Descansa em paz Oskita...



Moderador: mcerqueira
Obrigada Micas, só as Vossas palavras já amenizam um pouco a dor.MiCas2011 Escreveu:Ai Garfield.... Fica tão pouco para se dizer num momento destes! A sua dor é tão forte que quase a consigo sentir... sinto muito! Muito... Gostava que lhe poder dar um abraço e nesse abraço poder aliviar o seu coração...
Descansa em paz Oskita...![]()
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A lesão permanente do Oskita, a par das cicatrizes e da pata mutilada claro, foi a nível respiratório. Tinha bastantes crises, até mesmo o fazermos festas podia despoletar uma porque se entusiasmava ou tentava ronronar. Aquando da tortura que sofreu ficou exposto ao frio intenso e à chuva, não se sabe quanto tempo mas dias provavelmente. Isso provocou este problema de saúde que não tinha forma de ser contornado. Mesmo a respiração dele era ruidosa. O ronronar não tinha nada a ver com o som a que estão habituados, quando ressonava ressoava na casa toda. Mas esses pormenores acabaram por o tornar mais único, faziam parte dele. Penso que foi numa crise dessas que se ficou ou o coraçãozinho não suportou mais. Sei que não foi doença porque algum sintoma se teria manifestado, principalmente quando eu estou sempre hiper atenta e ele foi o Oskita de sempre até ao fim. Perguntei-me a mim propria se alguma coisa me teria escapado mas se há coisa de que tenho a certeza é que não tinha nada diferente do habitual fosse urina, fezes, apetite, comportamento, sestas, nada! A quantidade de ração que agora comem comparada com o que era "pulverizado" diariamente no tempo do Oskita não tem nada a ver. Tendo 3 nem tinha bem a noção do que a minha pequena enfardadeira comia. O Oscar era mesmo um glutão! Tem também de se ter em conta que nenhum vet conseguiu aferir a sua idade. Todos me disseram que num gato é mais difícil que num cão, a partir da idade adulta é muito complicado precisar. Eu, sinceramente, com o passar do tempo e o seu comportamento e o que conheço de gatos, diria uns 8 ou 9 anos. Mas é intuição apenas. Agradeço uma vez mais as vossas palavras. Hoje, chegar a casa e não ver no sítio habitual foi terrivelmente doloroso. Abstrair-me do sítio onde adormeceu, a meio do hall de entrada, até isso era tão habitual nele, é virtualmente impossível. É o contínuo remexer numa ferida que nunca irá sarar. O Garfield está tão diferente, ele que sempre foi um desligado não me larga e aos miúdos. Até o mais novinho diz que ele parece o Oskita! O pior é que entre Gaffy e Vicente nunca houve ligação, quase nem se cruzam. O Oskita acabava por ser o companheiro de cada um deles à vez. Porque o Oscar era um gato muito simpático mesmo. Ou seja, sentem-se os dois sózinhos...sasquatch Escreveu:Lamento muito pelo Óscar que pelo que sofreu, merecia decerto viver muito mais anos na companhia dos donos.
Ignorava a história dele e só agora vi. É assustador pensar que nos podemos cruzar na rua com pessoas capazes de acções como a que fizeram ao Óscar.
Terá ele ficado com alguma lesão permanente, escondida, que possa ter provocado esta morte súbita?
sarina Escreveu:Lamento muito mesmo a tua perda, Susana.A forma como a encaras é que é poética e, simultaneamente, transmite-me tb uma certa tranquilidade. Provavelmente, já te habituaste a ter de os deixar partir, de tantos que tiveste e tens. Eu fico sempre devastada e não consigo acalmar a dor por muito tempo, geralmente. Mas quando se trata de uma "morte em paz", é de facto mais fácil de aceitar e talvez serenar.
Mafalda, ainda hoje parece que estou anestesiada. Tenho vindo sempre cá, várias vezes, mas continuo sem nada que possa dizer, porque há um vazio que dói muito e uma dor que não sossega.Se eu me sinto assim, nem consigo imaginar o que se te passará por dentro...
O Oskita foi (e é, na memória e no coração) o gato de sonho de qualquer pessoa que adore gatos. Um herói/exemplo em todos os momentos da sua vida - na recuperação, na partilha, na tolerância, no afecto,... Deves ter um imensíssimo orgulho nele. Só de ver estas últimas fotos que escolheste, enterneci-me profundamente. Ele está lá muito para além da imagem. E ver novamente aquela meiguice toda sob a forma de gatinho rechonchudo contagia-me de uma como que felicidade nostálgica, que quase me faz esquecer que ele já partiu... Mas depois, olhando bem, como disse, é ele para além do que se vê. Por isso acredito que ele está cá - porque é impossível perder o que os animais nos ensinam com a sua garra de viver. O Óscar ficou um bocadinho em cada um de nós. Mas claro que é em ti, Mafalda, que ele permanece totalmente.
Mais outro abraço muuuito apertado, amiga.