Boas noites!!
Não vi a notícia do JN mas é claro que a estimativa dos cães existentes não pode ser feita só com base nos registos de um ano. No entanto, o facto do número de registos ter vindo a decrescer (no caso do C.Laboreiro) só pode ser mau sinal!
É com muita pena que assisto a este quadro negro de algumas raças portuguesas ainda por cima sabendo que são raças com imenso potencial (não vejo qual o gozo da Sealords quanto à exportação do C.Laboreiro quando assistimos cada vez mais à valorização das nossas raças no estrangeiro, mais do que no seu país de origem...).
O mais grave na minha opinião é o tipo de conhecimento que as pessoas têm sobre determinadas raças! Quando passeava com o meu C.Laboreiro notava que muita gente identificava bem a raça mas quando conversava com elas via que a maior parte (inclusivé muitos criadores de outras raças que encontrava nas exposições) tinha um conhecimento errado da mesma, nomeadamente a nível de temperamento. Há algumas ideias fixas (e erradas) que existem sobre a raça e isso contribui para uma imagem incorrecta do cão. Se a isso se associar um número pequeno de exemplares e pouca divulgação.....
Só posso dizer, para rematar, que escolhi o meu cão (depois de muita pesquisa e de falar com criadores) porque achei que a raça reunia várias características que me agradavam e foi provavelmente das melhores opções que fiz na minha vida... Descobri uma raça fantástica, uma região linda (o Gerês, solar da raça, onde ainda se pode ver cães a trabalhar com os rebanhos) e conheci pessoas com a mesma paixão e dedicação pelas raças nacionais.
A divulgação dos "nossos" cães passa por muito trabalho dos criadores e claro, muita carolice!! É o amor à camisola que muitas vezes não deixa desistir! POUCOS MAS BONS!!
Inês C
