Xico, o laranjão: Adoptado! :))))))))
Joie2 Escreveu:Se fosse humano diria que morde na mãe da Corine porque lhe faz lembrar a dona (revolta de gato rejeitado?).
Vá lá miau bonito, nada de mal te irá acontecer outra vez.
Pela pouca experiência que tenho e falando apenas de casos que já presenciei... creio que é mais ou menos o que a Joie2 disse...
Creio que é muito medo do desconhecido e o facto de não saber com o que pode contar que o faz ter essa atitude. Gatinhos que vivem muito tempo com um dono e depois são abandonados, ou mesmo quando esse dono lhes dá umas boas palmadas de repente, reagem assim.... O medo e a desconfiança, fazem com que ataquem para se defender, ao mesmo tempo que internamente querem aceitar o mimo.
Passei por algumas fases dessas com o meu Tareco, quando o meu marido veio viver para nossa casa e como não gostava de gatos e o gato não gostava dele... batia-lhe.... então o meu Tareco muitas vezes reagia precisamente assim! gatinhos com este tipo de atitude, precisam de tempo para esquecer e adaptar-se à nova realidade...
Tadinho... deve estar a sofrer bastante

... Carolina Homenagem ao meu Tareco: http://arcadenoe.sapo.pt/forum/viewtopi ... highlight=
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Consegui hoje, através de um amigo, falar com a especialista em Comportamento com quem queríamos marcar consulta na FMV de Lisboa, uma vez que o atendimento telefónico continua a não funcionar de todo -- o que é absolutamente inadmissível e incompreensível, imagine-se que havia uma urgência ou que queríamos saber alguma coisa de um animal que estivesse a ser seguido lá. É o "não telefone, vá".
Da conversa, resulta que tudo o que devia ser feito está já a ser feito pela Mãe da Corine. A professora foi muito simpática e disponível. Só voltará às consultas na segunda semana de Setembro, mas disponibilizou-se para lhe telefonarmos se houvesse alguma coisa de maior e está interessada no caso.
Segundo o seu conselho, o que o Xico precisa é, sobretudo, de tempo para se adaptar às novas realidades que teve de enfrentar. E da extrema paciência de uma pessoa como a Mãe da Corine. Festas, rápidas. Mal haja uma reacção de agressão, sair da divisão, não ralhar, fazer como se nada tivesse acontecido e voltar pouco depois. Pôr muito pouca comida de cada vez, para que o Xico associe as visitas da cuidadora a algo de satisfatório e agradável: a comida. Só que isso nem sempre é compatível com a administração da medicação, mas faz-se os possíveis.
A professora também disse, como já havíamos intuído, que a reacção actual do Xico é mais positiva que a anterior, que era de desistência. Mas quem está a pagar o ónus disso é a Mãe da Corine, que tem sido uma santa.
Quanto menos alterações no quotidiano do Xico, para já, melhor. Eventualmente, a haver uma consulta, poderá até ser sem a presença dele, para não ser submetido a deslocações.
Em suma, também me animou: o Xico vai acabar por se adaptar, é uma questão de tempo. Vamos lá a ver.
Da conversa, resulta que tudo o que devia ser feito está já a ser feito pela Mãe da Corine. A professora foi muito simpática e disponível. Só voltará às consultas na segunda semana de Setembro, mas disponibilizou-se para lhe telefonarmos se houvesse alguma coisa de maior e está interessada no caso.
Segundo o seu conselho, o que o Xico precisa é, sobretudo, de tempo para se adaptar às novas realidades que teve de enfrentar. E da extrema paciência de uma pessoa como a Mãe da Corine. Festas, rápidas. Mal haja uma reacção de agressão, sair da divisão, não ralhar, fazer como se nada tivesse acontecido e voltar pouco depois. Pôr muito pouca comida de cada vez, para que o Xico associe as visitas da cuidadora a algo de satisfatório e agradável: a comida. Só que isso nem sempre é compatível com a administração da medicação, mas faz-se os possíveis.
A professora também disse, como já havíamos intuído, que a reacção actual do Xico é mais positiva que a anterior, que era de desistência. Mas quem está a pagar o ónus disso é a Mãe da Corine, que tem sido uma santa.
Quanto menos alterações no quotidiano do Xico, para já, melhor. Eventualmente, a haver uma consulta, poderá até ser sem a presença dele, para não ser submetido a deslocações.
Em suma, também me animou: o Xico vai acabar por se adaptar, é uma questão de tempo. Vamos lá a ver.
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
Notícias animadoras, sem dúvida.
Mas surge-me uma interrogação: e quando surgir dona ou dono para o Xico? Vai voltar tudo ao mesmo de agora?

Mas surge-me uma interrogação: e quando surgir dona ou dono para o Xico? Vai voltar tudo ao mesmo de agora?
<p>Olá, eu sou a... Floripes3 que já foi 2. :mrgreen:</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
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Pois também a mim já me surgiu essa interrogação e outras, mas o problema presente já dá preocupação que chegue... Um dia de cada vez.
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
Nem sei que diga ... por um lado excelentes notícias, por outro ... vamos lá a ver se o menino Xico consegue "ver" que no sítio onde está ninguém lhe quer fazer mal, bem pelo contrário.
O que irá naquela cabecinha? Tenho tanta pena dele mas, indubitavelmente que tenho muito mais pena da sua Mãe, Corine.
Como é que ela está? Está melhor? Um grande beijinho para ele e outro para si.
O que irá naquela cabecinha? Tenho tanta pena dele mas, indubitavelmente que tenho muito mais pena da sua Mãe, Corine.
Como é que ela está? Está melhor? Um grande beijinho para ele e outro para si.
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Essa é sempre a esperança de quem encontra uma boa FAT para um animal a precisar de abrigo e cuidados -- e, no caso do Xico, ele não podia ter mesmo encontrado melhor.sarina Escreveu:Quem sabe se o Xiquinhas se der a conhecer como o gatinho meiguinho, ronronadeiro e companheirão que certamente é lá no fundo (isso já todos sabemos), quem sabe se no futuro fizer a Fat apaixonar-se por ele (eu até acho que a senhora já está, apesar de tanto de complicado), quem sabe permaneça por mais (longo) tempo...![]()
O Xico é daqueles animais que tem tido uma grande estrela da sorte no meio dos seus azares.
Vamos ver se essa estrela continua a brilhar para ele. Refiro-me à superação do seu estado actual. Depois, o futuro... é cedo para pensar nisso, e há quem diga que a Deus pertence, querendo isso dizer que nenhum de nós sabe o que vai acontecer.
Hoje estive a falar ao telefone com a Mãe da Corine. Já tinha a melhor das impressões dela -- como já disse, só uma pessoa excepcional não desistia do Xico com o que se tem passado -- e gostei imenso de falar com ela. É uma pessoa de uma grande ternura. Estava a falar comigo ao pé do Xico e dizia que ele estava todo esparramado, a pedir festinhas na barriga, e eu a dizer-lhe para resistir à tentação de corresponder. Vê-se que, apesar de tudo, gosta muito dele. E o Xico merece, também apesar de tudo.
Muito provavelmente pela primeira vez na sua vida, o Xico encontrou uma pessoa que está disposta a dar tudo por tudo por ele. Independentemente do que vier a ser o dia de amanhã, bem-haja, Dona J.
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A Dona J. está benzinho. A mão melhorou.Arguida2 Escreveu:Nem sei que diga ... por um lado excelentes notícias, por outro ... vamos lá a ver se o menino Xico consegue "ver" que no sítio onde está ninguém lhe quer fazer mal, bem pelo contrário.
O que irá naquela cabecinha? Tenho tanta pena dele mas, indubitavelmente que tenho muito mais pena da sua Mãe, Corine.
Como é que ela está? Está melhor? Um grande beijinho para ele e outro para si.

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Como será que se portou o nosso Xico este fim-de-semana? 

«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
Continua tudo na mesma
Hoje de manhã falei com a minha mãe e sentia-a desanimada. Sinceramente, não tive coragem de lhe continuar a dizer para aguentar as dentadas...
Ela disse-me que ontem, quando ele lhe atacou as pernas, e apesar de ter tentado "controlar-se", acabou por ralhar com o Xico e que ele a largou imediatamente e ficou muito sossegadinho no chão a olhar para ela. Não foi nada de especial, foi mais um "Não" "larga", não foi propriamente ralhar. Foi chato, mas compreendo perfeitamente a posição da minha mãe

Hoje de manhã falei com a minha mãe e sentia-a desanimada. Sinceramente, não tive coragem de lhe continuar a dizer para aguentar as dentadas...
Ela disse-me que ontem, quando ele lhe atacou as pernas, e apesar de ter tentado "controlar-se", acabou por ralhar com o Xico e que ele a largou imediatamente e ficou muito sossegadinho no chão a olhar para ela. Não foi nada de especial, foi mais um "Não" "larga", não foi propriamente ralhar. Foi chato, mas compreendo perfeitamente a posição da minha mãe

Não acho nada chato, acho que foi uma tentativa da sua mãe para impor limites, e pelos vistos, resultou.
Perante o que aqui tem sido contado pela Corine, pergunto-me se esse comportamento não será uma característica do gato que ninguém se preocupou ou soube corrigir, e se não terá sido por isso que a anterior dona o despachou. Escusava era de arranjar uma história de fazer chorar as pedras da calçada, a bem do gato mais valia ter sido franca.
Também não sei se seria de falar de novo com a especialista em comportamento, relatando-lhe este novo facto e pedindo-lhe opinião e conselho.
Perante o que aqui tem sido contado pela Corine, pergunto-me se esse comportamento não será uma característica do gato que ninguém se preocupou ou soube corrigir, e se não terá sido por isso que a anterior dona o despachou. Escusava era de arranjar uma história de fazer chorar as pedras da calçada, a bem do gato mais valia ter sido franca.
Também não sei se seria de falar de novo com a especialista em comportamento, relatando-lhe este novo facto e pedindo-lhe opinião e conselho.
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Eu e a minha mãe somos mais ou menos da opinião que o Xico foi despachado pela "dona" por apresentar estes comportamentos. Espero, do fundo do coração, estar enganada e que estes ataques sejam apenas uma fase.
É muito complicado "aguentar" ser mordida dias a fio e nada fazer. E talvez ele pense que é um comportamento normal! Quando a minha mãe ralhou, ele parou imediatamente e ficou muito sossegadinho... deu a ideia de ter percebido que era errado. Mas claro, a minha mãe tem medo! Medo de ele se atirar à cara, aos olhos... e claro, fica o medo de ter piorado a situação, já de si, delicada...

É muito complicado "aguentar" ser mordida dias a fio e nada fazer. E talvez ele pense que é um comportamento normal! Quando a minha mãe ralhou, ele parou imediatamente e ficou muito sossegadinho... deu a ideia de ter percebido que era errado. Mas claro, a minha mãe tem medo! Medo de ele se atirar à cara, aos olhos... e claro, fica o medo de ter piorado a situação, já de si, delicada...
Parce-me claramente que os antigos donos nunca tentaram educar o Xico.
Nem sempre é fácil o fazer, mas não insistir em reprimi-los nas situações em que erra só porque acham que é um gato e não entende, só ajuda-o a pensar que pode fazer o que quiser. Secalhar deixaram-no fazer o que quis sempre.
Quando a tua mãe o reprimiu e ele reconheceu um tom de voz mais severo conteve-se, a chamada educação. Tudo vai melhor com paciência e muitos "NÃO!!!!"
Nem sempre é fácil o fazer, mas não insistir em reprimi-los nas situações em que erra só porque acham que é um gato e não entende, só ajuda-o a pensar que pode fazer o que quiser. Secalhar deixaram-no fazer o que quis sempre.
Quando a tua mãe o reprimiu e ele reconheceu um tom de voz mais severo conteve-se, a chamada educação. Tudo vai melhor com paciência e muitos "NÃO!!!!"

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Não me parece que a ex-dona apresentasse como justificação o ter de ir viver com a filha, que não queria aceitar o Xico, se a verdadeira razão fosse um gato que a atacasse. Essa razão seria muito mais compreensível.
Mesmo quando falei com a veterinária que vacinou o Xico e passou a declaração para o canil, dizendo que ele era lá acompanhado há cinco anos, nada me foi mencionado nesse sentido. A senhora até se ofereceu para ajudar a encontrar dono para o Xico, caso fosse preciso.
Não são casos raros os de gatos que adoptam comportamentos negativos (por vezes, passando mesmo a ser agressivos) por mudanças grandes ou pequenas nas suas vidas. Às vezes, os donos nem conseguem identificar qualquer mudança que pudesse tê-los desencadeado. Ora o que não faltou ultimamente, na vida do Xico, foram mudanças da rotina a que estava habituado, que devia ser de grande sossego: dona idosa, gato único há anos.
O que a Mãe da Corine tem feito tem sido inestimável, e não queremos de modo nenhum que esteja exposta a riscos e que viva num clima de medo dentro da sua própria casa, sobretudo a partir do momento em que sente que esta é uma situação excessiva para a sua capacidade de abnegação
e sacrifício. O Xico, se tiver de deixar a excelente FAT que a sua Mãe tem sido, não está numa situação de ir para a rua.
Amanhã vou tentar falar com a especialista. Entretanto, Corine, diga por favor como correram as coisas hoje. Quanto mais informação eu lhe comunicar, melhor. Obrigada por tudo.
Mesmo quando falei com a veterinária que vacinou o Xico e passou a declaração para o canil, dizendo que ele era lá acompanhado há cinco anos, nada me foi mencionado nesse sentido. A senhora até se ofereceu para ajudar a encontrar dono para o Xico, caso fosse preciso.
Não são casos raros os de gatos que adoptam comportamentos negativos (por vezes, passando mesmo a ser agressivos) por mudanças grandes ou pequenas nas suas vidas. Às vezes, os donos nem conseguem identificar qualquer mudança que pudesse tê-los desencadeado. Ora o que não faltou ultimamente, na vida do Xico, foram mudanças da rotina a que estava habituado, que devia ser de grande sossego: dona idosa, gato único há anos.
O que a Mãe da Corine tem feito tem sido inestimável, e não queremos de modo nenhum que esteja exposta a riscos e que viva num clima de medo dentro da sua própria casa, sobretudo a partir do momento em que sente que esta é uma situação excessiva para a sua capacidade de abnegação
e sacrifício. O Xico, se tiver de deixar a excelente FAT que a sua Mãe tem sido, não está numa situação de ir para a rua.
Amanhã vou tentar falar com a especialista. Entretanto, Corine, diga por favor como correram as coisas hoje. Quanto mais informação eu lhe comunicar, melhor. Obrigada por tudo.
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke