terça out 23, 2012 2:11 pm
Vamos lá pôr os pontos nos "is" e os tis nos "ãos" e nos "ões".
O meu maior desejo é que a Vera Alegria encontre a tal casa com a velhinha que a aceite (aceite com "c" e não com dois ésses, caramba!) com a Layla.
Até digo mesmo mais: se eu vivesse em Lisboa, tivesse um quarto extra, velhinha ou não, teria o maior prazer em aceitar a user, free of charge. Ou seja, cedia-lhe o quarto sem qualquer encargo com a vantagem de que o animal não teria que ficar fechado, que é contra isso que me insurjo - um animal jovem fechado horas e horas num pequeno espaço, porque o quarto não vai ser nenhum salão - e não contra o facto de a user querer conservar a sua companheira. Isso, de facto, só abona em favor dela.
É que, sabem, pelo meu conhecimento, que não pela experiência, mesmo um arrendamento de um quarto em Lisboa é muito, mas muito caro. E a menos que o futuro patrão da user seja pessoa conscienciosa e lhe pague um ordenadão (o que, aqui para nós, não acredito, porque a tendência das entidades patronais é serem oportunistas e aproveitarem-se da miséria dos seus contratados), a Vera não vai viver com largueza. Também é certo que as "senhorias" de quartos têm tendência a pôr entraves, restrições e limitações aos gastos dos hóspedes, ao ponto de muitas vezes não permitirem que os ditos tomem banho regularmente para não gastarem água, ou que tenham a luz acesa para além das 9 da noite ou que utilizem a cozinha para preparar as refeições.
É preciso ter tudo isso em conta.
Quanto às instituições de solidariedade social que tomam conta de velhinhos (o que desde já pressupõe incapacidade dos ditos para se governarem nas mais comezinhas actividades domésticas), o que quase sempre acontece é que quando os velhotes têm animais de estimação, cão, gato ou passarinho, as tais cuidadoras da segurança social, muitas delas assaz intolerantes, fazem os possíveis e os impossíveis para que os donos os alienem e se separem deles com os pretextos de que é pouco higiénico e de que já não têm capacidade para os tratar. Ou seja: canil com eles.
Numa casa onde há estudantes? Não sei. Mesmo entre os estudantes há alguns que não gostam de animais e, de qualquer modo, segundo penso, a última palavra será sempre dos donos da casa.
Posto isto, reitero os meus desejos de que a Vera encontre o que pretende. Sinceramente.
Os milagres acontecem. Ainda há por aí muita gente boa.
E porque não é meu costume interferir na vida alheia, porque também não quero que se metam na minha, esta será a minha última intervenção neste tópico.
Ah, e lembre-se Vera, andares altos sem elevador, nem pensar. Esses cães devem evitar subir escadas.
.
Última edição por
colette em terça out 23, 2012 2:16 pm, editado 1 vez no total.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>