
Vou contar o que se passou comigo, na tarde de terça-feira, qd eu regressava a casa de carro, em Torres Vedras.
Isto passou-se às 20h do dia 13 de Janeiro de 2004.
Ao andar na estrada de uma das ruas de Torres Vedras, vi uma coisinha pequena a tentar passar a estrada. Parei o carro logo, e retirei-o da estrada parao interior do meu carro.
Era um gatinho mto pequeno e magrinho com cerca de 2 meses.
Levei-o para a minha casa e a minha namorada e eu, tratámos de limpá-lo (os olhinhos, que estavam completamente colados). O gatinho não miava e poucas forças tinhas para se mexer, mesmo assim debruçou-se no lavatório (onde nós o estavamos a limpar) e bebeu umas gotinhas de água.
Arranjámos uma caminha, pois ele estava muito frio, e lá o colocá-mos.
Telefona-mos para uns amigos para saber que veterinario poderia dar um olhinho ao pobrezinho, e descobrimos um veterinário que estava a operar naquela altura, depois da operação foi possivel falar com ele e explicamos o que se estava a passar. Cerca das 23h o veterinario chegou observou o gatinho, e disse que ele estava muito magrinho, ao auscultá-lo diagnosticou uma pneumonia, cuja causa poderia ser uma doença mais grave. O gatinho foi tratado com um antibiotico para permitir melhor respiração e nao entrar em choque etc. O gatinho bebeu mais um bocadinho de agua nessa noite. De manha quando fomos ter com ele, estava fora do cestinho e com os olhinhos todos tapados outra vez. Depois de irmos comprar comida e o resto dos medicamentos ( tivemos de comprar a/b ou qq assim) e conseguimos dar-lhe com uma seringa, pois ele nao tinha mts forças.
Passou o dia no cestinho, ia-lhe dando de comer de 2 em 2 horas, e ele lá comia qq coisinha. Continuava muito apático e sem reacções. Nessa noite do dia 14, aconchegá-mos ainda mais o gatinho com um caxecol muito quentinho, e o colocá-mos no nosso escritorio ( mais quentinho).
De manha qd acordá-mos, a minha namorada foi vê-lo, e o pobrezinho nao tinha sobrevivido.
Eu e a minha namorada ficámos completamente destroçados. Chorámos.
Só queria dizer a todos e ao Bolinha ( com nós o chamámos) que fizemos TUDO por ele, e que tenho a CERTEZA que as ultimas horas da vida dele foram umas das melhores que eu já tive, e com toda a certeza as melhores do Bolinha.
Espero ter conseguido passar o maximo de amor e carinho naquelas ultimas horas, para o gatinho.
Posso-vos dizer que à medida que escrevo este texto, estou a chorar compulsivamente, pois a tristeza que sinto agora é muito muito grande.






Eu gosto de animais, mas nunca tinha recolhido, um doente, da rua.
Mas quero-vos dizer que a realização que senti ao tentar ajudá-lo supreendeu-me.
Gostaria que sempre que pudessem tentassem salvar uma vida, pois mesmo que voces nao possam existe sempre alguem que tambem pode ajudar.
Alvaro Martins
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