Subscrevo o que diz a Floripes neste post e percebo o que ela quer dizer com este terceiro ponto. Felizmente nem todos têm «preferências» nas suas indignações e revoltas, e penso que até são cada vez mais as pessoas que vêem, por exemplo, num cão um cão, independentemente de ser de raça ou não, de ser feio ou bonito, de ter mazelas ou estar escorreito, de ser novo ou velho (e há até uma minoria, penso que em crescimento, que dará preferência aos seniores, aos mazelentos, aos rafeiros, porque são aqueles que menos gente quer). Mas há muito quem tenha, porque tem predilecção por uma dada raça (o que até compreendo, como também há quem prefira os rafeiros) ou porque dá «status». E é esta parte que custa.Floripes2 Escreveu:Pois eu, lamento muito, mas não estou de acordo com esta afirmação. Enjeitar o país em que se nasceu porque ele "é tacanho, medíocre, sem civismo", etc., é desprezar aqueles mesmos que antes se tinham invocado como os grandes esquecidos - os tais bombeiros, médicos e não sei quantos mais.Garfield2010 Escreveu: Sim, somos um País tacanho, medíocre, sem civismo, sem cultura, sem visão, sem futuro.... Sim, tenho vergonha de ser Portuguesa e não tenho vergonha nenhuma em admiti-lo...
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Não, não tenho vergonha deste país, que na sua tacanhez, mesquinhice e mediocridade tem dado e mostrado muito mais em todos os campos, absolutamente todos, do que os defeitos que agora lhe encontram. Temos defeitos, claro, mas temos também qualidades que fazem de nós um povo extraordinário, tão extraordinário que agora vêm de lá uns estrangeiros quaisquer tentar domar-nos pela fome. Eu orgulho-me do meu país, da sua história passada e da que ainda está por escrever. Orgulho-me de ser portuguesa, sim.
Por outro lado, embora compreenda a reacção da Lunabloom, chamo a atenção para alguns factos a que ninguém parece ter ligado importância, na pressa de manifestar a sua revolta e rejeição:
1º - A dona dos cães vai emigrar, obedecendo aos incitamentos do primeiro-ministro que por desgraça nos calhou ter de aturar. Ora, se não é fácil emigrar e levar consigo qualquer animal, e ainda menos um par de cães gigantes que não se arrumam em qualquer lado, muito fácil teria sido abandoná-los num descampado qualquer, entregá-los no canil municipal com instruções para os abater, ou mesmo tentar fazer alguns cobres vendendo-os nos sites manhosos que existem para o efeito. Mas não, a pessoa deu-se ao trabalho de tentar arranjar-lhes lugar numa associação e novos donos através desta.
2º - A pessoa, que é, segundo as vossas nobres palavras, mais uma das tais incivilizadas, medíocres, etc., que povoam este país, até aceitou mandar castrar a cadela, abortando uma ninhada que, se a tal incivilizada e medíocre quisesse ou pudesse esperar, poderia render-lhe uns cobres para ajuda na viagem.
3º - Por último, um considerando desta medíocre, incivilizada, etc., meramente pessoal: o que eu gostaria mesmo de ver era tanta indignação estendida a todos os animais abandonados, independentemente da raça, credo, cor... desculpem, perdi-me.Queria eu dizer em relação a todos os animais rafeiros, não só aos de raça.
Agora, vamos ver cada vez mais animais abandonados, isso é certo. Com raça e sem ela. Animais, pura e simplesmente.
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pode ter só 3 ou 2 patas também.
EH pá o que aqui vai 
perante tantos abandonos