Em criança, levava uns "abre olhos" de alguns cães de família; em especial dos mais velhos e dos mais jovens, porque também abusava da paciência deles. Dos gatos nem se fala...(

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Eles davam-me pequenas trincas nos dedos. Nada grave, nem marcas me fizeram. Mas lembro-me bem de as levar...
As crianças da família de hoje, também foram sempre ensinadas, claro que tive sempre cuidado. E cada criança precisa de atenção diferente, cada cão também. Até porque eu já sei como funcionava o processo de "abre olhos" que levei em miúda e, também sei que o que os avós e pais, diziam e dizem: "Nunca "vos deixava sem supervisão" e coisas tais. Mas eu sei como era...
E como geralmente os acidentes acontecem especialmente com cães e crianças no seio da mesma família, e como ninguém quer ver mais "acidentes" nos noticiários. É preferível que as pessoas desfrutem dos momentos felizes entre seus cães e suas crianças, mas com a plena consciência que há cuidados a ter. Não basta ler e na prática, deixa lá isso que são "tretas".
A relação de crianças e cães, não são de todo como os filmes da
disney. Acho que há pessoas adultas, que têm uma ideia
naif; da relação, entre os cães e as crianças.
Há sim momentos felizes, mas temos de ter atenção que é num segundo que tudo pode mudar.
E é quase garantido... todos aqui já ouviram relatos de histórias muito lindas e cheias de momentos ternurentos que acabaram em acidentes graves e mortes estúpidas de crianças e respectivos cães.
Não há só acidentes graves de pessoas que isolam os cães das crianças, o contrário também se verifica.
Um acidente do género testemunhado por mim. Também "ninguém" esperava aquilo.
Era comum ver aquela família no parque ao sábado à tarde, um dia tudo correu mal. Não houve morte da criança, mas ficou sériamente ferida, internada meses no hospital. Eu vi sempre momentos ternurentos entre eles; vi outros que às vezes achava que fugiam do ternurento, para sinal de alarme, mas como nunca tive confiança para dar "lições às pessoas"... E quando comentei com amigos, o que achava do assunto, geralmente diziam que eu exagerava...O que vi sei eu.
Não é por isso que um dia quando tiver filhos, não vá ter cães. Mas também porque fui adquirindo conhecimentos. Houve um aprendizado de experiências, desde sempre ao conhecer muito bem os cães, várias raças, vários portes e vários temperamentos. E dedico muito tempo a perceber o seu carácter, estabeleço relações fortes e isso permite também um conhecimento racional e objectivo. Mais tarde tive conselhos de profissionais que também são preciosos e essenciais mesmo; mas é preciso aplicar esses conhecimentos, não os arrumar numa gaveta. E nunca nenhum profissional, me deu a ideia "leve e fresca" sobre o assunto.
É preciso ter atenção a um cão muito jovem e seu temperamento. é aí que lhes damos limites e ensinamos.
Os cães idosos, geralmente têm alguns problemas de saúde e como tal, também menos "paciência". Deve ser respeitado os seus pêlos brancos.
É preciso ter atenção crianças mais difíceis. Que também podem piorar muito o cenário. Há crianças que se ensina e elas fazem o inverso hoje ou amanhã...um cão de certo temperamento, pode chegar o dia que não deixa passar.