Menoita Escreveu:
Obviamente que não tenho 13 anos, mas como não pretendo informar a real, na hora de inscrição escolhi a que estava mais à mão. Calhou...
2º, estou identificado, se se deu ao trabalho de ir ver a minha idade, poderia aproveitar e ver também o nome. Apesar de registar Miguel, prefiro ser tratado pelo nick Menoita.
Foi precisamente do que li que as dúvidas surgiram. Então a vantagem é mesmo a questão do trote? Dar mais força e impulso ao animal de forma a melhorar a sua passada? Não discordo que tal posicionamento traga vantagens nesse aspeto, mas o facto de se "manter" continuamente numa posição fora do normal (considerando todo o resto da espécie canina que mantêm os membros mais direitos) não traz desconforto na fase em que não está em trote?
(ps, eu sei que o animal não está agachado nem numa posição estranha, e que é a sua estrutura óssea que é assim)
Esclarecendo e já agora, aportando algumas experiências pessoais:
1. Os cães que vê em exposições vê-os fundamentalmente em posição standard ( parados) ou em trote, rápido ou normal, mas em tracção. É fácil de entender que ambas as situações acentuam o "rebaixamento" da traseira. Sem trela, esse rebaixamento diminui muito, como é natural.
2. Duas cadelas que me morreram este ano (13 e 14 anos respectivamente, o que não é nada mau para um cão com tão graves maleitas) participaram em exposições monográficas um pouco por toda a Espanha, onde os juizes privilegiam a qualidade do trote, como já disse. Daí que eu tentasse treinar este aspecto, fazendo uma pirâmide de 5-10-15-10-5 Km semanais (com os ajustamentos necessários, como é óbvio). Um macho que importei da Alemanha, que tambem levei a algumas monográficas em Espanha, fez o mesmo tipo de treino. a velocidade média nos treinos era entre 10 a 15/16 km por hora, e uma das cadelas e o macho a 16 km/h ainda conseguiam trotar.
3. Ora, mesmo nos treinos maiores acontecia que, ao acabar o treino, enquanto eu já estava com a língua de fora, os meus cães se entretinham a perseguir gaivotas, galopando sem qualquer problemas físicos... nada mau para um cão cheio de maleitas. Eram cães de canil a quem era permitida a entrada em casa, subindo escadas sem qualquer problema. A mais velha até aos 12 anos adorava fazer 5/6 km a trote, puxando a bicicleta sem qualquer problema, e mantendo a energia em alta após o percurso.
4. Conheço muitos criadores conceituados em Espanha que treinam os seus cães em trotes longos, sem quaisquer problemas, sem manifestações de dor ou desconforto. Não percebo a insistência em arranjar problemas onde, de facto, eles não existem...
Não posso deixar de falar de o último "argumento" irrebatível de uma das manas da treta e respectivos sacristães que aparecem sempre nesta cruzada contra o PA - então os cães sentem dores mas não as manifestam só para não "incomodar" os donos? Essa brilhante conclusão mostra bem o teor dos seus vastos conhecimentos! Não sei se foi a tal de Lembranças ou a colega de Braga, a inteligência é tanta que já as confundo, mas, minhas queridas, é precisamente o contrário - quando um cão se sente desconfortável a primeira pessoa a quem o manifesta é precisamente ao dono.
Bem, desde o último post tenho visto tanta bacorada que não vale a pena tentar subir o nível da argumentação: desde o cão que sofre em silêncio para não preocupar o dono à outra que precisamente no dia em que escreveu o post (vejam lá que coincidência...) até encontrou uns GNR que lhe falaram da desgraça que se instalou no PA de beleza! E se calhar eram logo GNRs da Brigada Cinotécnica, querem ver? Poupem-me!
Digam-me só: o PA tem esta angulação - logo vai ter este problema de saúde. Tão simples como isto. Se não sabem, fechem a matraca e deixem-se de baboseiras.
PS. Peço desculpa ao Menoita pela última parte do post que, òbviamente, era dirigida às irmãs Metralha e sus muchachas.