Campanha de esterilização arranca em freguesias de Lisboa
Moderador: mcerqueira
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Canil/gatil de Lisboa – nova apresentação com tiques antigos
Julho 2, 2013
No site da CML há agora uma nova apresentação do Canil/gatil de Lisboa – agora Casa dos Animais de Lisboa – que pode ser vista em http://www.cm-lisboa.pt/viver/animais-d ... -de-lisboa.
Para quem não conhece as instalações, informa-se que a box com três casotas que se vê nas imagens, é exemplar único e era inicialmente para alojamento dos animais propriedade do canil, tendo a providência cautelar determinado que servisse para permitir algum exercício aos cães detidos no canil 1 , o tal dos estrados de 1m2 e correntes de 90 cm, em que os animais mal se podem mexer.
Relativamente à entrega de animais pelos donos, a CML informa , de forma correcta, que
“Por determinação do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, a Casa dos Animais de Lisboa, não está, neste momento, autorizada a aceitar animais entregues pelos seus detentores (vide Comunicado).”
No entanto, no ponto ” adopta animais “ – http://www.cm-lisboa.pt/viver/animais-d ... ta-animais - aparece escrito que
“Os animais que se encontram na Casa dos Animais de Lisboa podem ser adotados gratuitamente, desde que cumpram os requisitos para adoção (serem errantes, não terem dono conhecido ou terem sido entregues pelo dono com o propósito de futura adopção“), õ que contraria a informação anterior de que os donos não podem entregar animais.
Mas mais: é uma pecha antiga a utilização para o exterior de um tipo de informação que desresponsabiliza as pessoas pela manutenção dos seus animais quando se fazem afirmações do tipo “se por qualquer motivo (sic) não se pode manter o animal, deve-se entregá-lo no canil/gatil, sem qualquer sanção, para que este possa ser encaminhado para adopção” (entrevista da antiga directora do canil, Drª Luisa Costa Gomes ao Jornal da Junta de Freguesia de Marvila de Janeiro de 2011)
Na altura em que foi proferido este convite, entravam por dia no canil de Lisboa uma média de 10 animais, dos quais morriam 7, 5 por abate e 2 por doença."
in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/
Julho 2, 2013
No site da CML há agora uma nova apresentação do Canil/gatil de Lisboa – agora Casa dos Animais de Lisboa – que pode ser vista em http://www.cm-lisboa.pt/viver/animais-d ... -de-lisboa.
Para quem não conhece as instalações, informa-se que a box com três casotas que se vê nas imagens, é exemplar único e era inicialmente para alojamento dos animais propriedade do canil, tendo a providência cautelar determinado que servisse para permitir algum exercício aos cães detidos no canil 1 , o tal dos estrados de 1m2 e correntes de 90 cm, em que os animais mal se podem mexer.
Relativamente à entrega de animais pelos donos, a CML informa , de forma correcta, que
“Por determinação do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, a Casa dos Animais de Lisboa, não está, neste momento, autorizada a aceitar animais entregues pelos seus detentores (vide Comunicado).”
No entanto, no ponto ” adopta animais “ – http://www.cm-lisboa.pt/viver/animais-d ... ta-animais - aparece escrito que
“Os animais que se encontram na Casa dos Animais de Lisboa podem ser adotados gratuitamente, desde que cumpram os requisitos para adoção (serem errantes, não terem dono conhecido ou terem sido entregues pelo dono com o propósito de futura adopção“), õ que contraria a informação anterior de que os donos não podem entregar animais.
Mas mais: é uma pecha antiga a utilização para o exterior de um tipo de informação que desresponsabiliza as pessoas pela manutenção dos seus animais quando se fazem afirmações do tipo “se por qualquer motivo (sic) não se pode manter o animal, deve-se entregá-lo no canil/gatil, sem qualquer sanção, para que este possa ser encaminhado para adopção” (entrevista da antiga directora do canil, Drª Luisa Costa Gomes ao Jornal da Junta de Freguesia de Marvila de Janeiro de 2011)
Na altura em que foi proferido este convite, entravam por dia no canil de Lisboa uma média de 10 animais, dos quais morriam 7, 5 por abate e 2 por doença."
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«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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Era inicialmente e continua a ser, pelo que vi hoje.Tassebem Escreveu:Canil/gatil de Lisboa – nova apresentação com tiques antigos
Julho 2, 2013
No site da CML há agora uma nova apresentação do Canil/gatil de Lisboa – agora Casa dos Animais de Lisboa – que pode ser vista em http://www.cm-lisboa.pt/viver/animais-d ... -de-lisboa.
Para quem não conhece as instalações, informa-se que a box com três casotas que se vê nas imagens, é exemplar único e era inicialmente para alojamento dos animais propriedade do canil, tendo a providência cautelar determinado que servisse para permitir algum exercício aos cães detidos no canil 1 , o tal dos estrados de 1m2 e correntes de 90 cm, em que os animais mal se podem mexer.
Relativamente à entrega de animais pelos donos, a CML informa , de forma correcta, que
“Por determinação do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, a Casa dos Animais de Lisboa, não está, neste momento, autorizada a aceitar animais entregues pelos seus detentores (vide Comunicado).”
No entanto, no ponto ” adopta animais “ – http://www.cm-lisboa.pt/viver/animais-d ... ta-animais - aparece escrito que
“Os animais que se encontram na Casa dos Animais de Lisboa podem ser adotados gratuitamente, desde que cumpram os requisitos para adoção (serem errantes, não terem dono conhecido ou terem sido entregues pelo dono com o propósito de futura adopção“), õ que contraria a informação anterior de que os donos não podem entregar animais.
Mas mais: é uma pecha antiga a utilização para o exterior de um tipo de informação que desresponsabiliza as pessoas pela manutenção dos seus animais quando se fazem afirmações do tipo “se por qualquer motivo (sic) não se pode manter o animal, deve-se entregá-lo no canil/gatil, sem qualquer sanção, para que este possa ser encaminhado para adopção” (entrevista da antiga directora do canil, Drª Luisa Costa Gomes ao Jornal da Junta de Freguesia de Marvila de Janeiro de 2011)
Na altura em que foi proferido este convite, entravam por dia no canil de Lisboa uma média de 10 animais, dos quais morriam 7, 5 por abate e 2 por doença."
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É caso para dizer: Então a "nova patroa"... tem agora a primeira oportunidade de pôr á prova os seus dotes...Tassebem Escreveu: (...) Era inicialmente e continua a ser, pelo que vi hoje.

Leo
<p>Desejo a mesma sorte, que a triste sorte dos animais que nao sejam ajudados por quem nao deixa que se os ajude. Autor desconhecido</p>
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<p>Regurgito nas postas de pescada dos arrotadores. Autor desconhecido</p>
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<p>Regurgito nas postas de pescada dos arrotadores. Autor desconhecido</p>
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A todos os floreados sobre o provedor a dizer que não terá poder para nada, só falta dizer..e que seja do PS 

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os animais de 4 patas são apartidários. é-lhes indiferente desde que alguém se interesse por eles. mas tb. acontece muitos servirem-se dos animais para ganharem mais uns votos
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Patroa ?leonildecarvalho Escreveu:É caso para dizer: Então a "nova patroa"... tem agora a primeira oportunidade de pôr á prova os seus dotes...Tassebem Escreveu: (...) Era inicialmente e continua a ser, pelo que vi hoje.vamos lá a ver?!
Leo
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deve ser por causa dos professores incompetentes e deficientes que vivem á conta do erário público que grassam neste pais. Com aspas ou sem aspas a provedora não é patroa nem "patroa" de nada. É cargo político criado para acalmar quem se queixa..basta ver a pagina da provedora em que se gasta o tempo a louvar a dita e. Fãanja-azul Escreveu:será que o analfabetismo funcional já chegou à arca e não se sabe o significado das aspas?
R de um ou outro caso em particular e já se esqueceu tudo de que se queixam...

No fundo era um gruo de Sras que precisava muito que lhes dessem atenção...prova superada.
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De acordo com a sentença da providência cautelar, alínea p), a recolha de animais, até terminadas as obras do canil (o que ainda não aconteceu), está restringida aos seguintes casos:seal Escreveu:Expliquem-me como se eu fosse muito burra: o canil continua proibido de recolher/aceitar cães, certo?
Então, como se explica que a provedora mande recolher tudo o que se mexa nas ruas de lisboa?
"p) A recolha de animais no CRO, até à conclusão das obras, dever-se-á restringir aos seguintes casos ( devidamente documentados):
- impossibilidade documentada ( doença; detenção; ausência justificada) dos donos;
- cumprimento de determinação policial e/ ou judicial;
- captura em situações que estejam em causa perigo para a saúde, higiene, e segurança e salubridade públicas;
- captura, com origem em queixas particulares, desde que se trate de situação em que esteja em perigo a saúde, higiene, salubridade e segurança públicas;
- captura de cães considerados perigosos."
Assim sendo, e face ao que temos visto na página da provedora,. ela está a incorrer em incumprimento.
Como temia, a mudança de designação do canil para Casa dos Animais de Lisboa (até já há quem, iludido, lhe chame "casa de repouso dos animais" -- só se for o repouso eterno) levou a que muita gente faça o que muita gente dantes evitava fazer: indicar o local onde se encontravam animais, para que não fossem recolhidos pelo canil. E leva a uma desresponsabilização crescente: se, em muitos casos, as pessoas tentavam resolver o problema pelos seus próprios meios (recolhendo o animal, encaminhando-o para adopção, lançando apelos para o custeamento de despesas, etc.), agora é muito simples, e as "consciências" ficam tranquilas: contacta-se a provedora, que prontamente manda o canil recolher.
O facto é que as obras recomeçaram, mas não estão concluídas, nem há data prevista para a sua conclusão. Logo, a capacidade mantém-se igual. Quando o canil exterior está cheio (como estava há algumas semanas), portanto, os cães são recolhidos na famigerada ala fechada, que continua a ter as mesmas condições de antigamente. O gatil, visitei-o a semana passada, estava cheio como já não o via há muito tempo, inclusivamente com uma gata a amamentar os seus bebés numa das jaulas centrais (coisa que era já evitada pela anterior direcção do canil).
O canil tem uma minúscula zona de quarentena, obviamente insuficiente para o número de animais que estão a entrar, e fruto da divisão, há poucos meses, com uma parede, da ala fechada. Para os gatos, ao contrário do que ditava a sentença, não foi prevista área de quarentena.
Não há notícia de que tenha sido feito qualquer vazio sanitário, para permitir que os animais que agora estão a chegar ao canil de Lisboa não sejam contaminados com as doenças que por lá proliferavam. Estes animais, caso sejam adoptados, constituem um risco de contaminação para animais da mesma espécie que os adoptantes já tenham em casa, uma vez que não há notícia de que estejam a ser alertados para a necessidade de fazerem quarentena à saída.
Não se conhece o âmbito de funções da provedora, nem os seus poderes. Aliás, de factual e oficial, não se sabe nada de nada. A única coisa que é oficial é que o horário de atendimento ao público é agora muito mais restrito, tornando praticamente impossível a quem tenha um horário comum de trabalho visitar o canil para adoptar, para procurar um animal perdido atempadamente, etc.
A provedora diz que não há abates, mas lança uma petição para que eles acabem… Em que ficamos? E quando o canil/gatil encher até rebentar pelas costuras, devido aos abandonos desta época e ao aumento das recolhas, poderá a provedora garantir que não haverá abates?
Apesar da boa vontade que possa reconhecer pessoalmente à pessoa que ocupa o cargo, não me parece que alguma coisa se esteja a cumprir da esperança que, em maior ou menor grau, se depositou nesta mudança de rumo da Câmara Municipal de Lisboa em relação aos seus animais e ao seu canil/gatil.
Mas, na página de Facebook da provedora, poucas são as vozes discordantes que se fazem ouvir, e algumas dessas já foram bloqueadas.
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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"Grupo de Lisboa apresenta proposta de uma 'Campanha de Esterilização dos Gatos Silvestres de Lisboa'
Agosto 5, 2013
Este é o texto do e-mail enviado hoje à Srª Bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários, Srª Profª Laurentina Pedroso, acompanhando a referidaproposta:
'Temos o prazer de enviar a V. Exa , enquanto Presidente do Grupo de Trabalho que está a analisar as analisar as condições de funcionamento da Casa dos Animais de Lisboa, assim como identificar boas práticas susceptíveis de ser implementadas, uma proposta do Grupo de Lisboa da Campanha de Esterilização dos Animais Abandonados, de lançamento de uma “Campanha de Esterilização dos Gatos Silvestres de Lisboa” que envolvendo os recursos do Canil/gatil de Lisboa e da sociedade civil ( associações de animais, voluntários individuais, clínicas veterinárias, laboratórios, etc) permitirá controlar, através da esterilização, a população de gatos silvestres das colónias da cidade que estimamos em mais de 40 000 animais.
Uma proposta com o mesmo objectivo já tinha sido apresentada por nós em 2010, aos responsáveis de então, mas não logrou sequer uma resposta. Com a mudança de politica para os animais da cidade anunciada em Junho, pp, pelo Sr. Presidente da CML, estamos certos que teremos agora um acolhimento diferente.
Também esperamos ser convocados por V. Exª no âmbito dos contactos com as entidades ligadas à causa animal, referidos pelo Sr. Presidente no seu despacho.'
E-mail de idêntico teor foi enviado ao responsável actual pelo canil/gatil, Sr. Dr. Luis Veríssimo."
in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/
Agosto 5, 2013
Este é o texto do e-mail enviado hoje à Srª Bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários, Srª Profª Laurentina Pedroso, acompanhando a referidaproposta:
'Temos o prazer de enviar a V. Exa , enquanto Presidente do Grupo de Trabalho que está a analisar as analisar as condições de funcionamento da Casa dos Animais de Lisboa, assim como identificar boas práticas susceptíveis de ser implementadas, uma proposta do Grupo de Lisboa da Campanha de Esterilização dos Animais Abandonados, de lançamento de uma “Campanha de Esterilização dos Gatos Silvestres de Lisboa” que envolvendo os recursos do Canil/gatil de Lisboa e da sociedade civil ( associações de animais, voluntários individuais, clínicas veterinárias, laboratórios, etc) permitirá controlar, através da esterilização, a população de gatos silvestres das colónias da cidade que estimamos em mais de 40 000 animais.
Uma proposta com o mesmo objectivo já tinha sido apresentada por nós em 2010, aos responsáveis de então, mas não logrou sequer uma resposta. Com a mudança de politica para os animais da cidade anunciada em Junho, pp, pelo Sr. Presidente da CML, estamos certos que teremos agora um acolhimento diferente.
Também esperamos ser convocados por V. Exª no âmbito dos contactos com as entidades ligadas à causa animal, referidos pelo Sr. Presidente no seu despacho.'
E-mail de idêntico teor foi enviado ao responsável actual pelo canil/gatil, Sr. Dr. Luis Veríssimo."
in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
O que vou colocar aqui é mera informação, extraída do Boletim da CML de 11/Julho/2013.
"Considerando:
1 - A recente criação do cargo de Provedora Municipal dos Animais de Lisboa, e a criação do Grupo de Trabalho para a Casa dos Animais de Lisboa;
2 - Que no passado dia 18 de junho o Senhor Presidente da Câmara empossou uma Provedora naquele cargoe no Grupo de Trabalho para a Casa dos Animais de Lisboa;
3 - A súbita e repentina preocupação do Senhor Presidente da Câmara com o bem-estar dos animais à guarda da Autarquia, nomeadamente no canil e gatil, cujas obras e reestruturação prometida, votada, desculpada e justificada, ainda não deram em nada!;
4 - Que uma cidade como Lisboa merece ter um serviço de excelência que cuide do bem-estar de todos os seres vivos que coabitam este espaço geográfico;
5 - Que o Partido da Terra entende que a mudança de designação de canil/gatil para Casa dos Animais de Lisboa não pode, nem deve, significar unicamente a mera alteração de designação de um Serviço Camarário,
mas antes a alteração profunda de toda uma política camarária erradamente idealizada e executada;
6 - Que o MPT entende que o bem-estar dos animais que coabitam o território de Lisboa merece a atenção e o respeito que, até aqui, a Câmara Municipal não lhes soube dar, por muito que os munícipes se tenham
manifestado em sede de Orçamento Participativo;
7 - Que os Deputados Municipais desconhecem o teor das competências atribuídas a estes dois Órgãos, entretanto empossados, os respetivos Estatutos, Regulamentos ou Programas que os enquadre;
8 - Que os Deputados Municipais apenas conhecem a sua existência através de notícias veiculadas na Comunicação Social.
O Grupo Municipal do Partido da Terra, expressa a sua indignação e estupefação pelo facto da Assembleia Municipal de Lisboa não ter sido informada atempadamente da criação destes dois Órgãos, e propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 25 de junho de 2013, delibere:
- Recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que proceda à apresentação formal junto da Comissão de Ambiente, desta Assembleia, destas Entidades e respetivos dirigentes, bem assim como a submissão dos seus Estatutos para serem apreciados na mesma.
[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PCP,
CDS/PP, Bloco de Esquerda, MPT e PEV), votos contra (PS)
e abstenções (PPM e 5 Independentes)."
A mim parece-me que a criação do cargo (desculpem se me engano) é mero verbo de encher. Pois o que é um cargo sem funções ? E sem autoridade designada ? Sem âmbito ?
Espero, sinceramente, estar enganada.
"Considerando:
1 - A recente criação do cargo de Provedora Municipal dos Animais de Lisboa, e a criação do Grupo de Trabalho para a Casa dos Animais de Lisboa;
2 - Que no passado dia 18 de junho o Senhor Presidente da Câmara empossou uma Provedora naquele cargoe no Grupo de Trabalho para a Casa dos Animais de Lisboa;
3 - A súbita e repentina preocupação do Senhor Presidente da Câmara com o bem-estar dos animais à guarda da Autarquia, nomeadamente no canil e gatil, cujas obras e reestruturação prometida, votada, desculpada e justificada, ainda não deram em nada!;
4 - Que uma cidade como Lisboa merece ter um serviço de excelência que cuide do bem-estar de todos os seres vivos que coabitam este espaço geográfico;
5 - Que o Partido da Terra entende que a mudança de designação de canil/gatil para Casa dos Animais de Lisboa não pode, nem deve, significar unicamente a mera alteração de designação de um Serviço Camarário,
mas antes a alteração profunda de toda uma política camarária erradamente idealizada e executada;
6 - Que o MPT entende que o bem-estar dos animais que coabitam o território de Lisboa merece a atenção e o respeito que, até aqui, a Câmara Municipal não lhes soube dar, por muito que os munícipes se tenham
manifestado em sede de Orçamento Participativo;
7 - Que os Deputados Municipais desconhecem o teor das competências atribuídas a estes dois Órgãos, entretanto empossados, os respetivos Estatutos, Regulamentos ou Programas que os enquadre;
8 - Que os Deputados Municipais apenas conhecem a sua existência através de notícias veiculadas na Comunicação Social.
O Grupo Municipal do Partido da Terra, expressa a sua indignação e estupefação pelo facto da Assembleia Municipal de Lisboa não ter sido informada atempadamente da criação destes dois Órgãos, e propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 25 de junho de 2013, delibere:
- Recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que proceda à apresentação formal junto da Comissão de Ambiente, desta Assembleia, destas Entidades e respetivos dirigentes, bem assim como a submissão dos seus Estatutos para serem apreciados na mesma.
[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PCP,
CDS/PP, Bloco de Esquerda, MPT e PEV), votos contra (PS)
e abstenções (PPM e 5 Independentes)."
A mim parece-me que a criação do cargo (desculpem se me engano) é mero verbo de encher. Pois o que é um cargo sem funções ? E sem autoridade designada ? Sem âmbito ?
Espero, sinceramente, estar enganada.
<p>"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de lutar por crianças ou idosos. Não há bons ou maus combates, apenas o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos que não podem se defender." Brigitte Bardot </p>
Outra do mesmo Boletim da CML de 11/Julho/2013 :
Este acho interessante por esclarecer certas lacunas no historial do canil/gatil...
"Aprovada em 11/Julho/2013
- Moção n.º 33/AML/2013 - Subscrita pelo Grupo Municipal
de «Os Verdes»:
«Canil-Gatil Municipal de Lisboa»
Em Portugal em média 10 mil cães e gatos são abandonados todos anos, dos quais grande parte é abatida, sendo que, infelizmente, o acentuar da crise económica de muitas famílias portuguesas veio agravar ainda mais este abandono, estimando-se ainda que existam mais de meio milhão
de cães e gatos sem dono no nosso País.
O Centro de Recolha Oficial de Lisboa, vulgo Canil/Gatil Municipal de Lisboa, é o maior centro existente no País, mas não possui as condições que permitam dar cumprimento à legislação nacional (Decreto-Lei n.º 315/2003) e comunitária em vigor referente à Proteção dos Animais de Companhia.
Segundo os artigos 5.º e 6.º da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, «todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente em contacto com o homem, tem o direito a viver e a crescer ao ritmo das condições de vida e liberdade que sejam próprias da sua espécie», sendo o «abandono de um animal um ato cruel e degradante».
Em 2008 foram contratados tratadores para cuidarem dos animais deste espaço, com contrato a termo certo, sendo despedidos a 14 de setembro 2011. Após essa data, não voltaram a contratar outras pessoas para essas funções, utilizando outros trabalhadores dos Serviços Municipais para
efetuarem algumas tarefas, com qualificações e formação muito aquém do necessário para garantir o bem-estar, a qualidade de vida e dignidade destes animais.
Em 2009, os lisboetas votaram num projeto do Orçamento Participativo que previa 375 mil euros para melhorar as condições de bem-estar dos animais que se encontram no Canil/Gatil Municipal de Lisboa, sendo que, até ao presente momento e passados mais de 4 anos, as necessárias e há muito previstas obras de ampliação do Canil/Gatil Municipal de Lisboa ainda não se encontram concluídas, nem se sabe a previsão de conclusão destas pela CML.
Faltam transportes públicos com paragem perto deste equipamento municipal, apesar de passarem autocarros na Estrada da Pimenteira, sendo que os munícipes que utilizarem os transportes públicos têm de percorrer,
com risco de poderem ser atropelados na berma de uma estrada sem qualquer passeio, cerca de 1,5 km para chegar às instalações do Canil/Gatil Municipal de Lisboa.
Seria possível aceder pela parte de cima das instalações do Canil-Gatil Municipal de Lisboa, se aí se construísse um percurso pedonal e uma escada, podendo até serem utilizados os toros provenientes da limpeza da mata
adjacente por ser uma opção barata e muito ecológica, que permitiria o acesso direto às paragens de autocarro que servem o Parque do Alvito.
A recente mudança da designação do Canil-Gatil Municipal de Lisboa para Casa dos Animais e a criação do cargo de Provedor dos Animais, serão insuficientes se não forem acompanhadas por medidas que criem as condições que possibilitem que este equipamento municipal cumpra
a legislação nacional (Decreto-Lei n.º 315/2003) e comunitária em vigor relacionada com a Proteção dos Animais de Companhia.
Considerando a dificuldade de acessos e a inexistência de uma paragem de autocarro perto da entrada das instalações do Canil/Gatil Municipal de Lisboa.
Considerando que o projeto para a 3.ª fase de construção do Canil/Gatil Municipal de Lisboa, foi o mais votado do Orçamento Participativo na edição 2009/2010, tendo recebido um total de 754 votos.
Considerando que as obras das novas instalações estão paradas há tanto tempo não por falta de dinheiro, mas por razões burocráticas na Câmara Municipal de Lisboa relacionadas com a falência do empreiteiro que nunca mais permitiu a realização de um novo contrato para permitir a conclusão definitiva da 3.ª fase da obra.
Considerando que as obras já realizadas de construção de novas boxes no Canil/Gatil Municipal de Lisboa não são suficientes para suprir as necessidades há muito sentidas naquele espaço, para o bem-estar e salubridade dos animais.
Considerando a necessidade de sujeitos com formação e vocacionados para cuidar dos animais deste canil/gatil, com tudo o que é inerente aos cuidados prestados anteriormente.
Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta do Partido Ecologista «Os Verdes», que a Câmara Municipal de Lisboa:
1 - Proceda à construção de um percurso pedonal e de uma escada em que utilize os toros provenientes da limpeza da mata adjacente para permitir o acesso direto às paragens de autocarro que servem o Parque do Alvito e a negociação com a Carris com vista à colocação de uma paragem perto
do Canil/Gatil Municipal de Lisboa para os autocarros que circulam na Estrada da Pimenteira;
2 - Realize o mais rápido possível as necessárias e há muito previstas obras de ampliação do Canil/Gatil Municipal de Lisboa, e que estas sejam feitas por forma a fornecer condições dignas aos animais;
3 - Proceda à contratação de novos tratadores, com formação adequada para cuidar destes animais;
4 - Promova campanhas de sensibilização, ao longo do ano, alertando para que as pessoas não abandonem os animais e que fomentem a sua adoção;
5 - Solicitar o envio da presente Moção à Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais (LPDA), à Associação de Proteção aos Cães Abandonados (APCA), à Associação Ação Animal e às restantes Associações de Proteção e Defesa dos Animais a funcionar na cidade de Lisboa.
(Aprovada por unanimidade.)
- Recomendação n.º 30/AML/2013 - Subscrita pelo Grupo Municipal do MPT:
Para a apresentação da Provedora Municipal e do Grupo de Trabalho para
a Casa dos Animais de Lisboa e submissão dos Estatutos para aprovação
em Plenário
Este acho interessante por esclarecer certas lacunas no historial do canil/gatil...
"Aprovada em 11/Julho/2013
- Moção n.º 33/AML/2013 - Subscrita pelo Grupo Municipal
de «Os Verdes»:
«Canil-Gatil Municipal de Lisboa»
Em Portugal em média 10 mil cães e gatos são abandonados todos anos, dos quais grande parte é abatida, sendo que, infelizmente, o acentuar da crise económica de muitas famílias portuguesas veio agravar ainda mais este abandono, estimando-se ainda que existam mais de meio milhão
de cães e gatos sem dono no nosso País.
O Centro de Recolha Oficial de Lisboa, vulgo Canil/Gatil Municipal de Lisboa, é o maior centro existente no País, mas não possui as condições que permitam dar cumprimento à legislação nacional (Decreto-Lei n.º 315/2003) e comunitária em vigor referente à Proteção dos Animais de Companhia.
Segundo os artigos 5.º e 6.º da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, «todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente em contacto com o homem, tem o direito a viver e a crescer ao ritmo das condições de vida e liberdade que sejam próprias da sua espécie», sendo o «abandono de um animal um ato cruel e degradante».
Em 2008 foram contratados tratadores para cuidarem dos animais deste espaço, com contrato a termo certo, sendo despedidos a 14 de setembro 2011. Após essa data, não voltaram a contratar outras pessoas para essas funções, utilizando outros trabalhadores dos Serviços Municipais para
efetuarem algumas tarefas, com qualificações e formação muito aquém do necessário para garantir o bem-estar, a qualidade de vida e dignidade destes animais.
Em 2009, os lisboetas votaram num projeto do Orçamento Participativo que previa 375 mil euros para melhorar as condições de bem-estar dos animais que se encontram no Canil/Gatil Municipal de Lisboa, sendo que, até ao presente momento e passados mais de 4 anos, as necessárias e há muito previstas obras de ampliação do Canil/Gatil Municipal de Lisboa ainda não se encontram concluídas, nem se sabe a previsão de conclusão destas pela CML.
Faltam transportes públicos com paragem perto deste equipamento municipal, apesar de passarem autocarros na Estrada da Pimenteira, sendo que os munícipes que utilizarem os transportes públicos têm de percorrer,
com risco de poderem ser atropelados na berma de uma estrada sem qualquer passeio, cerca de 1,5 km para chegar às instalações do Canil/Gatil Municipal de Lisboa.
Seria possível aceder pela parte de cima das instalações do Canil-Gatil Municipal de Lisboa, se aí se construísse um percurso pedonal e uma escada, podendo até serem utilizados os toros provenientes da limpeza da mata
adjacente por ser uma opção barata e muito ecológica, que permitiria o acesso direto às paragens de autocarro que servem o Parque do Alvito.
A recente mudança da designação do Canil-Gatil Municipal de Lisboa para Casa dos Animais e a criação do cargo de Provedor dos Animais, serão insuficientes se não forem acompanhadas por medidas que criem as condições que possibilitem que este equipamento municipal cumpra
a legislação nacional (Decreto-Lei n.º 315/2003) e comunitária em vigor relacionada com a Proteção dos Animais de Companhia.
Considerando a dificuldade de acessos e a inexistência de uma paragem de autocarro perto da entrada das instalações do Canil/Gatil Municipal de Lisboa.
Considerando que o projeto para a 3.ª fase de construção do Canil/Gatil Municipal de Lisboa, foi o mais votado do Orçamento Participativo na edição 2009/2010, tendo recebido um total de 754 votos.
Considerando que as obras das novas instalações estão paradas há tanto tempo não por falta de dinheiro, mas por razões burocráticas na Câmara Municipal de Lisboa relacionadas com a falência do empreiteiro que nunca mais permitiu a realização de um novo contrato para permitir a conclusão definitiva da 3.ª fase da obra.
Considerando que as obras já realizadas de construção de novas boxes no Canil/Gatil Municipal de Lisboa não são suficientes para suprir as necessidades há muito sentidas naquele espaço, para o bem-estar e salubridade dos animais.
Considerando a necessidade de sujeitos com formação e vocacionados para cuidar dos animais deste canil/gatil, com tudo o que é inerente aos cuidados prestados anteriormente.
Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta do Partido Ecologista «Os Verdes», que a Câmara Municipal de Lisboa:
1 - Proceda à construção de um percurso pedonal e de uma escada em que utilize os toros provenientes da limpeza da mata adjacente para permitir o acesso direto às paragens de autocarro que servem o Parque do Alvito e a negociação com a Carris com vista à colocação de uma paragem perto
do Canil/Gatil Municipal de Lisboa para os autocarros que circulam na Estrada da Pimenteira;
2 - Realize o mais rápido possível as necessárias e há muito previstas obras de ampliação do Canil/Gatil Municipal de Lisboa, e que estas sejam feitas por forma a fornecer condições dignas aos animais;
3 - Proceda à contratação de novos tratadores, com formação adequada para cuidar destes animais;
4 - Promova campanhas de sensibilização, ao longo do ano, alertando para que as pessoas não abandonem os animais e que fomentem a sua adoção;
5 - Solicitar o envio da presente Moção à Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais (LPDA), à Associação de Proteção aos Cães Abandonados (APCA), à Associação Ação Animal e às restantes Associações de Proteção e Defesa dos Animais a funcionar na cidade de Lisboa.
(Aprovada por unanimidade.)
- Recomendação n.º 30/AML/2013 - Subscrita pelo Grupo Municipal do MPT:
Para a apresentação da Provedora Municipal e do Grupo de Trabalho para
a Casa dos Animais de Lisboa e submissão dos Estatutos para aprovação
em Plenário
<p>"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de lutar por crianças ou idosos. Não há bons ou maus combates, apenas o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos que não podem se defender." Brigitte Bardot </p>
Outra do mesmo Boletim da CML de 11/Julho/2013 :
Este acho interessante por esclarecer certas lacunas no historial do canil/gatil...
"Aprovada em 11/Julho/2013
- Moção n.º 33/AML/2013 - Subscrita pelo Grupo Municipal
de «Os Verdes»:
«Canil-Gatil Municipal de Lisboa»
Em Portugal em média 10 mil cães e gatos são abandonados todos anos, dos quais grande parte é abatida, sendo que, infelizmente, o acentuar da crise económica de muitas famílias portuguesas veio agravar ainda mais este abandono, estimando-se ainda que existam mais de meio milhão
de cães e gatos sem dono no nosso País.
O Centro de Recolha Oficial de Lisboa, vulgo Canil/Gatil Municipal de Lisboa, é o maior centro existente no País, mas não possui as condições que permitam dar cumprimento à legislação nacional (Decreto-Lei n.º 315/2003) e comunitária em vigor referente à Proteção dos Animais de Companhia.
Segundo os artigos 5.º e 6.º da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, «todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente em contacto com o homem, tem o direito a viver e a crescer ao ritmo das condições de vida e liberdade que sejam próprias da sua espécie», sendo o «abandono de um animal um ato cruel e degradante».
Em 2008 foram contratados tratadores para cuidarem dos animais deste espaço, com contrato a termo certo, sendo despedidos a 14 de setembro 2011. Após essa data, não voltaram a contratar outras pessoas para essas funções, utilizando outros trabalhadores dos Serviços Municipais para
efetuarem algumas tarefas, com qualificações e formação muito aquém do necessário para garantir o bem-estar, a qualidade de vida e dignidade destes animais.
Em 2009, os lisboetas votaram num projeto do Orçamento Participativo que previa 375 mil euros para melhorar as condições de bem-estar dos animais que se encontram no Canil/Gatil Municipal de Lisboa, sendo que, até ao presente momento e passados mais de 4 anos, as necessárias e há muito previstas obras de ampliação do Canil/Gatil Municipal de Lisboa ainda não se encontram concluídas, nem se sabe a previsão de conclusão destas pela CML.
Faltam transportes públicos com paragem perto deste equipamento municipal, apesar de passarem autocarros na Estrada da Pimenteira, sendo que os munícipes que utilizarem os transportes públicos têm de percorrer,
com risco de poderem ser atropelados na berma de uma estrada sem qualquer passeio, cerca de 1,5 km para chegar às instalações do Canil/Gatil Municipal de Lisboa.
Seria possível aceder pela parte de cima das instalações do Canil-Gatil Municipal de Lisboa, se aí se construísse um percurso pedonal e uma escada, podendo até serem utilizados os toros provenientes da limpeza da mata
adjacente por ser uma opção barata e muito ecológica, que permitiria o acesso direto às paragens de autocarro que servem o Parque do Alvito.
A recente mudança da designação do Canil-Gatil Municipal de Lisboa para Casa dos Animais e a criação do cargo de Provedor dos Animais, serão insuficientes se não forem acompanhadas por medidas que criem as condições que possibilitem que este equipamento municipal cumpra
a legislação nacional (Decreto-Lei n.º 315/2003) e comunitária em vigor relacionada com a Proteção dos Animais de Companhia.
Considerando a dificuldade de acessos e a inexistência de uma paragem de autocarro perto da entrada das instalações do Canil/Gatil Municipal de Lisboa.
Considerando que o projeto para a 3.ª fase de construção do Canil/Gatil Municipal de Lisboa, foi o mais votado do Orçamento Participativo na edição 2009/2010, tendo recebido um total de 754 votos.
Considerando que as obras das novas instalações estão paradas há tanto tempo não por falta de dinheiro, mas por razões burocráticas na Câmara Municipal de Lisboa relacionadas com a falência do empreiteiro que nunca mais permitiu a realização de um novo contrato para permitir a conclusão definitiva da 3.ª fase da obra.
Considerando que as obras já realizadas de construção de novas boxes no Canil/Gatil Municipal de Lisboa não são suficientes para suprir as necessidades há muito sentidas naquele espaço, para o bem-estar e salubridade dos animais.
Considerando a necessidade de sujeitos com formação e vocacionados para cuidar dos animais deste canil/gatil, com tudo o que é inerente aos cuidados prestados anteriormente.
Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta do Partido Ecologista «Os Verdes», que a Câmara Municipal de Lisboa:
1 - Proceda à construção de um percurso pedonal e de uma escada em que utilize os toros provenientes da limpeza da mata adjacente para permitir o acesso direto às paragens de autocarro que servem o Parque do Alvito e a negociação com a Carris com vista à colocação de uma paragem perto
do Canil/Gatil Municipal de Lisboa para os autocarros que circulam na Estrada da Pimenteira;
2 - Realize o mais rápido possível as necessárias e há muito previstas obras de ampliação do Canil/Gatil Municipal de Lisboa, e que estas sejam feitas por forma a fornecer condições dignas aos animais;
3 - Proceda à contratação de novos tratadores, com formação adequada para cuidar destes animais;
4 - Promova campanhas de sensibilização, ao longo do ano, alertando para que as pessoas não abandonem os animais e que fomentem a sua adoção;
5 - Solicitar o envio da presente Moção à Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais (LPDA), à Associação de Proteção aos Cães Abandonados (APCA), à Associação Ação Animal e às restantes Associações de Proteção e Defesa dos Animais a funcionar na cidade de Lisboa.
(Aprovada por unanimidade.)
- Recomendação n.º 30/AML/2013 - Subscrita pelo Grupo Municipal do MPT:
Para a apresentação da Provedora Municipal e do Grupo de Trabalho para
a Casa dos Animais de Lisboa e submissão dos Estatutos para aprovação
em Plenário
Este acho interessante por esclarecer certas lacunas no historial do canil/gatil...
"Aprovada em 11/Julho/2013
- Moção n.º 33/AML/2013 - Subscrita pelo Grupo Municipal
de «Os Verdes»:
«Canil-Gatil Municipal de Lisboa»
Em Portugal em média 10 mil cães e gatos são abandonados todos anos, dos quais grande parte é abatida, sendo que, infelizmente, o acentuar da crise económica de muitas famílias portuguesas veio agravar ainda mais este abandono, estimando-se ainda que existam mais de meio milhão
de cães e gatos sem dono no nosso País.
O Centro de Recolha Oficial de Lisboa, vulgo Canil/Gatil Municipal de Lisboa, é o maior centro existente no País, mas não possui as condições que permitam dar cumprimento à legislação nacional (Decreto-Lei n.º 315/2003) e comunitária em vigor referente à Proteção dos Animais de Companhia.
Segundo os artigos 5.º e 6.º da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, «todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente em contacto com o homem, tem o direito a viver e a crescer ao ritmo das condições de vida e liberdade que sejam próprias da sua espécie», sendo o «abandono de um animal um ato cruel e degradante».
Em 2008 foram contratados tratadores para cuidarem dos animais deste espaço, com contrato a termo certo, sendo despedidos a 14 de setembro 2011. Após essa data, não voltaram a contratar outras pessoas para essas funções, utilizando outros trabalhadores dos Serviços Municipais para
efetuarem algumas tarefas, com qualificações e formação muito aquém do necessário para garantir o bem-estar, a qualidade de vida e dignidade destes animais.
Em 2009, os lisboetas votaram num projeto do Orçamento Participativo que previa 375 mil euros para melhorar as condições de bem-estar dos animais que se encontram no Canil/Gatil Municipal de Lisboa, sendo que, até ao presente momento e passados mais de 4 anos, as necessárias e há muito previstas obras de ampliação do Canil/Gatil Municipal de Lisboa ainda não se encontram concluídas, nem se sabe a previsão de conclusão destas pela CML.
Faltam transportes públicos com paragem perto deste equipamento municipal, apesar de passarem autocarros na Estrada da Pimenteira, sendo que os munícipes que utilizarem os transportes públicos têm de percorrer,
com risco de poderem ser atropelados na berma de uma estrada sem qualquer passeio, cerca de 1,5 km para chegar às instalações do Canil/Gatil Municipal de Lisboa.
Seria possível aceder pela parte de cima das instalações do Canil-Gatil Municipal de Lisboa, se aí se construísse um percurso pedonal e uma escada, podendo até serem utilizados os toros provenientes da limpeza da mata
adjacente por ser uma opção barata e muito ecológica, que permitiria o acesso direto às paragens de autocarro que servem o Parque do Alvito.
A recente mudança da designação do Canil-Gatil Municipal de Lisboa para Casa dos Animais e a criação do cargo de Provedor dos Animais, serão insuficientes se não forem acompanhadas por medidas que criem as condições que possibilitem que este equipamento municipal cumpra
a legislação nacional (Decreto-Lei n.º 315/2003) e comunitária em vigor relacionada com a Proteção dos Animais de Companhia.
Considerando a dificuldade de acessos e a inexistência de uma paragem de autocarro perto da entrada das instalações do Canil/Gatil Municipal de Lisboa.
Considerando que o projeto para a 3.ª fase de construção do Canil/Gatil Municipal de Lisboa, foi o mais votado do Orçamento Participativo na edição 2009/2010, tendo recebido um total de 754 votos.
Considerando que as obras das novas instalações estão paradas há tanto tempo não por falta de dinheiro, mas por razões burocráticas na Câmara Municipal de Lisboa relacionadas com a falência do empreiteiro que nunca mais permitiu a realização de um novo contrato para permitir a conclusão definitiva da 3.ª fase da obra.
Considerando que as obras já realizadas de construção de novas boxes no Canil/Gatil Municipal de Lisboa não são suficientes para suprir as necessidades há muito sentidas naquele espaço, para o bem-estar e salubridade dos animais.
Considerando a necessidade de sujeitos com formação e vocacionados para cuidar dos animais deste canil/gatil, com tudo o que é inerente aos cuidados prestados anteriormente.
Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta do Partido Ecologista «Os Verdes», que a Câmara Municipal de Lisboa:
1 - Proceda à construção de um percurso pedonal e de uma escada em que utilize os toros provenientes da limpeza da mata adjacente para permitir o acesso direto às paragens de autocarro que servem o Parque do Alvito e a negociação com a Carris com vista à colocação de uma paragem perto
do Canil/Gatil Municipal de Lisboa para os autocarros que circulam na Estrada da Pimenteira;
2 - Realize o mais rápido possível as necessárias e há muito previstas obras de ampliação do Canil/Gatil Municipal de Lisboa, e que estas sejam feitas por forma a fornecer condições dignas aos animais;
3 - Proceda à contratação de novos tratadores, com formação adequada para cuidar destes animais;
4 - Promova campanhas de sensibilização, ao longo do ano, alertando para que as pessoas não abandonem os animais e que fomentem a sua adoção;
5 - Solicitar o envio da presente Moção à Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais (LPDA), à Associação de Proteção aos Cães Abandonados (APCA), à Associação Ação Animal e às restantes Associações de Proteção e Defesa dos Animais a funcionar na cidade de Lisboa.
(Aprovada por unanimidade.)
- Recomendação n.º 30/AML/2013 - Subscrita pelo Grupo Municipal do MPT:
Para a apresentação da Provedora Municipal e do Grupo de Trabalho para
a Casa dos Animais de Lisboa e submissão dos Estatutos para aprovação
em Plenário
<p>"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de lutar por crianças ou idosos. Não há bons ou maus combates, apenas o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos que não podem se defender." Brigitte Bardot </p>
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Provedora demite-se e parte a loiça... infelizmente, já tarde demais para muitos animais, alguns dos quais por ela encaminhados para o canil, mas a tempo de evitar o embuste do dr. António Costa
"HOJE TORNO PÚBLICA A MINHA JÁ APRESENTADA DEMISSÃO
Hoje, dia 13 de Agosto de 2013, passam apenas 57 dias da minha tomada de posse enquanto Provedora Municipal dos Animais de Lisboa, nomeada pelo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa.
Neste 57 dias, o sucesso que consegui obter no âmbito da missão que tomei em mãos é incomparavelmente inferior às dificuldades, às inverdades, a ausência de emergência, à inexistência de urgência que circunda a Casa dos Animais de Lisboa, as suas paredes atuais e aquelas que já há muito deviam estar erguidas. Os seus dirigentes e outra gente. As salas de quarentena que persistem em ser feitas de fumos de palco, as bactérias e vírus que se espalham gatil afora, e outras canil adentro.
O que consegui foi um pouco para além do óbvio, e que tão pouco caberia a um “tradicionalíssimo provedor”: tirar algumas fotos e divulga-las pelo mais céleres dos meios atuais – o facebook -, dar informações legais a quem me as solicitou, procurar dar abrigo para animais abandonados, e pressionar muito, muitíssimo – trabalho que não se vê e, consequentemente, não existe para quem procura muito a cegueira. Conseguimos, num dia épico de 40º à sombra, fazer prevalecer a vida de um animal sobre a propriedade privada. Uso o plural porque sem um grupo de elementos da Polícia Municipal, seu Chefe e seu Comandante, dotados dos aparelhos de sensibilidade que deviam ser funcionais em todos os humanos e não são, e da coragem dos destemidos, sem eles, o Corujinha jazeria provavelmente morto há mais de um mês. Sem um dado Encarregado da Casa dos Animais de Lisboa o Corujinha jazeria morto, depois de uma doença contraída na Casa dos Animais de Lisboa que apenas podemos saber ser “provavelmente” uma parvovirose. Porque análises de sangue é coisa que não vi ali sucederem. Nunca. Nem quando nove gatos recolhidos da mesma casa, com o delicioso ar felino de pequenos bebés e aparência saudável, começaram a morrer fulminantemente em casa dos adotantes, a contagiar dramaticamente os gatos próximos, com diagnósticos concretos de calicivírus por médicos veterinários analistas da exames de sangue. A resposta, quando questionada, da equipa veterinária da CAL, foi “panleucopenia”, embora sem certezas porque, para não ser diferente, não se analisou sangue ou animais. Para quê? Afinal, estamos apenas a falar do canil e do gatil que alberga os animais da capital do país.
Desde o início afirmei e julguei existente, manifesto e intenso o respaldo do Presidente da CML, promotor das mudanças traduzidas no afastamento da anterior Diretora do Canil/Gatil Municipal, Dra. Luísa Costa Gomes e nomeação do atual Diretor da Casa dos Animais de Lisboa, Dr. Veríssimo Pires; na criação da figura do Provedor Municipal dos Animais de Lisboa e consequente nomeação da minha pessoa para essa missão e; na criação de um Grupo de Trabalho presidido pela Sra. Bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários, por elemento, veterinário naturalmente, indicado pela dita Ordem, pelo responsável pelo Departamento Municipal que tutela a Divisão responsável pela Casa dos Animais de Lisboa, pelo Diretor da mesma e por mim, na condição óbvia de Provedora. Esse respaldo não apenas não foi manifesto ou intenso, como foi totalmente anulado pelo afastamento do Senhor Presidente do assunto. Esse respaldo tornou-se para mim patentemente fugaz face ao paternalismo demonstrado pela Direção da CAL. Finalmente, tornou-se para mim claro que o meu sítio não é ou será alguma vez aquele em que se constitui um Grupo de Trabalho que alia peritos e os serviços municipais, sob o crédito e a batuta institucional da pessoa que ocupa a louvável posição de Bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários, para um mês e meio depois ver essa figura institucional numa lista partidária candidata à vereação da Câmara Municipal de Lisboa. A promiscuidade que este ato indicia, noutras circunstâncias inocente, destrói completamente a credibilidade de um Grupo de Trabalho que se queria independente, analista ao ínfimo das práticas atuais da Casa dos Animais e recomendador rigoroso das boas práticas que devem marcar o futuro. “À mulher de César não basta ser, há que parecer”, já se diz há séculos. No dia em que soube deste encaixe de lista, a minha decisão entretanto já tomada tornou-se sólida como a pedra mais dura.
Eu acumulei o odioso de ser a cara dada pela Casa dos Animais de Lisboa, quando esta tem Direção serena; o odioso dos anos em que nada se fez pelo canil/gatil municipal e ali se fizeram coisas impróprias de designação civilizada; o odioso de encarnar um demónio eleitoralista, porque há eleições autárquicas a 29 de Setembro. Tenho costas largas e pelos animais abrigados na CAL acumularia três vezes o odioso que me ofereceram. Se alguma coisa mudasse com urgência. Se eu visse mudança, cheirasse confiança, ouvisse certezas dignas, tateasse cães e gatos saudáveis. Jarra eleitoral não sou. E pouco me interessam os atos eleitorais, se o candidato é pessoa que aprecio ou não. Sempre disse a quem me nomeou que gostando pessoalmente de quem gostasse, gosto muitíssimo mais dos animais. Cada vez mais, friso.
Quando pessoas próximas souberam de antemão que tinha aceite esta missão, rapidamente me alertaram com preocupação para a areia na engrenagem do interior da organização camarária – que considero insustentável, disfuncional e auto proclamatório de nadas –, mas também para os ódios, mesquinhez, inveja e outros tantos adjetivos que paira sobre a dita “causa animal”. Não estavam errados, até porque essas pessoas conhecem bem o dito universo. Povoado por grandes pessoas, de amplo coração, mas infelizmente ultrapassados em número por pessoas lamentavelmente pequenas, tacanhas e seriamente empenhadas em promover o insucesso alheio. A quantidade de deseducados e candidatos a donos absolutos da verdade é tão grande que por vezes temo pelos animais que dizem amar e proteger, e que são tantas vezes repositórios de candidaturas à santidade e de desequilíbrios emocionais humanos graves. Lá está, o verdadeiro animal predador, aqui, é o ser humano. E o verdadeiro sabotador dos direitos e proteção dos animais são aqueles que mais batem com a mão no peito clamando conhecimento de causa, ao interessarem-se senão pela sua verdade, pelo seu quintal, pelo português hábito de dizer mal desinformada e gratuitamente. Tive o enorme desprazer de conhecer ou saber da existência de tal gente. Que provavelmente encomendam em correria foguetes para celebrar a minha demissão. Desproporcionados face ao fogo-de-artifício gigantesco que descreve o bem-estar de nunca mais ter de saber da sua existência e não ter qualquer dever de as ter por perto. O feminino não é género alheio à descrição.
Conheci também das melhores pessoas do mundo, e essas levo-as comigo, para a minha vida pessoal. Críticas, sugestivas, que sabem bem mais que eu mas não apregoam o seu generoso conhecimento, e que realmente ignoram o humano do lado para se focarem em quem interessa: os animais. Encontrei, também, nos funcionários da Casa dos Animais de Lisboa pessoas dedicadas, amantes dos animais que ali se encontram, desamparadas na fama formada sem proveito de serem reais bestas. Foram meus colegas, trabalhei com eles de igual para igual – coisa que efetivamente somos. Mudaram de atitude? Sentiram também que alguém mudou de atitude para com eles. E isso faz muita diferença.
Enquanto escrevo esta mensagem pública, estou em contacto com uma rapariga aflita com dois gatinhos recém-nascidos, que associação nenhuma consegue ajudar a acolher e tratar; com uma senhora que se torna minha comadre, pois juntas acolhemos a partir de hoje uma ninhada de uma mamã gata ferida por um cão, que findo o aleitamento terá de ser amputada pelo veterinário que cuida dos meus “miúdos”, que são a minha família; com um senhor que quer ir de férias e para isso “dá” a uma desconhecida após contacto telefónico, os gatos que tem desde 2009. Em nenhum destes casos me valho senão das minhas possibilidades. Não confio nas condições da ala do gatil da CAL para acolher estes gatinhos. De há duas semanas a esta parte, sou incapaz de promover ou sugerir tal coisa seja a quem for.
Custa-me sair, na medida em que uma batalha enorme aparentemente ganha era apenas uma patranha. Nem toda a boa vontade do mundo chega. Nem todo o querer do universo chega. Nem as mudanças lentas chegam. Quando tudo jaz, afinal, na ponta da caneta de um homem só.
As únicas vidas que me interessam, neste processo de agonia lenta e enorme frustração, são os animais. Graças a uma mudança efectiva, posso visitá-los, fotografá-los, mimá-los dentro do horário em que a Casa dos Animais tem portas abertas a visitantes. Levarei uma muda de roupa, que largarei em seguida, para não repetir o risco de transportar vírus para a minha família. Também eu senti na pele o que é ter uma bebé que amo em risco de vida, porque eu transportei comigo a doença que quase a levou. É um número, para além da impotência a que me reconheci remetida afinal desde sempre, que torna “irrevogável”, como é moda dizer-se, a minha demissão: 17. Dezassete gatos falecidos na sequência de doença e contágio, sequência fatal tremenda que começou numa sala da CAL e terminou em cadáveres de gatos que nunca tiveram senão a fortuna de serem amados pelos seus donos. Dezassete cadáveres. Com nome, família, casa e as muitas saudades que deixam. Mas afinal, terá sido só panleucopenia, diz-se lá do Monsanto.
Em geral, as pessoas esperam de uma pessoa que exerça uma tarefa pública, um distanciamento gélido a que se convencionou chamar “cunho institucional”. Se tal pessoa não agir de acordo com o protocolo institucionalizado, não passará de um “baldas” sem decoro. Impróprio. Desadequado. Que não leva a sério o que tem em mãos. Eu sou informal. Sou disponível para as pessoas. Sou aguerrida. Características, aliás, subjacentes ao convite para Prover pelos animais de Lisboa.
Os juízos ficam para quem pratica o desporto de julgar no tribunal doméstico. Para os obcecados, que os há. E para as candidaturas da verdade absoluta. Não sei, com franqueza, se haverá Provedor seguinte. É sorte que não posso desejar a alguém. Mas receber queixas e reencaminhá-las é o expectável de quem se siga. Para incomodar sonoramente, para mais em tempo eleitoral, já houve esta. Que não se repita o erro de não dominar a voz de quem sirva de “Ouvidor”!
Não abandono animais. Mas abandono pessoas e projetos que não são genuínos. Espero que haja grande esforço em provar que eu estava errada. Que tudo o que aqui aponto mude no próximo mês, e que eu engula as palavras escritas. Não as engolirei, porque sei-as tremendamente verdadeiras. Mas nada me importo desse esforço pelo meu descrédito, se tal servir os interesses dos animais que vivem na CAL e cá fora. Porque na verdade, tudo jaz, afinal, na ponta da caneta de um homem só."
in https://www.facebook.com/pages/Provedor ... 4542067144
"HOJE TORNO PÚBLICA A MINHA JÁ APRESENTADA DEMISSÃO
Hoje, dia 13 de Agosto de 2013, passam apenas 57 dias da minha tomada de posse enquanto Provedora Municipal dos Animais de Lisboa, nomeada pelo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa.
Neste 57 dias, o sucesso que consegui obter no âmbito da missão que tomei em mãos é incomparavelmente inferior às dificuldades, às inverdades, a ausência de emergência, à inexistência de urgência que circunda a Casa dos Animais de Lisboa, as suas paredes atuais e aquelas que já há muito deviam estar erguidas. Os seus dirigentes e outra gente. As salas de quarentena que persistem em ser feitas de fumos de palco, as bactérias e vírus que se espalham gatil afora, e outras canil adentro.
O que consegui foi um pouco para além do óbvio, e que tão pouco caberia a um “tradicionalíssimo provedor”: tirar algumas fotos e divulga-las pelo mais céleres dos meios atuais – o facebook -, dar informações legais a quem me as solicitou, procurar dar abrigo para animais abandonados, e pressionar muito, muitíssimo – trabalho que não se vê e, consequentemente, não existe para quem procura muito a cegueira. Conseguimos, num dia épico de 40º à sombra, fazer prevalecer a vida de um animal sobre a propriedade privada. Uso o plural porque sem um grupo de elementos da Polícia Municipal, seu Chefe e seu Comandante, dotados dos aparelhos de sensibilidade que deviam ser funcionais em todos os humanos e não são, e da coragem dos destemidos, sem eles, o Corujinha jazeria provavelmente morto há mais de um mês. Sem um dado Encarregado da Casa dos Animais de Lisboa o Corujinha jazeria morto, depois de uma doença contraída na Casa dos Animais de Lisboa que apenas podemos saber ser “provavelmente” uma parvovirose. Porque análises de sangue é coisa que não vi ali sucederem. Nunca. Nem quando nove gatos recolhidos da mesma casa, com o delicioso ar felino de pequenos bebés e aparência saudável, começaram a morrer fulminantemente em casa dos adotantes, a contagiar dramaticamente os gatos próximos, com diagnósticos concretos de calicivírus por médicos veterinários analistas da exames de sangue. A resposta, quando questionada, da equipa veterinária da CAL, foi “panleucopenia”, embora sem certezas porque, para não ser diferente, não se analisou sangue ou animais. Para quê? Afinal, estamos apenas a falar do canil e do gatil que alberga os animais da capital do país.
Desde o início afirmei e julguei existente, manifesto e intenso o respaldo do Presidente da CML, promotor das mudanças traduzidas no afastamento da anterior Diretora do Canil/Gatil Municipal, Dra. Luísa Costa Gomes e nomeação do atual Diretor da Casa dos Animais de Lisboa, Dr. Veríssimo Pires; na criação da figura do Provedor Municipal dos Animais de Lisboa e consequente nomeação da minha pessoa para essa missão e; na criação de um Grupo de Trabalho presidido pela Sra. Bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários, por elemento, veterinário naturalmente, indicado pela dita Ordem, pelo responsável pelo Departamento Municipal que tutela a Divisão responsável pela Casa dos Animais de Lisboa, pelo Diretor da mesma e por mim, na condição óbvia de Provedora. Esse respaldo não apenas não foi manifesto ou intenso, como foi totalmente anulado pelo afastamento do Senhor Presidente do assunto. Esse respaldo tornou-se para mim patentemente fugaz face ao paternalismo demonstrado pela Direção da CAL. Finalmente, tornou-se para mim claro que o meu sítio não é ou será alguma vez aquele em que se constitui um Grupo de Trabalho que alia peritos e os serviços municipais, sob o crédito e a batuta institucional da pessoa que ocupa a louvável posição de Bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários, para um mês e meio depois ver essa figura institucional numa lista partidária candidata à vereação da Câmara Municipal de Lisboa. A promiscuidade que este ato indicia, noutras circunstâncias inocente, destrói completamente a credibilidade de um Grupo de Trabalho que se queria independente, analista ao ínfimo das práticas atuais da Casa dos Animais e recomendador rigoroso das boas práticas que devem marcar o futuro. “À mulher de César não basta ser, há que parecer”, já se diz há séculos. No dia em que soube deste encaixe de lista, a minha decisão entretanto já tomada tornou-se sólida como a pedra mais dura.
Eu acumulei o odioso de ser a cara dada pela Casa dos Animais de Lisboa, quando esta tem Direção serena; o odioso dos anos em que nada se fez pelo canil/gatil municipal e ali se fizeram coisas impróprias de designação civilizada; o odioso de encarnar um demónio eleitoralista, porque há eleições autárquicas a 29 de Setembro. Tenho costas largas e pelos animais abrigados na CAL acumularia três vezes o odioso que me ofereceram. Se alguma coisa mudasse com urgência. Se eu visse mudança, cheirasse confiança, ouvisse certezas dignas, tateasse cães e gatos saudáveis. Jarra eleitoral não sou. E pouco me interessam os atos eleitorais, se o candidato é pessoa que aprecio ou não. Sempre disse a quem me nomeou que gostando pessoalmente de quem gostasse, gosto muitíssimo mais dos animais. Cada vez mais, friso.
Quando pessoas próximas souberam de antemão que tinha aceite esta missão, rapidamente me alertaram com preocupação para a areia na engrenagem do interior da organização camarária – que considero insustentável, disfuncional e auto proclamatório de nadas –, mas também para os ódios, mesquinhez, inveja e outros tantos adjetivos que paira sobre a dita “causa animal”. Não estavam errados, até porque essas pessoas conhecem bem o dito universo. Povoado por grandes pessoas, de amplo coração, mas infelizmente ultrapassados em número por pessoas lamentavelmente pequenas, tacanhas e seriamente empenhadas em promover o insucesso alheio. A quantidade de deseducados e candidatos a donos absolutos da verdade é tão grande que por vezes temo pelos animais que dizem amar e proteger, e que são tantas vezes repositórios de candidaturas à santidade e de desequilíbrios emocionais humanos graves. Lá está, o verdadeiro animal predador, aqui, é o ser humano. E o verdadeiro sabotador dos direitos e proteção dos animais são aqueles que mais batem com a mão no peito clamando conhecimento de causa, ao interessarem-se senão pela sua verdade, pelo seu quintal, pelo português hábito de dizer mal desinformada e gratuitamente. Tive o enorme desprazer de conhecer ou saber da existência de tal gente. Que provavelmente encomendam em correria foguetes para celebrar a minha demissão. Desproporcionados face ao fogo-de-artifício gigantesco que descreve o bem-estar de nunca mais ter de saber da sua existência e não ter qualquer dever de as ter por perto. O feminino não é género alheio à descrição.
Conheci também das melhores pessoas do mundo, e essas levo-as comigo, para a minha vida pessoal. Críticas, sugestivas, que sabem bem mais que eu mas não apregoam o seu generoso conhecimento, e que realmente ignoram o humano do lado para se focarem em quem interessa: os animais. Encontrei, também, nos funcionários da Casa dos Animais de Lisboa pessoas dedicadas, amantes dos animais que ali se encontram, desamparadas na fama formada sem proveito de serem reais bestas. Foram meus colegas, trabalhei com eles de igual para igual – coisa que efetivamente somos. Mudaram de atitude? Sentiram também que alguém mudou de atitude para com eles. E isso faz muita diferença.
Enquanto escrevo esta mensagem pública, estou em contacto com uma rapariga aflita com dois gatinhos recém-nascidos, que associação nenhuma consegue ajudar a acolher e tratar; com uma senhora que se torna minha comadre, pois juntas acolhemos a partir de hoje uma ninhada de uma mamã gata ferida por um cão, que findo o aleitamento terá de ser amputada pelo veterinário que cuida dos meus “miúdos”, que são a minha família; com um senhor que quer ir de férias e para isso “dá” a uma desconhecida após contacto telefónico, os gatos que tem desde 2009. Em nenhum destes casos me valho senão das minhas possibilidades. Não confio nas condições da ala do gatil da CAL para acolher estes gatinhos. De há duas semanas a esta parte, sou incapaz de promover ou sugerir tal coisa seja a quem for.
Custa-me sair, na medida em que uma batalha enorme aparentemente ganha era apenas uma patranha. Nem toda a boa vontade do mundo chega. Nem todo o querer do universo chega. Nem as mudanças lentas chegam. Quando tudo jaz, afinal, na ponta da caneta de um homem só.
As únicas vidas que me interessam, neste processo de agonia lenta e enorme frustração, são os animais. Graças a uma mudança efectiva, posso visitá-los, fotografá-los, mimá-los dentro do horário em que a Casa dos Animais tem portas abertas a visitantes. Levarei uma muda de roupa, que largarei em seguida, para não repetir o risco de transportar vírus para a minha família. Também eu senti na pele o que é ter uma bebé que amo em risco de vida, porque eu transportei comigo a doença que quase a levou. É um número, para além da impotência a que me reconheci remetida afinal desde sempre, que torna “irrevogável”, como é moda dizer-se, a minha demissão: 17. Dezassete gatos falecidos na sequência de doença e contágio, sequência fatal tremenda que começou numa sala da CAL e terminou em cadáveres de gatos que nunca tiveram senão a fortuna de serem amados pelos seus donos. Dezassete cadáveres. Com nome, família, casa e as muitas saudades que deixam. Mas afinal, terá sido só panleucopenia, diz-se lá do Monsanto.
Em geral, as pessoas esperam de uma pessoa que exerça uma tarefa pública, um distanciamento gélido a que se convencionou chamar “cunho institucional”. Se tal pessoa não agir de acordo com o protocolo institucionalizado, não passará de um “baldas” sem decoro. Impróprio. Desadequado. Que não leva a sério o que tem em mãos. Eu sou informal. Sou disponível para as pessoas. Sou aguerrida. Características, aliás, subjacentes ao convite para Prover pelos animais de Lisboa.
Os juízos ficam para quem pratica o desporto de julgar no tribunal doméstico. Para os obcecados, que os há. E para as candidaturas da verdade absoluta. Não sei, com franqueza, se haverá Provedor seguinte. É sorte que não posso desejar a alguém. Mas receber queixas e reencaminhá-las é o expectável de quem se siga. Para incomodar sonoramente, para mais em tempo eleitoral, já houve esta. Que não se repita o erro de não dominar a voz de quem sirva de “Ouvidor”!
Não abandono animais. Mas abandono pessoas e projetos que não são genuínos. Espero que haja grande esforço em provar que eu estava errada. Que tudo o que aqui aponto mude no próximo mês, e que eu engula as palavras escritas. Não as engolirei, porque sei-as tremendamente verdadeiras. Mas nada me importo desse esforço pelo meu descrédito, se tal servir os interesses dos animais que vivem na CAL e cá fora. Porque na verdade, tudo jaz, afinal, na ponta da caneta de um homem só."
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«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke