Vacina contra Leishmaniose

[pituxa]

Olá a todos!

Quis dar as novidades relativamente à vacina, na 2ªf vou vacinar os meus dois amigos de 4 patas, no nosso veterinário é 50€/dose que inclui o teste.

Vou perguntar também se é necessário ter algum cuidado especial após a vacina.

iremos manter a coleira para salvaguardar e também porque a prevé necessário para prevenção às pulgas/carraças e o Program Plus para prevenção da dirofilariose.

Se os meus cães vivessem em apartamento optaria por aguardar mais algum tempo, mas ando sempre preocupada com o fleubótomo! Damos passeios diários e semanais no campo/praia e passam algum tempo no exterior.

Acho que a informação já está desenvolvida no tópico, mas o veterinário indicou que os testes foram feitos em ambientes bastante propícios e que a fiabilidade e eficácia é elevada (superior a 90%), fiquei entusiasmada sou sincera e não vejo a hora de ter os meus canitos protegidos se correr tudo dentro do previsto!

Também tenho novidades! O Kiko foi "à primeira volta" da vacina.
Teste=14.50€ Vacina"38.50€. Na 2.ª e na 3.ª volta é só a vacina...

Por agora, nada de reacções (febres, etc.)...

O que a vet me explicou é que funciona como a vacina contra a febre da carraça, só protege em parte, por isso, o melhor é prevenir na mesma (se bem que com um bocadinho de menos preocupações)!

[antoliveira9]

Obs : quando afirmo que o Kit que acompanha a vacina não é igual ao teste rápido já tão utilizado...poderá ser por testar (sei lá!) variante (mutações) da doença? Pergunto pois, do que li na net, a vacina utilizada no Brasil não é igual à lançada agora ela Virbac, o que poderia explicar um teste agora lançado apenas e exclusivamente para alguma variante da doença com incidência nos países do sul da Europa, isto incluindo como segunda opção válida o teste de laboratório.
Agradecia uma resposta, se alguém souber explicar pois, não sendo o mencionado correcto, não percebo porque é que existe um novo kit de teste rápido se já existia um teste rápido.
(não sei explicar numa linguagem mais adequada pois não sei muito (aliás pouco) sobre leishmaniose.
Obg[/quote]

Fiz a sua pergunta ao meu Vet e penso que entendi:
1º o agente causador no Brasil é uma Leishmania de especie diferente da europeia pelo que a vacina de lá não serve para nós.
2º O kit de analise antigo tambem pode ser utilizado nesta fase. O novo é importante no futuro pois quando o vet testar cães vacinados mas que tenha alguma suspeita, se utilizar o kit antigo poderá dar positivo devido aos anticorpos da vacina

3º Quanto à opção de vacinar ou não.... para mim que já tive 2 cães com a doença e sei o que custa, o aparecimento desta vacina para os cães, foi quase como se descobrissem uma vacina contra o cancro nas pessoas

4º Quanto ao preço, já me falaram em 120 as 3 doses, 50 por dose, doses mais baratas agora e mais caras na vacina anual. Eu vou vacinar onde tenho confiança e não vou ligar muito ao preço. Acho que não tenho cara para aparecer com vacinas noutro sitio quando preciso de conselhos ou de situações em que só confio na minha veterinária (que já nos "aturou" e resolveu muitas "chatices")

[pituxa]

Realmente, mais importante que o preço é a confiança que temos nos nossos veterinários. Eu não trocaria por nada a nossa veterinária! Quando ela está de folga, eu evito ir à Clínica... Se não for grave, prefiro esperar um dia ou dois!
Ela aconselhou, eu vacinei! (ou melhor, eu paguei para ela vacinar )

[Babaorum]

Para quem interessar (nomeadamente os Velhos do Restelo ) a vacina foi lançada em França no passado mês de Setembro.

[Margaa]

Eu estou muito hesitante em dar a vacina, mas apenas por motivos financeiros... A vacinação anual já é cara, a meu ver, mas também perdi a noção do preço, fiquei com a sensação que rondava os 40€. Ora eu tenho duas cadelas. O custo é a dobrar. E agora ficámos um bocado mais à rasca cá em casa por isso até a comida das cadelas já é de hipermercado. Para além do mais, a Nica já nos deu muita despesa este ano com o atropelamento e a operação de esterilização e remoção dos nódulos das maminhas. Ainda falta esterilizar a outra...

Nem pensar em desfazer-me delas, andamos a fazer um esforço, eu em princípio terei um trabalho em part-time (sou estudante) e não sei se deveria ter essa vacina na minha lista de prioridades... Muito embora já tenha havido dois casos de Leishmaniose na minha rua, um deles a cadela usava a coleira Scalibor...

Tenho uma pergunta um bocado parva e que não tem muito a ver com o tópico. Desculpem a ignorância, mas haverá alguma probabilidade de as osgas serem um bom anti-mosquitos da Leish? Até eu me estou a rir da minha pergunta, mas a verdade é que desde que tenho a Cremilde e a sua filha (baptizei as osgas do meu quintal ) nunca mais tive moscas, melgas ou mosquitos de qualquer espécie a cirandar por lá...

[Praziquantel]

Tenho uma pergunta um bocado parva e que não tem muito a ver com o tópico. Desculpem a ignorância, mas haverá alguma probabilidade de as osgas serem um bom anti-mosquitos da Leish? :

LOL.

Só se tiver um batalhão de 150 permanentemente á volta do seu cão

Abraço.

[nel]

Recebi hoje um email, que vou transcrever aqui na íntegra, que não tem a ver com a vacina, mas cuja informação pode ser útil, por se tratar da leishmaniose:

Novos dados sobre Leishmaniose em Portugal apresentados no II Encontro Nacional da Ordem dos Médicos Veterinários

80% dos cães doentes não têm tratamento

O Observatório Nacional das Leishmanioses (ONLEISH) apresentou, o segundo relatório da rede de vigilância epidemiológica Leishnet

O Observatório Nacional das Leishmanioses (ONLEISH) apresentou, no II Encontro Nacional de Médicos Veterinários, os resultados do segundo relatório da rede de vigilância epidemiológica leishmaniose canina, Leishnet. Os dados revelam que apenas 20% dos cães anteriormente diagnosticados com leishmaniose são tratados com insecticidas.

Entre 1 de Abril e 31 de Março de 2011, a rede Leishnet desenvolveu um trabalho de vigilância epidemiológica, que englobou todo o país, para estudar a leishmaniose canina e propor formas de combater a prevalência de uma “doença que deve ser seguida de perto, pois constitui um risco para a Saúde Pública”, avisa Carla Maia, membro do ONLeish.

Segundo o relatório, dos 1278 cães rastreados, foram detectados 864 animais suspeitos, sendo que foram diagnosticados 359 casos positivos, dos quais 266 são novos casos de doença. Lisboa foi a região com mais casos positivos (79).

A maioria dos novos casos de leishmaniose consiste em animais que vivem a maior parte do tempo ou exclusivamente fora de casa, perfazendo um total de cerca de 48%, no entanto, os animais que vivem predominantemente dentro de casa não estão ausentes de riscos. A diferença entre raças não parece ser substancial, o mesmo acontecendo com a distribuição por género, pois a percentagem de novos casos de Leishmaniose é muito semelhante entre fêmeas e machos. No entanto, a pelagem parece ter influência, uma vez que a incidência nos cães de pêlo de tamanho curto ou médio é maior do que nos animais de pêlo comprido.

Os dados revelam também que apenas 20% dos cães infectados com leishmaniose são tratados com insecticidas, o que segundo Carla Maia, “pode ser uma ameaça para a saúde pública, uma vez que estes animais são uma fonte de infecção. Não nos devemos esquecer que a prevenção da picada do insecto transmissor da leishmaniose, com coleiras ou pipetas especiais, deve ser uma constante não só nos animais não doentes mas também nos animais doentes”.

Em Portugal a prevalência é considerada elevada, com mais de 110 mil cães infectados, cerca de 6% da população canina, sendo endémica em grande parte do território continental, nomeadamente, nas regiões de Trás-os-Montes e Alto Douro, Beiras, Lisboa e Vale do Tejo e Sado, Algarve e grande parte do Alentejo.

Para mais informações:
Marta Salavisa: 93 721 38 88 / 21 350 92 41 / [email protected]
Cátia Máximo: 93 534 49 79/ 21 359 15 10 / [email protected]

[kaminaru]

Bolas... Agora com 3 cães vai ser tramado... Acho a vacina importante... Amanha vou falar com o vet...