Esta será minha última resposta:
Eu não sou a Sofia nem estou a tentar pôr-me no seu lugar, o que inferi foi meramente pelo que a Sofia escreveu publicamente no seu primeiro post, ao que se foram sucedendo contradições e a arrogância de quem conta algo dramático mas depois parece tentar aligeirar a coisa porque percebe que fez asneira, mas a última coisa que vai fazer é admiti-lo. Posts destes acontecem dia sim, dia sim senhor na Arca, portanto não espere simpatia de quem ja está cansada de ler e ver arrogância e prepotência dentro e fora da Arca.
Primeiro, «pondo-me nos seus sapatos», eu nunca teria dois pastores alemães e um cão de porte pequeno. Porquê?
Porque embora lide com cães desde que nasci e faça voluntariado com cães e gatos há mais de sete, e até esteja já com alguma experiência com cães problemáticos, sei que os pastores alemães são cães de alta energia, que requerem uma boa educação desde cachorros, pulso firme e um bom treino para evitar problemas na matilha, seja dado pelo dono ou por um bom profissonal, que também posso já dizer-lhe que não é pesquisa fácil, já que o que mais há por aí são pseudo-treinadores.
Mas na questão do temperamento até a wikipedia ajuda:
German Shepherds are highly active dogs and described in breed standards as self-assured. The breed is marked by a willingness to learn and an eagerness to have a purpose. They are curious which makes them excellent guard dogs and suitable for search missions. They can become over-protective of their family and territory, especially if not socialized correctly. They are not inclined to become immediate friends with strangers. German Shepherds are highly intelligent and obedient.
Ora como eu não tenho a disponibilidade e força (física e mental) que implica ter dois destes belíssimos animais, não os tenho, nem teria, ponto.
Mas vamos assumir que eu achava que podia, e afinal não podia, e me encontrava no imbróglio em que se encontrou a Sofia:
Logo no primeiro ataque eu iria procurar um bom profissional. NUNCA ficaria satisfeita com uma resposta do tipo «diga-lhe não com desagrado», sabendo com que animal estou a lidar. Nem conheço muitos treinadores dignos desse nome que digam isso e já está. da mesma forma não conheço cães que com um bom treino acabem com os comportamentos dos seus, a menos que se desfaça o trabalho do treinador em casa.
Segundo, nunca um ataque se repetiria, a menos que fosse inevitável. Se havia possibilidade de separar logo os cães ( que não é nunca solução mas de urgência serve) não percebo porque andou o pequeno constantemente a ser atacado e a terminar no veterinário com ferimentos graves, e passo a citá-la:
Tudo começou quando um dos grandes (a fémea) se tornou adulta e, muitas das vezes que fazíamos festinhas no pequenino, assim que virávamos as costas, ela atacava-o. O pobrezinho foi parar ao hospital veterinário inúmeras vezes com ferimentos graves, e há medida que o tempo passava e que ficámos com o outro pastor (filho da primeira), os ataques começaram a ser mais frequentes e intensos, pois os dois grandes atacavam em conjunto. Eu era a única que conseguia parar o ataque visto que a minha mãe ficava histérica e só gritava.
Os ataques começaram a acontecer mesmo quando não estávamos ao pé, sempre fora de casa (no jardim), e decidimos separá-los definitivamente (o pequeno ficava SEMPRE em casa, os grandes lá fora).
Após separação, continuar a procurar um bom profissional e indagar junto dos criadores que lhe venderam os cães, porque muitas vezes têm excelentes dicas. Quado são criadores dignos do nome, claro.
Se nada disto resultasse, e por muito que me custasse, tentaria dar o mais pequeno, porque entre vê-lo sofrer até á morte e vê-lo noutra casa, certamente escolheria a segunda hipótese no superior interesse do animal.
«None are more hopelessly enslaved than those who falsely believe they are free»