Animais com Garantia

[CindelP]

E se lhe comprassem em cão, não para reprodução, mas cujo grau de doença lhe afectasse a qualidade de vida, e que requeresse uma intervenção cirúrgica?

Se fosse doença hereditaria, assumia toda as responsabilidades.

Como seria resolvido a situação, não sei. Dependeria de caso para caso, mas uma coisa garanto, não seria o cão a pagar pela situação

penso que nenhum apreciador de Mastim Napolitano gostaria de ter um cão de 30 kg de peso e de 50cm de altura, certo ?

Mas há alguem que goste do mastim napolitano no estado em que a raça está ?

[casadotrevo]

[quote=CindelP]
Mas há alguem que goste do mastim napolitano no estado em que a raça está ?
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Eu não, mas penso que sim, se não estaria de outra forma.

[CindelP]

Eu não, mas penso que sim, se não estaria de outra forma.

Pois é. A mim faz-me impressão ver uma raça, que supostamente deveria 100% funcional a nivel de guarda, transformada num gigantes que mal me mexem ... mas enfim, para que interessa a funcionalidade hoje em dia ?

[amg]

Recapitulando, mesmo fazendo tudo "by the book" qualquer criador está sujeito a ter a infelicidade de lhe aparecerem problemas hereditários nas suas criações. E nisso estamos todos de acordo

A questão principal aqui é que quem deveria assumir a responsabilidade quando tal acontece. Três possibilidades:
- Os donos, se se provar que não foram tomados cuidados para determinados factores que agravam a mesma doença
- O criador porque, embora tenha seguido uma boa linha de sangue, diminuindo os riscos de surgimento das ditas doenças, a doença é transmitida pela informação genética dos pais, sem a qual os factores atrás referidos não teriam qualquer influência nefasta no aparecimento da doença em causa.
- Dividir o mal pelas aldeias, e assumirem cada um parte da responsabilidade.

Para mim, parece-me claro como água, que desde que estas doenças se manifestem num prazo aceitável (um, dois anos) a responsabilidade deveria ir direitinha para o criador.
São os riscos da sua actividade. Cobra por um serviço e como tal tem que assumir responsabilidades pelo mesmo. Se fizer um bom trabalho seguramente que os casos serão tão poucos que não terão grande influência no resultado final.

[amg]

Se fosse doença hereditaria, assumia toda as responsabilidades.
Como seria resolvido a situação, não sei. Dependeria de caso para caso, mas uma coisa garanto, não seria o cão a pagar pela situação

Era só isto que eu estava a falar...

E será um criador assim que eu escolherei quando/se voltar a comprar um animal.

[casadotrevo]

Eu, é como já disse; desde que a reclamação venha acompanhada de exames e do parecer do veterinário a responsabilizar a carga genética, cá estamos para resolver.

Agora desde já aviso, os veterinários são mais lestos a falar do que a escrever.

[amg]

Eu, é como já disse; desde que a reclamação venha acompanhada de exames e do parecer do veterinário a responsabilizar a carga genética, cá estamos para resolver.

Agora desde já aviso, os veterinários são mais lestos a falar do que a escrever.

Fiz duas radiografias ao animal, cada uma delas acompanhada com o respectivo relatório (grau da doença, lesões visiveis, ângulos de Norberg-Olsson, etc.). Não tenho qualquer razão de queixas, um deles até me foi exigido pelo criador.

Deve de depender do profissionalismo de cada um.

[casadotrevo]

[quote=amg]
Fiz duas radiografias ao animal, cada uma delas acompanhada com o respectivo relatório (grau da doença, lesões visiveis, ângulos de Norberg-Olsson, etc.). Não tenho qualquer razão de queixas, um deles até me foi exigido pelo criador.

Deve de depender do profissionalismo de cada um.
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É como já disse, nunca duvidei da veracidade do seu caso. Quanto ao profissionalismo não tenha duvidas.

[mjoaomarques]

Para mim, parece-me claro como água, que desde que estas doenças se manifestem num prazo aceitável (um, dois anos) a responsabilidade deveria ir direitinha para o criador.

Quanto a mim e sem poder fundamentar porque nunca tive nem conheço nenhum cão a sofrer de displasia, este prazo parece-me um pouco alargado demais. Mas isso são pormenores.
Gostaria ainda de chamar a atenção de que estamos a falar da displasia de uma forma muito ligeira para que toda a gente entenda. Mas a questão é bem mais complicada, existindo vários graus de displasia alguns dos quais aceites para procriação. Tal como já foi referido em post anteriores, tudo se tornava mais fácil para o comprador se o grau de displasia fosse homologado no pedigree. É uma pena que os criadores não se unam para que a situação mude. Quando falo na displasia falo também das outras doenças hereditárias características das raças.

São os riscos da sua actividade. Cobra por um serviço e como tal tem que assumir responsabilidades pelo mesmo.

De acordo, se assumir que o cachorro é isento de ...

Se fizer um bom trabalho seguramente que os casos serão tão poucos que não terão grande influência no resultado final.

Completamente de acordo. E estou convencida que um criador sério não terá relutância em devolver o dinheiro ou oferecer outro cachorro, segundo a vontade do queixoso. Espero não ser ingenuidade minha.
Mas, se os compradores se informassem antes da compra que fazem, se exigissem as garantias dadas por escrito, tipo contrato, também muitas das situações desagradáveis não ocorreriam, certo?