Encantador de Caes atacado por um Labrador (video)
Moderador: mcerqueira
Eu nao sou 100% apologista da utilização exclusiva do reforço positivo como método. Como tal, nao sou critico do César Millan como são activamente as pessoas que seguem este método. Acho que ele é antiquado, mas aprendi a manter uma certa postura juntos dos cães que acho que é universal seja qual for o método. Ridicularizam por exemplo os sht dele, mas isso é linguagem universal, quem é que nao utilizava isso antes dele quer fosse com os animais ou mesmo com os filhos quando eles estavam prestes a fazer uma asneira?
Agora acho que a teoria da dominância hierárquica como problema e soluçao universais roça o ridículo. Mas isso é tão ridículo para o César Millan como para a Jan Fennell, por exemplo. Quanto à violência dele e ao learned helpness e alpha roll a que ele submete os cães... Enfim, so vemos isso em casos extremos, nos casos queridos e simples nunca é necessário isso. E aí tambem acho que contribui o facto de aquilo ser um programa e terem que mostrar resultados rápidamente, o que nao abona a favor dele como pessoa, mas nao diz muito dele como treinador ou especialista em cães. Isto porque nota-se que em alguns casos ele força a situação para resolver mais rápido e noutros leva o cao para o centro e a resolução é bem mais longa e nunca chega a um ponto de stress daqueles para o cao.
O que eu já disse antes e volto a dizer é que nunca vi nenhum outro especialista (e aqui refiro especificamente os de reforço positivo) lidar com casos tão extremos como alguns com que ele lida. Mesmo o caso que está nessa pagina que aí colocaram nao tem nada a ver com outros que vemos, o cao é reactivo mas nao exibe os níveis de agressividade que já se viram no programa. E é isso que eu estranho porque ha milhares de vídeos de R+ na net e nunca encontrei nenhum de uma resolução de um caso mesmo grave de agressividade, por exemplo. É so coisas queridas de cachorros e reacção a aspiradores e afins, mas nada como já vi naquele programa e com cães bem possantes. Se estiver enganado (e espero mesmo estar porque acredito e quero acreditar no reforço positivo/castigo negativo como solução para todos os males) mostrem-me por favor.
Agora acho que a teoria da dominância hierárquica como problema e soluçao universais roça o ridículo. Mas isso é tão ridículo para o César Millan como para a Jan Fennell, por exemplo. Quanto à violência dele e ao learned helpness e alpha roll a que ele submete os cães... Enfim, so vemos isso em casos extremos, nos casos queridos e simples nunca é necessário isso. E aí tambem acho que contribui o facto de aquilo ser um programa e terem que mostrar resultados rápidamente, o que nao abona a favor dele como pessoa, mas nao diz muito dele como treinador ou especialista em cães. Isto porque nota-se que em alguns casos ele força a situação para resolver mais rápido e noutros leva o cao para o centro e a resolução é bem mais longa e nunca chega a um ponto de stress daqueles para o cao.
O que eu já disse antes e volto a dizer é que nunca vi nenhum outro especialista (e aqui refiro especificamente os de reforço positivo) lidar com casos tão extremos como alguns com que ele lida. Mesmo o caso que está nessa pagina que aí colocaram nao tem nada a ver com outros que vemos, o cao é reactivo mas nao exibe os níveis de agressividade que já se viram no programa. E é isso que eu estranho porque ha milhares de vídeos de R+ na net e nunca encontrei nenhum de uma resolução de um caso mesmo grave de agressividade, por exemplo. É so coisas queridas de cachorros e reacção a aspiradores e afins, mas nada como já vi naquele programa e com cães bem possantes. Se estiver enganado (e espero mesmo estar porque acredito e quero acreditar no reforço positivo/castigo negativo como solução para todos os males) mostrem-me por favor.
LLLLLLLLLLLLOOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL









Que bruta gargalhada que eu dei agora a ver este vídeo:
http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... jIoLNN1N4g#!
Red Zone um CACHORRO com um cão de PELUCHE????????????
AHAHAHHAHAHHAHAAHAHHAHAHHAH
AMO OS POSITIVISTAS








"Eu sou responsável pelo que digo, não pelo que você entende." - Auto desconhecido
"O maior prazer de uma pessoa inteligente, é fazer de idiota perante um idiota a fazer de inteligente!" - Autor desconhecido
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Onde é que neste vídeo a positivista tira a taça ao cão?? Que eu saiba o cão não rosnava a quem dava comida, mas sim a quem a tirava....MiMoo Escreveu: Tomando como exemplo o vídeo que aqui está, o cão é agressivo devido à comida. Seria passar por uma solução tipo isto: https://www.youtube.com/watch?v=xjpP5EZC7HI em vez de investir sobre o cão.
Lá vem o big LOL

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Não me devia chatear mais com este tópico, ainda por cima para repetir coisas que já disse... mas para os mais distraídos, cá vai.
Alguém já viu o DogTown?? Tem lá cães "redzone" ou como quiserem chamar e foram todos reabilitados usando métodos positivos. O documentário nem é assim tão difícil de encontrar.
Digam o que quiserem, se não acharem que um cão treinado para lutas de cães não é um caso extremo não entendo a vossa definição.
Alguém já viu o DogTown?? Tem lá cães "redzone" ou como quiserem chamar e foram todos reabilitados usando métodos positivos. O documentário nem é assim tão difícil de encontrar.
Digam o que quiserem, se não acharem que um cão treinado para lutas de cães não é um caso extremo não entendo a vossa definição.
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MiMoo Escreveu: Digam o que quiserem, se não acharem que um cão treinado para lutas de cães não é um caso extremo não entendo a vossa definição.
Perfeito disparate
Um cão treinado para lutas é um caso extremo porquê ?
Regra geral, a sua agressividade para com o ser humano, é praticamente nula.
E se acha que é com o recurso a biscoitinhos que de algum modo lhe vai reduzir a agressividade para com outros animais, então, nem vale a pena falar sobre o assunto
<strong>Paulo Santos</strong>
Vi o DogTown vi, o último que vi a reabilitar demorou OITO MESES até que o cão deixasse de morder as pessoas, fora tudo o resto, oito meses foi só para deixar de morder... Isso alguma vez é viável como treino???? Na terra de quem?? Que dono "normal" é que espera este tempo todo até que o seu cão deixe de o atacar? Muito antes disso está com os costados num canil...MiMoo Escreveu:Não me devia chatear mais com este tópico, ainda por cima para repetir coisas que já disse... mas para os mais distraídos, cá vai.
Alguém já viu o DogTown?? Tem lá cães "redzone" ou como quiserem chamar e foram todos reabilitados usando métodos positivos. O documentário nem é assim tão difícil de encontrar.
Digam o que quiserem, se não acharem que um cão treinado para lutas de cães não é um caso extremo não entendo a vossa definição.
E desde quando é que tem de haver uma moeda de troca para obtermos o que queremos de um cão ou até de um filho? É por estas teorias e outras que cada vez se vêm mais cãezinhos estúpidos que mandam nos donos igualmente estúpidos...

"Eu sou responsável pelo que digo, não pelo que você entende." - Auto desconhecido
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"O maior prazer de uma pessoa inteligente, é fazer de idiota perante um idiota a fazer de inteligente!" - Autor desconhecido
Tratamentos imediatos? Eutasil. Tudo o resto demora o seu tempo. Oito meses para reverter um comportamento enraizado durante anos não me parece muito. Pessoas que não querem esperar para ter resultados são pessoas que só querem uma desculpa para se livrarem do cão.
Quanto a cães treinados para luta não ser extremo... extremo pode ser extremo de muita coisa, extremo não quer dizer que ataca pessoas; pelo menos na minha definição de extremo.
Não é moeda de troca de nada, é treino. É fazer o animal saber o que faz bem, é aumentar a probabilidade que um comportamento se repita. O treino em positivo não equivale a recompensar todo e qualquer comportamento demonstrado pelo cão.
Eu fico-me pelo que sei e prefiro fazer.
Quanto a cães treinados para luta não ser extremo... extremo pode ser extremo de muita coisa, extremo não quer dizer que ataca pessoas; pelo menos na minha definição de extremo.
Não é moeda de troca de nada, é treino. É fazer o animal saber o que faz bem, é aumentar a probabilidade que um comportamento se repita. O treino em positivo não equivale a recompensar todo e qualquer comportamento demonstrado pelo cão.
Eu fico-me pelo que sei e prefiro fazer.
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MiMoo Escreveu:Tratamentos imediatos? Eutasil. Tudo o resto demora o seu tempo. Oito meses para reverter um comportamento enraizado durante anos não me parece muito. Pessoas que não querem esperar para ter resultados são pessoas que só querem uma desculpa para se livrarem do cão.
Quanto a cães treinados para luta não ser extremo... extremo pode ser extremo de muita coisa, extremo não quer dizer que ataca pessoas; pelo menos na minha definição de extremo.
Não é moeda de troca de nada, é treino. É fazer o animal saber o que faz bem, é aumentar a probabilidade que um comportamento se repita. O treino em positivo não equivale a recompensar todo e qualquer comportamento demonstrado pelo cão.
Eu fico-me pelo que sei e prefiro fazer.
Para mim extremo é que a convivência com um cão se resuma a premiá-lo quando ele nos deixa sentar no sofá que resolveu ocupar e que o dono, no momento oportuno, não soube evitar que tal acontecesse.
Mas claro, conforme referi noutro local, provavelmente perceberia muito destas teorias, se eu tivesse deixado os meus animais atingir o ponto de desiquilibrio que me obrigasse, neste momento andar em busca de soluções milagrosas.
Felizmente, por aqui, eles sabem, desde o primeiro momento, qual é o seu lugar sem necessitarem de bocadinhos de fiambre, salcichas ou sandes mistas.
Eu não pretendo ter cães reabilitados, prefiro cães educados.
<strong>Paulo Santos</strong>
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acho que se estão a misturar um pouco os conceitos aqui!
´
uma coisa é a educação que os donos experientes e com o minimo de conhecimento dão aos seus cães. sejam eles cachorros ou adultos (exceptuando cães com sérios desvios comportamentais!) leva o tempo necessário a fazer o cão compreender as regras, tempo esse que varia de cão para cão. por norma num caso destes não é preciso chegar a extremos ou soluções milagrosas porque ensinámos ao cão as regras e onde se situa o limite para certos comportamentos, e como donos conscientes que devemos ser, ensinámos tudo isso antes de o cão ultrapassar o limite!
depois temos as situações complicadas. donos que não souberam educar os cães, donos que se sentam no sofá apenas e só se o cão deixar (não vá o bobi chatear-se e morder), cães que não permitem sequer aos donos que passem ao lado deles quando estão a comer, cães que vivem numa ansiedade, que derrubam os donos com demonstrações de alegria, cães que não sabem andar à trela, cães que atacam outros cães... enfim, a lista é enorme. nestes casos deve-se optar por um bom treinador... de donos! um treinador que ensine o dono a educar o seu cão. e o método varia de cão para cão. um cão agressivo e dominante deve ser educado e treinado de forma a perceber que lugar ocupa na "matilha", se mostra agressividade com outros cães deve ser ensinado no sentido de os ignorar ou tolerar a sua presença. ao cão com uma energia inesgotável deve ser recomendada uma actividade fisica, e dentro dessa actividade fisica e aproveitando a energia do cão, deve estar a educação e o treino. nenhum cão é chapa 5 porque nenhum cão é igual a outro! e nestes casos a solução deve ser rápida qb, principalmente se na mesma casa habitam crianças pequenas ou outros cães!
as recompensas, o fiambre, os biscoitinhos e tudo mais funcionam muito bem se quisermos ensinar algo ao cão que precise de um forte reforço positivo. agility, obediência, freestyle, frisbee, etc. nas actividades onde precisamos de um cão mais motivado do que o pachorrento que temos em casa, acho que é nestes casos que o reforço positivo funciona muito bem!
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uma coisa é a educação que os donos experientes e com o minimo de conhecimento dão aos seus cães. sejam eles cachorros ou adultos (exceptuando cães com sérios desvios comportamentais!) leva o tempo necessário a fazer o cão compreender as regras, tempo esse que varia de cão para cão. por norma num caso destes não é preciso chegar a extremos ou soluções milagrosas porque ensinámos ao cão as regras e onde se situa o limite para certos comportamentos, e como donos conscientes que devemos ser, ensinámos tudo isso antes de o cão ultrapassar o limite!
depois temos as situações complicadas. donos que não souberam educar os cães, donos que se sentam no sofá apenas e só se o cão deixar (não vá o bobi chatear-se e morder), cães que não permitem sequer aos donos que passem ao lado deles quando estão a comer, cães que vivem numa ansiedade, que derrubam os donos com demonstrações de alegria, cães que não sabem andar à trela, cães que atacam outros cães... enfim, a lista é enorme. nestes casos deve-se optar por um bom treinador... de donos! um treinador que ensine o dono a educar o seu cão. e o método varia de cão para cão. um cão agressivo e dominante deve ser educado e treinado de forma a perceber que lugar ocupa na "matilha", se mostra agressividade com outros cães deve ser ensinado no sentido de os ignorar ou tolerar a sua presença. ao cão com uma energia inesgotável deve ser recomendada uma actividade fisica, e dentro dessa actividade fisica e aproveitando a energia do cão, deve estar a educação e o treino. nenhum cão é chapa 5 porque nenhum cão é igual a outro! e nestes casos a solução deve ser rápida qb, principalmente se na mesma casa habitam crianças pequenas ou outros cães!
as recompensas, o fiambre, os biscoitinhos e tudo mais funcionam muito bem se quisermos ensinar algo ao cão que precise de um forte reforço positivo. agility, obediência, freestyle, frisbee, etc. nas actividades onde precisamos de um cão mais motivado do que o pachorrento que temos em casa, acho que é nestes casos que o reforço positivo funciona muito bem!
<p>ex Omega2,3,4,5, etc... Não adopte, compre
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<p>"Criou caturras a biberon?", by Kitten!
</p>

<p>"Criou caturras a biberon?", by Kitten!
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Aqui vai um excerto de um texto bastante interessante...
"Reforços negativos são aversivos que podem ser evitados mudando o comportamento. Tão logo o novo comportamento é oferecido, o estímulo aversivo pára, e o novo comportamento se torna mais forte. Suponha que enquanto sentado na sala da minha tia eu resolva colocar o pé na mesa como eu faço em casa. Minha tia levanta a sobrancelha num modo desaprovador. Eu coloco meu pé no chão. O rosto dela relaxa. Eu fico aliviado.
A sobrancelha num modo desaprovador foi um estímulo aversivo atuando como um reforço negativo. Por eu ter sido capaz de evitar o estímulo aversivo, o novo comportamento – manter meu pé no chão – é mais provável de ocorrer novamente, pelo menos na casa da minha tia, mas possivelmente em outras casas também.
Praticamente todo o treino pode ser feito com reforço negativo, e muitos treinos tradicionais de animais são feitos justamente dessa forma. O cavalo aprende a virar pra esquerda quando a rédea é virada pra esquerda, porque a pressão incomodante na boca cessa quando ele vira. O leão fica no pedestal pra e se mantém nessa posição pra evitar o chicote ou a cadeira perto do seu rosto.
Reforço negativo, entretanto, não é o mesmo que punição. Analistas de comportamento modernos identificam punição como algo que pára um comportamento. Um bebê começa a colocar o dedo na tomada. Sua mãe lhe tira de perto da tomado ou dá um tapa: esse comportamento perigoso tem que parar agora. O comportamento pára. Muitas outras coisas podem acontecer – o bebê chora, a mãe se sente mal, e muito mais – porém o colocar-o-dedo-na-tomada cessou, pelo menos por um momento. É isso que punição faz.
B.F.Skinner foi mais preciso. Ele definiu punição como o que acontece quando um comportamento resulta na perda de algo desejável, ou quando o comportamento resulta na chegada de algo indesejado. Entretanto, em ambos os casos, enquanto o comportamento em andamento pára, não há previsão do que irá ocorrer no futuro. Nós sabemos que reforçadores vão aumentar a freqüência de determinado comportamento, mas punição não vai resultar em mudanças previsíveis.
Por exemplo. Será que dando um tapa na mão na criança por colocar o dedo na tomada, mesmo que o timing da mãe será perfeito, a fará parar de tentar colocar coisas na tomada? Eu duvido. Pergunte a qualquer pai. O que realmente acontece é que colocamos protetores, ou cobrimos as tomadas com móveis, e o bebê cresce e não sente mais necessidade de fazer isso.
A análise se comportamento se parece com isso. Reforço e punição são ambos um processo, definido pelos resultados. Reforço negativo pode ser usado efetivamente para treinar comportamentos, e apesar de aversivos estarem envolvidos, o processo pode ser relativamente benigno. Aqui (com um agradecimento especial para o especialista em lhamas Jim Logan) está um bom uso de reforço negativo em um animal semi-domesticado, a lhama, usado nos Estados Unidos como pets e para criação.
Lhamas são tímidas e desconfiadas, como cavalos. A menos que sejam muito bem trabalhadas quando novas, ela podem ser bem difíceis de se aproximar. Então, enquanto o condicionamento operante com comida funciona esplendidamente com lhamas, se uma lhama é anti-social demais pra se aproximar o suficiente a ponto da pessoa conseguir dar comida, aqui está o que os modernos treinadores de lhamas fazem. Eles usam um clicker como sinal pra dizer à lhama que o que ela está fazendo ganhou um reforço, mas o reforço primário ou reforço real é a remoção de um reforço negativo, um aversivo.
Basicamente você diz: “Você vai ficar parada se eu me aproximar 9m ? Sim? Ótimo. Vou clicar e vou embora.”
“Agora você vai ficar parada se eu me aproximar 7,5m? Sim? Ótimo. Vou clicar e ir embora.”
Usando o clicker pra marcar o comportamento de ficar parada, com a assustadora pessoa indo embora como reforço, às vezes se consegue chegar a uma distância onde é possível tocar o animal em cinco ou dez minutos. Enquanto ela fica parada, ela pode fazer você ir embora! Então ela fica parada, mesmo que a pessoa esteja exatamente do seu lado.
Uma vez que se tenha tocado a lhama várias vezes e então voltado, o gelo quebrou. Essa pessoa não é mais uma ameaça. Agora é agora de usar a comida. O comunicado passa a ser: “Posso te tocar enquanto você fica parada? Sim? Clique e aqui está uma deliciosa comida.”. E agora a lhama recebe reforço positivo, incluindo comida, carinho e afago, com seu esplendido novo comportamento de ficar parado ao invés de correr.
Esse uso de recuar quando o comportamento correto ocorre é um importante aspecto da maioria das chamadas técnicas de “encantadores de cavalos”. Na maioria desses métodos o treinador trabalha com um cavalo solto confinado numa área e leva relativamente pouco tempo pra transformar um cavalo em fuga em um cavalo calmamente aceitando um humano. O cavalo, talvez completamente selvagem, fica tão calmo, ás vezes aceitando a cela e o peão, que o efeito total é mágico.
Treinadores que usam esses métodos costumam ter explicações supersticiosas sobre o que está acontecendo; e enquanto muitos formaram o hábito de usar um som ou movimento como sinal marcador ou reforço condicionado, poucos estão realmente cientes de que estão fazendo isso. De qualquer modo, isso não é mágica, isso são as leis do condicionamento operante.
Enquanto reforço negativo é um processo útil, é importante lembrar que cada caso de reforço negativo contém também um punitivo. Quando você puxa a rédea, até o momento em que o cavalo vira, você o esta punindo por andar em frente. Excesso de uso de reforço negativo e de outros aversivos pode acarretar o que Murray Sidman, Ph.D., chama de “fallout”, os efeitos negativos da punição. "
Fonte:
http://forum.adestradoronline.com/showt ... cas-e-Usos
"Reforços negativos são aversivos que podem ser evitados mudando o comportamento. Tão logo o novo comportamento é oferecido, o estímulo aversivo pára, e o novo comportamento se torna mais forte. Suponha que enquanto sentado na sala da minha tia eu resolva colocar o pé na mesa como eu faço em casa. Minha tia levanta a sobrancelha num modo desaprovador. Eu coloco meu pé no chão. O rosto dela relaxa. Eu fico aliviado.
A sobrancelha num modo desaprovador foi um estímulo aversivo atuando como um reforço negativo. Por eu ter sido capaz de evitar o estímulo aversivo, o novo comportamento – manter meu pé no chão – é mais provável de ocorrer novamente, pelo menos na casa da minha tia, mas possivelmente em outras casas também.
Praticamente todo o treino pode ser feito com reforço negativo, e muitos treinos tradicionais de animais são feitos justamente dessa forma. O cavalo aprende a virar pra esquerda quando a rédea é virada pra esquerda, porque a pressão incomodante na boca cessa quando ele vira. O leão fica no pedestal pra e se mantém nessa posição pra evitar o chicote ou a cadeira perto do seu rosto.
Reforço negativo, entretanto, não é o mesmo que punição. Analistas de comportamento modernos identificam punição como algo que pára um comportamento. Um bebê começa a colocar o dedo na tomada. Sua mãe lhe tira de perto da tomado ou dá um tapa: esse comportamento perigoso tem que parar agora. O comportamento pára. Muitas outras coisas podem acontecer – o bebê chora, a mãe se sente mal, e muito mais – porém o colocar-o-dedo-na-tomada cessou, pelo menos por um momento. É isso que punição faz.
B.F.Skinner foi mais preciso. Ele definiu punição como o que acontece quando um comportamento resulta na perda de algo desejável, ou quando o comportamento resulta na chegada de algo indesejado. Entretanto, em ambos os casos, enquanto o comportamento em andamento pára, não há previsão do que irá ocorrer no futuro. Nós sabemos que reforçadores vão aumentar a freqüência de determinado comportamento, mas punição não vai resultar em mudanças previsíveis.
Por exemplo. Será que dando um tapa na mão na criança por colocar o dedo na tomada, mesmo que o timing da mãe será perfeito, a fará parar de tentar colocar coisas na tomada? Eu duvido. Pergunte a qualquer pai. O que realmente acontece é que colocamos protetores, ou cobrimos as tomadas com móveis, e o bebê cresce e não sente mais necessidade de fazer isso.
A análise se comportamento se parece com isso. Reforço e punição são ambos um processo, definido pelos resultados. Reforço negativo pode ser usado efetivamente para treinar comportamentos, e apesar de aversivos estarem envolvidos, o processo pode ser relativamente benigno. Aqui (com um agradecimento especial para o especialista em lhamas Jim Logan) está um bom uso de reforço negativo em um animal semi-domesticado, a lhama, usado nos Estados Unidos como pets e para criação.
Lhamas são tímidas e desconfiadas, como cavalos. A menos que sejam muito bem trabalhadas quando novas, ela podem ser bem difíceis de se aproximar. Então, enquanto o condicionamento operante com comida funciona esplendidamente com lhamas, se uma lhama é anti-social demais pra se aproximar o suficiente a ponto da pessoa conseguir dar comida, aqui está o que os modernos treinadores de lhamas fazem. Eles usam um clicker como sinal pra dizer à lhama que o que ela está fazendo ganhou um reforço, mas o reforço primário ou reforço real é a remoção de um reforço negativo, um aversivo.
Basicamente você diz: “Você vai ficar parada se eu me aproximar 9m ? Sim? Ótimo. Vou clicar e vou embora.”
“Agora você vai ficar parada se eu me aproximar 7,5m? Sim? Ótimo. Vou clicar e ir embora.”
Usando o clicker pra marcar o comportamento de ficar parada, com a assustadora pessoa indo embora como reforço, às vezes se consegue chegar a uma distância onde é possível tocar o animal em cinco ou dez minutos. Enquanto ela fica parada, ela pode fazer você ir embora! Então ela fica parada, mesmo que a pessoa esteja exatamente do seu lado.
Uma vez que se tenha tocado a lhama várias vezes e então voltado, o gelo quebrou. Essa pessoa não é mais uma ameaça. Agora é agora de usar a comida. O comunicado passa a ser: “Posso te tocar enquanto você fica parada? Sim? Clique e aqui está uma deliciosa comida.”. E agora a lhama recebe reforço positivo, incluindo comida, carinho e afago, com seu esplendido novo comportamento de ficar parado ao invés de correr.
Esse uso de recuar quando o comportamento correto ocorre é um importante aspecto da maioria das chamadas técnicas de “encantadores de cavalos”. Na maioria desses métodos o treinador trabalha com um cavalo solto confinado numa área e leva relativamente pouco tempo pra transformar um cavalo em fuga em um cavalo calmamente aceitando um humano. O cavalo, talvez completamente selvagem, fica tão calmo, ás vezes aceitando a cela e o peão, que o efeito total é mágico.
Treinadores que usam esses métodos costumam ter explicações supersticiosas sobre o que está acontecendo; e enquanto muitos formaram o hábito de usar um som ou movimento como sinal marcador ou reforço condicionado, poucos estão realmente cientes de que estão fazendo isso. De qualquer modo, isso não é mágica, isso são as leis do condicionamento operante.
Enquanto reforço negativo é um processo útil, é importante lembrar que cada caso de reforço negativo contém também um punitivo. Quando você puxa a rédea, até o momento em que o cavalo vira, você o esta punindo por andar em frente. Excesso de uso de reforço negativo e de outros aversivos pode acarretar o que Murray Sidman, Ph.D., chama de “fallout”, os efeitos negativos da punição. "
Fonte:
http://forum.adestradoronline.com/showt ... cas-e-Usos
<p><strong>"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados."</strong></p>
<p><strong>"Enquanto os homens massacrarem os animais, vão-se matar uns aos outros. Na verdade, aquele que espalha a semente de morte e de dor não pode colher amor e alegria."</strong></p>
<p><strong>"Enquanto os homens massacrarem os animais, vão-se matar uns aos outros. Na verdade, aquele que espalha a semente de morte e de dor não pode colher amor e alegria."</strong></p>
Para si tenho uma só palavra.TheOne Escreveu:Vi o DogTown vi, o último que vi a reabilitar demorou OITO MESES até que o cão deixasse de morder as pessoas, fora tudo o resto, oito meses foi só para deixar de morder... Isso alguma vez é viável como treino???? Na terra de quem?? Que dono "normal" é que espera este tempo todo até que o seu cão deixe de o atacar? Muito antes disso está com os costados num canil...MiMoo Escreveu:Não me devia chatear mais com este tópico, ainda por cima para repetir coisas que já disse... mas para os mais distraídos, cá vai.
Alguém já viu o DogTown?? Tem lá cães "redzone" ou como quiserem chamar e foram todos reabilitados usando métodos positivos. O documentário nem é assim tão difícil de encontrar.
Digam o que quiserem, se não acharem que um cão treinado para lutas de cães não é um caso extremo não entendo a vossa definição.
E desde quando é que tem de haver uma moeda de troca para obtermos o que queremos de um cão ou até de um filho? É por estas teorias e outras que cada vez se vêm mais cãezinhos estúpidos que mandam nos donos igualmente estúpidos...
LOL
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- Registado: quarta fev 08, 2012 8:09 pm
indigo003 Escreveu: ´
uma coisa é a educação que os donos experientes e com o minimo de conhecimento dão aos seus cães. sejam eles cachorros ou adultos
Admito que não li o teu post até ao fim (estou cansado de posts tão grandes sobre o tema) e posso por isso estar a ir ao encontro do que disseste, mesmo sem perceber.
De qualquer forma, retirei o que está acima citado para dizer o seguinte:
Educação, é aquilo que começa desde o primeiro momento em que o cão entra nas nossas vidas, na nossa casa.
Com ou sem experiência, acho que isso pouco ou nada importa, excepto se estivermos perante um animal com sérios desvios comportamentais.
Deixar o cão "viver" no sofá nos primeiros tempos, enquanto é cachorro e depois, quando ele cresce, querer mudar as regras, é que dá mau resultado.
Deixar o cão rosnar-nos quando passamos ao lado da tijela da comida e achar piada que o "puto está armado em mau", resulta naquilo que vamos vendo de forma cada vez mais frequente.
E isto, pouco ou nada tem a ver com experiência, mas sim com a velha mania de se humanizar o cão e de se achar que, só porque é pequenino e fofinho, pode tudo.
No fim tudo isto costuma acabar numa coisa que tanto por aqui se tem falado... REABILITAÇÃO, que depois, com mais biscoito ou menos biscoito, mais chapada ou menos chapada, era perfeitamente evitável.
<strong>Paulo Santos</strong>
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MiMoo eu vi o Dogtown sim. E fica bem explícito que há ali cães que nunca serão adoptados porque são impossíveis de reabilitar. Assim de repente lembro-me de alguns dos cães que foram resgatados de um jogador qualquer.
Uns foram reabilitados, outros foi impossível. Viverão ali até morrerem.
Mas não compreendo de todo que seja necessário subornar um bebé. Acredito que não dê asneira futura porque se trata de uma raça "simpática" e esta cadelinha terá certamente boa genética.
Gostava de ver o resultado futuro com, por exemplo, um macho dominante de uma raça territorial. Às tantas para não levarem uma dentada davam-lhe um presunto inteiro.
Uns foram reabilitados, outros foi impossível. Viverão ali até morrerem.
Mas não compreendo de todo que seja necessário subornar um bebé. Acredito que não dê asneira futura porque se trata de uma raça "simpática" e esta cadelinha terá certamente boa genética.
Gostava de ver o resultado futuro com, por exemplo, um macho dominante de uma raça territorial. Às tantas para não levarem uma dentada davam-lhe um presunto inteiro.
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Não Mimoo. E há por lá outros cães, que nada têm a ver com o tal jogador, que nunca sairão dali.
Há inclusivamente um episódio cujo protagonista é um sujeito que trata dos que não sairão de lá. São casos que não têm solução e é normal que existam.
Mas não me parece que ali estejam mal. Têm espaço, abrigo, cuidados e os tratadores formam as matilhas possíveis para que não estejam sós. Não estão propriamente num canil ou num espacinho mínimo.
Há inclusivamente um episódio cujo protagonista é um sujeito que trata dos que não sairão de lá. São casos que não têm solução e é normal que existam.
Mas não me parece que ali estejam mal. Têm espaço, abrigo, cuidados e os tratadores formam as matilhas possíveis para que não estejam sós. Não estão propriamente num canil ou num espacinho mínimo.