Sou nova por aqui por isso decidi apresentar-me e contar a história do meu gatinho Gaspar. O meu nome é Mariana Craveiro, tenho 24 anos e sou educadora de infância licenciada - e desempregada (pois, está claro...)
Conheci o meu gato precisamente no dia em que fiquei desempregada. Nesse dia levantei-me cedo para ir ao centro de emprego e ao atravessar uma passadeira, ouvi um miado muito sumido mas aflito, um pedido de ajuda. Várias pessoas se tinham reunido a olhar à distância e foi então que o vi: uma bolinha de pêlo minúscula na estrada. O sol batia-lhe em cheio e estava na rota dos pneus dos carros, com sangue em volta. As pessoas olhavam mas ninguém se mexeu, nem ao menos para o colocar no passeio! Depressa corri e peguei no bebé, embrulhando-o no meu casaco de malha. tinha sangue na boca e olhos, mas continuava a lutar para respirar.
Foi então atendido num veterinário, sinceramente quis levá-lo na ideia de lhe aliviar a dor, nunca pensei que naquele estado sobrevivesse!
A vet disse-me que ele tinha sofrido um traumatismo craniano, possivelmente por ter sido atropelado, ou ter levado um pontapé para sair da estrada. Tinha graves danos num olho, uma pata que mal se mexia, parasitas internos que o deixavam muito frágil, pulgas...já para não falar de crises neurológicas em que perdia o equilíbrio e se contorcia todo.

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Contra todas as expectativas, com paciência e carinho, o Gasparzinho foi ficando mais forte! E encantou toda a gente com a sua doçura. Não seria de esperar de um ser tão sofrido e maltratado uma tão grande empatia com humanos.

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Não fazia parte dos planos termos um gato cá em casa. Mas sabendo que até os gatos ditos normais têm dificuldade em ser adoptados, o que dizer de um gato com crises neurológicas, parcialmente cego... Tive que o adoptar, não podia salvá-lo e abandoná-lo depois.

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Foi a melhor decisão que podia ter tomado. O Gaspar, hoje com 8 meses, é um gato especial. Recuperou o olho magoado, a pata está normal e nunca mais teve ataques! Carinhoso que só ele, passa horas a dormir com a cabecinha no meu pescoço. Responde pelo nome, adora colo e beijinhos, é uma companhia maravilhosa...

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Por causa desta história temos uma ligação especial. E vou "salvá-lo" todas as vezes que forem preciso.

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Boa noite para todos!