Que mau feitio !

[Ildika]

Boa tarde,
Preciso de um conselho: a minha cadela tem apenas três meses e não há forma de me ter medo ou respeito. É eléctrica, sempre em permanente agitação, mordisca as mãos - mas esse não é o problema. O que acontece é que de manhã e à noite dá-lhe a fúria, fica enraivecida e atira-se a nós com uma alma ... que nós é que temos medo de uma coisa tão pequenina. De nada serve ralhar, porque fica ainda pior. Não tem medo de nós, nem do jornal, nem do chinelo, prepara o salto, mostra os dentes e aí vai ela em voo direito a nós.
Que fazer? Tudo o que puderem dizer-me vai ser de certo bem útil. Porque não me apetece nada ter de a dar ao cigano, como eu costumo dizer-lhe.Ildika

[amarg]

Qual é a raça da cachorra?

[serene]

1 treinador, se calhar...

[Rainbow]

O melhor que tem a fazer é tentar ignorá-la durante algum tempo...
Experimente não lhe ligar tanto.
Não se esqueça do teino básico,tipo comer sempre 1º que ela,passar nas portas à frente dela,para ela a reconhecer como líder.


Abraços a todos

Rainbow

[aligra]

Antes de mais, esclareço que eu sou uma dona inexperiente, e os problemas que ultrapassei com o Dylan não tem nada a ver (acho eu) com isto que a Idilka esta a contar, o meu era um bocado maluco (ainda é ) e dominante, mas nunca foi assim tão agressivo.
De qualquer maneira, acho bom tentar um treinador para a sua pestinhas (e para os donos da dita pestinhas). Por enquanto, pode tentar (se quiser) o que a mim me foi ensinado: quando o cachorro tente morder, agarrar-lho pelo cachaço com firmeza e enfiar a mão pela boca dentro até atingir um ponto no final da lingua onde se faz pressão, o cão sente dor mas não o magoa. A ideia é que ele se aperceba que não é bom ter a mão do dono na boca. Tambem pode (sempre a agarrar-lho firmemente pelo cachaço) fechar-lhe o focinho com a mão que fica livre e manter-lho fechado até o cão deitar-se de barriga para cima (posição de submissão), e não o largar até que ele se mostre realmente submisso e tranquilo.
Mas o que realmente acho bom é um treinador, porque geralmente somos os donos inexperientes os que não sabemos impor-nos ao cão, pelo menos foi o que acontecia no meu caso.
Boa sorte.

Alicia

[Vaso]

Com 3 meses não se pode fazer nada a nao ser dar uns berros , tente a ignorar mais, e quando lhe der atenção tente a cansar com brincadeiras, esse tipo de situaçoes é frequente em raças terrier , denominadamente o pitbull , fox terrier , staff ....
Eu no meu caso opto por cansar os bichos fazendo-os perseguir bolas , trapos , etc.
Quando teem mais de 5 meses é que começo a já dar umas palmadinhas para se acalmarem , antes dos 5 meses a meu ver nao vale a pena pois eles nao percebem.

[marta_vasques]

Com 3 meses não se pode fazer nada a nao ser dar uns berros , tente a ignorar mais, e quando lhe der atenção tente a cansar com brincadeiras, esse tipo de situaçoes é frequente em raças terrier , denominadamente o pitbull , fox terrier , staff ....

Eu, que tenho um labrador com 3 meses, também tenho de lidar com situações de desobediência... Já tentei todos os truques para lhe mostrar quem é o líder, dou-lhe berros, ignorou-o... e nada resolve. E, de vez em quando, lá levo umas belas dentadas daqueles dentinhos afiados...
Se já tentei tudo e nada ajuda, acho que só me resta esperar que isto lhe passe com a idade... e estou a pensar seriamente num treinador quando ele tiver mais um mês ou dois...

[anjaazul]

E, de vez em quando, lá levo umas belas dentadas daqueles dentinhos afiados...

eu nunca bateria no max com 3 meses porque era uma barbaridade dado o estado em que vinha. também nem força tina para mostrar a dentuça. mas se tivesse o azar de morder, eu tinha de inventar qualquer coisa para ele perder essa mania. já mais compostinho, tentou umas brincadeiras com dentinhos. coisa infensiva. mas deixou-se disso.
a gata cinderela tinha a mania de me morder o queixo. fe-lo duas vezes, com umas palmadas bem assentes, perdeu logo a mania. doía como tudo.

[Pedra]

Ok, se tem medo de um cão com 3 meses... ái mãe!
Que raça é?
Isabel

[ianga]

Olá Ildika,

Queria primeiro deixar uma notinha... nunca queira que o seu cão lhe tenha medo... mas sim respeito. O medo pode levar a ataques da parte do animal.

Quanto ao seu problema... não vejo nada de muito anormal no comportamento do seu animal (excepto esses ataques de que fala), visto ser um animal muito jovem. O facto de não ter medo de gritos nem nada com que o ameace, é caracteristico de cães jovens e de certas raças. Por exemplo, os meus pais têm um pastor alemão que não tem medo de nada... a única maneira de o dominar foi com o treino.

Mas na minha opinião acho que o essencial é nunca mostrar medo ao cão, falar-lhe com voz firme e se realmente for preciso dominá-lo...não pode ser com chinelos nem jornais...tem de lhe mostrar quem manda.
Como disse a aligra

quando o cachorro tente morder, agarrar-lho pelo cachaço com firmeza e enfiar a mão pela boca dentro até atingir um ponto no final da lingua onde se faz pressão, o cão sente dor mas não o magoa. A ideia é que ele se aperceba que não é bom ter a mão do dono na boca. Tambem pode (sempre a agarrar-lho firmemente pelo cachaço) fechar-lhe o focinho com a mão que fica livre e manter-lho fechado até o cão deitar-se de barriga para cima (posição de submissão), e não o largar até que ele se mostre realmente submisso e tranquilo.

...e quem fala assim não é gago...

Beijocas para todos
Rita

[aisd]

Já lhe deram bons conselhos.

Com esta idade tem de establecer com clareza a dominância, isto é, quem manda.
Quando eles são cachorrinhos ficamos encantados com eles - aqueles olhinhos, aquela fôfura toda e é normal mimá-los muito, fazer-lhes as vontadinhas todas e babarmo-nos com as tolices e os disparates.

Não pode ser.
Como com as crianças é preciso establecer regras e limites.
Quanto mais cedo melhor.
Lembre-se que neste momento tem o equivalente a um menino de 7/8 anos, que tem de saber quem é o pai.

Não lhe ligue - literalmente, ignore-o totalmente, quando tiver ataques de fúria.
Ponha-o noutra sala, isolado, durante um bom pedaço de tempo.
Finja que não ouve se ele ganir ou ladrar.

Assim ele aprende que ataques de fúria resultam em solidão e isolamento.
O que é muito penoso para um cão, que é, por natureza, gregário.

Chame-o novamente junto de si.
Se repetir puna-o outra vez.
Se se portar bem mostre o seu agrado com um biscoito, festas, brincadeira,etc.

Como em toda a educação é preciso ser coerente.
Tem de actuar sempre da mesma forma.
É excusado pensar que uma vez (ou duas vezes) são suficientes.
Tem de ser sempre.
É da repetição que ele aprende.

[Ildika]

Bom dia e obrigada a todos.
Tudo o que me disseram eu já sabia - mas na prática é bem diferente.
É pequenina, uma Bichon (que penso veio cruzada) e daí o génio... A anterior era um doce, não mordia não ladrava, uma ternura. Nunca tive de ser durona e não tenho feitio para a tratar com menos meiguice. Mas dada a "raça" da bicha, lá vai ter de ganir no isolamento como sugeriu Aisd - Disso ela não gosta mesmo nada e, confesso, depois de 5 minutos, lá estou eu de coração mole a ir buscá-la.
Cansá-la com as bolas e brinquedos também tem sido uma tactica mas ao fim de umas idas e vindas, esquece a bola e vem direitinha a mim.
Obrigada pelos conselhos - vou tentando pacientemente que não me vença. Foi muito desejada e desde sempre são os canitos que me têm mantido o meu equilibrio emocional. Os humanos tem desiludido e a Lolita espero que venha a ser uma boa amiga e não uma cadela enraivecida.
Ildika

[nel]

Olá

Já foram dados muitos conselhos, mas julgo que a Ildika tem aí um problemazito entre mãos e se não o resolve desde já, o mais provável é vir a ter problemas de futuro.
O que me faz intervir aqui foi a sua mensagem. Quer-me parecer que a cachorra vem compensar ou amenizar um estado emocional seu que não será muito agradável. E então está por tudo, isto é, em primeiro lugar está a terapia e em segundo a educação da cachorra. Eu não estou a criticá-la, o que estou é a tentar compreender a sua situação e a adivinhar o seu desenvolvimento.

O temperamento activo, eléctrico e impulsivo dos cães nem sempre tem a ver com a raça. É certo que umas têm um comportamento que se inscreve dentro de um padrão e foi por esse motivo por que alguns membros a questionaram sobre que raça é.
No entanto, dentro da mesma raça, há por vezes comportamentos distintos. Os meus dois primeiros cães nunca, mas nunca tiveram a tendência de mordiscar. Quando recebi o Kiko cá em casa, notei logo que ele fazia essa gracinha de mordiscar as mãos das pessoas na brincadeira. Mas foi logo reprimido, de forma firme. Não dedeu à primeira nem à segunda e passou a compreender que não devia fazer isso quando passou a apanhar uma pequena bofetada no focinho. Eu disse PEQUENA bofetada, e não estou a salientar isto por ser "politicamente" correcto ou para ficar bem visto. O que interessa é ele sentir a autoridade de forma inequívoca e isso consegue-se perfeitamente sem qualquer violência e sem magoar.

Eu conheço alguns casos muito graves de cães que não foram reprimidos a tempo e depois se transformaram em pequenas feras que, pese embora o seu tamanho de "caga-tacos", já mandaram pessoas para o hospital.
A atitude normal, isto é, da maioria dos donos, que raramente têm alguma experiência, é acharem muita gracinha ao cachorrinho, que é muito engraçadinho e até já sabe mordiscar.
Como já aqui tem sido dito, quando se trata de um cão de pequeno ou de minúsculo porte, o problema agrava-se, porque então aí os donos não ligam mesmo à agressividade do bicho.

Resumindo e concluindo, a mensagem que lhe queria deixar é a de não menosprezar esse comportamento da cadela. Não sei se o deixá-la de castigo no "quarto escuro" será mesmo eficiente. Tive sempre dúvidas sobre o castigo à posteriori. O ideal é a repreensão no exacto momento.

Desejo-lhe boa sorte. Sinceramente.

[aligra]

Não sei se o deixá-la de castigo no "quarto escuro" será mesmo eficiente. Tive sempre dúvidas sobre o castigo à posteriori. O ideal é a repreensão no exacto momento.

Eu tambem penso assim, mas é verdade que cada cão é um cão e cada dono é um dono, ás vezes o que para um de nós da resultado para um outro não da.
No meu caso, quando o Dylan aos 3/4 meses ladrava-nos e mordiscava as mãos, tentei em primeira só dizer NÃO e até dar-lhe uma bofetadinha, mas o malandro fugia e desatava a ladrar e a correr pela sala e não era fácil de apanhar, portanto optei por agarrar-lho pelo cachaço quando ladrava-nos e mordia para o punir, de maneira que ficasse claro para ele qual era a sua falta. Nunca tive que bater nele, a pressão nesse ponto da língua ou o fechar-lhe o focinho foi suficiente para ele deixar esses comportamentos que a mim faziam-me perder as estribeiras e que, francamente, não tinha vontade de aturar, nem sequer duma bolinha de pêlos tão fofinha
Mas na verdade, eu não teria conseguido sem a ajuda do treinador, não porque o cão precisasse de treino, mas porque eu não percebia nem patavina de cães, nunca tinha tido um cachorrinho bebe em casa, passava o dia a gritar para o malandro e com um jornal enrolado na mão e ele cada dia comportava-se pior.
Tambem foram importantes as dicas sobre "educação" na página dos wippets do Nel, para pôr o cão no seu lugar de cão e a mim propria no lugar do dono.

Alicia

[jcsousa]

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