O problema da falta de regulação ou enquadramento legal do ofício não se limita à esfera portuguesa. Talvez os haja, mas eu não conheço nenhum país que tenha um enquadramento legal definido acerca da (não-) profissão. Ou melhor, acerca da formação mínima exigida para exercer a actividade. Daí que as minhas balizas temporais não se limitem à realidade portuguesa, uma vez que este não é um problema exclusivamente português.rpoeiras Escreveu:Boa noite lds6,
Xiças, vocês escrevem tanto como eu...vamos lá por partes:
Para a População portuguesa continua a ser algo recente, os cães ainda são tratados como "coisas" até pela lei.lds6 Escreveu:
Caro Ricardo,
não é uma actividade assim tão nova. Mesmo que deixemos o universo de cães de trabalho e nos concentremos no universo pet, a actividade já anda aí há tempo suficiente para que houvesse maior regulação. Outras há muito mais recentes; e nem por isso seria sequer admissível que não houvesse algum tipo de certificação ou educação de base a elas associadas.
Parece-me que haverá outras razões que justifiquem a não regulamentação do meio. A relativa ou pretensa novidade da profissão não é uma dessas razões, claramente.
Os que eu posso chamar de profissionais na área existem há uma dezena de anos, talvez 15, e só agora se começa a ver realmente pessoas com muita experiência e conhecimento de comportamento canino em Portugal, portanto, sim é uma novidade!
Seja como for, esses 15 que aponta é muito pouco, parece-me.
ãh? Completamente ao contrário. É justamente para promover uma mudança de paradigma e de enquadramento que vale a pena discutir o tema!Ninguém defendeu nada!Lá está. O Ricardo está a defender a pouca importância dos certificados dentro do enquadramento actual. Mas a questão é justamente a de criar um contexto de formação/profissionalização dentro do qual houvesse prestação de provas, etc. etc.
Ou seja, esses seminários em que basta pagar seriam apenas uma parte da formação; e uma parte não fundamental: apenas uma parte complementar.
Além do mais, segundo ainsa sei, mantemo-nos no enquadramento actual, não vale a pena discutir mais nenhum senão este onde vivemos!
De resto estou 100% de acordo consigo!
Eu acho que entendo o que quer dizer: uma vez que não há regulação, então o cliente em prospecção tem de se munir de ferramentas para conseguir discernir um bom de um mau profissional. Ok, tudo bem. Mas isso não impede que discutamos as vantagens e desvantagens de uma mudança de enquadramento legal, ou impede? Não vejo onde é que "não vale a pena discutir outro cenário". Vale, e muito, parece-me.
Agora, entre parêntesis, o que vejo muito é da parte de muitos profissionais um certo conforto em deixar a situação como está, ao mesmo tempo que fazem um lamento passivo e inconsequente. É assim tipo árbitros de futebol que se escudam na não-profissionalização, mas que no fundo acabam sempre por fomentar uma conservação desse estatuto.
Lá está. Leva-o a um veterinário certificado. E a certificação profissional, ao contrário desse "amor", é algo quantificável, verificável e reconhecível de forma transversal pelos possíveis clientes. O tal "amor" de que fala não é mais do que a satisfação e conforto que sente junto do profissional. Não é mensurável, não pode servir como factor de profissionalização ou acreditação de uma actividade. Até porque o que pode ser esse "amor" para si não o será para mim...Levo-o a um veterinário certificado com AMOR pelo que faz, eu escolhi assim, pois tenho a hipótese de escolha, tal como se fosse um médico para mim. Há quem não tenha o dom para a profissão, mesmo que tenha a capacidade de ir para a faculdade e terminar o curso, mas eu tenho o poder de escolher os que tem o dom e amor pela profissão!!!
No final de contas, podemos ir a um vet e não gostar da forma de atendimento ou da forma de trabalhar com os animais. Tudo bem; partimos para outra; procuramos outro que nos satisfaça. Mas algo bem diferente é ir a um vet e descobrir que ele não é vet coisíssima nenhuma. Ou seja, a certificação profissional e esse "amor" de que fala não são critérios que se coloquem no mesmo plano. De todo.
Hm, não sei se não fez. Talvez. Mas, sem dúvidas nenhumas, o que fez foi uma manifesta relativização das certificações de formação obtidas pelos profissionais. Isso fê-lo, sem dúvida. E, em relação a isso, eu riposto. Acho muito importante que se comece a ver a actividade de outra forma. E, para isso, é importante que se comece a definir como essencial uma formação mínima como requisito para o seu exercício.Não levo nada a mal, mas ninguém defendeu o amadorismo, defendi os Amadores que com o seu conhecimento autodidacta descobriram novas técnicas e sem eles não estaríamos a discutir este assunto, estaríamos provavelmente a falar sobre a capacidade das pessoas colocarem ideias e pensamentos em palavras que os outros escreveram, devido ao problema fulcral que a internet cria nos foruns e chat's, criamos a ilusão da pessoa que não vemos!![]()
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Por fim, tendo em conta as coisas que concordou em relação tanto ao que eu disse quanto ao que a LFGomes havia dito, e tendo em conta que concordará que o "amor" à actividade não é um critério muito objectivo nem determinável nos primeiros contactos, que critérios então aconselha a um possível cliente na procura de um bom treinador, então?