Ressa Escreveu:A distinção entre animais racionais e irracionais já não existe, dai a comparação.
O que existe são espécies com processos cerebrais diferentes, dai os estudos que indicam que em termos de comparação o processo cerebral de um cão adulto equivale ao processo cerebral de uma criança de 5 anos.
Por esse motivo é que os processos de treino/educação também têm evoluído e começa-se aplicar técnicas diferentes às que se usavam.
Pelo facto de existirem estudos e uma evolução do conhecimento que se tem, atualmente utilizam-se técnicas de educação de crianças diferentes das que se utilizavam à 50 anos atrás, quebrando-se algumas das ideias pré-concebidas que existiam e que deram origem a termos como "tábua rasa".
Nenhum desses estudos nega a importância da hereditariedade genética em questões como a predisposição para a agressividade. Se a educação é importante? Muito. Se é mais importante do que a componente genética? Impossível quantificar, mas até poderíamos aceitar que sim, vá. E daí? Quer isso dizer que as predisposições comportamentais que são herdadas geneticamente não têm peso?
Repare numa coisa, Ressa. Ninguém aqui descurou a componente "educação". Apenas se disse, espero não me enganar, que um primeiro e fundamental passo seria o de procurar seleccionar o criador. Ora, se é um "primeiro passo", está implícito que outros haverá, de igual ou até mesmo de superior importância. Agora repare noutra coisa: o Ressa critica a forma como as pessoas aqui estão a focar-se apenas na componente genética (o que não é verdade); mas é o Ressa quem está a querer menosprezar ou mesmo anular a componente "herança genética"...
Vou só pegar na questão que é o ponto essencial que o Ressa insiste em não compreender:
Não é por um cachorro ter vindo de um criador que vai ter um determinado comportamento.
Pois não. Mas se houver selecção criteriosa dos genes dos antepassados, as probabilidades de haver
predisposição para a agressividade são muito menores.
Não é condição necessária nem, sobretudo, suficiente para garantir a ausência de agressividade no "rebento". De facto, não é. Mas é um primeiro passo que ajuda imenso no resto. Qual é a dificuldade em compreender isto?