Cachorro Pastor Alemão
Moderador: mcerqueira
"E sim é verdade, nem os chimpazés nem outros primatas têm essa capacidade, os cães têm, provando que eles nos vêm como outra espécie."
OMD...os chimpazés nao?? os chimpazes ate aprendem a falar lingua gestual....diria que é muito mais que apenas interpretar um apontar de dedo...
OMD...os chimpazés nao?? os chimpazes ate aprendem a falar lingua gestual....diria que é muito mais que apenas interpretar um apontar de dedo...
Sei que vou ser criticado, mas cá vai: quando ele lhe morder nas mãos, "entre" na brincadeira, deixe-o morder, mas agarre-lhe a língua e não lha solte até ele ficar aflito, isto é - torne-lhe a brincadeira desagradável e ele mesmo extinguirá o comportamento.DeepDown Escreveu:Olá, boa noite a todos.
Bom, há 2 semanas adquiri um Pastor Alemão com 2 meses. Um cão que já pretendia há bastante tempo e finalmente tive as condições para poder criar um.
Há cerca de 12 anos tive um Doberman só que na altura era muito novo (11 anos) e o que me lembro dele como filhote é muito pouco.
Neste momento tenho investido bastante tempo na disciplina/adestramento deste cachorro e surgiram-me algumas dúvidas. Após pesquisas verifiquei que algumas dessas dúvidas ainda permaneciam e então decidi criar este tópico.
Uma das questões é acerca do seu comportamento.
O que sucede é que o cachorrinho é bastante "resmungão" até ao ponto de rosnar e ferrar.
O Pastor Alemão sendo uma raça com uma personalidade um pouco forte, necessita de alguma disciplina de modo a que saiba quem manda e não faça simplesmente aquilo que quer quando quer. O que eu costumo fazer para o repreender assim que ele faz algo de errado (como ferrar com força de mais, roer coisas que não pode, etc), para além de direccionar essa intenção para as coisas que pode fazer, dou-lhe uns toques na zona abdominal (nada de espancar, apenas toques) ou até puxões da parte de trás da cabeça, dizendo "Não!" ou "Pára!" ao mesmo tempo.
Acontece que nessa mesma altura em que o repreendo, muitas vezes ele rosna-me, ladra e chega a ferrar com um pouco de força.
A minha questão é que não sei até que ponto essa atitude pode ser de um cachorro brincalhão ou de simplesmente estar a desafiar a "autoridade" e de ainda não ter tido a noção de quem realmente manda.
Não sei se este tipo de atitude é típica de filhote porque, como disse, o último filhote que tive de uma raça mais "forte" foi há bastante tempo, ou se ele mesmo tendo apenas 2 meses e pouco já deveria ter chegado à conclusão de que ele não pode desafiar quem manda.
Também tenho receio de o poder estar a repreender por apenas estar a brincar.
Enfim.
Agradeço ajuda de especialistas nesta área
Obrigado a todos.
Cumprimentos!
Redireccionar a mordida para uma bola ou um churro é um bom conselho.
Se optar por castigá-lo directamente, coisa que penso não ser aconselhável, tem que se lembrar que ou é castigo ou são cócegas na barriga - isto é, a ser castigo tem de ser efectivamente dissuasor.
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Não vou criticar nada.
O meu cachorro, um Pastor do Cáucaso, está na fase de mordiscar tudo e aleija que se farta. A forma eficaz de o parar é deixá-lo morder as mãos, que imediatamente fecho num punho e empurro pela boca adentro. Desiste logo da ideia que só retoma umas horas depois quando já se esqueceu do que lhe aconteceu antes.
O meu cachorro, um Pastor do Cáucaso, está na fase de mordiscar tudo e aleija que se farta. A forma eficaz de o parar é deixá-lo morder as mãos, que imediatamente fecho num punho e empurro pela boca adentro. Desiste logo da ideia que só retoma umas horas depois quando já se esqueceu do que lhe aconteceu antes.
zeca2 sinceramente surpreendeu-me a sua resposta.
Não vou criticar porque isso faz-se, por regra prefiro não causar desconforto se o cão reagir ao outro método, mas não me choca e já o fiz.
Water, coitado do Vlad
Não vou criticar porque isso faz-se, por regra prefiro não causar desconforto se o cão reagir ao outro método, mas não me choca e já o fiz.
Water, coitado do Vlad

"He is your friend, your partner, your defender, your dog. You are his life, his love, his leader. He will be yours, faithful and true, to the last beat of his heart. You owe it to him to be worthy of such devotion."
Admito que sim... pessoalmente tem-me resultado na perfeição. É eficaz e rápido. O facto de eu "alinhar" na brincadeira faz com que o cão não entenda o acto como castigo, não havendo pois o risco de quebra de relação cão/dono. Simplesmente reage como reagem os cães - se um comportamento é compensatório, tendem a repeti-lo; se não é, tendem a abandoná-lo - por iniciativa própria.LFGomes Escreveu:zeca2 sinceramente surpreendeu-me a sua resposta.
Não vou criticar porque isso faz-se, por regra prefiro não causar desconforto se o cão reagir ao outro método, mas não me choca e já o fiz.
Water, coitado do Vlad
Faço o mesmo em relação ao pôr as patas no peito. E reforço os comportamentos desejáveis.
Não se pode estar de acordo em tudo, os foruns seriam uma chatice.
Já aqui o descrevi uma ou duas vezes.
A filosofia é a mesma: fingir que gosto muito da brincadeira. Quando o cão me põe as patas no peito agarro-lhe as patas enquanto me mostro agradado com a situação. Mantenho as patas até ele se sentir desconfortável. Normalmente a partir da 3ª experiência optam por não repetir.
Repito que reforço sempre o comportamento desejável.
A filosofia é a mesma: fingir que gosto muito da brincadeira. Quando o cão me põe as patas no peito agarro-lhe as patas enquanto me mostro agradado com a situação. Mantenho as patas até ele se sentir desconfortável. Normalmente a partir da 3ª experiência optam por não repetir.
Repito que reforço sempre o comportamento desejável.
Em Etologia, eu diria que o que você faz tem semelhanças com o afeto fingido.zeca2 Escreveu:Admito que sim... pessoalmente tem-me resultado na perfeição. É eficaz e rápido. O facto de eu "alinhar" na brincadeira faz com que o cão não entenda o acto como castigo, não havendo pois o risco de quebra de relação cão/dono. Simplesmente reage como reagem os cães - se um comportamento é compensatório, tendem a repeti-lo; se não é, tendem a abandoná-lo - por iniciativa própria.LFGomes Escreveu:zeca2 sinceramente surpreendeu-me a sua resposta.
Não vou criticar porque isso faz-se, por regra prefiro não causar desconforto se o cão reagir ao outro método, mas não me choca e já o fiz.
Water, coitado do Vlad
Faço o mesmo em relação ao pôr as patas no peito. E reforço os comportamentos desejáveis.
Não se pode estar de acordo em tudo, os foruns seriam uma chatice.
Aqui o twist é que você faz uma coisa negativa (causar desconforto) mas de forma positiva (com alegria\brincadeira) e isto suscita-me algumas dúvidas quanto a associações futuras.
É um tema a refletir.
"He is your friend, your partner, your defender, your dog. You are his life, his love, his leader. He will be yours, faithful and true, to the last beat of his heart. You owe it to him to be worthy of such devotion."
Eu não pretendo ter sempre razão nem impingir métodos ou técnicas a ninguém... Expus apenas a minha forma de resolver o assunto e justifiquei-a, tal como a LF Gomes. Cada um é livre de decidir o que quer e se quer experimentar alguma das várias soluções aventadas.
Já agora, se houver reflexão, que seja partilhada.
Já agora, se houver reflexão, que seja partilhada.
zeca2, ninguém disse o contrário, estamos só a falar..zeca2 Escreveu:Eu não pretendo ter sempre razão nem impingir métodos ou técnicas a ninguém... Expus apenas a minha forma de resolver o assunto e justifiquei-a, tal como a LF Gomes. Cada um é livre de decidir o que quer e se quer experimentar alguma das várias soluções aventadas.
Claro.zeca2 Escreveu: Já agora, se houver reflexão, que seja partilhada.
Já agora gostaria de ver\ler a opinião de um outro forista daqui do fórum que me parece ser quase que um especialista nestas reflexões, vamos lá ver se aparece

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- Registado: quarta dez 12, 2012 8:03 pm
Epá, eu tanto desperdicei o meu latim e bastaram-lhe 2 parágrafos...LFGomes Escreveu:
Para o cão doméstico considero que não se aplica este interesse em subir na escala hierárquica ainda que apresente os comportamentos que acabei de indicar.
Esse conceito de dominância que os outros 2 users falam, aplica-se aos antepassados como um instinto básico de sobrevivência e neste caso a hierárquica define-se tendo em conta comportamentos dominância-submissão. Não aplicável ao cão doméstico.
Quanto à Sra. Sheeva... Se tivesse lido os relatórios científicos que coloquei não escrevia o que escreveu... Se nem com artigos científicos lá vai...
Antigamente também metia dedos pela goela abaixo, não deixava fechar a boca, fazia 30 por uma linha, mas o que é certo é que em adultos continuavam a utilizar a boca e dentes principalmente em momentos mais entusiasmantes. Mas não concordo com essa abordagem simplesmente porque o cão vai associar dor ou desconforto a dedos na boca, e talvez dificulte a tarefa a quem, por algum motivo, lhe tenha que mexer na língua. Idem aspas a quem tiver que lhe segurar na pata por agum tempo.
Já agora eu tambem....LFGomes Escreveu:zeca2, ninguém disse o contrário, estamos só a falar..zeca2 Escreveu:Eu não pretendo ter sempre razão nem impingir métodos ou técnicas a ninguém... Expus apenas a minha forma de resolver o assunto e justifiquei-a, tal como a LF Gomes. Cada um é livre de decidir o que quer e se quer experimentar alguma das várias soluções aventadas.Claro.zeca2 Escreveu: Já agora, se houver reflexão, que seja partilhada.
Já agora gostaria de ver\ler a opinião de um outro forista daqui do fórum que me parece ser quase que um especialista nestas reflexões, vamos lá ver se aparece
ZezinhoManel Escreveu:Epá, eu tanto desperdicei o meu latim e bastaram-lhe 2 parágrafos...LFGomes Escreveu:
Para o cão doméstico considero que não se aplica este interesse em subir na escala hierárquica ainda que apresente os comportamentos que acabei de indicar.
Esse conceito de dominância que os outros 2 users falam, aplica-se aos antepassados como um instinto básico de sobrevivência e neste caso a hierárquica define-se tendo em conta comportamentos dominância-submissão. Não aplicável ao cão doméstico.
Quanto à Sra. Sheeva... Se tivesse lido os relatórios científicos que coloquei não escrevia o que escreveu... Se nem com artigos científicos lá vai...
Antigamente também metia dedos pela goela abaixo, não deixava fechar a boca, fazia 30 por uma linha, mas o que é certo é que em adultos continuavam a utilizar a boca e dentes principalmente em momentos mais entusiasmantes. Mas não concordo com essa abordagem simplesmente porque o cão vai associar dor ou desconforto a dedos na boca, e talvez dificulte a tarefa a quem, por algum motivo, lhe tenha que mexer na língua. Idem aspas a quem tiver que lhe segurar na pata por agum tempo.
Se lhe metia dedos pela goela abaixo claramente estava no caminho errado e graças a deus que leu alguns artigos... eu digo alhos e voçe responde com bogalhos e andamos nisto há dias... voçe manda postas de pescada para o ar e quando vê que não tinha grande sentido agarra noutra coisa qualquer que sonhou de noite para vir contar aqui de dia... e fica todo chateado e espeta como exemplo tortura num animal "Antigamente também metia dedos pela goela abaixo" onde mostra o pessimo caminho onde andou.
Quando se fala em desconforto a sua mente pelo vistos dispara para uma data de torturas possiveis e imaginaveis....Mais uma vez a sua interpretação passe-lhe a perna...
Existem cães e cães...nem todos funcionam com um simples "nao" e existem "n" tecnicas porque existem "n" cães. Nenhum é igual e é extremamente incorrecto pensarem que uma técnica serve para todos... Quando dei a minha opinião referia-me ao tópico do assunto que era em relação a um pastor alemão com caracter forte, obviamente que nunca se pode ser dono da razão dado que não analisa-mos cão nenhum e que existem imensos factores que condicionam um comportamento de um cão para além da genética e da raça e não sabemos da missa a metade para opinar. Mas como é um forum todos podemos dar as nossas dicas.
Quanto ao seu artigo cientifico não é com artigos cientificos que "vou" lá... porque acima de uns artigos estão anos de experiência que já foram aplicados imensos "artigos" em que alguns funcionam e outros não portanto não me quero alargar perante o seu artigo.
Como isto já está a ficar muito extenso e corro o risco da sua má interpretação, agradecia que não frisasse mais o meu nome dado que quero terminar esta troca de conversas sem sentido nenhum. Se algum dia quiser a minha opinião referente a alguma coisa concreta que possamos olhar e ver eu estou inteiramente a sua disposição e aí podemos trocar grandes opiniões e falar sobre métodos e "artigos".
Mas ainda vou acrescentar mais um pouco... só por causa das moscas!
A genética dos cães é extremamente importante. Não só para terem aquelas feições exteriores de determinada raça (que é apenas isso que a maioria vê e quer) que será a estética do animal mas também pelo caracter.
A palavra "caráter" do grego significa "pegada" e portanto é o conjunto dos traços de personalidade de um indivíduo, seja ele homem ou cão. O caráter é a soma de todas as componentes do patrimônio genético e hereditário e dos fatores adquiridos, determinados pelo ambiente, criação, imprinting, socialização, educação e adestramento que influenciam o comportamento.
Portanto é um bolo gigante de ingredientes que nem todos saem iguais, uma grande diversidade de factores.É impossivel agarrar-nos a uma maneira de agir perante tanta diversidade de carácteres. Não estou a dizer que X ou B é errado, estou a dizer que não devemos tomar como certas X tecnicas nem excluir outras porque para uns serve de uma maneira e para outros serve de outra.
Quanto ao reforço positivo eu sou a melhor adepta e acho que deve ser implementado, mas não serve em muitos casos. Principalmente quando já são adultos e nos aparecem casos completamente fora de controlo que poderiam ter sido evitados se as pessoas não tivessem palas e que so envergam por aqueles caminhos. Depois ficam nas mãos com animais descontrolados e são obrigadas a aplicar outras tecnicas...... Com isto não estou a dizer que sou a favor de chicotadas nem pedaços de carne a saltar. Mas existem métodos que não precisam ser violentos para se fazerem sentir e que se forem aplicados nas alturas certas não são precisos actos violentos e acaba-se com um cão totalmente equilibrado. As regras são muito importantes... muito muito e a a hierarquia também. Deve haver uma extrutura familiar onde o cão sabe onde encaixa e o dono tambem!! Fazendo uma boa extrutura familiar mediante o caracter do cão é possivel com reforço positivo ou com outro método qualquer desde que FUNCIONE! tem é que haver regras e limites! tem que haver noção do sim e do não.... se depois de se saber o sim ou não ainda houver constante disputa pelo sim quando deveria ser não então porfavor não enverguem pela mesma tecnica e mudem!! não deixem avançar certas actitudes so porque pensam que nao existe hierarquia e que ele com o tempo aprende porque o tempo passa e depois aparecem com cães adultos que pensam que são os donos de tudo porque em casa faziam o que queriam!
Tenho dito... e até à proxima!

A genética dos cães é extremamente importante. Não só para terem aquelas feições exteriores de determinada raça (que é apenas isso que a maioria vê e quer) que será a estética do animal mas também pelo caracter.
A palavra "caráter" do grego significa "pegada" e portanto é o conjunto dos traços de personalidade de um indivíduo, seja ele homem ou cão. O caráter é a soma de todas as componentes do patrimônio genético e hereditário e dos fatores adquiridos, determinados pelo ambiente, criação, imprinting, socialização, educação e adestramento que influenciam o comportamento.
Portanto é um bolo gigante de ingredientes que nem todos saem iguais, uma grande diversidade de factores.É impossivel agarrar-nos a uma maneira de agir perante tanta diversidade de carácteres. Não estou a dizer que X ou B é errado, estou a dizer que não devemos tomar como certas X tecnicas nem excluir outras porque para uns serve de uma maneira e para outros serve de outra.
Quanto ao reforço positivo eu sou a melhor adepta e acho que deve ser implementado, mas não serve em muitos casos. Principalmente quando já são adultos e nos aparecem casos completamente fora de controlo que poderiam ter sido evitados se as pessoas não tivessem palas e que so envergam por aqueles caminhos. Depois ficam nas mãos com animais descontrolados e são obrigadas a aplicar outras tecnicas...... Com isto não estou a dizer que sou a favor de chicotadas nem pedaços de carne a saltar. Mas existem métodos que não precisam ser violentos para se fazerem sentir e que se forem aplicados nas alturas certas não são precisos actos violentos e acaba-se com um cão totalmente equilibrado. As regras são muito importantes... muito muito e a a hierarquia também. Deve haver uma extrutura familiar onde o cão sabe onde encaixa e o dono tambem!! Fazendo uma boa extrutura familiar mediante o caracter do cão é possivel com reforço positivo ou com outro método qualquer desde que FUNCIONE! tem é que haver regras e limites! tem que haver noção do sim e do não.... se depois de se saber o sim ou não ainda houver constante disputa pelo sim quando deveria ser não então porfavor não enverguem pela mesma tecnica e mudem!! não deixem avançar certas actitudes so porque pensam que nao existe hierarquia e que ele com o tempo aprende porque o tempo passa e depois aparecem com cães adultos que pensam que são os donos de tudo porque em casa faziam o que queriam!
Tenho dito... e até à proxima!