Peço desculpa se o artigo é longo, mas acho necessário que todos acreditem, naquilo que vos tenho vindo a falar ao longo destes últimos dias. Mais irá sair, mais se irá saber.
PORFAVOR COLABOREM COMIGO AJUDEM-ME A COMBATER ESTA PRÁGA DE ANIMAIS DE DUAS PATAS.
COLABOREM TEMOS QUE NOS UNIR.
(Artigo que saíu no Correio da Manhã de 2 de Fevereiro de 2002)
LUTAS DE CÃES ATRAEM APOSTADORES
Os Pit Bull são a raça favorita para as lutas entre
cães, que por vezes duram até à morte de um dos
animais
BRAGA (Delegação) - Combates entre cães estão a ser
realizados em Portugal, envolvendo grandes apostas em
dinheiro. As lutas clandestinas entre os animais, na
maioria de raça Pit Bull, aumentam no Verão com a
participação de emigrantes portugueses nos
'espectáculos', que em alguns casos só acabam com a
morte de um dos 'lutadores'. Terrenos descampados,
campos de futebol ou mesmo espaços fechados, como
garagens, servem de palco para as lutas entre cães que
se realizam em Braga e outras zonas do País,
nomeadamente na Amadora. A clandestinidade obriga a
que os espectáculos sejam organizados de forma avulsa,
sempre em locais diferentes e não dispõem de qualquer
tipo de regras ou apoio logístico, designadamente
veterinário. Os animais, muitas vezes, nem sequer têm
treino adequado e as raças - ainda que sejam
maioritariamente Pit Bull - variam conforme a
disponibilidade dos proprietários, que acertam os
combates e divulgam entre os 'amigos' a hora e local
da luta, por forma a promover a apresentação de
apostas que rondam os cem contos no Inverno, mas que
podem chegar aos 500 contos no Verão. Razões de ordem
económica e divertimento são as motivações
apresentadas para os 'espectáculos', cuja única regra
de ouro é "a garantia de inexistência de vigilância ou
controlo policial, nem mesmo de que alguém possa fazer
qualquer tipo de denúncia", conforme revelou ao
Correio da Manhã um indivíduo residente em Braga que
confessou já ter participado neste tipo de eventos.
Contactado pelo CM, o comandante do Grupo Territorial
de Braga da GNR, Picas de Carvalho, disse não haver
registo de qualquer queixa relacionada com a
organização de combates de cães, sublinhando que as
autoridades estão atentas a este tipo de acções
ilegais, manifestando a esperança de poder contar com
o apoio das instituições de defesa dos animais.
Agilidade e rapidez
Depois de se assegurar que não existe "ninguém
estranho", dá-se início à sessão, com a apresentação
dos lutadores, que muitas vezes nem sequer são da
mesma raça, aceitando-se combates entre um Boxer, um
Dobermann, um Dog Argentino, um Rotweiller ou um Pit
Bull - esta raça, de origem norte-americana, é
apontada como tendo sido criada para este tipo de
acções e surge como a favorita dos 'apaixonados' desta
actividade. Conforme explicou a mesma fonte, a
admissão de diferentes raças proporciona combates
absolutamente desnivelados, mas cuja tendência nem
sempre pode ser descortinada previamente, porque se
está também perante animais traçados e de aparência
ilusória, como é o caso da estatura e do peso -
factores que não são determinantes para a luta, onde é
mais importante a agilidade e a rapidez. Depois das
apostas - que são uma forma de ganhar dinheiro e de
rentabilizar os investimentos na criação e tratamento
dos animais -, os cães avançam para a luta, sempre
comandados unicamente pela voz do dono. A vitória é,
normalmente, atribuída ao lutador que der a primeira
dentada no adversário. Isso deve-se ao facto de um cão
que seja ferrado uma vez perder, praticamente, 50 por
cento das suas capacidades e ficar física e
psicologicamente derrotado, o que torna irremediável o
rumo dos acontecimentos.
Luta até à morte
No entanto, nem sempre o combate pára aí. Há casos em
que o combate prossegue até à morte de um dos
lutadores. Para isso, basta que os donos continuem a
incitar os animais. Segundo contou a mesma fonte
contactada pelo CM, é uma situação que acontece com a
participação de cães de indivíduos de etnia cigana,
acusados, inclusivamente, de roubarem animais para
serem usados nestes combates. Embora entrem no clima
de euforia quando se encontram em grupo a presenciar o
'espectáculo', os promotores dos combates entre cães
manifestam alguma reserva à atitude dos colegas
ciganos, lamentando que estes desprezem o treino dos
animais e prefiram ver a luta decorrer até à morte. Em
defesa de um bom 'espectáculo', um cão não deve lutar
mais do que uma vez por mês, a fim de poder recuperar
física e psicologicamente, quer dos efeitos provocados
pela derrota, quer pelo excesso de confiança e poder
provocado pela vitória. Força, agilidade e rapidez, a
par da fidelidade e obediência ao dono, constituem as
características fundamentais para um bom cão de
combate. É preciso ainda 'ensinar' o animal a morder,
devendo ser incitado a procurar o pescoço e evitar as
zonas do tronco e dorso do adversário, sob pena de lhe
provocar danos irreparáveis. Além disso, um golpe na
traqueia pode ser mortal, com a agravante de não estar
assegurado um apoio veterinário rápido, que minimize
os efeitos das lesões.
Se sabem destas práticas na vossa zona o na de alguém, PORFAVOR DIGAM-ME .
É URGENTE AJUDARMO-NOS TODOS
