Falei com uma vizinha minha e perguntei se queria ficar com ele. não seria a dona perfeita, mas era melhor ficar com ela do que morrer à fome e ao frio.
a senhora tem problemas de saúde e ao fim de poucos dias foi internada. eu fiquei a cuidar do menino. dava-me muita pena e só me apetecia traze-lo. mas como, penava eu.
a dona voltou para casa, mas o gatinho embora tivese abrigo e comida, continuava "abandonado".
eu cada vez tinha mais vontade de ficar com ele. mas como?
uma noite , fui a casa da senhora e não vi o gato. fiquei muito preocupada. no dia seguinte, ela disse-me que o gato tinha fugido. deu-me vontade de a estrangular. as tentativas que fez para o encontrar, foram zero.
três dias depois, à noite, fui dar de comer aos meus protegidos. ouvi miar. não podiam ser eles, porque estavam a comer. olhei para cima do muro e lá estava o gatinho. eu nem queria acreditar. estava a 2 passos da casa da "dona" e não voltou.
menino esperto. pensou ele - se não me procuras, porque hei-de eu voltar?
fiquei feliz, porque pensava que nunca mais o ia ver. o rapaz não queria entrar na tranportadora. lá o agarrei pelo cachaço, com força, fui falando com ele e trouxe-o para casa.
nos primeiros dias, a coisa não foi fácil. tive de dar uns "chapadões" ao chiquinho que só rugia, bufava e andava para lhe bater. foi remédio anto. o jerry está cá há um mês e parece que sempre viveram juntos.
o rapazote é muito novinho e é levado do diabo. o grande companheiro do recreio é o serafim. já devia ter juízo com os seus 13 anos. mas está em forma e fazem grande parelha nos jogos de futebol.
