terça nov 25, 2014 12:14 am
Não sou de alimentar discussões, mas também me faz uma certa impressão que determinados utilizadores que se auto proclamam experts, tentem enxovalhar outros e afirmem que os seus comentarios sao teorias estupidas, ao ponto de nos pedirem para nao nos pronunciarmos 😎 Quem têm cães e se interessa por eles, sabe perfeitamente que existem varias maneiras de se atingir um objetivo, umas mais eficazes que outras dependendo de varios fatores externos, como o dono ou o próprio individuo da raça, etc... por isso é que existem varias opnioes diferentes.
Em seguida coloco excertos de textos retirados da enciclopédia royal canin, uma respeitavel obra sobre o mundo canino e de leitura muito interessante, que acredito que ajude o criador deste topico a esclarecer algumas duvidas e que ensine os chicos experts a respeitar outros membros.
É preciso ensinar-lhe a obediência. Como? Recompensando ou castigando? Para ser eficaz, a recompensa deve respeitar certos princípios. Deve ser significativa para o cão, isto é, o dono deve felicitar o cão através de toques e muitos afagos, falar-lhe com calor. Deve ser excepcional em sua natureza, por exemplo, dar guloseimas não habituais. Finalmente, quando praticada de modo sistemático, tornar-se-á aleatória e o cão se desmotivará. A recompensa posterior ao fato não tem nenhum sentido etológico. Quanto ao castigo, para ser eficaz, deve intervir no momento do ato e ser simultâneo com o início da ação repreensível. Deve ter um caráter desagradável para o cão e ser sistemático em cada ação reprensível, o que é muito difícil às vezes, pois os donos nem sempre flagram o cão. O castigo posterior só gera ansiedade e agravará a situação. Pode ser direto, por exemplo, segurar a pele do pescoço do cão, o que reproduz o comportamento materno, e sacudir o cão levantando-o levemente. Ao contrário da opinião geral, é possível dar um tapa no cão, dado que o cão sabe perfeitamente fazer a diferença entre a mão que o afaga e a mão que bate. Pode-se castigar um cão também à distância, jogando-lhe um objeto não perigoso e que fará barulho. O aprendizado pela recompensa é mais demorado do que o pelo castigo, mas, em contrapartida, é mais duradouro. Na hora de castigar, é preciso saber reconhecer a postura de submissão, pois, o castigo deve terminar imediatamente naquele momento. Se o dono persistir, o castigo será ansiógeno e sempre ineficaz. Provido com essas informações, o dono poderá empreender a educação de seu cão.
A submissão
A postura de submissão decorre da ritualização da micção provocada pela mãe. No fim da refeição, a mãe vira os filhotes e os limpa. Essa postura reaparecerá no adulto. O cão dominado durante uma luta deita de costas, o que põe fim à agressividade do adversário. Observa-se outras manifestações da submissão, no entanto, tais como o grito do cachorro agarrado pela pele do pescoço. A pressão exercida nessa região é associada aos combates hierárquicos. A posição de submissão é um ritual. Tem uma função de coesão no grupo social e permite evitar as agressões.
Certos cães não adquiriram a capacidade de submeter-se (ausência de postura de submissão) e são cães perigosos, por serem muito brigões. Não submeter-se reacende a agressividade do adversário. Outros sinais de submissão são o olhar fugidio, desviado, que se esquiva do do dominante, o rabo abaixado, o decúbito lateral com um posterior levantado, a fuga. Numa matilha homem-cão, o dono deve conhecer bem a postura de submissão de seu cão, pois se continuar agredindo seu cão quando este se submete, será a causa de eventuais distúrbios do comportamento.[/img]