Kira676 Escreveu:Agradeço todas as respostas aqui dadas... Desde os 5 meses tal como referi que a treino com reforço e claro quando ela puxa eu repreendo-a e paro automaticamente e digo "fica" e ela nem se volta a mexer. Ja experimentei quase tudo, so me falta mesmo o cany collar e este arnês estilo easy walker.... Se bem que este easy walker nao me parece que va resultar muito

. É bom? Porque o que eu experimentei ontem nao era igual a esse, e nao conheço ninguem que tenha esse para eu puder experimentar nela ...
Sugiro que pesquise um pouco mais sobre a forma de treinar o não puxar à trela com reforço positivo. Repreender quando puxa e dizer fica claramente não resulta, pois não está a ensinar nada ao cão nem tão pouco é treino com reforço positivo.
O treino com reforço positivo tem como base a premissa de que cada comportamento do cão dá origem a um reforço, que pode ser negativo ou positivo.
O reforço positivo de um determinado comportamento aumenta a frequência com que esse comportamento ocorre.
Se o cão de vez em quando puxa e consegue andar mais depressa para o arbusto e de vez em quando puxa e o dono repreende-o (como, já agora?) e diz fica (que deve significar estar quieto enquanto o dono se afasta), então ele vai continuar a puxar porque de vez em quando resulta e ele é reforçado, logo vai aumentar a frequência desse comportamento.
Aqui o que tem de pensar é: qual é a consequência para o meu cão de ele puxar a trela? E também tem de avaliar o que é para ele um reforço. Não é só comida ou festinhas. Andar é por si só um reforço, cheirar os arbustos outro reforço, o dono falar com ele (mesmo que seja a repreender) é um reforço (está a receber atenção) e o desconforto que ele tem com a estranguladora é menor que o reforço que ele tem por puxar a trela.
É um treino de inteligência, para ambos. O dono tem de perceber o que é o reforço para o cão e o cão tem de perceber os comportamentos que tem de apresentar para receber o reforço.
Para resolver o problema do seu cão (e de outros que puxam) tem de impedir que o cão seja reforçado sempre que puxa. O cão nunca pode ser reforçado enquanto está a puxar a trela, para que não pratique esse comportamento à procura do reforço ocasional. Aliás, está provado que um reforço num rácio de 50% (em 10 sentas 5 são reforçados, por exemplo) é muito mais poderoso para os cães do que um reforço contínuo ou muito exporádico. Isso quer dizer que, se não formos consistentes e deixarmos o cão andar quando puxa metade das vezes o problema só vai piorar (no passeio da manhã não temos tempo/paciência para o treino então vamos a reboque, no da tarde já temos tempo e não deixamos o cão puxar... conseguem adivinhar o que vai acontecer?)
Quanto ao arnês, eu conheço várias pessoas que usam, eu uso em todos os cães que passeio (mesmo os de familiares e amigos que não tenham, eu levo os meus) e resulta quando aliado ao treino. Também conheço pelo menos um cão que puxa bastante mesmo com o arnês, por falta de continuidade no treino na rua. Não é infalível, mas dá-nos uma "tela limpa" para começar o treino desde o início, pois é uma maneira nova de passear para o cão e torna-os mais receptivos ao treino.
Para quem não tem tempo/paciência para treinar em todos os passeios, posso sugerir usar o arnês nos passeios em que vai treinar e uma coleira normal (evitem as estranguladoras) nos passeios em que não podem treinar. O que vai acontecer é que o cão vai associar: arnês: não posso puxar; coleira: já posso puxar.
Sinceramente não sei bem qual é o resultado disto, que nunca experimentei, mas se forem consistentes com o treino com o arnês (ou seja, o cão jamais será reforçado quando puxar e é largamente reforçado quando a trela está sem tensão, com biscoitos E ir cheirar tudo à vontade) acredito que eles rapidamente vão diferenciar o tipo de passeio com o arnês do tipo de passeio com a coleira.
O mais parecido que experimentei foi usar um peitoral para a trela de 10m do meu cão (antes do arnês) e usava a coleira para os passeios com a trela mais curta. O que aconteceu foi que, cada vez que o meu cão usava o peitoral, estava sempre a puxar a trela e a andar mais depressa porque estava habituado a ter os 10m de liberdade com ele
