Tenho uma historia triste para confessar...

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

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melzinha
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quarta jan 14, 2004 9:47 pm

KROZ Escreveu:
deinhac Escreveu: Kroz, compreendo o que disseste, que nao esgotei todas as hipoteses, possivelmente nao, havia psicologos onde poderia ter levado o cao, outras escolas, sei lá. Penso nisso todos os dias da minha vida... mas a minha vida e o cansaço psicologico nao permitia mais investimentos.
Era isso referia, mas não a estou a criticar, apenas comentei que se tivesse disponibilidade, haveria algo mais a tentar, mas isso já você sabia.
Com certeza q abater um amigo é sempre a última coisa a tentar e julgo q deinhac só tomou essa atitude por todas as outras estarem esgotadas.
Deinhac, de certeza q não é culpa sua o temperamento do cão, vai ver q o proximo q surgir há-de ser um amor.
Eu pp tenho duas coelhas, uma é um carinho, a outra se fosse cão e não coelha eu nem me chegava junto dela (mesmo sendo apenas uma coelho, garanto-vos q as dentadas dela doem bastante)
topdown
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quarta jan 14, 2004 11:26 pm

Desculpem, não percebo muito de cães. A minha opinião, pelo menos em relação aos gatos, é que são eles que escolhem o dono e não o contrário. Posso escolher um gato e ele até ficar em minha casa mas, se em determinada altura ele escolher outro dono, deixo de ter autoridade e, se o gato puder andar na rua a probabilidade é desaparecer e ir viver com a outra família. Concluo daqui que, o gato é oportunista (como todos nós), e não hesita em optar pelo que acha ser o melhor para ele. A afectividade (como nós a definimos) é um conceito do ser humano, tendemos realmente a transferi-lo para os animais de companhia mas não quer dizer que eles o entendam da mesma forma que nós.

Olhe, não faço ideia se poderia ser esta a explicação ou não, mas não se martirize mais. Estas coisas são difíceis visto os animais e nós não falarmos a mesma linguagem. Mesmo se ele já não estivesse bem junto à vossa família poderia gostar na mesma de vós, talvez ele apenas estivesse revoltado com o ser humano no geral...

O que há de bonito no ser humano é este ter capacidade de amar para além da morte. Recorde apenas os momentos felizes e releve os infelizes. :)
aligra
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quinta jan 15, 2004 9:30 am

Ai, Deinhac, que tristeza!
Eu acho que fez bem, não sei o que eu tivesse feito no seu lugar, mas acho que tentou fazer tudo o que pôde.
Ainda bem que consiguiu vir cá partilhar a sua história, a dor partilhada acalma mais rápido e ainda por cima pode ficar como exemplo para casos similares.

Alicia
PauloC
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quinta jan 15, 2004 9:59 am

Olá,
Perante aquilo que nos conta, eu acho que tomou a atitude certa. Agora podemos até dizer que se poderiam procurar mais alternativas e adiar a eutanásia, mas eu coloco apenas esta questão: Valeria mesmo a pena arriscar a que um acidente de extrema gravidade, eventualmene irreversível, acontecesse, apenas para dar mais uma "oportunidade" ao cão ( a qual nem se tem a certeza que resultaria)?
Imaginem que a Deinha resolvia procurar mais alternativas, um psicologo de cães (!!!) ou lá o que fosse, mas entretanto o cão continuava lá em casa mordia ao namorado e arrancava-lhe dois dedos...ou mordia-o na cara e cegava-o....ou mordia-lhe no pescoço e matava-o ( para irmos ao extremo)..... Será que esse peso na consciência seria menor do que o de mandar abater o cão? Pois...eu cá não arriscava. Um cão com as características que aqui foram relatadas e que fez o que aqui foi descrito, é um perigo para os donos e para a sociedade. Nestes casos a eutanásia é a melhor solução.
E que me desculpem, mas eu também não aceito de forma alguma que um cão morda o dono. Digo mais, se algum cão meu me mordesse era de certeza a última vez que o fazia.

Abraços
Paulo C.
cgtorres
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quinta jan 15, 2004 10:09 am

PauloC Escreveu: E que me desculpem, mas eu também não aceito de forma alguma que um cão morda o dono. Digo mais, se algum cão meu me mordesse era de certeza a última vez que o fazia.
Por isso também optámos naquela altura por eutanasiar o RAF...dúvido muito que houvesse alguma hipotese de cura. Chegou ao "point of no return" e o que é demais..é demais! Ainda temos cicatrizes, e já foi há 6 anos...
patcris
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quinta jan 15, 2004 10:10 am

Olá Deinahc,

Como eu a compreendo e sei exactamente o que está a sentir.
Há coisa de 2anos tive um problema idêntico com um cão que dei á minha mãe, ele era bébé e já demonstrava uma atitude de agressividade, conforme foi crescendo a situação tornou-se insustentável, chegou a morder e ficámos com medo, nunca sabíamos qual ia ser a sua reacção, a casa ficou parcialmente destruída, paredes furadas, um inferno.
Acabámos por dar o Pitufas. Hoje sinto que não fiz tudo o que podia, mas acho que por mais que se faça a sensação é que se poderia ter feito mais.
Aparte dos sentimentos, podemos aprender sempre algo, e o seu testemunho independentemente s achamos bem ou mal o que fez, não é isso que está em causa, servirá certamente pra aprendermos algo mais e saber que aqui na Arca estamos pra ouvir, ajudar, participar.

Um beijo e muita força.
PatCris
AndLemos
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quinta jan 15, 2004 10:46 am

Acho que conscientemente ninguém gostaria de ter um cão em casa no qual não tivessem confiança e dominio, imaginem o que é sairem com ele à rua, ele querer atacar alguém ao algum cão e não terem "mão" nele?
Já me aconteceu com o meu Husky na praia, um boxer querer ataca-lo e o dono estar com medo do seu próprio cão.
Para já nem falar do perigo em casa, é quase dormindo com o inimigo.
Tive uns colegas nessa situação, ora o cão estava muito bem e aceitava festas ou se lhe apetecesse mordia, por motivo nenhum.Uma vez não queria sair do carro mordeu o meu colega todo.
Eu sinceramente não aguentava, e acho que tomou a atitude certa.
Mila
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quinta jan 15, 2004 11:07 am

Também sou da opinião que fez muito bem.

Eu penso que ao ter um animal em casa, aumenta-se a famíla. Mas no seu caso, provavelmente as discussões sobre o seu cão já seriam muitas, as maldades que ele fez já seriam muitas, as porradas que ele apanhou já seriam muitas, nenhum ser humano consegue conviver com um animal assim, destroi por completo qualquer sistema nervoso.

Pense que foi o melhor para ele, pois ele também sofria.
aninhas2000
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quinta jan 15, 2004 11:29 am

Olá,

o meu cão Bichon Maltês também já me mordeu umas quantas vezes, e a várias outras pessoas, familia, amigos, quem vai lá a casa leva uma lembrança, é preciso ter muito cuidado com ele, é assim deste pequenino. Crianças então, não gosta nada. Agora está melhor, mais calmo, à muito tempo que não morde. Quando ele me mordia eu ficava furiosa, mas era incapaz de fazer fosse o que fosse contra o meu bichinho. Não é normal esta raça ser assim. Quando ele faz uma asneira e grito com ele, rosna-me, mostra-me os dentes.
Desde que fui mordida por ele mais a sério (ia-me tirando um olho) comecei a ter mais cuidado.
O caso da deinhac é bem pior, o seu cão parecia ser bastante agressivo, muito mais que o meu cão, e deve ser mais complicado controlar um cão grande, uma dentada do meu cão por maior que seja nunca é tão grave.

beijinhos
Ana
nynf
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quinta jan 15, 2004 11:30 am

Paulo C, tirou-me as teclas dos dedos para variar. Estou 100% de acordo.
Deinhac, só não concordo consigo quando diz que não quer voltar a ter nenhum cão, que não se sente capaz.
A sua batalha neste momento deveria ser como vencer esse medo. O Baltazar teve todas as hipóteses possíveis consigo, provavelmente não teria vivido tanto se tivesse ficado com outras pessoas.
E que me desculpem os amantes dos rafeiros, eu também gosto muito deles, mas é sempre um tiro no escuro. Se já os cães de raça têm problemas comportamentais e de caracter, os SRDs ainda têm mais devido aos cruzamentos duvidosos...
<p><strong>Sauda&ccedil;&otilde;es!</strong></p>
<p><strong>Cristina Paulo</strong></p>
<p>&nbsp;</p>
aninhas2000
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quinta jan 15, 2004 11:36 am

Olá,

o meu cão Bichon Maltês também já me mordeu umas quantas vezes, e a várias outras pessoas, familia, amigos, quem vai lá a casa leva uma lembrança, é preciso ter muito cuidado com ele, é assim deste pequenino. Crianças então, não gosta nada. Agora está melhor, mais calmo, à muito tempo que não morde. Quando ele me mordia eu ficava furiosa, mas era incapaz de fazer fosse o que fosse contra o meu bichinho. Não é normal esta raça ser assim. Quando ele faz uma asneira e grito com ele, rosna-me, mostra-me os dentes.
Desde que fui mordida por ele mais a sério (ia-me tirando um olho) comecei a ter mais cuidado.
O caso da deinhac é bem pior, o seu cão parecia ser bastante agressivo, muito mais que o meu cão, e deve ser mais complicado controlar um cão grande, uma dentada do meu cão por maior que seja nunca é tão grave.

beijinhos
Ana
SeaLords
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quinta jan 15, 2004 11:45 am

aninhas2000 Escreveu: O caso da deinhac é bem pior
É mesmo ? :o

A pior coisa que um cão pode fazer é morder o dono. Como é que há gente que atura isto é que eu não consigo perceber ...
"Quando o s&aacute;bio aponta para a Lua, o idiota olha para o dedo"&nbsp; (prov&eacute;rbio chin&ecirc;s)
Pedra
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quinta jan 15, 2004 11:52 am

SeaLords Escreveu:
A pior coisa que um cão pode fazer é morder o dono. Como é que há gente que atura isto é que eu não consigo perceber ...
Ò Sealords, por favor, então não consegue entender?
Ai os maus tratos a animais... ;)
Agora a sério, sempre tive a sorte de nenhum cão meu me morder, nem a mim, nem a ninguém. Mas garanto-vos que cão meu, só me mordia uma vez...
Isabel
cgtorres
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quinta jan 15, 2004 12:03 pm

SeaLords Escreveu: A pior coisa que um cão pode fazer é morder o dono. Como é que há gente que atura isto é que eu não consigo perceber ...
Concordo, mas há situações que só se percebem passando por elas.
Ainda bem que nunca lhe aconteceu, e espero que nunca lhe aconteça, porque se as feridas fisicas doem e muito, as psicológicas ficam e moem...... tentar perceber porque é que um cão a quem se deu carinho, se alimentou, tudo mais, um dia que lhe vamos por comida, nos morde a cara e só não nos mata porque estava ali alguém para evitar... tentar perceber se fizemos alguma coisa para despoletar aquele comportamento, para evitar pensar que o cão enloqueceu completamente e temos que o abater. Evitar falar sobre isso, silêncios demasiado longos, baixo astral meses e meses, medo de cães, coisa que nunca tinha havido, ultrapassar esse medo, o trauma.
Ainda bem que não compreende SeaLords, como é que há gente que atura isso, porque pelo que a minha familia passou, não desejo a ninguém.
A si, recomendo-lhe mais sensibilidade e beneficio da dúvida.
angie_bcl
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quinta jan 15, 2004 12:16 pm

Olá,

deinhac fez muito bem em partilhar a sua história connosco. Todos achamos que a solução de mandar abater o bichinho não foi tomada de animo leve, mas, o que tem que ser tem muita força.

Cada caso é um caso e cada pessoa reage de forma diferente aos ataques, mas o que relata é muito grave. Contudo, como nynf escreveu, também considero que não deve pôr totalmente de parte a hipótese de ter outro cachorro.

Depois de ter desabafado está na hora de passar uma página à frente e encarar de novo essa possibilidade ;)

Um abraço amigo!
Responder

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