Gostava era de ver as pessoas que são esquisitas com o barulho dos cães a ladrar, aqui nesta aldeia onde eu moro.
Iam ter uma trabalheira a caminhar constantemente para o posto da GNR ou lá o que é, para fazer queixa de todos os habitantes da povoação que têm cães aos magotes, que ladram de noite e de dia.
Os meus, durante a noite, não fazem barulho porque dormem dentro de casa. Mas numa noite de Sábado (não nesta, mas na anterior) foi aqui uma festa. O meu vizinho, que é caçador, como tinha que partir cedo, com receio de que a caça fugisse e para não perder tempo, trouxe, cerca das 9 horas, o atrelado já com os muitos "podengos" lá dentro aqui para a porta dele, que é logo ao lado da minha. Os coitados até nem se portaram mal, se atendermos às condições em que estavam, mas assim que algum dizia "caim" era um coro magnífico de uma ponta à outra da aldeia, de uivos e de ladração. Claro que os meus também não se inibiram. Foi uma noite de rara beleza, dada a diversidade de tons de fala canina. Decibéis à bessa.
Preferível, ainda assim, à música aos berros de um teenager aqui do burgo, até porque a música é indistinguível. Só se ouve um estrondear constante, como se houvesse trovoada.
De resto, essa nova corrente que agora existe de fazer queixa por tudo e por nada, insignificâncias de lana caprina, causa-me a maior das indignações.
Mesmo que passasse semanas sem dormir, nunca me passaria pela cabeça queixar-me de um cão que ladra.
Nem do teenager da música aos berros, acrescente-se.
ESTOU F***** (Fula)
Mas porque razão deveremos pasasr nopites sem dormir por causa de um cão que ladra? 
Essa é boa! É porque parece mal, parece que não gostamos de cães?
Era o que me faltava ter vizinhos com animais barulhentos a incomodar, sempre me preocupei em que nonguém pudesse se queixar da minha casa, exigo o mesmo. E por acaso acho que o mal deste pais foram os muitos anos a comer e calar. As pessoas nem sabem viver em condições....
Se tenho barulho, mando calar, olha que engraçado!
Essa é boa! É porque parece mal, parece que não gostamos de cães?
Era o que me faltava ter vizinhos com animais barulhentos a incomodar, sempre me preocupei em que nonguém pudesse se queixar da minha casa, exigo o mesmo. E por acaso acho que o mal deste pais foram os muitos anos a comer e calar. As pessoas nem sabem viver em condições....
Se tenho barulho, mando calar, olha que engraçado!
... nem a si, Colette, nem a ninguém "normal". Fazer queixa de um cão que vive em pleno campo porque ladra? Até num apartamento, se for um ladrar "razoável" qual é o problema? De facto, deve haver animais que devem andar "direitinhos como um fuso" 
Haja pachorra.
Haja pachorra.Que fuso? O da história da Bela Adormecida? Só se for. Os cães picam-se no fuso da fada má e ficam a dormir 100 anos.
Já agora, também posso ir fazer queixa dos carneiros a balir, dos galos a cantar a partir da 3 da matina e dos passarinhos a pipilar junto da minha janela assim que o sol nasce.
Ou das pessoas que chegam a casa tarde e a más horas e se põem a falar aqui mesmo juntinho à minha porta.
Durante décadas morei numa rua do centro de Lisboa, onde o barulho do trânsito era incessante 24 horas por dia. Nunca me fez diferença alguma. E se fizesse, ia fazer queixa do quê e a quem? Fazia um requerimento ao Presidente da Câmara para fechar a rua durante a noite para não me incomodar?
As pessoas acabam por se habituar aos ruídos e a considerá-los normais.
O resto é paisagem.
Quem se quer alhear deles, pode sempre meter-se num casulo e aí ficar.
Pela minha parte, prefiro viver em comunidade e em harmonia. E nem sequer sou sociável por aí além.
Já agora, também posso ir fazer queixa dos carneiros a balir, dos galos a cantar a partir da 3 da matina e dos passarinhos a pipilar junto da minha janela assim que o sol nasce.
Ou das pessoas que chegam a casa tarde e a más horas e se põem a falar aqui mesmo juntinho à minha porta.
Durante décadas morei numa rua do centro de Lisboa, onde o barulho do trânsito era incessante 24 horas por dia. Nunca me fez diferença alguma. E se fizesse, ia fazer queixa do quê e a quem? Fazia um requerimento ao Presidente da Câmara para fechar a rua durante a noite para não me incomodar?
As pessoas acabam por se habituar aos ruídos e a considerá-los normais.
O resto é paisagem.
Quem se quer alhear deles, pode sempre meter-se num casulo e aí ficar.
Pela minha parte, prefiro viver em comunidade e em harmonia. E nem sequer sou sociável por aí além.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>
A última parte deste tópico e a intervenção da Sasquatch faz-me lembrar uma história que vi no Facebook e a que achei pilhas. Vou contá-la, a identidade das pessoas não é para aqui chamada.
Num sábado, uma família de pai, mãe e dois filhos pequenos foi às compras e gastou toda a manhã nisso. Ao regressarem, viram dois polícias à porta do prédio.
Qual não foi o seu espanto quando foram interpelados pelos polícias, tinha havido uma queixa contra eles: a vizinha do andar de cima tinha ligado para a esquadra porque os vizinhos de baixo, a tal família, tinham um comando de televisão que desligava a dela sempre que o usavam. E (acrescento meu) incitou os senhores guardas a irem imediatamente lá, para apanhar os malvados em flagrante.
E eles foram, como se viu. E apanharam os relapsos em flagrante, sim, mas de voltarem das compras...
Assim estão os comichosos com os ruídos, ciosos da integridade da sua cidadania e respeito pela dita cuja. Qualquer dia nem se pode espirrar a dez metros de tais pessoas, chamam logo a polícia.
Num sábado, uma família de pai, mãe e dois filhos pequenos foi às compras e gastou toda a manhã nisso. Ao regressarem, viram dois polícias à porta do prédio.
Qual não foi o seu espanto quando foram interpelados pelos polícias, tinha havido uma queixa contra eles: a vizinha do andar de cima tinha ligado para a esquadra porque os vizinhos de baixo, a tal família, tinham um comando de televisão que desligava a dela sempre que o usavam. E (acrescento meu) incitou os senhores guardas a irem imediatamente lá, para apanhar os malvados em flagrante.
E eles foram, como se viu. E apanharam os relapsos em flagrante, sim, mas de voltarem das compras...
Assim estão os comichosos com os ruídos, ciosos da integridade da sua cidadania e respeito pela dita cuja. Qualquer dia nem se pode espirrar a dez metros de tais pessoas, chamam logo a polícia.
<p>Olá, eu sou a... Floripes3 que já foi 2. :mrgreen:</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
Nem brinque. Espirre dentro de um transporte público e fica tudo receoso a olhar para si. Se tossir é ver a debandada e o circulo de bancos vazios todos para si. Hoje, vinha uma senhora agarrada ao corrimão devidamente protegida com um lenço. A humanidade está seriamente doente.
<p>"Se a tourada é cultura, canibalismo é gastronomia"</p>
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Um cão ladrar numa aldeia é uma coisa, num apartamento é outra.
Acho que não é preciso ser-se génio para saber.
Querer viver num apartamento como se vivesse na aldeia é que é um bocado estranho e tem consequências....
Já que gostam tanto de barulho citadino (eu cá não gosto), vão viver para o Bairro Alto para a zona dos bares....afinal as pessoas acabam por se acostumar aos ruídos e achar normal, certo?
Eu nunca me acostumo à perca de qualidade de vida. Quando vivi numa zona de mais movimento meti vidros duplos. O ruído faz mal à saúde. Lá por haver quem ache isso normal não quer dizer que o seja ou que faça bem.
Um cão a ladrar constantemente incomoda e muito. Não é por gostar de cães que vou aturar isso. Já testemunhei num prédio em Lx em plenas avenidas novas um cão pequeno que ladrava incessantemente o DIA TODO. A todos os que protestaram, acham que se devia ter dito" meta-se num casulo?"
Acho que não é preciso ser-se génio para saber.
Querer viver num apartamento como se vivesse na aldeia é que é um bocado estranho e tem consequências....
Já que gostam tanto de barulho citadino (eu cá não gosto), vão viver para o Bairro Alto para a zona dos bares....afinal as pessoas acabam por se acostumar aos ruídos e achar normal, certo?
Eu nunca me acostumo à perca de qualidade de vida. Quando vivi numa zona de mais movimento meti vidros duplos. O ruído faz mal à saúde. Lá por haver quem ache isso normal não quer dizer que o seja ou que faça bem.
Um cão a ladrar constantemente incomoda e muito. Não é por gostar de cães que vou aturar isso. Já testemunhei num prédio em Lx em plenas avenidas novas um cão pequeno que ladrava incessantemente o DIA TODO. A todos os que protestaram, acham que se devia ter dito" meta-se num casulo?"
Um cão constantemente a ladrar é muito irritante sim, mas a intolerância dos citadinos causa mais estragos. Um cão ladrar porque ouve barulho no patamar é perfeitamente normal e até pode prevenir assaltos. Já vi pessoas porem meias nos cães porque o barulho das unhas incomoda o vizinho de baixo. E o mais incómodo é que a maioria das queixas é cobardemente anónima, o que permite que o vizinho do prédio em frente possa causar problemas simplesmente porque não gosta de cães.
<p>"Se a tourada é cultura, canibalismo é gastronomia"</p>
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É verdade, sim senhoras.
Um cão que ladra na cidade é diferente de um cão que ladra na aldeia.
Sou disso testemunha viva (ainda). Alive and kicking como diria a minha cunhada texana.
Quando vivia na cidade, os meus cães ladravam com voz mais profunda, mais do género tenor.
Mudaram-se para o campo e não é que os mesmissimos cães mudaram, igualmente, de tom de voz? Agora esganiçam-se, ladram à soprano. Todos Callas e Tebaldi no seu melhor.
Agora tenho que ir, que se faz tarde. Vamos ali ao posto da GNR apresentar queixa (anónima, obviamente) porque o bebé da vizinha chorou toda a noite. Devem ser gases e cólicas, mas não tenho nada com isso. Aero-om e Buscopan e mais nada!
Um cão que ladra na cidade é diferente de um cão que ladra na aldeia.
Sou disso testemunha viva (ainda). Alive and kicking como diria a minha cunhada texana.
Quando vivia na cidade, os meus cães ladravam com voz mais profunda, mais do género tenor.
Mudaram-se para o campo e não é que os mesmissimos cães mudaram, igualmente, de tom de voz? Agora esganiçam-se, ladram à soprano. Todos Callas e Tebaldi no seu melhor.
Agora tenho que ir, que se faz tarde. Vamos ali ao posto da GNR apresentar queixa (anónima, obviamente) porque o bebé da vizinha chorou toda a noite. Devem ser gases e cólicas, mas não tenho nada com isso. Aero-om e Buscopan e mais nada!
Última edição por colette em quarta out 31, 2012 8:53 am, editado 1 vez no total.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>
... Os meus, são mais Pavarotti, Theresa Berganza, Mario Lanza 
e outros sopranos que agora não me lembra. Como são todos castrados, mudaram um pouco de voz
Onde é que já se viu, Colette, está a querer comparar o choro de bebés humanos com ladrar de cães ( ) Homessa... (bom, se compara não tenho nada a ver com isso; não me diz respeito).
e outros sopranos que agora não me lembra. Como são todos castrados, mudaram um pouco de voz Onde é que já se viu, Colette, está a querer comparar o choro de bebés humanos com ladrar de cães
( ) Homessa... (bom, se compara não tenho nada a ver com isso; não me diz respeito).Barulho é barulho, não faço discriminação.
Sou uma grande democrata: tanto apresento queixa de um bebé a berrar como de um hamster a chiar, ou de uma cobra a sibilar. Estas últimas, então, não têm escapatória.
E agora é que vou mesmo que o Ernesto já está histérico e a treinar a voz.
Sou uma grande democrata: tanto apresento queixa de um bebé a berrar como de um hamster a chiar, ou de uma cobra a sibilar. Estas últimas, então, não têm escapatória.
E agora é que vou mesmo que o Ernesto já está histérico e a treinar a voz.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>
Acho que vou fazer queixa da tartaruga do vizinho de cima. Esta noite, o barulho que ela fez a nadar não me deixou dormir.
<p>Olá, eu sou a... Floripes3 que já foi 2. :mrgreen:</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
"Um cão que ladra na cidade é diferente de um cão que ladra na aldeia. "
Até pode ser. Por razões lógicas.
Mas acredito mais, que é o ponto de vista do observador que muda, logo a intolerância também. E não só.
Por exemplo.
1º
Se numa quinta um cão ladra, é tido como natural. Logo a intolerância é muito menor. E se ladrar muito ainda é visto como um grande cão de guarda.
Se num prédio um cão ladra, é tido como um elemento "incomodativo".Logo a intolerância é muito maior.
2º
Numa quinta, se "aquele" vizinho entrar lá sem ser convidado, é traçado, é tido como natural, grande cão.
Num prédio ( que por razões óbvias, leis) se "aquele" vizinho for traçado, chama a polícia e são problemas.
Ora, em ambos os casos o cão está a desempenhar a sua função impulsionado pelo instinto, não está ciente das diferenças impostas pelos donos.
Aqui,onde eu estou, no meu cubículo, costumo repreender quem repreende o cão. Assim, como eu estou aqui a expressar-me,deixo o meu bicho expressar-se/desempenhar a função (faço isso por é de tempos a tempos e os meus vizinhos,menos um, são tolerantes) Assim como não faço queixa, aqui do beagle ao lado que teve dias que ladrava e gania o dia todo.
O cão, adapta-se a tudo que o homem faz.(muitas nem devia)
O ónus não é do cão, é totalmente do dono. Tem que adapta-lo.
Pessoalmente,prefiro assim, um bicho que me avise de potenciais problemas. Não sou dos de trabalho (adoraria),mas pets a 100% não vejo o porquê?
Até porque aquilo que anseio,ou procuro num cão é, por ordem:
"Cabeça", Drive (qb),Energia (qb), teimosia (qb), independência (qb)
Ponham-me numa quinta e eu tiro o (qb).
Até pode ser. Por razões lógicas.
Mas acredito mais, que é o ponto de vista do observador que muda, logo a intolerância também. E não só.
Por exemplo.
1º
Se numa quinta um cão ladra, é tido como natural. Logo a intolerância é muito menor. E se ladrar muito ainda é visto como um grande cão de guarda.
Se num prédio um cão ladra, é tido como um elemento "incomodativo".Logo a intolerância é muito maior.
2º
Numa quinta, se "aquele" vizinho entrar lá sem ser convidado, é traçado, é tido como natural, grande cão.
Num prédio ( que por razões óbvias, leis) se "aquele" vizinho for traçado, chama a polícia e são problemas.
Ora, em ambos os casos o cão está a desempenhar a sua função impulsionado pelo instinto, não está ciente das diferenças impostas pelos donos.
Aqui,onde eu estou, no meu cubículo, costumo repreender quem repreende o cão. Assim, como eu estou aqui a expressar-me,deixo o meu bicho expressar-se/desempenhar a função (faço isso por é de tempos a tempos e os meus vizinhos,menos um, são tolerantes) Assim como não faço queixa, aqui do beagle ao lado que teve dias que ladrava e gania o dia todo.
O cão, adapta-se a tudo que o homem faz.(muitas nem devia)
O ónus não é do cão, é totalmente do dono. Tem que adapta-lo.
Pessoalmente,prefiro assim, um bicho que me avise de potenciais problemas. Não sou dos de trabalho (adoraria),mas pets a 100% não vejo o porquê?
Até porque aquilo que anseio,ou procuro num cão é, por ordem:
"Cabeça", Drive (qb),Energia (qb), teimosia (qb), independência (qb)
Ponham-me numa quinta e eu tiro o (qb).
Última edição por botas96 em quarta out 31, 2012 2:29 pm, editado 1 vez no total.