Campanha de esterilização arranca em freguesias de Lisboa
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periquito FALCANITO
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Todos sabemos que, provávelmente, não vai adiantar nada.
Mas fica registado.
Desgraçados animais...
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<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>
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A questão dos cães do IPL parece estar encaminhada, muito por acção de uma aluna que se empenhou em salvá-los. Quem tiver facebook, pode ver nesta página: http://www.facebook.com/groups/434342126577683/
Alguns dos cães tinham chip e dono, outros irão ser recolhidos por associações.
Obrigada Floripes, aisd e a todos quantos se tenham manifestado.
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«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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Liliana, penso que o seu donativo já está confirmado no site da campanha. Verifique por favor no local que indiquei. Muito obrigada.Tassebem Escreveu:Liliana, muito obrigada. Quanto à confirmação, não sou eu que estou a fazer, mas no site indicado, na coluna da direita, carregue em «Alertas - Lisboa, custas do tribunal - Donativos». Depois, na parte de baixo da página, onde diz «Custas incumprimento», há-de aparecer a indicação do seu donativo.
Caso não venha a aparecer, diga-me, que eu contacto com a pessoa que está a fazer esse controlo.
Beijinho.

«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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«Canil / gatil de Lisboa – Obras novamente paradas
Maio 17, 2012
As obras do canil/gatil, que têm sempre decorrido no “pára-arranca”, e com as mais diversas promessas, por parte do vereador do pelouro, quanto à data de conclusão, estão de novo paradas por razões ainda não esclarecidas.
Ou seja, o cumprimento integral da sentença de Julho de 2011, pedido ao Tribunal Administrativo de Circulo de Lisboa (ver post de 8 de Abril) é urgente pois continuam cães no canil 1 presos pelo pescoço a correntes de 1 m e continuam a morrer gatos por doenças infecto-contagiosas.
Ainda recentemente, uma gatinha que o canil tinha ido recolher a casa das donas, sob um pretexto que se ignora, que nem chegou a estar no gatil uma semana e que quando saiu estava aparentemente bem, veio a morrer, ao fim de poucos dias, vitima de calicivírus sistémico.
Ora a alínea c) da sentença exige uma área destinada a quarentena que continua a não existir.
A direcção do canil não pode invocar qualquer iminência de conclusão das obras para não criar esta área JÁ porque o fim das obras não está à vista. Impõem-se URGENTES medidas sanitárias de desinfecção dos espaços ou então o canil suspende qualquer recolha de gatos mesmo nos casos permitidos pela sentença.
O que não é admissível é que o canil recolha gatos que sabe que estão condenados à morte pelo simples facto de entrarem nas suas instalações.
Não fosse a tragédia para os animais, e chegaria a ser caricato que uma entidade que é suposta zelar pelas condições sanitárias da cidade de Lisboa seja de facto um foco de doenças.»
in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/
Maio 17, 2012
As obras do canil/gatil, que têm sempre decorrido no “pára-arranca”, e com as mais diversas promessas, por parte do vereador do pelouro, quanto à data de conclusão, estão de novo paradas por razões ainda não esclarecidas.
Ou seja, o cumprimento integral da sentença de Julho de 2011, pedido ao Tribunal Administrativo de Circulo de Lisboa (ver post de 8 de Abril) é urgente pois continuam cães no canil 1 presos pelo pescoço a correntes de 1 m e continuam a morrer gatos por doenças infecto-contagiosas.
Ainda recentemente, uma gatinha que o canil tinha ido recolher a casa das donas, sob um pretexto que se ignora, que nem chegou a estar no gatil uma semana e que quando saiu estava aparentemente bem, veio a morrer, ao fim de poucos dias, vitima de calicivírus sistémico.
Ora a alínea c) da sentença exige uma área destinada a quarentena que continua a não existir.
A direcção do canil não pode invocar qualquer iminência de conclusão das obras para não criar esta área JÁ porque o fim das obras não está à vista. Impõem-se URGENTES medidas sanitárias de desinfecção dos espaços ou então o canil suspende qualquer recolha de gatos mesmo nos casos permitidos pela sentença.
O que não é admissível é que o canil recolha gatos que sabe que estão condenados à morte pelo simples facto de entrarem nas suas instalações.
Não fosse a tragédia para os animais, e chegaria a ser caricato que uma entidade que é suposta zelar pelas condições sanitárias da cidade de Lisboa seja de facto um foco de doenças.»
in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
Tassebem Escreveu:Liliana, penso que o seu donativo já está confirmado no site da campanha. Verifique por favor no local que indiquei. Muito obrigada.Tassebem Escreveu:Liliana, muito obrigada. Quanto à confirmação, não sou eu que estou a fazer, mas no site indicado, na coluna da direita, carregue em «Alertas - Lisboa, custas do tribunal - Donativos». Depois, na parte de baixo da página, onde diz «Custas incumprimento», há-de aparecer a indicação do seu donativo.
Caso não venha a aparecer, diga-me, que eu contacto com a pessoa que está a fazer esse controlo.
Beijinho.
Sim, já aparece no site. Obrigada. Bom fim de semana

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«Canil/gatil de Lisboa – CML ainda não entregou à AR o programa de bem- estar animal exigido pela sentença do Tribunal de Julho de 2011
Junho 30, 2012
Durante a visita do Deputado do BE, Pedro Filipe Soares, ao canil/gatil de Lisboa em 16 de Abril pp ( ver posts de 18 e de 20 de Abril), foi por este solicitado ao responsável técnico, Dr. Vasco Ribeiro, o Programa de bem estar animal ( alínea b) da sentença do Tribunal Administrativo de Circulo de Lisboa no âmbito da providência cautelar que transitou em julgado em Julho de 2011), o regulamento de funcionamento do canil e os documentos que sustentam a existência de um registo de observação diária dos animais. Foi-lhe indicado que devia solicitar essa informação por escrito, o que fez (requerimento 2369 AL/XII/1 BE).
Uma vez que não obteve resposta, o Deputado reapresentou, em 19 de Junho, idêntico requerimento que pode ser lido aqui
http://www.parlamento.pt/ActividadeParl ... ?BID=71250
O Programa de bem estar animal é uma das alíneas da sentença que consta do processo de incumprimento apresentado ao Tribunal (ver post de 8 de Abril).»
in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/
Junho 30, 2012
Durante a visita do Deputado do BE, Pedro Filipe Soares, ao canil/gatil de Lisboa em 16 de Abril pp ( ver posts de 18 e de 20 de Abril), foi por este solicitado ao responsável técnico, Dr. Vasco Ribeiro, o Programa de bem estar animal ( alínea b) da sentença do Tribunal Administrativo de Circulo de Lisboa no âmbito da providência cautelar que transitou em julgado em Julho de 2011), o regulamento de funcionamento do canil e os documentos que sustentam a existência de um registo de observação diária dos animais. Foi-lhe indicado que devia solicitar essa informação por escrito, o que fez (requerimento 2369 AL/XII/1 BE).
Uma vez que não obteve resposta, o Deputado reapresentou, em 19 de Junho, idêntico requerimento que pode ser lido aqui
http://www.parlamento.pt/ActividadeParl ... ?BID=71250
O Programa de bem estar animal é uma das alíneas da sentença que consta do processo de incumprimento apresentado ao Tribunal (ver post de 8 de Abril).»
in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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«A propósito do canil de Vila Fria : Grupo de Oeiras dirige carta aberta ao Presidente da Autarquia
Julho 27, 2012
Carta Aberta ao Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Dr. Isaltino Morais
Oeiras, 03 Julho 2012
Exmo. Sr. Dr. Isaltino Morais,
Aceite as nossas melhores saudações.
É muito provável que não receba esta nossa mensagem com o maior agrado e que o simples facto de ver o nome do nosso grupo o coloque numa disposição desconfortável, antecipando a possibilidade de críticas ou queixumes. Pedimos-lhe, portanto, a gentileza de nos dedicar alguma atenção e tentar ler esta mensagem até ao fim com o espírito aberto e observador, que queremos acreditar que tem.
Queremos, também, acreditar que o Sr. Dr. não nos tem na conta de uns quantos pobres de espírito que nada mais têm a fazer na vida que não seja preocupar-se com cães e gatos, mas sim de cidadãos conscientes, activos, inteligentes e civilizados, para quem a protecção dos mais fracos e dos indefesos é uma prioridade.
Cuidar dos animais é uma demonstração de civilização. Quanto mais inteligente e civilizada for uma pessoa, for um povo, for um país, mais se preocupa com o bem-estar, a segurança e a protecção dos animais.
Em última análise, é precisamente disso que se trata: de uma questão de inteligência.
Repare que todas as vozes que se têm erguido no mundo, ao longo das épocas, em defesa dos direitos dos animais, são de grandes homens, que tiveram os seus nomes inscritos na História da humanidade. Pensadores, grandes estadistas, filósofos, cientistas, mentes brilhantes que advogaram a defesa dos animais e da sua dignidade.
Repare, também, que os povos mais atrasados, os países mais incivilizados, são aqueles onde os animais mais sofrem e mais são desprezados. Não há dúvidas, como bem mencionou Ghandi, que “a grandeza de uma nação e o seu progresso moral podem ser avaliados pelo modo como os seus animais são tratados.”
Quem queremos ser, e a forma como queremos ser recordados, está nas nossas mãos. Muitas vezes, temos de caminhar sozinhos, contra correntes retrógradas e incivilizadas. Outras vezes encontramos no nosso caminho ajuda inesperada. Gente que não se importa de estar ao nosso lado para nos ajudar a alcançar um bem maior e engrandecer o nosso nome. Creia em nós como essa gente que quer ajudá-lo, ajudando os animais, demonstrando ao país e ao mundo a inteligência e a civilização de um governo local, que pode demonstrar ser maior e mais eficiente do que o próprio Estado. Acompanhe-nos, também, e ajude-nos a ser melhores e a fazer melhor.
Somos, sem dúvida, um país atrasado em muitas vertentes. Um país de gente desinformada e às vezes até ignorante. Mas é dever de quem sabe mais, de quem vê mais longe, ensinar, orientar, liderar.
Mas só é possível ajudar quem quer ser ajudado.
Lamentavelmente, os anos vão passando e as alterações, as soluções, as melhorias, não acontecem. Será porquê, Sr. Dr.? Tem ao seu lado gente capaz? Será altura de fazer mudanças naqueles que o acompanham e aconselham? Ou trata-se apenas de falta de vontade, pura e simples?
Dir-nos-á que houve agora uma melhoria. Que se inaugurou um canil com melhores condições. Que continuamos a queixar-nos e que nada nos serve… não. Não nos serve, Sr. Dr., tal como não deveria servir-lhe a si. Os seus olhos e a sua inteligência não são diferentes dos nossos. Vemos as mesmas coisas e temos a mesma capacidade para pensar sobre elas.
É melhor? Qualquer coisa é melhor do que o matadouro onde se amontoaram animais nas mais ignóbeis condições durante tantos anos.
Isto chega? Não. Não chega. Dir-nos-á que é uma situação de carácter transitório, mas mesmo para um carácter transitório não chega.
Não está bem feito, não assegura o bem-estar dos animais que dependem inteiramente do nosso cuidado e protecção. Que dependem de si. De si, senhor Doutor, porque o senhor é a figura máxima do Concelho. Não são os seus vereadores, é o senhor. A derradeira responsabilidade é sua. O nome em cheque é o seu.
Comecemos pelo princípio, e o princípio foi mau.
Uma inauguração feita a uma quinta-feira às onze da manhã impede qualquer cidadão activo e trabalhador de estar presente.
Quem desenhou, analisou, concebeu e desenvolveu este projecto de canil provisório? As pessoas que conhecem bem a realidade e as necessidades dos animais foram consultadas?
Não nos parece, porque existem erros crassos na concepção dos espaços. Qualquer falta de consulta e pedido de aconselhamento e orientação só pode dever-se a falta de Vontade, porque todos os que protegem e cuidam de animais no nosso círculo estão à inteira disposição da sua Câmara e dos Vereadores responsáveis pela área dos animais.
Para a Câmara Municipal de Oeiras os animais valem menos do que um apartamento T1 numa zona pobre? A Câmara só tinha 20 mil euros para gastar num projecto desta importância e envergadura?
O senhor, que tem com toda a certeza um bom poder de análise e raciocínio, olhou para a obra feita e considerou-a adequada e suficiente?
O senhor sabe que existe Lei definida sobre as condições mínimas para alojamento de animais?
Sabe que os animais são seres vivos com necessidades básicas de protecção que têm de ser cumpridas? Que sofrem com o calor e com o frio?
O senhor, no seu discurso de inauguração do canil “provisório”, levantou (talvez inconscientemente, mas o nosso subconsciente tem muito que se lhe diga) uma questão pertinente ao dizer “estão ali os homens dos animais, eu espero que eles gostem de animais, quem não gosta tem dificuldade…”
Como são escolhidas as pessoas que lidam com os animais? Que competências têm? Que sensibilidade, conhecimentos e formação têm?
Acreditamos que nem o senhor saiba isso, porque não diria “espero que gostem de animais” se assim fosse, e porque é inconcebível ter gente a tratar de animais sem gostar deles!
Mas houve outra coisa dita por si que nos preocupa quanto ao carácter “provisório” deste pseudo-canil: “Agora as palmeiras estão pequeninas, mas vão crescendo.”
Esperamos que os animais não estejam onde estão quando as palmeiras crescerem, Sr. Dr., porque uma palmeira demora pelo menos dez anos a crescer. Este canil, mesmo com melhores condições do que aquelas que agora apresenta, só deverá manter-se por um ano, no máximo 18 meses, contando com atrasos na construção das instalações definitivas.
Já não falamos sequer no facto de a escolha de árvores ter sido inadequada, pois as palmeiras não são árvores de sombra, tão necessárias para refrescar o ambiente, principalmente em locais que albergam animais.
Outra questão de extrema importância reflecte-se numa ausência notória: qual é o espaço destinado à protecção dos gatos?
Não há gatil. Não há instalações para acolher gatos, nem há sinais de instalações que possam estar a ser construídas para esse fim. Através das fotografias tiradas no local verificamos a existência de uma espécie de jaula inacabada e vazia que não poderá, em absoluto, servir para o fim de acolhimento de gatos. Portanto, não há infra-estruturas concebidas ou adequadas a manter gatos em protecção. Há estas estruturas projectadas? Em que moldes? Para quando?
Todos os canis e gatis devem possuir duas áreas distintas, uma interior e outra exterior, e de preferência serem construídos junto a zonas arborizadas, para usufruírem da sombra, ou terem árvores plantadas na área circundante.
As zonas interiores devem possuir uma cama/repouso, comedouros e bebedouros e, no caso dos gatos, zonas de ginásio para trepar e arranhar as unhas. Devem ter espaço suficiente para os animais se moverem, boa circulação de ar e devem ser climatizadas, permitindo aos animais proteger-se da chuva, do frio e do calor.
As zonas exteriores devem ser construídas voltadas a nascente, de modo a usufruir dos raios de sol matinais, mas tendo protecção de sombra a partir das onze horas da manhã. O parque exterior dos canis deve ter espaço suficiente para o animal se exercitar, e o dos gatis deve ter zonas de sol e sombra e diferentes níveis em altura. O exterior deve ser concebido com escoamento de água da chuva e de lavagens, geralmente constituído por um ralo ou rasgo que conduza a escoadouro principal.
Em anexo enviamos-lhe alguns exemplos do que deve ser um canil e um gatil. Estes modelos deveriam ter sido seguidos neste canil provisório de Vila Fria, usando materiais modulares e pré-fabricados que posteriormente poderiam ser desmontados e integrados no projecto final, em complemento das estruturas definitivas que fossem criadas em alvenaria. Poderiam, inclusive, tornar-se posteriormente áreas de quarentena, por exemplo. Portanto, um investimento reaproveitável.
Em resumo, o canil “provisório” agora apresentado em Vila Fria não satisfaz, é apenas o mínimo exigível (apesar de ser obviamente melhor do que as condições absolutamente deploráveis e desumanas que existiam em Paço de Arcos), e as condições que apresenta não protegem os animais nem zelam pelo seu bem-estar. É um canil obviamente não legalizado e não-legalizável. Considerando que os animais devem ser naturalmente tratados com dignidade, suscita admiração a satisfação que demonstrou por esta obra.
Estará a pensar que “é provisório”. Tem razão, a indicação dada é essa, mas suscita nova questão: se este é provisório, para quando o canil/gatil definitivo? E para onde?
No seu discurso referiu que o processo estava inquinado pelo problema do terreno que “tinha vindo à posse da Câmara Municipal numa espécie de doação, a empresa que o tinha entregue à Câmara faliu”… a que terreno estava a referir-se? À Quinta Carbone? À Serra de Carnaxide? Ao Bairro dos Navegadores em Porto Salvo? O da Serra de Carnaxide não será, pois é pertença da Câmara… portanto, que mais se está a passar com a Quinta Carbone e o Instituto Zoófilo, no já longo rol de transacções, vendas milionárias, promessas de permuta, avanços e recuos que têm acontecido de há 12 anos a esta parte?
Na mesma sequência, que “espécie de doação” é referida? Será o incidente com a Quinta Carbone…? Há escrituras? Há protocolos?
Estamos certos que o Sr. Dr. considera, como nós, ter já sido ultrapassado todo o limite de decência, bom-senso e paciência nos atrasos reiterados e sucessivos na criação de condições dignas e capazes para os animais do nosso Concelho.
Temos todas as condições para ser um exemplo para o nosso país e até para o Mundo, criando condições para o tratamento e alojamento dos animais recolhidos pela Câmara, com uma boa divulgação para adopção, e para a implementação da figura do animal comunitário, principalmente no que refere colónias de gatos, que podem e devem ser tratadas, testadas a doenças transmissíveis entre felinos, esterilizadas, estabilizadas e posteriormente protegidas, alimentadas e monitorizadas. Pelo que nos foi transmitido em reunião com o Dignº. Vereador, sabemos que estamos no bom caminho, mas continuamos a esperar os desenvolvimentos do tão importante programa RED (Recolha, Esterilização e Devolução), que irá marcar o início de uma nova era na protecção, tratamento e monitorização dos animais no Concelho de Oeiras.
A única explicação para que Oeiras ainda esteja na Idade da Pedra da Protecção Animal é a falta de Vontade dos políticos e responsáveis.
É uma vergonha para o Concelho a que o Sr. Dr. preside a forma como os animais são maltratados e desprezados, porque não tenha dúvida que a civilização de uma Nação e de um povo se vê na forma como os seus animais são tratados.
Os políticos deviam sempre lembrar-se de uma coisa: os animais não votam, mas nós votamos. E todos os grandes movimentos da História começam com apenas uma voz, que se multiplica e cresce, e que pode tornar-se num clamor de muitos milhares de vozes.
Nós não desistimos, Senhor Doutor.
Porque eles não têm voz. Porque são frágeis e indefesos. Porque dependem de nós. Porque não há cães vadios, há cães que os donos abandonaram nas ruas. E porque “a compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de carácter e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais, não pode ser um bom homem.”
Ficamos a aguardar a sua amável e rápida reacção a esta nossa missiva, e a sua resposta a todas as questões que aqui lhe são colocadas.
Estamos à sua total disposição para um encontro informal, ou uma reunião formal, como preferir, para de uma vez por todas podermos chegar a bom porto com esta questão tão importante.
Com os nossos melhores cumprimentos,
P’lo Oeiras 4Pets »
in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/
Julho 27, 2012
Carta Aberta ao Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Dr. Isaltino Morais
Oeiras, 03 Julho 2012
Exmo. Sr. Dr. Isaltino Morais,
Aceite as nossas melhores saudações.
É muito provável que não receba esta nossa mensagem com o maior agrado e que o simples facto de ver o nome do nosso grupo o coloque numa disposição desconfortável, antecipando a possibilidade de críticas ou queixumes. Pedimos-lhe, portanto, a gentileza de nos dedicar alguma atenção e tentar ler esta mensagem até ao fim com o espírito aberto e observador, que queremos acreditar que tem.
Queremos, também, acreditar que o Sr. Dr. não nos tem na conta de uns quantos pobres de espírito que nada mais têm a fazer na vida que não seja preocupar-se com cães e gatos, mas sim de cidadãos conscientes, activos, inteligentes e civilizados, para quem a protecção dos mais fracos e dos indefesos é uma prioridade.
Cuidar dos animais é uma demonstração de civilização. Quanto mais inteligente e civilizada for uma pessoa, for um povo, for um país, mais se preocupa com o bem-estar, a segurança e a protecção dos animais.
Em última análise, é precisamente disso que se trata: de uma questão de inteligência.
Repare que todas as vozes que se têm erguido no mundo, ao longo das épocas, em defesa dos direitos dos animais, são de grandes homens, que tiveram os seus nomes inscritos na História da humanidade. Pensadores, grandes estadistas, filósofos, cientistas, mentes brilhantes que advogaram a defesa dos animais e da sua dignidade.
Repare, também, que os povos mais atrasados, os países mais incivilizados, são aqueles onde os animais mais sofrem e mais são desprezados. Não há dúvidas, como bem mencionou Ghandi, que “a grandeza de uma nação e o seu progresso moral podem ser avaliados pelo modo como os seus animais são tratados.”
Quem queremos ser, e a forma como queremos ser recordados, está nas nossas mãos. Muitas vezes, temos de caminhar sozinhos, contra correntes retrógradas e incivilizadas. Outras vezes encontramos no nosso caminho ajuda inesperada. Gente que não se importa de estar ao nosso lado para nos ajudar a alcançar um bem maior e engrandecer o nosso nome. Creia em nós como essa gente que quer ajudá-lo, ajudando os animais, demonstrando ao país e ao mundo a inteligência e a civilização de um governo local, que pode demonstrar ser maior e mais eficiente do que o próprio Estado. Acompanhe-nos, também, e ajude-nos a ser melhores e a fazer melhor.
Somos, sem dúvida, um país atrasado em muitas vertentes. Um país de gente desinformada e às vezes até ignorante. Mas é dever de quem sabe mais, de quem vê mais longe, ensinar, orientar, liderar.
Mas só é possível ajudar quem quer ser ajudado.
Lamentavelmente, os anos vão passando e as alterações, as soluções, as melhorias, não acontecem. Será porquê, Sr. Dr.? Tem ao seu lado gente capaz? Será altura de fazer mudanças naqueles que o acompanham e aconselham? Ou trata-se apenas de falta de vontade, pura e simples?
Dir-nos-á que houve agora uma melhoria. Que se inaugurou um canil com melhores condições. Que continuamos a queixar-nos e que nada nos serve… não. Não nos serve, Sr. Dr., tal como não deveria servir-lhe a si. Os seus olhos e a sua inteligência não são diferentes dos nossos. Vemos as mesmas coisas e temos a mesma capacidade para pensar sobre elas.
É melhor? Qualquer coisa é melhor do que o matadouro onde se amontoaram animais nas mais ignóbeis condições durante tantos anos.
Isto chega? Não. Não chega. Dir-nos-á que é uma situação de carácter transitório, mas mesmo para um carácter transitório não chega.
Não está bem feito, não assegura o bem-estar dos animais que dependem inteiramente do nosso cuidado e protecção. Que dependem de si. De si, senhor Doutor, porque o senhor é a figura máxima do Concelho. Não são os seus vereadores, é o senhor. A derradeira responsabilidade é sua. O nome em cheque é o seu.
Comecemos pelo princípio, e o princípio foi mau.
Uma inauguração feita a uma quinta-feira às onze da manhã impede qualquer cidadão activo e trabalhador de estar presente.
Quem desenhou, analisou, concebeu e desenvolveu este projecto de canil provisório? As pessoas que conhecem bem a realidade e as necessidades dos animais foram consultadas?
Não nos parece, porque existem erros crassos na concepção dos espaços. Qualquer falta de consulta e pedido de aconselhamento e orientação só pode dever-se a falta de Vontade, porque todos os que protegem e cuidam de animais no nosso círculo estão à inteira disposição da sua Câmara e dos Vereadores responsáveis pela área dos animais.
Para a Câmara Municipal de Oeiras os animais valem menos do que um apartamento T1 numa zona pobre? A Câmara só tinha 20 mil euros para gastar num projecto desta importância e envergadura?
O senhor, que tem com toda a certeza um bom poder de análise e raciocínio, olhou para a obra feita e considerou-a adequada e suficiente?
O senhor sabe que existe Lei definida sobre as condições mínimas para alojamento de animais?
Sabe que os animais são seres vivos com necessidades básicas de protecção que têm de ser cumpridas? Que sofrem com o calor e com o frio?
O senhor, no seu discurso de inauguração do canil “provisório”, levantou (talvez inconscientemente, mas o nosso subconsciente tem muito que se lhe diga) uma questão pertinente ao dizer “estão ali os homens dos animais, eu espero que eles gostem de animais, quem não gosta tem dificuldade…”
Como são escolhidas as pessoas que lidam com os animais? Que competências têm? Que sensibilidade, conhecimentos e formação têm?
Acreditamos que nem o senhor saiba isso, porque não diria “espero que gostem de animais” se assim fosse, e porque é inconcebível ter gente a tratar de animais sem gostar deles!
Mas houve outra coisa dita por si que nos preocupa quanto ao carácter “provisório” deste pseudo-canil: “Agora as palmeiras estão pequeninas, mas vão crescendo.”
Esperamos que os animais não estejam onde estão quando as palmeiras crescerem, Sr. Dr., porque uma palmeira demora pelo menos dez anos a crescer. Este canil, mesmo com melhores condições do que aquelas que agora apresenta, só deverá manter-se por um ano, no máximo 18 meses, contando com atrasos na construção das instalações definitivas.
Já não falamos sequer no facto de a escolha de árvores ter sido inadequada, pois as palmeiras não são árvores de sombra, tão necessárias para refrescar o ambiente, principalmente em locais que albergam animais.
Outra questão de extrema importância reflecte-se numa ausência notória: qual é o espaço destinado à protecção dos gatos?
Não há gatil. Não há instalações para acolher gatos, nem há sinais de instalações que possam estar a ser construídas para esse fim. Através das fotografias tiradas no local verificamos a existência de uma espécie de jaula inacabada e vazia que não poderá, em absoluto, servir para o fim de acolhimento de gatos. Portanto, não há infra-estruturas concebidas ou adequadas a manter gatos em protecção. Há estas estruturas projectadas? Em que moldes? Para quando?
Todos os canis e gatis devem possuir duas áreas distintas, uma interior e outra exterior, e de preferência serem construídos junto a zonas arborizadas, para usufruírem da sombra, ou terem árvores plantadas na área circundante.
As zonas interiores devem possuir uma cama/repouso, comedouros e bebedouros e, no caso dos gatos, zonas de ginásio para trepar e arranhar as unhas. Devem ter espaço suficiente para os animais se moverem, boa circulação de ar e devem ser climatizadas, permitindo aos animais proteger-se da chuva, do frio e do calor.
As zonas exteriores devem ser construídas voltadas a nascente, de modo a usufruir dos raios de sol matinais, mas tendo protecção de sombra a partir das onze horas da manhã. O parque exterior dos canis deve ter espaço suficiente para o animal se exercitar, e o dos gatis deve ter zonas de sol e sombra e diferentes níveis em altura. O exterior deve ser concebido com escoamento de água da chuva e de lavagens, geralmente constituído por um ralo ou rasgo que conduza a escoadouro principal.
Em anexo enviamos-lhe alguns exemplos do que deve ser um canil e um gatil. Estes modelos deveriam ter sido seguidos neste canil provisório de Vila Fria, usando materiais modulares e pré-fabricados que posteriormente poderiam ser desmontados e integrados no projecto final, em complemento das estruturas definitivas que fossem criadas em alvenaria. Poderiam, inclusive, tornar-se posteriormente áreas de quarentena, por exemplo. Portanto, um investimento reaproveitável.
Em resumo, o canil “provisório” agora apresentado em Vila Fria não satisfaz, é apenas o mínimo exigível (apesar de ser obviamente melhor do que as condições absolutamente deploráveis e desumanas que existiam em Paço de Arcos), e as condições que apresenta não protegem os animais nem zelam pelo seu bem-estar. É um canil obviamente não legalizado e não-legalizável. Considerando que os animais devem ser naturalmente tratados com dignidade, suscita admiração a satisfação que demonstrou por esta obra.
Estará a pensar que “é provisório”. Tem razão, a indicação dada é essa, mas suscita nova questão: se este é provisório, para quando o canil/gatil definitivo? E para onde?
No seu discurso referiu que o processo estava inquinado pelo problema do terreno que “tinha vindo à posse da Câmara Municipal numa espécie de doação, a empresa que o tinha entregue à Câmara faliu”… a que terreno estava a referir-se? À Quinta Carbone? À Serra de Carnaxide? Ao Bairro dos Navegadores em Porto Salvo? O da Serra de Carnaxide não será, pois é pertença da Câmara… portanto, que mais se está a passar com a Quinta Carbone e o Instituto Zoófilo, no já longo rol de transacções, vendas milionárias, promessas de permuta, avanços e recuos que têm acontecido de há 12 anos a esta parte?
Na mesma sequência, que “espécie de doação” é referida? Será o incidente com a Quinta Carbone…? Há escrituras? Há protocolos?
Estamos certos que o Sr. Dr. considera, como nós, ter já sido ultrapassado todo o limite de decência, bom-senso e paciência nos atrasos reiterados e sucessivos na criação de condições dignas e capazes para os animais do nosso Concelho.
Temos todas as condições para ser um exemplo para o nosso país e até para o Mundo, criando condições para o tratamento e alojamento dos animais recolhidos pela Câmara, com uma boa divulgação para adopção, e para a implementação da figura do animal comunitário, principalmente no que refere colónias de gatos, que podem e devem ser tratadas, testadas a doenças transmissíveis entre felinos, esterilizadas, estabilizadas e posteriormente protegidas, alimentadas e monitorizadas. Pelo que nos foi transmitido em reunião com o Dignº. Vereador, sabemos que estamos no bom caminho, mas continuamos a esperar os desenvolvimentos do tão importante programa RED (Recolha, Esterilização e Devolução), que irá marcar o início de uma nova era na protecção, tratamento e monitorização dos animais no Concelho de Oeiras.
A única explicação para que Oeiras ainda esteja na Idade da Pedra da Protecção Animal é a falta de Vontade dos políticos e responsáveis.
É uma vergonha para o Concelho a que o Sr. Dr. preside a forma como os animais são maltratados e desprezados, porque não tenha dúvida que a civilização de uma Nação e de um povo se vê na forma como os seus animais são tratados.
Os políticos deviam sempre lembrar-se de uma coisa: os animais não votam, mas nós votamos. E todos os grandes movimentos da História começam com apenas uma voz, que se multiplica e cresce, e que pode tornar-se num clamor de muitos milhares de vozes.
Nós não desistimos, Senhor Doutor.
Porque eles não têm voz. Porque são frágeis e indefesos. Porque dependem de nós. Porque não há cães vadios, há cães que os donos abandonaram nas ruas. E porque “a compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de carácter e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais, não pode ser um bom homem.”
Ficamos a aguardar a sua amável e rápida reacção a esta nossa missiva, e a sua resposta a todas as questões que aqui lhe são colocadas.
Estamos à sua total disposição para um encontro informal, ou uma reunião formal, como preferir, para de uma vez por todas podermos chegar a bom porto com esta questão tão importante.
Com os nossos melhores cumprimentos,
P’lo Oeiras 4Pets »
in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
O Isaltino é Doutor?
Quem diria!...
Quanto ao canil novo de Vila Fria... Há uns largos meses passei à porta desse sítio, e aquilo pareceu-me um deserto, um baldio desprezado e triste, batido pelo sol e pelo vento. Talvez fosse do dia, eu não estava num dos meus melhores, é um facto. Mas nada lá vi que prenunciasse um canil, bom ou mau. Apenas vislumbrei o que pareceu um degradado casinhoto de porteiro junto a uma vedação de arame, ou rede, que separava o terreno da estrada.
E pelo texto acima parece que o que quer que seja que lá foi construído depois não melhorou nada a paisagem...
Talvez o Moita Flores faça melhor, transferindo para ali o seu gosto pelas touradas e as arquitecturas industriais do fim do século XIX, quem sabe?

Quanto ao canil novo de Vila Fria... Há uns largos meses passei à porta desse sítio, e aquilo pareceu-me um deserto, um baldio desprezado e triste, batido pelo sol e pelo vento. Talvez fosse do dia, eu não estava num dos meus melhores, é um facto. Mas nada lá vi que prenunciasse um canil, bom ou mau. Apenas vislumbrei o que pareceu um degradado casinhoto de porteiro junto a uma vedação de arame, ou rede, que separava o terreno da estrada.
E pelo texto acima parece que o que quer que seja que lá foi construído depois não melhorou nada a paisagem...
Talvez o Moita Flores faça melhor, transferindo para ali o seu gosto pelas touradas e as arquitecturas industriais do fim do século XIX, quem sabe?
<p>Olá, eu sou a... Floripes3 que já foi 2. :mrgreen:</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
Pois, a malta tem que estar atenta. Seria uma tragédia, ainda maior, para os animais, se o montaflores ganhassesarina Escreveu:Isto com o Moita Flores ainda vai dar mais espectáculo!![]()
Não contem comigo! Só oportunistas, de mala às costas para onde der mais...
![]()

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«Lisboa – Vereador impede pagamento dos pneus vandalizados no parque de estacionamento do canil/gatil
O vereador Sá Fernandes indeferiu o pagamento dos 4 pneus perfurados com objecto cortante quando estavam estacionados no parque de estacionamento do canil/gatil.
O acto de vandalismo foi perpetrado em 5/12/2011, quando a autora da providência cautelar e uma voluntária do Grupo de Lisboa efectuaram uma visita ao canil (ver post de 8 de Dezembro) que permitiu constatar que os seus responsáveis não estavam a cumprir as determinações do tribunal destinadas a melhorar o bem-estar dos cães e gatos que aí se encontram detidos.
Sá Fernandes, em despachos exarados em 5 e 21 de Junho p.p., concordou com a argumentação do Chefe do Departamento, Eng.º Victor Vieira, que levantava a dúvida de que os pneus tivessem sido furados no parque “uma vez que se desconhecia o estado em que se encontravam os pneus das viaturas quando foram parqueadas” e negava a responsabilidade da CML pelo acto.
Este parecer foi no sentido inverso à da Instrutora do processo, Dr.ª Carla Batista, que se pronunciou pelo pagamento dos pneus às requerentes.
Nas contestações apresentadas pelas requerentes pode ler-se, nomeadamente:
“Ambos os carros, em dois dos seus pneus, do mesmo lado, o direito, estavam perfurados com cortes semelhantes, provocados pelo mesmo tipo de instrumento cortante [os 4 pneus foram entregues à Exma. Instrutora]. Uma vez que as viaturas estavam estacionadas de frente para o muro do parque de estacionamento, o facto de os pneus vandalizados serem os do lado direito terá permitido ao autor(a) ficar encoberto enquanto praticou o acto. Aliás, havendo outros carros no parque, só os da requerente e da sua acompanhante foram vandalizados, o que demonstra uma intenção clara de causar prejuízo a estas pessoas e não a outras.
Neste contexto e circunstancialismo, é de elementar bom senso admitir, com absoluta razoabilidade, que os 4 pneus (dois em cada carro) foram furados neste parque, o do canil/gatil, que é um parque de estacionamento providenciado pela CML.
Trata-se (o parque de estacionamento) de um espaço que é propriedade/ou utilizado da/pela CML, vigiado 24horas por dia.”
E ainda:
“Como refere a Exma. Instrutora, a Lei n.º 67/2007, de 31 de Dez.º, alterada pela Lei nº 31/2008, de 17 de Julho, enquadra estes factos, ocorridos no parque de estacionamento propriedade da CML, em sede da responsabilidade civil extracontratual do Estado e demais pessoas colectivas públicas, ou seja, in casu, porque os danos verificados no automóvel da requerente ocorreram num parque de estacionamento de que é proprietária a CML, esta tem o dever de os ressarcir.”
Já nenhuma atitude dos responsáveis pelo canil/gatil nos surpreendem. Nem temos já qualificativos para tais atitudes.
E no fim os nossos pensamentos vão sempre para os animais indefesos. Todos sabemos concluir o que aqui omitimos.»
in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/
O vereador Sá Fernandes indeferiu o pagamento dos 4 pneus perfurados com objecto cortante quando estavam estacionados no parque de estacionamento do canil/gatil.
O acto de vandalismo foi perpetrado em 5/12/2011, quando a autora da providência cautelar e uma voluntária do Grupo de Lisboa efectuaram uma visita ao canil (ver post de 8 de Dezembro) que permitiu constatar que os seus responsáveis não estavam a cumprir as determinações do tribunal destinadas a melhorar o bem-estar dos cães e gatos que aí se encontram detidos.
Sá Fernandes, em despachos exarados em 5 e 21 de Junho p.p., concordou com a argumentação do Chefe do Departamento, Eng.º Victor Vieira, que levantava a dúvida de que os pneus tivessem sido furados no parque “uma vez que se desconhecia o estado em que se encontravam os pneus das viaturas quando foram parqueadas” e negava a responsabilidade da CML pelo acto.
Este parecer foi no sentido inverso à da Instrutora do processo, Dr.ª Carla Batista, que se pronunciou pelo pagamento dos pneus às requerentes.
Nas contestações apresentadas pelas requerentes pode ler-se, nomeadamente:
“Ambos os carros, em dois dos seus pneus, do mesmo lado, o direito, estavam perfurados com cortes semelhantes, provocados pelo mesmo tipo de instrumento cortante [os 4 pneus foram entregues à Exma. Instrutora]. Uma vez que as viaturas estavam estacionadas de frente para o muro do parque de estacionamento, o facto de os pneus vandalizados serem os do lado direito terá permitido ao autor(a) ficar encoberto enquanto praticou o acto. Aliás, havendo outros carros no parque, só os da requerente e da sua acompanhante foram vandalizados, o que demonstra uma intenção clara de causar prejuízo a estas pessoas e não a outras.
Neste contexto e circunstancialismo, é de elementar bom senso admitir, com absoluta razoabilidade, que os 4 pneus (dois em cada carro) foram furados neste parque, o do canil/gatil, que é um parque de estacionamento providenciado pela CML.
Trata-se (o parque de estacionamento) de um espaço que é propriedade/ou utilizado da/pela CML, vigiado 24horas por dia.”
E ainda:
“Como refere a Exma. Instrutora, a Lei n.º 67/2007, de 31 de Dez.º, alterada pela Lei nº 31/2008, de 17 de Julho, enquadra estes factos, ocorridos no parque de estacionamento propriedade da CML, em sede da responsabilidade civil extracontratual do Estado e demais pessoas colectivas públicas, ou seja, in casu, porque os danos verificados no automóvel da requerente ocorreram num parque de estacionamento de que é proprietária a CML, esta tem o dever de os ressarcir.”
Já nenhuma atitude dos responsáveis pelo canil/gatil nos surpreendem. Nem temos já qualificativos para tais atitudes.
E no fim os nossos pensamentos vão sempre para os animais indefesos. Todos sabemos concluir o que aqui omitimos.»
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«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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Precisamente. Foi-se até ao limite do possível, com muitas audiências e correspondência entregue e trocada, muito tempo e voltas despendidas -- para não falar do custo dos pneus, que tiveram de ser substituídos logo por novos (os que foram vandalizados ficaram inutilizados, foram cortados com x-acto, segundo a polícia, num sítio onde era mesmo para inutilizar; sabiam o que estavam a fazer).
Um dos carros ainda andou uns quilómetros, os pneus não esvaziaram imediatamente. E se tem havido um acidente?
Mas como temos uma justiça só para ricos e poderosos, infelizmente temos de ficar assim.
O mais curioso, e que não posso deixar de sublinhar, é que a advogada da CML que instruiu o processo achou que a câmara deveria pagar... Chegou a pedir os dados bancários para fazer a transferência.
As queixas-crime feitas contra desconhecidos -- mas funcionários do canil, uma vez que não houve mais visitas ao mesmo no período em que os pneus foram furados -- também foram arquivadas. Nem foi feita inquirição ao pessoal do canil que se encontrava lá, nesse dia e àquela hora.
Dá para ver também (se não soubéssemos já) a qualidade de alguma gente que o canil emprega.
Um dos carros ainda andou uns quilómetros, os pneus não esvaziaram imediatamente. E se tem havido um acidente?
Mas como temos uma justiça só para ricos e poderosos, infelizmente temos de ficar assim.
O mais curioso, e que não posso deixar de sublinhar, é que a advogada da CML que instruiu o processo achou que a câmara deveria pagar... Chegou a pedir os dados bancários para fazer a transferência.
As queixas-crime feitas contra desconhecidos -- mas funcionários do canil, uma vez que não houve mais visitas ao mesmo no período em que os pneus foram furados -- também foram arquivadas. Nem foi feita inquirição ao pessoal do canil que se encontrava lá, nesse dia e àquela hora.
Dá para ver também (se não soubéssemos já) a qualidade de alguma gente que o canil emprega.
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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Isaltino Morais frequentou a Faculdade de Direito de Lisboa, até que, depois de se ter licenciado, se tornou magistrado do Ministério Público no Centro de Estudos Judiciários. Foi ainda magistrado do Ministério Público com atividade no campo do Direito da Família, Menores, Trabalho e Criminal entre 1981 e 1985.Floripes3 Escreveu:O Isaltino é Doutor?Quem diria!... ?
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«APAAE lança proposta às associações animais:Esterilizações/Castrações em regime de campanha oficial
Agosto 19, 2012
Recebemos da APAAE (Associação de Protecção e Apoio ao Animal Errante- Castelo Branco) o seguinte e-mail :
Estimada Associação de Proteção Animal:
A APAAE, apela a todas as Associações que escrevam á sra. Ministra da Agricultura para que sejam realizadas, em REGIME OFICIAL, campanhas de esterilização e castração de animais de companhia (cães/gatos).
As esterilizações de animais deverão ser realizadas pelos VETERINÁRIOS MUNICIPAIS, profissionais competentes para o efeito e que já são funcionários públicos, logo não há oneração nas despesas do Estado. Esterilizar, constitui um procedimento menos dispendioso que eutanasiar e com mais resultados a médio prazo.
Cada Associação, por si só, faz muito mas todos juntos temos uma voz mais forte para mudarmos o que tem de ser mudado. Este é um problema humanitário e de saúde pública que não pode depender, exclusivamente, da especulação do setor privado da actividade médico-veterinária, ou da boa vontade das Associações, amigos e protetores de animais.
Simultaneamente, deverão ser criados CONSULTÓRIOS VETERINÁRIOS MUNICIPAIS, para que se crie uma alternativa acessível a qualquer cidadão em termos de primeiros cuidados veterinários aos seus animais e quebre a dependência da exclusividade do setor privado, o único acessível aos donos em Portugal e onde são praticados preços, frequentemente, acima das posses da maioria dos donos o que, cada vez mais, leva ao abandono de animais doentes.
Vamos todos escrever á sra. Ministra da Agricultura!!!!! Uma CARTA tem um peso maior do que um e-mail.
Vamos todos juntos lutar por uma solução justa e humanitária de controlo da superpopulação animal!
MORADA: Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território
1149 – 010 Lisboa
P’la APAAE
Maria do Rosário Ferreira de almeida
( Presidente da Direção)»
in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/
Agosto 19, 2012
Recebemos da APAAE (Associação de Protecção e Apoio ao Animal Errante- Castelo Branco) o seguinte e-mail :
Estimada Associação de Proteção Animal:
A APAAE, apela a todas as Associações que escrevam á sra. Ministra da Agricultura para que sejam realizadas, em REGIME OFICIAL, campanhas de esterilização e castração de animais de companhia (cães/gatos).
As esterilizações de animais deverão ser realizadas pelos VETERINÁRIOS MUNICIPAIS, profissionais competentes para o efeito e que já são funcionários públicos, logo não há oneração nas despesas do Estado. Esterilizar, constitui um procedimento menos dispendioso que eutanasiar e com mais resultados a médio prazo.
Cada Associação, por si só, faz muito mas todos juntos temos uma voz mais forte para mudarmos o que tem de ser mudado. Este é um problema humanitário e de saúde pública que não pode depender, exclusivamente, da especulação do setor privado da actividade médico-veterinária, ou da boa vontade das Associações, amigos e protetores de animais.
Simultaneamente, deverão ser criados CONSULTÓRIOS VETERINÁRIOS MUNICIPAIS, para que se crie uma alternativa acessível a qualquer cidadão em termos de primeiros cuidados veterinários aos seus animais e quebre a dependência da exclusividade do setor privado, o único acessível aos donos em Portugal e onde são praticados preços, frequentemente, acima das posses da maioria dos donos o que, cada vez mais, leva ao abandono de animais doentes.
Vamos todos escrever á sra. Ministra da Agricultura!!!!! Uma CARTA tem um peso maior do que um e-mail.
Vamos todos juntos lutar por uma solução justa e humanitária de controlo da superpopulação animal!
MORADA: Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território
1149 – 010 Lisboa
P’la APAAE
Maria do Rosário Ferreira de almeida
( Presidente da Direção)»
in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke