x2Argay Escreveu:E um cão tem noção entre mordiscar ou destruir um boneco que é dele? Percebe a diferença entre subir delicadamente a um sofá ou atirar-se a ele?
Se o problema fosse, subir a um local proibido ou agarrar num chinelo em vez dos seus bonecos, perfeitamente compreensivel, mas não é o caso.
De borrifador em riste!!
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Claro que sim. Mas não em cima do sofá. Há uma almofada no chão para esse efeito (já que ela não gosta muito do chão sem nada). Quando estou mais perto e não é o tal "vôo" o que faço é colocar o "objecto eleito" na almofada no chão. E ela continua a roer ou a assassinar por lá (vá, no bonequicídio é mais expansiva e aquilo precisa de mais espaço).Argay Escreveu:Ela não pode destruir os bonecos dela???
Bem explicado. Entendi, obrigada. Vou experimentar uns dias e então depois coloco mais dúvidas. Se bem que eu tenho alguma dificuldade em que ela me venha entregar as coisas. Por exemplo só recentemente é que começou a perceber que se me vier dar a bolinha, a brincadeira continua e se não, a brincadeira acaba.marianamar Escreveu: Sr.Yuki, em vez de repreender a cadela por algo que para ela é perfeitamente natural (sentir-se feliz e excitada por ter a dona em casa) porque não experimenta redireccionar essa energia?
Por exemplo, se ela sobe para o sofá com um boneco, em vez de a repreender chame-a para junto de si com outro boneco para brincarem por momentos... longe do sofá! Crie um jogo que se repita sempre que chega. Após algumas vezes ela vai directamente para junto de si com o boneco e não para o sofá.
Última edição por srYuki em domingo fev 17, 2013 3:20 am, editado 2 vezes no total.
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Eu também acho que eles percebem...estevez Escreveu:Mais uma discussão entre métodos positivos e aversivos que se avizinha.
Eu acho que eles sabem perfeitamente a diferença entre subir e atirarem-se à maluca, tal como sabem que há uma diferença entre correr e andar...
Se isolassem o acto e o identificassem apenas como "subir para o sofá", com ou sem objectos, independentemente da velocidade por assim dizer, apenas como "subir", quando por exemplo pedimos "vai buscar + nome-do-objecto", também não conseguiriam executar o comando e iriam buscar, qualquer coisa que aparecesse na frente ao invés de combinar os 2 segmentos do comando, como acontece. (não sei se me fiz entender...)
Independentemente disso, acho que cada indivíduo (cão) é um indivíduo. E é preciso é encontrar o método que funcione com aquela personalidade em particular.
Eu acho que os nossos bichos são muito mas muito espertos, nós é que podemos não os saber ensinar...
Não me parece que a questão seja saber se o cão distingue entre subir calmamente ao sofá e subir à maluca; a questão é saber se o cão percebe que o dono gosta de uma mas não gosta da outra. E para isso é preciso ensiná-lo. Grande parte das discussões que temos acerca de o cão saber isto ou não, pensar assim ou assado para mim são desculpas inconfessadas que nós usamos, para nós próprios, para não treinar o nosso cão...srYuki Escreveu:Eu também acho que eles percebem...estevez Escreveu:Mais uma discussão entre métodos positivos e aversivos que se avizinha.
Eu acho que eles sabem perfeitamente a diferença entre subir e atirarem-se à maluca, tal como sabem que há uma diferença entre correr e andar...
Se isolassem o acto e o identificassem apenas como "subir para o sofá", com ou sem objectos, independentemente da velocidade por assim dizer, apenas como "subir", quando por exemplo pedimos "vai buscar + nome-do-objecto", também não conseguiriam executar o comando e iriam buscar, qualquer coisa que aparecesse na frente ao invés de combinar os 2 segmentos do comando, como acontece. (não sei se me fiz entender...)
Independentemente disso, acho que cada indivíduo (cão) é um indivíduo. E é preciso é encontrar o método que funcione com aquela personalidade em particular.
Eu acho que os nossos bichos são muito mas muito espertos, nós é que podemos não os saber ensinar...
No caso concreto, eu faria o seguinte. Se quer que a sua cadela suba calmamente para o sofá, então demonstre-lhe que o dono gosta muito disso, e faça-o de modo a que ela passe a adorar subir calmamente para o sofá, e o prefira em vez de subir à maluca. Como? Por exemplo, aproveite alturas em que a sua cadela está calma, acompanhe-a até ao sofá, indique o sofá, de modo a que ela suba, tudo sempre com gestos e tom de voz muito moderados. Assim que ela subir calmamente, dê-lhe um pack combinado de uma guloseima qualquer e o tal brinquedo para ela roer. Nas vezes em que ela subir à maluca, ignore-a, pois parece-me que, no caso, será o pior castigo que lhe pode infligir, pois ir reclamar com ela não só é dar-lhe atenção, como vai incitar a que o estado excitável da cadela (que acabou de saltar para o sofá) seja aumentado. Por um lado, a sua cadela pode sentir o "peso" da sua reprimenda, mas, ao mesmo tempo, sente-se reforçada pela excitabilidade de toda a situação que, seja de que modo for, é sempre uma interacção consigo. Aposto até em como pouco depois destas situações, a sua cadela boceja, ou sacode o corpo que se estivesse a secar-se, não?
Mediante este diferencial (subir calmamente = biscoito e brinquedo e brincadeira; subir à bruta = brincadeira pára e o dono vai embora), não é preciso um border collie para chegar à conclusão daquilo que é melhor para ela, pois não? Melhor do que tudo, em menos de nada, vai ter uma cadela que vai adorar subir para o sofá de forma calma. E treinar um cão, como dizem aqueles que, para mim, mais sentido fazem nas suas ideias sobre treino e comportamento canino, é fazer com que o cão goste daquilo que nós gostaríamos que ele fizesse.
Sobre o borrifador.
Em primeiro lugar, calculo que não dê lá muito jeito andar sempre de borrifador na mão, pois não?
E, como deduzo, não andará com o borrifador 24 sobre 24 horas, arrisca-se a que a sua cadela perceba que só não pode fazer os determinados comportamentos quando a dona está por perto, e de borrifador na mão. A associação é muito provável que se processe assim.
Tento imaginar a situação, e calculo que o desgaste de energias e a perda de tempo de andar à espera que a cadela pise o risco para dar uso ao borrifador são enormes; não preferirá substituir esse tempo e desgaste com técnicas que, em vez de ensinarem o que a sua cadela não deve fazer, a ensinem o que ela deve fazer? É infinitamente mais divertido, e ainda traz uma vantagem extra: a cada coisa que ensina (não por negação ou anulação, mas por acrescento), está a estimular a sua cadela. Vai ver que esses picos ou surtos de excesso de energia vão estar bem mais contidos...
Por cada borrifadela que dá à sua cadela, ela até pode perceber, na melhor das hipóteses: "ok, ok, já percebi que não gostas que faça isto", mas certamente que se interrogará: "mas o que devo fazer em vez disto?". É que para um cão não existe o grau zero da passividade de que nós, por exemplo, somos capazes; para eles a escolha não é entre "fazer ou não fazer", mas entre "fazer x ou fazer y"...
Em primeiro lugar, calculo que não dê lá muito jeito andar sempre de borrifador na mão, pois não?
E, como deduzo, não andará com o borrifador 24 sobre 24 horas, arrisca-se a que a sua cadela perceba que só não pode fazer os determinados comportamentos quando a dona está por perto, e de borrifador na mão. A associação é muito provável que se processe assim.
Tento imaginar a situação, e calculo que o desgaste de energias e a perda de tempo de andar à espera que a cadela pise o risco para dar uso ao borrifador são enormes; não preferirá substituir esse tempo e desgaste com técnicas que, em vez de ensinarem o que a sua cadela não deve fazer, a ensinem o que ela deve fazer? É infinitamente mais divertido, e ainda traz uma vantagem extra: a cada coisa que ensina (não por negação ou anulação, mas por acrescento), está a estimular a sua cadela. Vai ver que esses picos ou surtos de excesso de energia vão estar bem mais contidos...
Por cada borrifadela que dá à sua cadela, ela até pode perceber, na melhor das hipóteses: "ok, ok, já percebi que não gostas que faça isto", mas certamente que se interrogará: "mas o que devo fazer em vez disto?". É que para um cão não existe o grau zero da passividade de que nós, por exemplo, somos capazes; para eles a escolha não é entre "fazer ou não fazer", mas entre "fazer x ou fazer y"...
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Acredita mesmo num cerebro e capacidade de raciocinio dessa maneira num cão? Faço isto ou faço aquilo...?lds6 Escreveu:(...) se interrogará: "mas o que devo fazer em vez disto?". É que para um cão não existe o grau zero da passividade de que nós, por exemplo, somos capazes; para eles a escolha não é entre "fazer ou não fazer", mas entre "fazer x ou fazer y"...
Eu acho que eles apenas reagem, isto é mau, não faço, isto é bom faço, ou melhor isto agrada e isto não agrada ao meu lider.
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Bondage2010 Escreveu:Acredita mesmo num cerebro e capacidade de raciocinio dessa maneira num cão? Faço isto ou faço aquilo...?lds6 Escreveu:(...) se interrogará: "mas o que devo fazer em vez disto?". É que para um cão não existe o grau zero da passividade de que nós, por exemplo, somos capazes; para eles a escolha não é entre "fazer ou não fazer", mas entre "fazer x ou fazer y"...
Eu acho que eles apenas reagem, isto é mau, não faço, isto é bom faço, ou melhor isto agrada e isto não agrada ao meu lider.

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1. Eu também não tenho interesse em estar a premia-la por subir para o sofá. Eu até autorizo, quando é para dormir e está alguém na sala (esta é mais fácil pq ela está sempre onde está alguém). Para a recompensar, parece-me melhor quando acontecer o que está a acontecer neste momento, em que eu estou no tal spot para onde ela salta e ela está à minha frente na almofada a roer o osso. Mereceu recompensa sim sr e está entregue.lds6 Escreveu:aproveite alturas em que a sua cadela está calma, acompanhe-a até ao sofá, indique o sofá, de modo a que ela suba, tudo sempre com gestos e tom de voz muito moderados. Assim que ela subir calmamente, dê-lhe um pack combinado de uma guloseima qualquer e o tal brinquedo para ela roer. Nas vezes em que ela subir à maluca, ignore-a, pois parece-me que, no caso, será o pior castigo que lhe pode infligir, pois ir reclamar com ela não só é dar-lhe atenção
2. ignorá-la. Já tenho feito e também não resulta. Aliás, ignora-la só resulta nestas pequenas coisas que ela vai fazer para ruidosamente me chamar a atenção.
Acho que aqui a questão de fundo é saber controlar o estado de excitação dela e eu não sei. Ela apresenta-me este tipo de situação, por exemplo quando é para ir á rua. Ela quer. Quer muito. Mas enquanto eu vou buscar o casaco lá vai ela buscar o osso ou o boneco e ora vai dar uma volta, ora vem ter comigo (sem sofás envolvidos). Para sair de casa tenho que lhe dizer "larga" e ela quase que parece ter dúvidas se larga, se continue a roer, pelo menos 1/2 segundos.
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Acho que é exactamente aí que está o problema! Se se focar em resolver essa questão, o problema do sofa será resolvido por si sósrYuki Escreveu:Acho que aqui a questão de fundo é saber controlar o estado de excitação dela e eu não sei. Ela apresenta-me este tipo de situação, por exemplo quando é para ir á rua. Ela quer. Quer muito. Mas enquanto eu vou buscar o casaco lá vai ela buscar o osso ou o boneco e ora vai dar uma volta, ora vem ter comigo (sem sofás envolvidos). Para sair de casa tenho que lhe dizer "larga" e ela quase que parece ter dúvidas se larga, se continue a roer, pelo menos 1/2 segundos.

Sim, e acredito que eles pensem em linguagem humana, e mesmo em Português! Opá, pensei que fosse óbvio que isto era apenas a transposição para linguagem humana da forma como um cão processará informação. O que quis dizer, e pensei que tivesse sido evidente, é que a alternativa de um cão não é entre fazer uma coisa ou não fazê-la, mas sim entre fazer uma coisa ou fazer outra.Bondage2010 Escreveu:Acredita mesmo num cerebro e capacidade de raciocinio dessa maneira num cão? Faço isto ou faço aquilo...?
Mas é justamente isto que quero dizer... para um cão não fazer uma coisa, ele terá de fazer outra no seu lugar; e é neste ponto que nós continuamos a errar; queremos simplesmente que o nosso cão não faça asneiras, mas não lhe fornecemos comportamentos alternativos para fazer em vez de...Eu acho que eles apenas reagem, isto é mau, não faço, isto é bom faço,
Pois, sobre isto, só posso repetir o que a Sara disse...ou melhor isto agrada e isto não agrada ao meu lider.
Pensei que a sua questão fosse a de distinguir entre subir calmamente para o sofá e subir à bruta. De qualquer modo, está a complexificar demasiado as coisas; não tem interesse em premiar a sua cadela quando sobre para o sofá, mas deixa-a subir em determinadas situações. Logo, penso que o seu problema se mantém: continua a querer ensinar à sua cadela que não deve subir à bruta para o sofá, e com certeza que quer ensinar à sua cadela para se manter calma em cima do sofá. Ou estou errado?srYuki Escreveu:1. Eu também não tenho interesse em estar a premia-la por subir para o sofá. Eu até autorizo, quando é para dormir e está alguém na sala (esta é mais fácil pq ela está sempre onde está alguém).lds6 Escreveu:aproveite alturas em que a sua cadela está calma, acompanhe-a até ao sofá, indique o sofá, de modo a que ela suba, tudo sempre com gestos e tom de voz muito moderados. Assim que ela subir calmamente, dê-lhe um pack combinado de uma guloseima qualquer e o tal brinquedo para ela roer. Nas vezes em que ela subir à maluca, ignore-a, pois parece-me que, no caso, será o pior castigo que lhe pode infligir, pois ir reclamar com ela não só é dar-lhe atenção
Então promova esse momento mais vezes, e não espere apenas as ocasiões em que a sua cadela escolheu fazê-lo (se bem que estas são as ocasiões em que deve premiar com mais intensidade...). A ideia é tornar claro à sua cadela que existem opções que ela toma que têm boas consequências, e outras que não as têm. SimplesPara a recompensar, parece-me melhor quando acontecer o que está a acontecer neste momento, em que eu estou no tal spot para onde ela salta e ela está à minha frente na almofada a roer o osso. Mereceu recompensa sim sr e está entregue.
O que a leva a dizer que não resulta? Está a fazê-lo sistematicamente? Todos os dias? várias vezes ao dia? Há quanto tempo? Terá de ser feito de modo a criar um padrão, ok?2. ignorá-la. Já tenho feito e também não resulta. Aliás, ignora-la só resulta nestas pequenas coisas que ela vai fazer para ruidosamente me chamar a atenção.
sobre o "não está a resultar", aconselho que ouça isto (são +/- 10 minutos) http://www.dogstardaily.com/radio/409-it-didnt-work-me
Pois bem. O passo a tomar é simples, embora não seja necessariamente fácil e, sem dúvida, dará algum trabalho e exigirá algum tempo. Mas certamente que exige menos tempo e menos trabalho do que andar com borrifador 24/7.Acho que aqui a questão de fundo é saber controlar o estado de excitação dela e eu não sei.
Simplesmente, promova longos períodos de calma. Peça à sua cadela para se sentar ou deitar (no sofá, ou no sítio que quiser), e depois, muito calmamente, vá recompensando o facto de ela não-estar-agitada. É claro que o pode fazer com brinquedos, mas alguns brinquedos implicam alguma excitação, e, além do mais, o brinquedo é uma recompensa única e longa; neste caso, eu apostaria em comida, que é um tipo de recompensa múltipla e curta. Claro que há muita gente com problemas em recompensar o seu cão com comida, mas é uma escolha que se faz...
Nas ocasiões em que ela se começa a excitar, pare tudo, e acabe toda a brincadeira, treino, etc. que estiver a acontecer. Mais uma vez, qualquer cão não demorará muito a perceber a diferença entre as consequências de estar calmo e de estar agitado... Mas atenção, "não demorar muito" não significa que seja instantâneo...
Ora aí tem um belo momento para praticar: leve-a à rua só e só quando ela estiver calma. Gradualmente, suba a parada e exija que ela se mantenha calma por cada vez mais tempo. Mas não peça logo um minuto de calma da primeira vez, como é óbvio.Ela apresenta-me este tipo de situação, por exemplo quando é para ir á rua. Ela quer. Quer muito.