Estava num parque de estacionamento no Campo Grande, mesmo por debaixo da segunda circular, rodeada por imenso trânsito por todos os lados, como sabe quem conhece este sítio. Abrigava-se numa das bases do viaduto e escondia-se num buraco de escoamento de águas. Imagine-se o terror...
Foi um bocadinho difícil de a capturar porque, embora até se tivesse deixado tocar numa das vezes em que foi alimentada, estava muito receosa e escondia-se nos motores dos carros estacionados. Ao fim de umas horas, lá entrou na armadilha e deixou-se dormir lá dentro, sem a accionar. Deve ter achado que era, comparativamente, um bom abrigo. Mas lá acabou por pisar o pedal e conseguimos capturá-la.
Tinha uma coleirinha com guizo, razão pela qual não é de descartar que tenha donos à procura dela. Já foi colocado apelo no Encontra-me e vamos deixar folhetos nos veterinários da zona.
A Miti já foi ao veterinário e não tem chip. Terá 2/3 anos. Foi feita a primeira vacinação, mas ela está magrinha e um pouco desidratada. Além disso, recusa-se a comer outra coisa que não seja atum e fiambre e não defeca, pelo menos, desde o dia em que foi capturada. Tem uma ferida na zona do ânus que já está a cicatrizar.
A amiga que pediu ajuda para a captura e tem tido a Miti consigo desde terça-feira não tem hipóteses de a manter, pelo que, à falta de alternativa melhor, a Miti terá de vir para minha casa nos próximos dias. Mas como a minha lotação também já está esgotada (para além dos meus animais, tenho três gatinhas a aguardar adopção) e as condições em que poderei mantê-la não são as melhores, apelo com urgência a uma FAT ou a adopção -- tanto uma como a outra, responsáveis. Para ela não passar por mais bolandas, o ideal seria mesmo uma família definitiva que pudesse fazê-la feliz e apagar o que tem sofrido nos últimos tempos.
Resta acrescentar que a Miti se confirmou (já desconfiávamos) muito meiguinha. E é muito bonita. Espero que alguém se apaixone por ela muito rapidamente.




