mas aquela velha história do "enquanto estiveres cá em casa..." começou a encher-me a paciência muito cedo, confesso... Não imaginava dividir a minha existência e ter de prestar contas, no fundo, a uma outra pessoa. Imaginava-me como a Chamarrita: no meio do campo com os meus animais porque realmente dou-me melhor com animais do que com pessoas. Não sou anti-social mas não faço amigos com facilidade, acho as pessoas muito hipócritas, falsas, mentirosas. Enfim, tenho pouca paciência... E depois, além da teimosia, tenho o "péssimo" hábito de não só dizer o que penso, de caras (não digo por trás), o que não granjeia muitos fãsChamarrita Escreveu:A Garfield deve ser eu numa vida paralela, só pode.Garfield2010 Escreveu: Mas não é só com animais, infelizmente. Quando tive os meus 2 filhos, em alturas diferentes, optei por ficar os primeiros três anos com cada um deles em casa. Não critico de forma alguma quem não tenha essa possibilidade, mas eu tinha e não me sentia bem tanto com o entregá-los bebés a um infantário, quer entregá-los aos avós, que, de ambos os lados criaram filhos, e merecem descanso. Era um risco o conseguir voltar ao mercado de trabalho e em ambas as ocasiões deixei empregos promissores que me permitiriam estar melhor na vida nesta altura, mas achei que tinha de assumir as minhas responsabilidades e tive o privilégio de ver os primeiros passos e ouvir as primeiras palavras de ambos e de os criar à minha maneira sem depender de terceiros. Isto tudo para dizer que, incrivelmente, ninguém que me rodeava apoiou.Como tenho um lado racional bastante forte (pequenino, mas forte), é possível que a falta de desejo de ter filhos se relacione com a impossibilidade de os educar "à minha maneira" e de viver com eles (e para eles) durante os anos de infância (quando tivesse o estojo de maquilhagem assaltado, ou o rapaz batesse com a porta do quarto, era altura de regressar à minha vida e preparar-me/prepará-los para a chegada da vida adulta e da partida (porque é bom que os filhos queiram partir, assim tenham eles "bagagem"). Acho que apenas uma vez senti vontade de ter filhos, mas foi pura bioquímica
, passou. E fico surpreendida com as pessoas que têm uma vida ocupadíssima se ponha a ter crianças, a partilhar os 4 meses com o parceiro, e rapidamente regressa ao trabalho, começando uma lufa lufa e a falar em tempo "de qualidade", e as crianças, ainda com poucos meses, são entregues a amas ou creches - poucos têm a sorte de ter avós ou familiares por perto que ajudem (eu não teria possibilidade alguma) - e a sociedade que os crie. Não concebo. Mais tarde, apanho estes bebés mais crescidos numa turma de 7º ou 8º ano, e vejo-os "orfãos". Eu não teria um filho para ser "orfão". Depois, penso na pesada "herança": um planeta doente, uma humanidade doente, para além de uma herança genética não muito boa, pelo menos da parte que me toca. Não dá. Quando não se pode, não se pode.
De mim, tem todo o apoio e admiração. A Garfield faz o seu próprio caminho : "se cá dentro me parece bem, faço-o", consciente e corajosa. :)Se a minha vida fosse outragostava que fosse como a sua.
Nunca senti o tal apelo da maternidade, nunca quis ter filhos e sempre o disse desde muito cedo. Acabei por ser mãe relativamente cedo, aos 24, não foi uma gravidez planeada, demorei umas semanas a digerir a notícia, até porque, como costumo brincar, sou alérgica à gravidez (tenho gravidezes complicadas, com uma brutal perca de peso, que me obrigam a ficar de baixa e sempre com a ameça de internamento), logo, foi tudo muito intenso na altura (hormonas à mistura, muitas crises de choro, aliás foi por isso que fui ao médico lol: chorava que nem uma perdida, o médico começou por pensar que estava deprimida) mas, como já disse antes, acredito que temos de ser responsáveis pelas consequências dos nossos actos, daí o tentar preparar-me para a nova etapa da minha vida que não vale a pena, porque nada nos prepara para sermos pais e eles nascem sem livros de instruções), sempre me valeram as fraldas postas em nenucos para praticar
Agradeço o elogio mas não me considero corajosa e o "se cá dentro parece bem, faço-o", às vezes causa muita complicação. Por isso considero-me teimosa até à medula e obstinada, isso sim. E nem sempre é fácil quando se partilha a vida com alguém (aí é mesmo complicado), e mesmo no dia a dia mas, pelo menos tenho o consolo de me procurarem quando precisam de uma opinião sincera porque, como o meu chefe diz "mesmo que tentasse mentir não conseguia", claro que isto vai da escolha da gravata por aí fora lol...e nem sempre me deixa numa situação confortável...Acho a Chamarrita bem mais corajosa do que eu, porque assume a sua vida tal como ela é, sem óculos cor de rosa e sujeita ao escrutínio e à censura de todos que lêem as suas opiniões e escolhas de vida. Isso sim, é coragem...
E lá se vai o testamento e o off-topic
O Vicente está bem, com uma ligeira irritação numa vista já em tratamento, os olhos são uma zona muito sensível nele, como em todos os Persas aliás, e ficam irritados (apesar das limpezas frequentes diárias) facilmente... Mas deve estas bem amanhã, quem me dera que os nós fossem tão fáceis de tratar. Estou mesmo a considerar tosquiá-lo e "começarmos de novo"...
<p>"Os cães podem vir quando são chamados; os gatos anotam a mensagem e voltam a ligar mais tarde."</p>
<p> Mary Bly </p>
<p> Mary Bly </p>
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Chamarrita
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E, se forem gatos, não fazem fretes.sarina Escreveu: Aqui está uma de entre várias afirmações com a qual me identifico em pleno. Detesto perder tempo (e tb fazer perdê-lo aos outros) e já não tenho idade para estar a "fazer fretes", embora não me lembre tb de os fazer muito em jovem. Por isso se percebe o agrado pelos bichos, que são o que são e nos aceitam como somos.
* mesmo que sejam persas. Afinal, é só uma questão de encontrar o fecho eclair.
Acredito na Paciência, na Persistência, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!