Já há uns tempinhos que não dou notícias da Xiqueta maluqueta.

Sou uma Mãe desnaturada.
A Xiquinha lá continua, estroína como sempre, super meiga, melada mesmo e muito amiga da Maria e vice-versa.
Aliás, a bem dizer, acho que a Xiquinha está a ficar a líder pois, ao contrário do que se passava com o Martim, a Maria deixa a Xiquinha fazer tudo e ainda lhe sobra tempo.
Quem diria que eu havia de ver a Xiquinha toda lampeira a roubar biscoitos á Maria? A Xiquinha a pisar a mana, ou a dormir toda enroscada por cima dela e a abraçá-la com uma patinha?
Pois é ... as minhas miúdas adoram-se e à conta desta "adoração" há cerca de duas semanas tive de ir para o vet com a Maria.
Notei que a Maria andava mais murcha e evitava ir para os sofás e subir para a cama o que não é de todo normal. Também não brincava com a Xiquinha o que ainda era de todo mais anormal.

Comia bem, fezes normais, sem febre mas, como não estava descansada, ao 2º dia liguei para o vet. Ao fim duma série de perguntas, disse-me para lhe continuar a controlar as fezes e a urina e para lhe ir tirando a febre.
Mal desliguei, fui tirar a febre à Maria e, quando estava a ajeitá-la para lhe meter o termómetro, a Maria desata a ganir e a tentar morder-me.
De imediato liguei para o vet a avisar que ía para lá. Telefonei ao meu marido e lá fomos nós.
Foi observada dos pés à cabeça e, realmente quando se tocava na parte lateral posterior do lombo, ela tinha dores em ambos os lados. Fez rx, análises e chegou-se à conclusão de que não deveria ser nada de grave mas tão só magoada provavelmente das raves com a mana.
Levou logo uma injecção, trouxémos anti-inflamatório para lhe ir dando e fiquei mais aliviada por saber que não era nada de grave, assim como também "aliviada" na carteira.
Dia sim dia não dava informações ao vet e, cerca de 4/5 dias lá termos ido, eis que a minha sobrinha Inês foi lá a casa (era quem passava longas horas ao pé da Maria enquanto ela ainda estava na rua) e, para meu espanto, a "doença" tinha passado subitamente.
A Maria chorava, abanava-se toda, pulava, dava corridas e atirava-se de encontro à Inês (isto ao fim de 3/4 anos sem a ver).
A Xiquinha que é desconfiada e que de cada vez que vai lá alguém a casa a tenho de fechar pois não pára de ladrar e ficar com o pêlo todo em pé estilo leão da rodésia

ineditamente, aproximou-se da Inês, deu-lhe duas ou três ladradelas e, para nosso espanto, atirou-se para cima dela e deitou-se ao seu colo não sem antes a encher da beijocas.

Pelos vistos também a reconheceu pois ela também costumava ir ao hotel onde a Xiquinha estava.
A doença da Maria passou totalmente nesse dia e, desde então recomecei a ter a minha casa toda de pantanas, com os sofás ao pé da janela ou então na casa de jantar, a cama toda desfeita, bonecos espalhados por todo o lado e, felizmente os tapetes têm sobrevivido pois já foram retirados do alcance da Xiquinha.

Que saudades que eu já tinha desta desarrumação.
Existem momentos entre elas as duas tão engraçados mas que infelizmente não têm dado para registar pois esqueço-me da máquina e quando finalmente a ligo, os momentos kodak já passaram.
Todos os fins-de-semana tenho tido uma tarefa que "adoro" que é remendar as capas das miúdas uma vez que no meio de tanta rave ... são mais os buracos que capas.
A ver se este fim-de-semana não me esqueço de tirar fotos à Xiquinha sem capa pois fica um espectáculo.

Está com o pelinho bem mais "crespo" e, quando lhe tiramos a capa parece um ouricinho.
Adoro esta miúda ... e o inverso é recíproco. É cá uma cãopanheira que não vos digo nada. Onde eu estou, está ela e, só tenho de dar graças a Deus por, ao longo de dois anos ninguém se ter interessado por ela e a miúda ter podido ficar comigo.
