No dia seguinte, segunda-feira, dia 8 de Agosto de 2011, após não ter novidades sobre a gatinha, entrei em contacto com esta mulher para saber como tinha passado o primeiro dia no novo lar. A mulher informa-me então que não sabia da gata, tendo porventura fugido no dia anterior ao chegar a casa. Fiquei de imediato preocupado, tendo feito esforços no sentido de ajudar esta mulher a percorrer a zona ao redor da sua morada para tentar encontrar a gatinha.
No dia seguinte, terça-feira, dia 9 de Agosto de 2011, e sem mais contactos por parte desta mulher, voltei novamente a telefonar, sendo que a mulher me informa então que a gatinha se encontrava refugiada debaixo dos móveis da cozinha e de lá ainda não tinha saído desde domingo. Novamente, coloquei-me à disposição para ir à morada desta mulher ajudá-la a resgatar a gatinha, sendo que este meu pedido foi sempre declinado com a desculpa de que talvez durante a noite a gatinha saísse debaixo dos móveis.
Ontem, quarta-feira, dia 10 de Agosto de 2011, já a desesperar pelo estado de saúde do pobre animal, novo contacto da minha parte, sendo que a mulher me informa que a situação se mantinha. Volto a fazer esforços no sentido desta mulher me facultar a sua morada para até lá me deslocar e tentar retirar a gatinha debaixo dos móveis da cozinha. Ficou então prometido da parte desta mulher que iria fazer por isso até ao final do dia, altura em que "amigas" iriam a sua casa tentar ajudá-la nesta situação, caso ainda se mantivesse.
A partir desse momento, o telemóvel desta mulher ficou desligado e assim permaneceu até às 19 horas de hoje, quinta-feira, dia 11 de Agosto de 2011.
Sem conseguir contactá-la nem tendo em meu poder mais nenhum meio de contacto, quer telefone fixo, quer morada, decidi tentar encontrar a casa desta mulher através de referências dadas por conhecidos da mesma.
Ao dar com a casa, vim a encontrar a mulher na mesma, sendo que ao abrir a porta, mostrou-se muito sorridente. Informei-a do quão preocupado estava por não ter noticias da gatinha e também por não conseguir contacto desde o dia anterior. A mulher informa-me então que a situação ainda se mantinha, a gatinha ainda se encontrava debaixo das bancadas da cozinha, por trás do rodapé das mesmas. Mostrei-lhe a minha indignação face a esta situação, cuja resposta foi "tenho mais que fazer do que tentar tirar a gata debaixo dos móveis". Dentro da própria casa e na cozinha, comecei por tentar chamar a gatinha, sendo que nem a conseguia ver debaixo dos móveis, nem sequer me apercebi de que ela efectivamente lá se encontrasse. Neste preciso momento e face à minha insistência para tentar resgatar a gatinha, a mulher começa a berrar para que eu me retirasse da casa e a proferir ofensas, quer à minha pessoa, quer à minha mãe que me havia acompanhado.
A casa desta mulher encontrava-se repleta de lixo e outros objectos, atulhada mesmo até ao tecto, inclusive na própria cozinha, cujo cheiro é imundo.
Fora de casa, chamei a PSP, que ao chegar e ouvir este meu relato tal como aqui transcrevo, a primeira coisa que me informa é que não tinham nada para fazer ali, porque, passo a citar "se a gata está dada, é da mulher e ela faz o que quiser com ela". Perante a minha indignação face a esta resposta e insistência para que a situação fosse minimamente avaliada in loco pelos agentes, os mesmos deslocaram-se ao interior da casa, sendo que permaneci no exterior. Poucos minutos depois, os dois agentes saem da moradia, ao que lhes pergunto se, pelo menos conseguiram ver a gata. A resposta dos agentes foi "não vimos nem iriamos estar à procura da mesma". Uma vez mais e já exaltado com esta resposta por parte da autoridade, mostrei-lhes a minha indignação face à sua falta de bom senso para com um pobre animal. Os agentes enfiaram-se no carro e foram embora.
Não sei o que é feito desta gatinha, não sei se fugiu, se está viva ou morta, se se encontra de facto debaixo da bancada da cozinha. A unica coisa que sei é que esta mulher, cujas referências mostravam-se favoráveis a ser uma boa adoptante, revelou tratar-se de uma pessoa doente mental, que vive numa casa recheada de lixo. Não entreguem animais para adopção a esta mulher. Até hoje, a mesma tinha uma página no Facebook com o seu nome, sendo que a apagou imediatamente após o que aconteceu este final de tarde. Deixo este testemunho e os dados desta mulher como forma de alerta para que tenham cuidado com a mesma. E deixo também o relato da falta de justiça e bom senso por parte da autoridade para com os animais deste país, que mais não são do que objectos para a mesma.
