Recebi hoje um email, que vou transcrever aqui na íntegra, que não tem a ver com a vacina, mas cuja informação pode ser útil, por se tratar da leishmaniose:
Novos dados sobre Leishmaniose em Portugal apresentados no II Encontro Nacional da Ordem dos Médicos Veterinários
80% dos cães doentes não têm tratamento
O Observatório Nacional das Leishmanioses (ONLEISH) apresentou, o segundo relatório da rede de vigilância epidemiológica Leishnet
O Observatório Nacional das Leishmanioses (ONLEISH) apresentou, no II Encontro Nacional de Médicos Veterinários, os resultados do segundo relatório da rede de vigilância epidemiológica leishmaniose canina, Leishnet. Os dados revelam que apenas 20% dos cães anteriormente diagnosticados com leishmaniose são tratados com insecticidas.
Entre 1 de Abril e 31 de Março de 2011, a rede Leishnet desenvolveu um trabalho de vigilância epidemiológica, que englobou todo o país, para estudar a leishmaniose canina e propor formas de combater a prevalência de uma “doença que deve ser seguida de perto, pois constitui um risco para a Saúde Pública”, avisa Carla Maia, membro do ONLeish.
Segundo o relatório, dos 1278 cães rastreados, foram detectados 864 animais suspeitos, sendo que foram diagnosticados 359 casos positivos, dos quais 266 são novos casos de doença. Lisboa foi a região com mais casos positivos (79).
A maioria dos novos casos de leishmaniose consiste em animais que vivem a maior parte do tempo ou exclusivamente fora de casa, perfazendo um total de cerca de 48%, no entanto, os animais que vivem predominantemente dentro de casa não estão ausentes de riscos. A diferença entre raças não parece ser substancial, o mesmo acontecendo com a distribuição por género, pois a percentagem de novos casos de Leishmaniose é muito semelhante entre fêmeas e machos. No entanto, a pelagem parece ter influência, uma vez que a incidência nos cães de pêlo de tamanho curto ou médio é maior do que nos animais de pêlo comprido.
Os dados revelam também que apenas 20% dos cães infectados com leishmaniose são tratados com insecticidas, o que segundo Carla Maia, “pode ser uma ameaça para a saúde pública, uma vez que estes animais são uma fonte de infecção. Não nos devemos esquecer que a prevenção da picada do insecto transmissor da leishmaniose, com coleiras ou pipetas especiais, deve ser uma constante não só nos animais não doentes mas também nos animais doentes”.
Em Portugal a prevalência é considerada elevada, com mais de 110 mil cães infectados, cerca de 6% da população canina, sendo endémica em grande parte do território continental, nomeadamente, nas regiões de Trás-os-Montes e Alto Douro, Beiras, Lisboa e Vale do Tejo e Sado, Algarve e grande parte do Alentejo.
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