Castrar ou não castrar?
Moderador: mcerqueira
Não quero cruxificar ninguém, se se está a falar de um problema comportamental acho que todos os antecedentes e circunstâncias anteriores devem ser tidos em conta porque podem ajudar a explicar a situação actual.
Ou não?
Ou não?
Pode então explicar qual a relação entre ter usado a crate no passado e a reactividade dos cães?sasquatch Escreveu:Não quero cruxificar ninguém, se se está a falar de um problema comportamental acho que todos os antecedentes e circunstâncias anteriores devem ser tidos em conta porque podem ajudar a explicar a situação actual.
Ou não?
Ou talvez posso eu explicar-lhe a razão para essa reactividade. O meu cão conheceu alguns amigos quando era pequeno, com quem brincava e corria à vontade com eles. Sempre foi ligeiramente desconfiado para com os cães estranhos, mas depois de ter conhecido uns amigos patudos, já estava mais à vontade com cães estranhos. Só que houve uns quantos incidentes em que foi praticamente atacado por uns cães, que correram para ele de forma muito agressiva e um que tinha açaime até lhe deu encontrões e que o ia morder se não tivesse sido o açaime.
Agora que cresceu, desconfia-se imenso de outros cães. Se for fêmea é mais fácil, mas mesmo assim de longe quer exercer controlo e expulsar as ameaças (outros cães que não conhece).
Uma pessoa pode escolher contribuir para debates mais informativos em vez de instigar discussões desnecessárias. Desenterrar um ou outro histórico sem detalhes é apenas útil para reiniciar uma série de discussões necessárias, pois as pessoas têm tendência de criticar o que não sabem e uma pessoa não se vai explicar/justificar pela x-gésima vez o que já foi explicado num outro tópico (ou mais) onde de facto tinha a haver com o tal histórico (ou não).
E já agora, se não concorde com algo, há melhores formas de expressar a sua opinião. Pode por exemplo falar de métodos alternativos e comentar de forma objectiva porque é que não concorda com os métodos descritos, sem recorrer a críticas ao nível pessoal ou desenterrar históricos.
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Eu tenho um rottweiler com 2 anos.
Não é pura raça e por isso será castrado este ano.
Acho que deverias castrar o cão só pelo facto de ser rafeiro. Agora a decisão é tua.
Não é pura raça e por isso será castrado este ano.
Acho que deverias castrar o cão só pelo facto de ser rafeiro. Agora a decisão é tua.

Sim, depois de reflectir sobre o assunto, em princípio iremos castrá-lo quando tiver 2 anos. Mas antes da decisão final ainda vou falar com 2 vets de confiança para ver o que dizem.Flashorde Escreveu:Eu tenho um rottweiler com 2 anos.
Não é pura raça e por isso será castrado este ano.
Acho que deverias castrar o cão só pelo facto de ser rafeiro. Agora a decisão é tua.
Só um detalhezinho... ao castrar, após deixar de ter tanta testosterona em circulação podem acontecer duas coisas (apenas uma ou as duas em conjunto):
- a aproximação aos machos será muito mais fácil
- a aproximação às fêmeas será mais difícil (porque perde o interesse nelas)
Normalmente acontece a 1ª, a 2ª traduz-se normalmente num desinteresse nas fêmeas e não em aproximações difíceis (aliás, normalmente até é mais fácil o cão ser tolerado pelas fêmeas...)
- a aproximação aos machos será muito mais fácil
- a aproximação às fêmeas será mais difícil (porque perde o interesse nelas)
Normalmente acontece a 1ª, a 2ª traduz-se normalmente num desinteresse nas fêmeas e não em aproximações difíceis (aliás, normalmente até é mais fácil o cão ser tolerado pelas fêmeas...)
Nem sempre é assim. Os machos castrados que conheço ou conheci apenas perderam o interesse pelos cios das fêmeas.MiMoo Escreveu:Só um detalhezinho... ao castrar, após deixar de ter tanta testosterona em circulação podem acontecer duas coisas (apenas uma ou as duas em conjunto):
- a aproximação aos machos será muito mais fácil
- a aproximação às fêmeas será mais difícil (porque perde o interesse nelas)
Normalmente acontece a 1ª, a 2ª traduz-se normalmente num desinteresse nas fêmeas e não em aproximações difíceis (aliás, normalmente até é mais fácil o cão ser tolerado pelas fêmeas...)
Uma boa meia dúzia ficaram mais agressivos com todos, pessoas e outros cães (alguns não o eram antes da castração e ficaram-no depois) e todos eles engordaram demasiado.
Pelo menos um morreu em consequência dessa gordura, e o seu comportamento social em nada se alterou com a castração, apenas perdeu totalmente o interesse pelas correrias dos cios, que, aliás, era o que se pretendia.
<p>Olá, eu sou a... Floripes3 que já foi 2. :mrgreen:</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
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Chiça... engordaram assim tanto?... o meu é castrado, as pessoas dizem-me que o acham magro demais (mas essas mesmas pessoas têm cães obesos -.- e o meu cão está em excelente forma... não está magro, está mesmo no ponto certo!)Floripes3 Escreveu: Nem sempre é assim. Os machos castrados que conheço ou conheci apenas perderam o interesse pelos cios das fêmeas.
Uma boa meia dúzia ficaram mais agressivos com todos, pessoas e outros cães (alguns não o eram antes da castração e ficaram-no depois) e todos eles engordaram demasiado.
Pelo menos um morreu em consequência dessa gordura, e o seu comportamento social em nada se alterou com a castração, apenas perdeu totalmente o interesse pelas correrias dos cios, que, aliás, era o que se pretendia.
Agora apareceu-me aqui mais um (está em vias de ser adoptado, não castrado) e vejo muito bem a diferença... anda por aqui uma cadela com o cio e o não castrado não a larga... e manifesta algum interesse noutras fêmeas (mesmo castradas; nada de especial... cheira-as com mais afinco do que cheira os machos)... enquanto que o meu não podia querer saber menos sobre o sexo do bicho com que está a interagir!
Mas essa malta com cães que engordaram após castração fez alguma coisa para contrariar essa tendência a engordar? (mais exercício ou menos comida ou comida menos calórica)...
Uns fizeram, outros não.
No caso do cão que morreu por causa da obesidade, era um cão comunitário que todos alimentavam e de quem todos gostavam. Já estava bastante gordo antes de ser castrado, mas piorou depois. Na última vez que o vi, já lhe custava a andar por não conseguir juntar as pernas ao corpo. Ainda avisei toda a gente para deixarem de lhe dar de comer a toda a hora e começarem a cortar na quantidade, mas as minhas palavras devem ter caído em saco roto. Ele até se mexia bastante, corria quilómetros ali à volta. Depois da castração deixou de o fazer, o que agravou o problema.
Entre os outros, lembro-me de um pastor alemão que foi castrado por ser agressivo com os outros cães. De nada serviu, continuou agressivo - e gordo. A dona sempre me disse que lhe controlava a comida, mas que ele até era cão que comia pouco para o tamanho. Não acreditei, mas tempos depois tive a prova de que ela tinha razão.
Nem todos engordam, eu sei, e também os tenho conhecido. Mas é no aspecto comportamental que tenho visto mais falhanços, os quais reforçaram o que os veterinários honestos sempre me disseram: a castração pode actuar sobre os comportamentos inatos, mas é razoavelmente ineficaz sobre os adquiridos.
No caso do cão que morreu por causa da obesidade, era um cão comunitário que todos alimentavam e de quem todos gostavam. Já estava bastante gordo antes de ser castrado, mas piorou depois. Na última vez que o vi, já lhe custava a andar por não conseguir juntar as pernas ao corpo. Ainda avisei toda a gente para deixarem de lhe dar de comer a toda a hora e começarem a cortar na quantidade, mas as minhas palavras devem ter caído em saco roto. Ele até se mexia bastante, corria quilómetros ali à volta. Depois da castração deixou de o fazer, o que agravou o problema.
Entre os outros, lembro-me de um pastor alemão que foi castrado por ser agressivo com os outros cães. De nada serviu, continuou agressivo - e gordo. A dona sempre me disse que lhe controlava a comida, mas que ele até era cão que comia pouco para o tamanho. Não acreditei, mas tempos depois tive a prova de que ela tinha razão.
Nem todos engordam, eu sei, e também os tenho conhecido. Mas é no aspecto comportamental que tenho visto mais falhanços, os quais reforçaram o que os veterinários honestos sempre me disseram: a castração pode actuar sobre os comportamentos inatos, mas é razoavelmente ineficaz sobre os adquiridos.
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<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
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Sempre pensei que isto era mito ou pelo menos não tão grave (o engordar), mas irei perguntar aos vets sobre isso quando falar com eles.
Só que mesmo quando são castrados, não mantêm o mesmo nível de energia? Penso que acalmam um pouco por causa da falta de certas hormonas, mas supostamente mantém-se o mesmo nível de energia, certo?
Só que mesmo quando são castrados, não mantêm o mesmo nível de energia? Penso que acalmam um pouco por causa da falta de certas hormonas, mas supostamente mantém-se o mesmo nível de energia, certo?
O meu manteve... e supostamente mantêm... a não ser que o nível de actividade se deva às hormonas (como suponho que terá sido o cão comunitário que a Floripes falou... provavelmente esse cão mexia-se para procurar parceira... após a castração deixou de o fazer)
O cão mexia-se porque era um animal activo, gostava de andar a flanar. Às fêmeas só ligava como tal quando havia cio a desafiá-lo. Nessas alturas, metia-se nas matilhas que cortejavam as cadelas e acabava sempre mordido com maior ou menor gravidade, momento em que desistia da aventura. Na última vez em que isso aconteceu os ferimentos foram tão graves que ele teve de ser internado por dois dias. Foi isso que levou a decidir castrá-lo.MiMoo Escreveu:O meu manteve... e supostamente mantêm... a não ser que o nível de actividade se deva às hormonas (como suponho que terá sido o cão comunitário que a Floripes falou... provavelmente esse cão mexia-se para procurar parceira... após a castração deixou de o fazer)
Depois de castrado, perdeu o espírito de aventura que o levava a cirandar pelas imediações, mas manteve a agressividade que sempre teve. Contaram-me que um dia foram dar com ele deitado numa caixa de cartão que lhe tinham posto à porta de uma loja. A pessoa foi fazer-lhe uma festa e ele saltou, rosnando e mostrando os dentes, em defesa da sua dama, que nesse momento era um par de rissóis que alguém lhe tinha dado e que ele não tivera vontade de comer, mas que ficaram como seu tesouro e em cima do qual se deitou.
Os cães castrados tanto podem ficar mais pachorrentos como não. Este não ficou, apenas deixou de cirandar fora da praceta.
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Dos vários castrados que conheço, nenhum teve nenhum problema e mantiveram-se vivaços.
Se as pessoas alimentam em excesso os animais e não tem t4empo nem pachorra para passeios e exercicio, claro que ficam obesos, até sem serem castrados.
Se as pessoas alimentam em excesso os animais e não tem t4empo nem pachorra para passeios e exercicio, claro que ficam obesos, até sem serem castrados.
Se dosear a ração e continuar com exercicio é claro que não engorda.
As pessoas esquecem-se também que à medida que os cães envelhecem é preciso adaptar a ração.
Esse cão que morreu, morreu de obesidade, não da castração. E morreu de obesidade por causa da alimentação que tinha.
As pessoas esquecem-se também que à medida que os cães envelhecem é preciso adaptar a ração.
Esse cão que morreu, morreu de obesidade, não da castração. E morreu de obesidade por causa da alimentação que tinha.