Quando diz que não é preciso LOP para fazer criação de cães, isso acaba por ser um axioma e muita gente que aqui venha ler só vai reter essa parte do raciocínio(levando o sentido da frase literalmente).krug Escreveu: Concordo em absoluto com tudo o que disse. Logo não é necessário ter LOP para fazer criação embora quem queira comprar um cão de raça deve ser exigir, NO MINIMO, o LOP.
Eu jamais compraria um cão sem LOP a não ser que fosse um cão de raça portuguesa e conhecesse os pais (e os donos dos pais) e acima de tudo, conhecesse bem a raça para perceber que os pais (tendo ou não LOP) estariam dentro das características da raça. E mesmo assim é um risco em virtude de potenciais consanguinidades...
Mas fiquei esclarecido: não é preciso ter LOP para fazer criação. Da forma como primeiro afirmou pensei que fosse proibido (pelo CPC) fazer criação de raça sem ter LOP. Pode fazê-lo desde que depois inscreva os pais/filhos no LOP, certo?
Ou seja, eu só encontro uma situação para fazer procriação sem lop: vem-me agora à cabeça o Cão pastor branco suiço que é uma raça relativamente recente nos livros de origens. Havia gente a fazer criação destes animais mesmo sem lop .. quem eram essas pessoas? Dou-lhe o exemplo de um alemão reformado (portanto daqueles que tem pouco dinheirinho e até precisa de vender cachorros para comer xD) que se mudou para Espanha com a mulher, comprou uma quinta enorme, adquiriu um macho e uma fêmea e começou a partir daí. O homem neste momento deve ter cerca de 20 exemplares da raça pois nas primeiras cruzas não vendeu um único cachorro de modo a aprofundar os conhecimentos da raça e ver se os padrões morfológicos e comportamentais se mantinham (diga-se também que acompanhar o trabalho que este senhor tem com os animais é algo de louvar, um cachorro vendido por este senhor ja vem com metade do trabalho de socialização feito p. ex)... Com isto quero dizer, novamente, que fazer criação sem LOP não é para qualquer um pois não é qualquer pessoa que quer (leia-se, tem capacidades financeiras, psicológicas e tempo) apurar uma raça inexistente em livros de origens.
Este é o único caso em que se deveria fazer criação sem lop .. como se vê, não é mesmo para qualquer pessoa.
Quando ao que falou da raça portuguesa (mas até pode ser qualquer outra) o problema nem está nos pais que se podem conhecer (são 2) ... está mesmo nos avós (são 4) e nos bisavós (são 8 ) ou seja não sabe se o animal que vai comprar tem problemas na linhagem (desconhece 11 parentes directos) acima dos pais ou se andou la algum progenitor a saltar a cerca e isso se venha a manifestar no patudo que comprar não é? :p
Temos que ver que isto é uma autêntica bola de neve que por vezes demora anos e gerações a revelar-se a "olho nu". Portanto o problema de consanguinidade na maior parte dos casos nem é o mais grave (digo eu)
Quanto ao final .. sim ninguém o pode proibir de fazer procriação de animais sem lop (nem cpc nem psp nem gnr nem ministério da agricultura nem ninguém).
No entanto se o fizer e quiser que os cachorros tenham/estejam inscritos no lop terá que fazer um RI (registo inicial) no CPC (clube português de canicultura) que consiste em que os animais sejam avaliados por um juiz e, desta forma se possa atestar que aparentam estar dentro do estalão da raça. No entanto (e isto vai um pouco ao encontro do que escrevi em cima) os cachorros nunca serão considerados de raça pois só ao fim de 3 ninhadas/gerações (penso eu) é que os cachorros terão registo no lop. Desta forma garante-se que as suas características se mantêm futuramente ... se não se mantiverem é o efeito bola de neve que falei =/
Mas pronto, isto é a minha opinião que sou amante de cães e das suas respectivas raças e gosto de ver pessoas que se dedicam a escolher bons exemplares livres de doenças para dar continuidade à raça. há muita gente que não pensa assim e para essas pessoas um cão é apenas um cão, no entanto teimam em dizer que vendem cães de raça x ou y