TheOne Escreveu:lds6 Escreveu:Não vou estar a entrar em mais uma inútil e estéril discussão... tudo bem, cada qual escolhe o tipo de relação que quer ter com os cães e pronto, e cada qual acredita no que quiser acreditar...
Mas há uma coisa que não percebo, de todo:
TheOne Escreveu:
Ah pois não...

Tadinho do cão, não pode ser contrariado, não pode ouvir um "não", não se lhe pode tirar a comida, "a dona é que dá, não quem tira..." Bah....
A dona dá e tira quando quer, é a "democracia" que tem de imperar na relação dono/cão. Se o cão apanhar uma porcaria na rua e for preciso tirá-la da boca como é?? Se o cão apanhar comida que não é dele e for preciso tirar??
Qual é a dificuldade em perceber que todo o intuito do processo exemplificado no vídeo é o de chegar a um ponto em que os donos não só dão mas também tiram, e mexem e tudo e tudo quando lhes convém?
Qual é a dificuldade em perceber que o facto de se fazer uma coisa numa primeira fase isso não significa que se vai continuar a fazê-lo para sempre?
Juro que não percebo.
(já agora, só para ver que isto não é só preto ou branco, eu por acaso até acho aquele método da Victoria Stilwell muito simplista, mas isso agora não importa muito)
Básico... Porque assim se educam cãezinhos mimados, cãezinhos mal educados, cãezinhos que continuam a achar que mandam, cãezinhos que não podem ser contrariados, cãezinhos que têm sempre de ter uma contrapartida quando fazem algo.
É tal e qual como as crianças e as novas teorias de educação...
Se se tratasse de "não contrariar os cãezinhos", simplesmente se faria como muita gente aqui já sugeriu em discussões anteriores: deixava-se o cão em paz quando ele estivesse a comer (aliás, é curioso que nunca vi ninguém acusar as pessoas que dão estas sugestões de estarem a mimar os cães e a ser condescendentes...).
Mas, como me parece óbvio, não se trata disso: trata-se de ajustar comportamentos. Trata-se de reconhecer um problema e educar-se no sentido de fazer desaparecer esse problema. E trata-se de fazê-lo de uma forma apoiada em estudos, aplicações e resultados confirmados objectivamente, de forma concreta e concisa, e revista por pares.
Já agora, aquilo que é descrito no link que eu enviei e, de certa forma, também no vídeo da VS chama-se condicionamento clássico. É algo que já tem cerca de século e meio de "vida"; e a sua aplicação ao treino ou educação de cães domésticos, que eu conheça, já tem mais de trinta anos.
Novas teorias onde?
Ah... mas está a falar em crianças... pois... já se mimam e estragam crianças há muito tempo; já se criam "fedelhos" embirrentos por educação insuficiente desde que há relatos históricos. Onde está a novidade? Que novas teorias são essas, afinal? O facto de hoje um professor não poder bater num aluno não cria, por si só, a existência de nenhuma teoria de educação, como certamente saberá...
Existem algumas directivas do ensino actual que abomino, como por exemplo não se poder reter (isto é, chumbar) uma criança no final do primeiro ano de escolaridade, mesmo que ela, claramente, não saiba sequer ler (não sei se isto entretanto mudou, mas pelo menos há três anos isto ainda era assim...). Só que isto tem muito pouca relação com "novas teorias"; tem simplesmente a ver com a criação de directivas legais que visam promover melhores números. Não existe nenhum fundamento "novo" teórico por detrás... bem pelo contrário, existe um enorme desprezo por aquilo que a pedagogia teria a dizer.
Voltemos aos cães, até porque, apesar de tudo, são assuntos bem distintos e, quando se misturam, normalmente só serve para se criar confusão
Theone, tenho uma pergunta para si, se não se importar de me conceder uma resposta: quando um cão rosna ao seu dono por este se aproximar do prato de comida, isso será sinal de quê? (partamos do cenário de que esse cão já convive com o respectivo dono há tempo considerável, e não apenas há umas semanas...)