como me preparo para a morte do meu melhor amigo??

[Argay]

Tem que ver o lado positivo, ao menos teve tempo com ela, tempo para se preparar e de saber que fez tudo o que estava ao seu alcance para ajudar. Muitos, como eu, não têm essa sorte.

O problema é que todos os dias se tornam uma despedida e passamos a sofrer por antecipação. Sei, por inumeras experiências próprias, a dôr que isso acarreta. Uma longa e tremenda despedida em vida. Como ultrapassar este sentimento? Honestamente não sei.

[ZezinhoManel]

E acha que ver o seu cão padecer em 2 minutos sem dar aviso ou tempo de reacção, quando era saudável, jovem e cheia de vida, é mais fácil... Eu ainda me pergunto porquê e como isto foi acontecer, só se foi para me castigar... A minha cadela morreu de ataque cardíaco hiperagudo aos 6 anos, enquanto eu estava do outro lado do telefone em agonia a ouvir o pânico e depois o silêncio e o choro. Nestes dias ainda não consigo acreditar.

[Floripes3]

E acha que ver o seu cão padecer em 2 minutos sem dar aviso ou tempo de reacção, quando era saudável, jovem e cheia de vida, é mais fácil... Eu ainda me pergunto porquê e como isto foi acontecer, só se foi para me castigar... A minha cadela morreu de ataque cardíaco hiperagudo aos 6 anos, enquanto eu estava do outro lado do telefone em agonia a ouvir o pânico e depois o silêncio e o choro. Nestes dias ainda não consigo acreditar.

Aconteceu o mesmo com o meu cão Gaspar. Só que eu estava presente. Morreu de olhos postos em mim, enquanto eu chamava o táxi para o levar de urgência ao veterinário. Tinha treze anos.

Essas mortes súbitas são de agradecer aos deuses: são rápidas e misericordiosas, poupam muito muito sofrimento e muita angústia ao dono e ao animal.

[ZezinhoManel]

E acha que ver o seu cão padecer em 2 minutos sem dar aviso ou tempo de reacção, quando era saudável, jovem e cheia de vida, é mais fácil... Eu ainda me pergunto porquê e como isto foi acontecer, só se foi para me castigar... A minha cadela morreu de ataque cardíaco hiperagudo aos 6 anos, enquanto eu estava do outro lado do telefone em agonia a ouvir o pânico e depois o silêncio e o choro. Nestes dias ainda não consigo acreditar.

Aconteceu o mesmo com o meu cão Gaspar. Só que eu estava presente. Morreu de olhos postos em mim, enquanto eu chamava o táxi para o levar de urgência ao veterinário. Tinha treze anos.

Essas mortes súbitas são de agradecer aos deuses: são rápidas e misericordiosas, poupam muito muito sofrimento e muita angústia ao dono e ao animal.

Pois mas eu ainda estou angustiado de não poder fazer nada, e era uma cadela nova, cheia de vida, sem razão nenhuma para morrer. Eu tento dizer isso a mim mesmo, que assim foi melhor, mas melhor que o quê, percebe o que quero dizer?
O seu cão tinha 13 anos, eu tenho cães de 17 e 14 anos com problemas cardíacos de anos e ali andam. Já estou preparado para a ida deles, mas não daquela moça, que no auge da vida morre assim...

[botas96]

Vou ser frontal (peço desculpa aos demais e principalmente à autor(a) do tópico).

Blá,blá, blá ,blá,blá,blá,blá,blá,blá. São só patranhas para tentar escamutiar o facto que não há como se preparar para a morte de um membro da família (humano ou não) que faz parte do nosso dia a dia, todos os dias e que se torna parte de nós.

Qualquer tipo de racionalização da questão, mentalização para o momento,ou qualquer outro tipo de preparação psicológica só funcionarão enquanto o bicho estiver presente.

Prepare-se que vai doer e muito! (dependente do grau de ligação).

Possivelmente vai ficar muito por baixo por uns tempos, aguente.
As minhas sugestões são.
- Faça tudo e o melhor que puder pelo bicho. (segundo a sua consciência.)
- Planeje tudo agora(quando doí menos),para depois estar preparada e saber como agir (vala comum ou cemitério ou cremação municipal,ou cremação individual).
- questione sempre todas as opções propostas que lhe dêem, principalmente vets (informe-se o melhor que puder).Fiscalize-os bem.
"respire para os pescoços" deles se necessário.
- Não engula sapos e não tenha medo das perguntas nem tenha medo de mostrar outras opções.
-Não cometa (muitos) erros (só vai ter uma oportunidade).
-Meta férias para lidar com o sentimento de perda.
- Evite os levantares de ânimo por parte de terceiros. Pode ser contra producente.
Faça isto e garanto-lhe que será uma coisa a que se poderá agarrar nos piores momentos.
Leve o seu tempo, outro dia nascerá e arranje outro.

[Argay]

Não está em causa o sofrimento pela morte de um amigo. Está em causa o sofrimento antecipado por uma morte anunciada que já se vê nos olhos do nosso amigo.
Também já tive animais e pessoas que morreram sem aviso prévio, mas essas não me fizeram passar por uma despedida em vida. Essa despedida, para mim, não tem nada de apaziguador e custa-me só de pensar nisso.

[botas96]

Para agora.

se depois de administrado o medicamento,continuar em "esforço" vá com ele para a rua apanhar ar (adormeci muitas vezes à porta do meu prédio).
se passado meia hora a uma hora não melhorar ou ficar coma língua para o azul, hospital com ele para injectável ou oxigénio ou o que for.
Aproveite esses momentos.

[Floripes3]

Pois mas eu ainda estou angustiado de não poder fazer nada, e era uma cadela nova, cheia de vida, sem razão nenhuma para morrer. Eu tento dizer isso a mim mesmo, que assim foi melhor, mas melhor que o quê, percebe o que quero dizer?
O seu cão tinha 13 anos, eu tenho cães de 17 e 14 anos com problemas cardíacos de anos e ali andam. Já estou preparado para a ida deles, mas não daquela moça, que no auge da vida morre assim...

São os imponderáveis da vida. O choque é enorme e demora a passar.

Não está em causa o sofrimento pela morte de um amigo. Está em causa o sofrimento antecipado por uma morte anunciada que já se vê nos olhos do nosso amigo.
Também já tive animais e pessoas que morreram sem aviso prévio, mas essas não me fizeram passar por uma despedida em vida. Essa despedida, para mim, não tem nada de apaziguador e custa-me só de pensar nisso.

As despedidas em vida são terríveis, custam-nos caríssimo, em termos psicológicos e afectivos. Morremos nós também a cada momento mais um pouquinho.

Mas, como não quero usurpar este tópico para falar da parte que me cabe, espero que a cadelinha que está de partida o faça com um mínimo de dor para ela, que se apague simplesmente. Quanto à sua dona, não tenho palavras de consolo que lhe possa oferecer. Nestas alturas, ninguém tem. Apenas se pode oferecer-lhe espaço para o escape possível da sua dor e sofrimento, com a certeza da nossa solidariedade.

[anja-azul]

E acha que ver o seu cão padecer em 2 minutos sem dar aviso ou tempo de reacção, quando era saudável, jovem e cheia de vida, é mais fácil... Eu ainda me pergunto porquê e como isto foi acontecer, só se foi para me castigar... A minha cadela morreu de ataque cardíaco hiperagudo aos 6 anos, enquanto eu estava do outro lado do telefone em agonia a ouvir o pânico e depois o silêncio e o choro. Nestes dias ainda não consigo acreditar.

Aconteceu o mesmo com o meu cão Gaspar. Só que eu estava presente. Morreu de olhos postos em mim, enquanto eu chamava o táxi para o levar de urgência ao veterinário. Tinha treze anos.

Essas mortes súbitas são de agradecer aos deuses: são rápidas e misericordiosas, poupam muito muito sofrimento e muita angústia ao dono e ao animal.

ao animal, talvez, ao dono, não sei. o meu gasparinho tinha ido ao vet para saber se estava bom da otite. para além do berreiro habitual para sair de casa, o resto estava normal. no regresso, mal andei 1 km, ouvi-o gritar desesperadamente e depois, calar-se. morreu. já passaram 3 anos e eu não me conformo. continuo a achar se rivesse ficado em casa, ainda hoje cá estava

[Silvaa]

Ola

O meu grande amigo Boby também custou me muito tinha 12 anos, já mal comia e pouco se mechia, certo dia ia trabalhar as 5:30 fui há beira dele despedir-me e ir trabalhar (ele já dormia na cozinha pois estava mesmo débil) fiz lhe festas uma troca de olhares e partiu o dia mais duro no trabalho que já passei, senti que ele estava há minha espera para se despedir.

[dogville]

Olá

Há um ano perdi o meu melhor amigo de 4 patas que me acompanhou durante 11 anos, tive um mês para me despedir dele, sempre atenta á sua qualidade de vida senão tinha dores, se comia bem, se queria ir á rua... Quando ele acordou num domingo a babar-se de dor, sem querer ir á rua, eu levei-o ao colo, e ele não deu um passo só a olhar para mim...tornei a carregá-lo. fiz o mais difiçil ligar para o vet e preparar a eutanásia. Todas aquelas semanas de preparação desapareceram num instante... A dor, a perda...Enterrá-lo no sitío que ele mais gostava. Foi quase mais do que eu podia suportar.
Não se prepare, porque não serve de nada, viva todos os momentos possiveis com o seu cão, só não o deixe sofrer, a dor é tremenda mas voçê vai aguentar... e continuar a viver um dia depois do outro...