MERKEL QUER PODER CHUMBAR ORÇAMENTOS NACIONAIS

Conversas sobre outras temáticas e o que não se enquadrar em nenhuma outra secção.
Petruska1
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terça out 23, 2012 7:39 pm

CH2O2 Escreveu:A verdade é que a Alemanha tem um economia sólida e Portugal tem uma economia débil e sistematicamente temos intervenções internacionais para nos livrar da bancarrota. Eu acho que quem critica se esquece que é a Alemanha que está a pagar o buraco económico de Portugal. Eu quero lá saber se é a senhora Merkel ou o Coelho que resolvem o problema económico dos Portugueses. Se entregar Portugal à Merkel subisse a qualidade de vida dos Portugueses para a média alemã suspeito que já ninguém reclamava. Se for para viver com o ordenado de um alemão que venha de lá a senhora Merkel e faça de Portugal um anexo da Alemanha que ficavamos todos a ganhar. Só alguém com um cérebro fraquinho é que prefere viver na miséria governado por políticos portugueses em vez de viver com qualidade de vida governado por políticos estrangeiros.
A Alemanha está a lucrar com as necessidades dos outros países. A Alemanha tb tem dívidas e os empréstimos que obtém, têm juros ou de 0% e "empresta" aos países, cobrando juros elevadíssimos. Os juros que Portugal e os outros países pagam, mantém-nos na dependência.

O que está a bold, para além de estar a ser ofensivo e rude para quem não pensa da mesma forma que o forista, é um um disparate (a ideia expressa).

Se pensa como se expressou, pode emigrar para a Alemanha e pedir a nacionalidade alemã. :wink:
Última edição por Petruska1 em quarta out 24, 2012 7:46 am, editado 1 vez no total.
<p><a title="Dubitando, ad veritatem parvenimus... aliquando! Duvidando, chegamos à verdade... às vezes!" target="_top" href="http://dubitando.no.sapo.pt/index.htm"></a></p>
<p>Dubitando, ad&nbsp;veritatem pervenimus...aliquando!/Duvidando, chegamos &agrave; verdade...&agrave;s vezes! By: Fl&aacute;vio Josefo</p>
<p>A pra&ccedil;a p&uacute;blica est&aacute; cheia de moscas!</p>
<p>"O homem &eacute; uma corda estendida entre o animal e o Super-homem - uma corda sobre o abismo". - by Nietzsche</p>
<p>&ldquo;A f&oacute;rmula da minha felicidade: um sim, um n&atilde;o, uma linha reta, um objetivo.&rdquo; (Friedrich Nietzsche)</p>
Petruska1
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terça out 23, 2012 7:43 pm

botas96 Escreveu:Por acaso, começo a ver o Federalismo com outros olhos, começa-me a agradar a ideia.
Mas a Europa sempre teve um grande problema, que já vêm dos tempos de Roma.
Esse problema já teve vários nomes, chama-se Alemanha, Prússia, Império Sacro-Romano (Depois de dividido pelos filhos de Carlos Magno, migrou para o que é hoje a Alemanha, pois as linhas dinásticas eram mais estáveis que as Francas).
Uma série de pequenos estados que não se entendiam entre eles uniram-se numa federação no sec.XVII.
A "cabeça", a Prússia, nasceu através das ordem Teutónicas, (ordem de cruzados que nunca foram para o médio oriente, acreditavam em servir a causa dentro da Europa e arrebataram um pedaço á Polónia depois desta pedir auxílio para combater, os eslovacos (penso eu), na altura o único povo pagão).
Etc,etc,etc.
Para mim, um dos principais males, disso tudo foi que os povos da Germânia nunca foram romanizados como deve ser, após o incidente da Floresta de Teuteburgo, iniciou-se um caminho que sempre foi divergente do resto da Europa.
O problema da U.E. é um, chama-se Alemanha.

p.s.-Pessoalmente recebia-os era com isto.
http://www.youtube.com/watch?v=TKtCVblx ... re=related

P.s.2- Já não é a primeira vez que eles fazem a gracinha.
Para quem quiser veja o tratado Franco Inglês de 1860, a União Monetária Latina. E a guerra de Alsácia-Lorena.
Porquê "La Marseillaise", hino nacional francês?
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CH2O2
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sexta out 26, 2012 11:08 pm

AHAHAH Escreveu:
CH2O2 Escreveu:A verdade é que a Alemanha tem um economia sólida e Portugal tem uma economia débil e sistematicamente temos intervenções internacionais para nos livrar da bancarrota. Eu acho que quem critica se esquece que é a Alemanha que está a pagar o buraco económico de Portugal. Eu quero lá saber se é a senhora Merkel ou o Coelho que resolvem o problema económico dos Portugueses. Se entregar Portugal à Merkel subisse a qualidade de vida dos Portugueses para a média alemã suspeito que já ninguém reclamava. Se for para viver com o ordenado de um alemão que venha de lá a senhora Merkel e faça de Portugal um anexo da Alemanha que ficavamos todos a ganhar. Só alguém com um cérebro fraquinho é que prefere viver na miséria governado por políticos portugueses em vez de viver com qualidade de vida governado por políticos estrangeiros.

Subscrevo. O problema é que os trabalhadores portugueses teriam de trabalhar como os alemães 8) . Haveria subsídios, feriados e tal? :roll:
Não me importo de trabalhar como um alemão (não sei se isso seria mais ou menos tendo em conta que nunca trabalho menos de 50 horas semanais) se tivesse a qualidade de vida de um alemão médio.
Floripes3
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sexta out 26, 2012 11:40 pm

CH2O2 Escreveu:Não me importo de trabalhar como um alemão (não sei se isso seria mais ou menos tendo em conta que nunca trabalho menos de 50 horas semanais) se tivesse a qualidade de vida de um alemão médio.
Qualidade de vida ou nível de vida? Não são a mesma coisa.

Pelas referências que me chegam, qualidade de vida não é adjectivo que se aplique adequadamente à vida na Alemanha. Já o nível de vida, sim senhor, é melhor do que o nosso, mas também não é preciso muito: até em Espanha, hoje em pleno processo de escravização económica, como nós, o nível de vida era muito melhor que o dos portugueses.

Mas é muito tuga, essa coisa de suspirar pela galinha da vizinha. Ou pela verde relva do outro lado da montanha, que é sempre mais verde e viçosa do que a do lado em que vivemos.

Siga o conselho do nosso primeiro: tire-se das suas tamanquinhas e emigre. Logo verá.
<p>Ol&aacute;, eu sou a... Floripes3 que j&aacute; foi 2. &nbsp;:mrgreen:</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a v&iacute;tima. O sil&ecirc;ncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p>&nbsp;"Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
CH2O2
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sexta out 26, 2012 11:41 pm

Petruska1 Escreveu:
CH2O2 Escreveu:A verdade é que a Alemanha tem um economia sólida e Portugal tem uma economia débil e sistematicamente temos intervenções internacionais para nos livrar da bancarrota. Eu acho que quem critica se esquece que é a Alemanha que está a pagar o buraco económico de Portugal. Eu quero lá saber se é a senhora Merkel ou o Coelho que resolvem o problema económico dos Portugueses. Se entregar Portugal à Merkel subisse a qualidade de vida dos Portugueses para a média alemã suspeito que já ninguém reclamava. Se for para viver com o ordenado de um alemão que venha de lá a senhora Merkel e faça de Portugal um anexo da Alemanha que ficavamos todos a ganhar. Só alguém com um cérebro fraquinho é que prefere viver na miséria governado por políticos portugueses em vez de viver com qualidade de vida governado por políticos estrangeiros.
A Alemanha está a lucrar com as necessidades dos outros países. A Alemanha tb tem dívidas e os empréstimos que obtém, têm juros ou de 0% e "empresta" aos países, cobrando juros elevadíssimos. Os juros que Portugal e os outros países pagam, mantém-nos na dependência.
Mas de onde é que obteve essa informação? Ouviu dizer isso lá no café não foi? A Alemanha não lucra com juros absolutamente nenhuns. Quem emprestou dinheiro a Portugal foi o Banco Central Europeu (do qual nós fazemos parte), o FMI (do qual nós fazemos parte) e a comissão Europeia (do qual nós fazemos parte). O papel da Alemanha foi votar a favor dos empréstimos a Portugal. Se a Alemanha tivesse votado contra provavelmente neste momento Portugal estava numa situação muito pior. E se a Alemanha tem empréstimos com juros baixos é porque tem uma economia saudável e é um investimento de baixo risco para as entidades que emprestam o dinheiro. O que simplesmente não é verdade é que a Alemanha ou qualquer outro país tenha empréstimos com juros de 0% porque nehuma entidade financeira empresta dinheiro sem ganhar alguma coisa com isso.
Petruska1 Escreveu: O que está a bold, para além de estar a ser ofensivo e rude para quem não pensa da mesma forma que o forista, é um um disparate (a ideia expressa).


Qualquer pessoa pode sentir-se ofendida até se eu lhe desejar um bom dia. Cada um ofende-se com aquilo que quer. Ainda assim, ofensa ou não, o que eu disse é a mais pura das verdades. E quem se sente ofendido talvez esteja só a enfiar o barrete.

Mas aproveito também para lhe lançar um desafio. Disse que que a minha opinião é um disparate. Não, não estou ofendido. Mas estou curioso porque se "esqueceu" de explicar porquê. Quer tentar?
Petruska1 Escreveu: Se pensa como se expressou, pode emigrar para a Alemanha e pedir a nacionalidade alemã. :wink:
Penso exactamente como me expressei e como vivo num país livre posso expressar aquilo que penso. Felizmente sou um Português que vive uma vida desafogada graças ao esforço do meu trabalho. Não tenho pais ricos, não vivo dos rendimentos. Trabalhos desde os 16 anos. Vou de férias para o estrangeiro todos os anos. Obrigado pela sugestão mas não preciso de emigrar. Gosto muito do meu país, principalmente da liberdade que me permite dizer que quem quer viver na pobreza em vez de aceitar uma mão que ajuda, é fraquinho do cérebro. Se Portugal não tivesse recebido os empréstimos que tanto critica estaria neste momento na bancarrota. Sabe o que é que isso significa? Não deve saber, julgando pela forma como fala.

O que as pessoas não gostam é de fazer sacrifícios. Não estou a dizer que concordo com as medidas para solucionar a crise. Mas essas medidas SOMOS NÓS PRÓPRIOS que implementamos e não a Alemanha a ditar. O papel da Alemanha e da Comunidade Europeia é obrigar-nos a ter um rigor orçamental que NÓS PRÓPRIOS não sabemos ter. Em tempo de prosperidade gastamos mais do que aquilo que temos e, como é óbvio seguem-se periodos de crise. Não foi a Alemanha que nos aumentou os impostos, fomos NÓS PRÓPRIOS. A Alemanha e o resto da Comunidade Europeia, só nos obriga a gastar menos do que aquilo que produzimos. E o NOSSO GOVERNO aumenta os imposta para poder continuar a gastar muito sem sair dos limites impostos. Em vez de diminuir as despesas do país, o NOSSO GOVERNO prefere aumentar impostos. Se calhar se fosse a senhora Merkel a mandar em Portugal diminuia as despesas em vez de aumentar os impostos. Mas a Alemanha INFELIZMENTE não tem esse poder devido à soberania de Portugal. O papel da Alemanha é ser o pai severo quando a criança faz asneiras. Mas Portugal teima em ignorar o castigo o que só resulta em não aprender a liçao e voltar a cair no erro. Não é à toa que esta é a terceira intervenção internacional em Portugal desde o 25 de Abril. Nós somos a criança tonta que não quer aprender. O que está a sugerir é que continuemos a a fazer asneira sem encarar as consequencias. E essa atitude, além de ser [Editado pela moderação] é destrutiva para Portugal. [Editado pela moderação] aceite a realidade e torne-se no adulto responsável.
Última edição por CH2O2 em sábado out 27, 2012 12:03 am, editado 1 vez no total.
dinodane
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sábado out 27, 2012 12:01 am

tóooinggg

"A inveja é a arma do incompetente" Anónimo

CH2O2
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sábado out 27, 2012 12:21 am

Floripes3 Escreveu:
CH2O2 Escreveu:Não me importo de trabalhar como um alemão (não sei se isso seria mais ou menos tendo em conta que nunca trabalho menos de 50 horas semanais) se tivesse a qualidade de vida de um alemão médio.
Qualidade de vida ou nível de vida? Não são a mesma coisa.

Pelas referências que me chegam, qualidade de vida não é adjectivo que se aplique adequadamente à vida na Alemanha. Já o nível de vida, sim senhor, é melhor do que o nosso, mas também não é preciso muito: até em Espanha, hoje em pleno processo de escravização económica, como nós, o nível de vida era muito melhor que o dos portugueses.

Mas é muito tuga, essa coisa de suspirar pela galinha da vizinha. Ou pela verde relva do outro lado da montanha, que é sempre mais verde e viçosa do que a do lado em que vivemos.

Siga o conselho do nosso primeiro: tire-se das suas tamanquinhas e emigre. Logo verá.
A qualidade de vida e nível de vida de um alemão médio são ambas superiores à do Português médio. Se discorda não entendo o que quer dizer.

Mas interpretou mal o meu espírito tuga porque eu vivo confortável no meu país e não quero emigrar. Felizmente não tenho problemas económicos. Mas discordo completamente quando critica o desejo natural de qualquer pessoa por uma vida melhor. Em minha opinião, quem quer continuar a viver uma vidinha medíocre e nunca tenta melhorar é que está errado. Não se trata de desejar o que tem um alemão, sem fazer um esforço nesse sentido. Trata-se sim de trabalhar duro para chegar ao nível de quem está melhor que nós. Trata-se de seguir o bom exemplo de quem faz melhor. Se há quem preferira contar tostões na hora de ir ao supermercado, aceito a vontade de cada um. Mas eu prefiro trabalhar 10 horas por dia para não estar nessa situação. Será que eu tenho uma qualidade de vida pior porque trabalho 10 horas? Não, porque gosto dos frutos do meu trabalho. Sacrifico mais 2 horas do meu dia para poder ter aquilo que quero e viajar onde quero. O que colectivamente enquanto país nós não aceitamos são esses sascrifícios. Queremos ter tudo agora e sem esforço.
Joie2
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sábado out 27, 2012 1:11 am

CH2O2 Escreveu:
Floripes3 Escreveu:
CH2O2 Escreveu:Não me importo de trabalhar como um alemão (não sei se isso seria mais ou menos tendo em conta que nunca trabalho menos de 50 horas semanais) se tivesse a qualidade de vida de um alemão médio.
Qualidade de vida ou nível de vida? Não são a mesma coisa.

Pelas referências que me chegam, qualidade de vida não é adjectivo que se aplique adequadamente à vida na Alemanha. Já o nível de vida, sim senhor, é melhor do que o nosso, mas também não é preciso muito: até em Espanha, hoje em pleno processo de escravização económica, como nós, o nível de vida era muito melhor que o dos portugueses.

Mas é muito tuga, essa coisa de suspirar pela galinha da vizinha. Ou pela verde relva do outro lado da montanha, que é sempre mais verde e viçosa do que a do lado em que vivemos.

Siga o conselho do nosso primeiro: tire-se das suas tamanquinhas e emigre. Logo verá.
A qualidade de vida e nível de vida de um alemão médio são ambas superiores à do Português médio. Se discorda não entendo o que quer dizer.

Mas interpretou mal o meu espírito tuga porque eu vivo confortável no meu país e não quero emigrar. Felizmente não tenho problemas económicos. Mas discordo completamente quando critica o desejo natural de qualquer pessoa por uma vida melhor. Em minha opinião, quem quer continuar a viver uma vidinha medíocre e nunca tenta melhorar é que está errado. Não se trata de desejar o que tem um alemão, sem fazer um esforço nesse sentido. Trata-se sim de trabalhar duro para chegar ao nível de quem está melhor que nós. Trata-se de seguir o bom exemplo de quem faz melhor. Se há quem preferira contar tostões na hora de ir ao supermercado, aceito a vontade de cada um. Mas eu prefiro trabalhar 10 horas por dia para não estar nessa situação. Será que eu tenho uma qualidade de vida pior porque trabalho 10 horas? Não, porque gosto dos frutos do meu trabalho. Sacrifico mais 2 horas do meu dia para poder ter aquilo que quero e viajar onde quero. O que colectivamente enquanto país nós não aceitamos são esses sascrifícios. Queremos ter tudo agora e sem esforço.

... É assim mesmo: quem quer bolota trepa :mrgreen:
botas96
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sábado out 27, 2012 1:43 am

Não trepa nada,como disse, o problema da Europa é e sempre foi um,Alemanha. (que escapa sempre).
Apesar disto,o facto é que a Alemanha é rica (muito rica em recursos naturais) e Portugal não. Logo aí já vai uma grande diferença (e este facto foi um dos muitos, que levou a Europa a levar com aquele "frete").
Sem querer ser muito massudo. A Alemanha sempre agiu em contra ciclo em relação ao resto.
A adicionar ás sugestões por mim já dadas (tratado franco inglês 1860, etc)
Outra dica, a U.E. vem da C.E.E. que vem da C.E.C.A. (comunidade europeia do carvão e do aço-1957) (França-Alemanha,o tal eixo que tantas vezes falam).
Embora França seja substancial muito mais pobre em recursos naturais.
O tal medo actual que a Europa tem, provem desse poderio, e quanto a mim (na versão mais radical), é a única razão por eles ainda não terem tido o mesmo destino de Cartago.
No plano Marshall,A América precisava de um parceiro económico (Europa).
Petruska1
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sábado out 27, 2012 7:26 am

CH2O2, excelente intervenção!!!! :) Percebe mesmo do assunto, vê-se e essa educação é um "must".
Continue!!!! :lol:
<p><a title="Dubitando, ad veritatem parvenimus... aliquando! Duvidando, chegamos à verdade... às vezes!" target="_top" href="http://dubitando.no.sapo.pt/index.htm"></a></p>
<p>Dubitando, ad&nbsp;veritatem pervenimus...aliquando!/Duvidando, chegamos &agrave; verdade...&agrave;s vezes! By: Fl&aacute;vio Josefo</p>
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Petruska1
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sábado out 27, 2012 7:59 am

botas96 Escreveu:Não trepa nada,como disse, o problema da Europa é e sempre foi um,Alemanha. (que escapa sempre).
Apesar disto,o facto é que a Alemanha é rica (muito rica em recursos naturais) e Portugal não. Logo aí já vai uma grande diferença (e este facto foi um dos muitos, que levou a Europa a levar com aquele "frete").
Sem querer ser muito massudo. A Alemanha sempre agiu em contra ciclo em relação ao resto.
A adicionar ás sugestões por mim já dadas (tratado franco inglês 1860, etc)
Outra dica, a U.E. vem da C.E.E. que vem da C.E.C.A. (comunidade europeia do carvão e do aço-1957) (França-Alemanha,o tal eixo que tantas vezes falam).
Embora França seja substancial muito mais pobre em recursos naturais.
O tal medo actual que a Europa tem, provem desse poderio, e quanto a mim (na versão mais radical), é a única razão por eles ainda não terem tido o mesmo destino de Cartago.
No plano Marshall,A América precisava de um parceiro económico (Europa).

A anulação da dívida alemã (Acordo de Londres de 1953 sobre a dívida da Alemanha e ao Plano Marshall), os termos do acordo assinado em Londres diferem radicalmente da maneira como estamos (Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha etc) hoje a ser tratados.
Múltiplas condições, inclusive a dívida contraída pela Alemanha reduzida em mais de 60%, mas também a regulamentação das dívidas de guerra e indemnizações às vítimas civis e aos Estados (Entre 1949 e 1952, a Alemanha Ocidental recebeu dos Estados Unidos quase 30 bilhões de dólares em valores atualizados)foram adiadas para data indeterminada. Foram reunidas para permitir à Alemanha Ocidental desenvolver-se rapidamente, facilitando a reconstrução do seu aparato industrial
<p><a title="Dubitando, ad veritatem parvenimus... aliquando! Duvidando, chegamos à verdade... às vezes!" target="_top" href="http://dubitando.no.sapo.pt/index.htm"></a></p>
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botas96
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sábado out 27, 2012 1:27 pm

Está a ver Petruska.

São as "vicissitudes" de ser uma parte importante do motor económico Europeu.
A rede de tratados que se seguiram entre múltiplos Países à semelhança do tratado Franco-Inglês (1860) e a grosso modo,uma espécie de espaço Schengen mas com mercadorias, logo após a diferenciação dos bancos, em bancos de investimentos e em bancos de depósitos (1850) originou a união monetária latina onde diversos Países utilizaram o Franco,como moeda própria ou como base à sua própria moeda. (uma coisa muito aproximada,salvo as distancias, ao que já conheço.)
Também por mexidas nos bastidores (Bismark), houve uma crise económica onde tudo isso se desfez e culminou com a Guerra Alsácia-Lorena (1870).
O desfecho desse conflito teve também a sua cota parte em 1914/1918.
Isto é só um lamiré muito condensado e relativamente recente, mas é só um exemplo entre muitos.
Alemanha, acima de tudo! continua a ser o mote deles,mas não se guiem por mim,vejam por vocês mesmos . Eles levam sempre a avante deles. Pelo menos, desde Hermínio. (9 D.C.).
E a culpa não é só nossa, Devia ter havido um maior controlo (fiscalização) do dinheiro comunitário emprestado.
Devia ter sido por fases. e só se emprestaria mais dinheiro se a fase anterior tivesse sido aprovada, e fiscalizada e efectivada.
Floripes3
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sábado out 27, 2012 1:36 pm

Tomem lá este estendal, podem gastar a tarde a lê-lo. Um conceituado economista americano pronuncia-se:

Nestes últimos três anos caiu-nos uma depressão em cima da cabeça, e o que fizemos? Procurámos culpados. O “viver acima das nossas possibilidades” e “os malefícios do endividamento” são duas cantigas populares dos últimos anos. E, no entanto, antes de a crise ter rebentado na América e de se ter propagado à Europa, o nível de endividamento de alguns dos países do sul da Europa, como Portugal e Espanha, tinha vindo a reduzir-se. Os gráficos estão lá e mostram que sim (como mostram que o gigante alemão também está fortemente endividado). Mas porque é que as pessoas não querem acreditar nisto? Nem sequer apreender o facto de terem sido “praticamente todos os principais governos” que, “nos terríveis meses que se seguiram à queda do banco de investimento Lehman Brothers, concordaram em que o súbito colapso das despesas do sector privado teria de ser contrabalançado e viraram-se então para uma política orçamental e monetária expansionista num esforço para limitar os danos”? A Comissão Europeia e a Alemanha estavam “lá”. E, de repente, tudo mudou.

Uma das maiores dificuldades de lidar com esta crise é, em primeiro lugar, o facto natural de tanto o cidadão comum como Jesus Cristo não perceberem nada de finanças, a menos quando lhe vão ao seu próprio bolso (ou perde o emprego). A outra é o poder da narrativa do “vivemos acima das nossas possibilidades”, aquilo a que Krugman chama a “narrativa distorcida” europeia , “um relato falso sobre as causas da crise que impede verdadeiras soluções e conduz de facto a medidas políticas que só pioram a situação”. Krugman ataca “uma narrativa absolutamente errada”, consciente de que “as pessoas que apregoam esta doutrina estão tão relutantes como a direita americana em ouvir a evidência do contrário”.

Três quartos do livro-manifesto “Acabem com esta crise já” é dedicado aos Estados Unidos, pátria de Krugman. Mas tendo em conta o nosso “interesse nacional”, centremo-nos no que diz sobre a Europa.

Krugman refuta a explicação popular e maioritária sobre a situação actual na Europa – países sob tutela de troika e pedidos de resgate à média de dois por ano. “Eis, então, a Grande Ilusão da Europa: é a crença de que a crise da Europa foi essencialmente causada pela irresponsabilidade orçamental. Diz essa história que os países europeus incorreram em excessivos défices orçamentais e se endividaram demasiado – e o mais importante é impor regras que evitem que isto volte a acontecer”.

Krugman aceita que a Grécia (e Portugal, “embora não à mesma escala) incorreu em “irresponsabilidade orçamental”, mas recusa a “helenização” do problema europeu. “A Irlanda tinha um excedente orçamental e uma dívida pública reduzida na véspera do deflagrar da crise (...) A Espanha também tinha um excedente orçamental e uma dívida reduzida. A Itália tinha um alto nível de endividamento herdado das décadas de 1970 e 1980, quando a política era realmente irresponsável, mas estava a conseguir fazer baixar de forma progressiva o rácio do endividamento em relação ao PIB”. Ora um graficozinho do FMI demonstra que, enquanto grupo, “as nações europeias que se encontram actualmente a braços com problemas orçamentais conseguiram melhorar de forma progressiva a sua posição de endividamento até ao deflagrar da crise”. E foi só com a chegada da crise americana à Europa que a dívida pública disparou. Explicar isto aos “austeritários” é uma tarefa insana. Diz Krugman: “Muitos europeus em posições-chave – sobretudo políticos e dirigentes na Alemanha, mas também as lideranças do Banco Central Europeu e líderes de opinião espalhados pelo mundo das finanças e da banca – estão profundamente comprometidos com a Grande Ilusão e nada consegue abalá-los por mais provas que haja em contrário. Em consequência disso, o problema de responder à crise é muitas vezes formulado em termos morais: as nações estão com problemas porque pecaram e devem redimir-se por via do sofrimento”. Ora é esta exactamente a história que nos conta o governo e que é, segundo Paul Krugman, “um caminho muito mau para se abordar os problemas que a Europa enfrenta”.

Ao contrário do que muita gente possa pensar, Krugman não é um perigoso socialista. E, céus, até defende a austeridade (alguma, mas não esta). Vejam como ele explica a crise espanhola, que considera a crise emblemática da zona euro: “Durante os primeiros oito anos após a criação da zona euro a Espanha teve gigantescos influxos de dinheiro, que alimentaram uma enorme bolha imobiliária e conduziram a um grande aumento de salários e dos preços relativamente aos das economias do núcleo europeu [Alemanha, França e Benelux]. O problema essencial espanhol, do qual derivam todos os outros, é a necessidade de voltar a alinhar custos e preços. Como é que isso pode ser feito?”. O Nobel explica: “Poderia ser feito por via da inflação nas economias do núcleo europeu. Imagine-se que o BCE seguia uma política de dinheiro fácil enquanto o governo alemão se empenhava no estímulo orçamental; isto iria implicar pleno emprego na Alemanha mesmo que a alta taxa de desemprego persistisse em Espanha. Os salários espanhóis não iriam subir muito, se é que chegavam a subir, ao passo que os salários alemães iriam subir muito; os custos espanhóis iriam assim manter-se nivelados, ao passo que os custos alemães subiriam. E para a Espanha seria um ajustamento relativamente fácil de fazer: não seria fácil, seria relativamente fácil”.

Ora, esta maneira “relativamente fácil” de resolver a crise europeia tem estado condenada (vamos ver o que se segue ao novo programa de compra de dívida do BCE, criticado pelo presidente do Bundesbank) pela irredutibilidade alemã relativamente à inflação, “graças às memórias da grande inflação ocorrida no início da década de 1920”. Krugman lembra bem que estranhamente “estão muito mais esquecidas as memórias relativas às políticas deflacionárias do início da década de 1930, que foram na verdade aquilo que abriu caminho para a ascensão daquele ditador que todos sabemos quem é”.

O que trama as nações fracas do euro (como Espanha e Portugal) é, não tendo meios de desvalorizar a moeda – como fez a Islândia no rescaldo da crise com sucesso – estão sujeitas ao “pânico auto--realizável”. O facto de não poderem “imprimir dinheiro” torna esses países vulneráveis “à possibilidade de uma crise auto-realizável, na qual os receios dos investidores quanto a um incumprimento em resultado de escassez de dinheiro os levariam a evitar adquirir obrigações desse país, desencadeando assim a própria escassez de dinheiro que tanto receiam”. É este pânico que explica os juros loucos pagos por Portugal, Espanha e Itália, enquanto a Alemanha lucra a bom lucrar com a crise do euro – para fugir ao “pânico” os investidores emprestam dinheiro à Alemanha sem pedir juros e até dando bónus aos alemães por lhes deixarem ter o dinheirinho guardado em Frankfurt.

Se Krugman defende que “os países com défices orçamentais e problemas de endividamento terão de praticar uma considerável austeridade orçamental”, defende que para sair da crise seria necessário que “a curto prazo, os países com excedentes orçamentais precisam de ser uma fonte de forte procura pelas exportações dos países com défices orçamentais”.

Nada disto está a acontecer. “A troika tem fornecido pouquíssimo dinheiro e demasiado tardiamente” e, “em resultado desses empréstimos de emergência, tem-se exigido aos países deficitários que imponham programas imediatos e draconianos de cortes nos gastos e subidas de impostos, programas que os afundam em recessões ainda mais profundas e que são insuficientes, mesmo em termos puramente orçamentais, à medida que as economias encolhem e causam uma baixa de receitas fiscais”. Conhece esta história, não conhece?


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Tumbleweed
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sábado out 27, 2012 9:25 pm

botas96 Escreveu: Apesar disto,o facto é que a Alemanha é rica (muito rica em recursos naturais) e Portugal não.
Quais? A Alemanha é quase auto-sustentável ao nível agrícola (coisa que Portugal também poderia ser), mas grandes recursos naturais não conheço (petróleo, ouro, diamantes, urânio, etc.). Talvez me possa esclarecer.
botas96
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sábado out 27, 2012 9:28 pm

Ao tumbleweed:

Recursos naturais não são só,diamantes,petroleo, etc.

"...a U.E. vem da C.E.E. que vem da C.E.C.A. (comunidade europeia do carvão e do aço-1957) (França-Alemanha,o tal eixo que tantas vezes falam). "
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