CRIADOR É FACIL INTITULAR-SE.
Moderador: mcerqueira
"CRIADOR É FACIL INTITULAR-SE."
Quem tem uma cadela em cio, certamente arranjará um cão para a fecundar.
Nove semanas depois é um criador de cães....
Até parece uma receita culinária!
Se fosse assim tão simples não seria necessário escrever este artigo. Não devemos confundir criar cães , com multiplicar cães.
Ser criador significa
Ø Melhorar uma raça, agora e sempre.
Ø Não poupar tempo, nem trabalho.
Ø Ter amor aos animais.
Como é óbvio, ser criador não é trabalho fácil. Antes de mais é indispensável amar os animais, sem o que não conseguiríamos o objectivo primordial. Esse sentimento não pode ser fraco, mas sim poderoso, porque por vezes terá que haver vítimas. Mas esta carolice também não deve ser cega de forma a impedir o criador, no seu interesse, presente e futuro, de agir pelo bem da raça que escolheu.
Para além do amor dispensado a todos os animais, o criador deve ser capaz de eliminar imparcialmente um cachorro, que à nascença apresente defeitos.
Talvez deva ainda, no interesse evidente dos próprios cachorros a criar, suprimir animais de perfeita saúde, quando a ninhada for excessivamente numerosa, o que nem sempre é fácil tendo em conta que poderá acontecer eliminar por vezes um ou mais cachorros de grande valor em prejuízo de outros, que poderão mais tarde revelar anomalias.
Criar cães com um objectivo bem definido exige do criador uma certa dureza, ao contrário dos seus próprios sentimentos para com os seus protegidos. Assim aquele que recuar perante esta dureza não terá estofo de criador. À sua firmeza de carácter será ainda posta a rude prova, aquando da colocação dos cachorros por si criados em boas mãos, pois as experiências com alguns com alguns proprietários de jovens cães são muitas vezes ocasião de depressão e dissabores. Julga-se ter encontrado o dono que convinha, mas, semanas depois, verifica-se o contrário o cão que criámos com todos os cuidados estragou-se por mimos de um proprietário ignorante, que agora já não gosta dele. Porém, o cão com a sua percepção também já não lhe corresponde. E, regra geral, o proprietário vai exigir ao criador, que retome o cão que ele estragou, pedindo-lhe um preço superior ao da compra, pois «não se tratou um cão todo este tempo por nada». Inútil fazer entender a esses proprietários, que a culpa não é do cão, mas sim deles. Que não se devolve um cão trocando-o como a um objecto qualquer. Melhor dizendo, não entendem que um cão não é uma mercadoria, mas sim um ser vivo, que tem direitos e perante quem tem obrigações. Este género de dificuldades repugnam, por vezes, muito bons criadores. È pena! Talvez fossem estes os melhores criadores.
Quando criamos cães devemos saber suportar os homens, juízo seja feito, no entanto, e com satisfação, que é graças aos cães, que também concretizamos agradáveis relações, tendo a oportunidade de travar conhecimento com grande número de gentis pessoas.
Deve ainda o criador a quem acontece ter algum êxito, suportar a inveja sentida por aqueles colegas que nada conseguirão por incapacidade própria e que procurarão possivelmente prejudicá-lo. Certos criadores só se refazem disto com dificuldade, acabando às vezes por virar a costas à Cinologia, cheios de amargura e com certa estupefacção.
O criador tem ainda o dever de habituar os cachorros a serem asseados desde tenra idade a fim de evitar que eles cresçam como “porquinhos”, consagrando também grande parte do seu tempo à limpeza do canil e a pentear e escovar os cães.
É necessário, não só aos cachorros como também ao criador, dispor de imenso espaço, pois os animais dejectam várias vezes ao dia, o que implica ter o criador que se baixar e voltar a baixar-se multiplicando assim o seu trabalho, não sendo este de modo algum indicado a pessoas com saúde delicada.
O criador deve ele mesmo, cuidar dos cachorros desde muito cedo. O contacto com o homem é dos mais importantes para o desenvolvimento psíquico do cão, sendo-lhe esta ocasião proporcionada pelos cuidados corporais diários. Escovar e pentear, quanto mais não seja, uma ninhada de 5 ou 6 cachorros, controlando cada um deles uma vez por dia, toma-lhe muito tempo. Quem não dispõe desse tempo não deverá dedicar-se à criação de cães.
A criação de uma ninhada não se faz sem problemas . Apresentam-de variados variadíssimas dificuldades começando talvez pelo nascimento, seguindo-se os cachorros que adoecem e morrem, e alguns que também se desenvolvem mal. Todos estes factores fazem parte da criação e aquele que não quiser admitir isto nunca será um verdadeiro criador.
Mas isto não acaba aqui!
Não sendo a perfeição uma dádiva do céu, ainda não aconteceu um criador nato cair do céu.
Ter vontade de aprender cada vez mais é essencial para que o criador adquira os seus galões. Está claro que alguns pretendem já tudo saber após terem criado com algum êxito uma ou duas ninhadas, profetizando os seus conselhos a torto e a direito, sendo o verdadeiro entendido aquele que, mesmo após dez ninhadas, revê o seu julgamento, modificando a sua opinião, no caso desta se revelar errada, conversando com outros criadores e tirando partidos disso. Será sempre este criador um estudioso da literatura respeitante à criação, comparando sempre os seus cães com os dos outros e evitando tomadas de posição.
Tudo isto se pode abarcar, se tivermos muito boa vontade. No entanto, saber diferenciar intuitivamente o essencial é um dote, que não se possui, mas que se pode cultivar.
Na sua área o criador é um artista comparável a um escultor, que vê no bloco de pedra a estátua já realizada. Pois ao primeiro golpe de vista o criador deve captar o que determina o valor de um cão, sabendo diferenciar particularmente, se este ou aquele cão é precioso ou não para a sua criação. Aquele que é dotado para a criação ainda será falado daqui a alguns anos nos meios da canicultura como um grande perfeccionista da raça.
Você não tem esses dotes? Não desencoraje!
Nem todos os cães são campeões, assim como os criadores também não o são. O nível de uma raça depende da qualidade média dos criadores, daqueles que com zelo e dedicação compreendem que se deve manter e reforçar o que com talento criativo foi feito pelos outros. Sem esta média o criador mais dotado trabalha no vazio. Como o escultor precisa de um bloco de pedra bruta para a sua obra, assim o criador de elite tem de começar com o material de criação que existe, fazendo progredir a raça tanto quanto melhor for a matéria prima de base. O pequeno criador que põe essa matéria –prima à disposição, tem tanto valor quanto o criador experiente que fixa a meta a atingir.
As boas intenções de nada servem se não se dispuser de espaço suficiente para passar à execução dos seus projectos de criação. È ser optimista e idealista se pensar criar a primeira ninhada em casa, no seu lar. Nada resiste à actividade dos cachorros em crescimento. Nem os tapetes, nem o jardim, e muito menos o protagonista dessa ideia. Neste caso, qualquer criador teria arruinado os seus projectos se não construísse um canil provisório para esta primeira ninhada e um definitivo para as seguintes. Não pode ser de outra maneira, mesmo com raças pequenas! É necessário aos jovens cães estarem ao ar livre. Faz-lhes falta o contacto com a natureza e não podemos, nem devemos criá-los como flores de estufa. Tal como para as crianças, é vantajoso que os cachorros estejam em contacto com todos os tipos de bactérias e vírus, de forma a que façam as suas doenças de infância enquanto são jovens e não quando forem adultos. Eles ficarão assim imunizados e ao abrigo de muitos problemas.
Da mesma forma, os cães em crescimento devem acostumar-se desde a mais tenra idade, ao clima das quatro estações, ora molhando-se, ora suportando o sole o frio. Eles terão o beneficio de tudo isto mais tarde.
É também importante para o criador participar num grande número de exposições no seu país, assim como no estrangeiro, com cães por ele criados. Claro que isto implica o dispêndio de muito tempo e dinheiro. Tendo esta regra já feito as suas provas, o bom criador deve cingir-se a uma só ninhada por ano, por cadela, não fazendo reproduzir antes dos vinte e quatro meses de idade e não permitindo a sua cópula com cães machos de idade inferior. Previamente o criador terá tomado conhecimento se existem prescrições de criação elaboradas e estabelecidas pelo clube especializado da raça que o interessa, pois grande parte destes clubes editaram regulamentos restritivos e cuidam que eles sejam observados e respeitados. Não pretendo aqui julgar se este ou aquele dirigismo é necessário ou não, quero simplesmente acreditar que esses regulamentos foram estabelecidos no interesse da raça, para a sua continuidade e progresso, inclinando-me perante o facto de que, se estes não forem cumpridos e respeitados, nenhum certificado de ascendência será obtido.
Não será talvez o caso no nosso país, visto ainda se admitirem em Portugal e no Clube Português de Canicultura cães de R.I. (Registo inicial), não se fazendo um controlo rigoroso das ninhadas, e não sendo também obrigatória a tatuagem nos cães de raça por parte dos criadores aquando da inscrição inicial desses no L.O.P (Livro de origens Português).Pois a identificação na maioria dos casos só é praticada após a venda dos cachorros, sendo os compradores da altura então obrigados a procederem a identificação dos seus animais em virtude de existirem exigências impostas pelo CPC só aquando dos pedidos de transferencia de propriedade assim como para na obtenção do LOP definitivo nesse mesmo órgão por parte dos supostos interessados. Tudo isto não faz muito sentido pois na verdade se controle houvesse teria de ser os criadores a proceder a identificação dos seus produtos aquando do nascimento dos mesmos e não os compradores a faze-lo após aquisição desses. Será isto uma lacuna provisória? O futuro nos dirá!
Por várias razões é desaconselhável praticar a criação de cães de “ raça pura, mas sem pedigree”(?!), como se pode por vezes ler nalguns anúncios. O que poderá significar « raça pura, mas sem pedigree»?
A pureza de uma raça deve precisamente ser notificada e comprovada pelo certificado de ascendência. Aquele que o não tem não pode pretender sem mais que o seu cão seja de raça pura.
Com a organização cinológica actual que é bastante restrita, é praticamente impossível tomar parte numa prova de trabalho com um cão sem documentos comprovativos de ascendência, assim como participar numa exposição de beleza com esses mesmos exemplares, sendo ainda invalidados os descendentes de tais animais, que como é obvio também não irão conseguir os seus pedigrees.
Devemos ainda desconfiar daqueles que não registam todos os cachorros de uma ninhada, fazendo venda dos mesmos, assim como daqueles que nas suas instalações possuem exemplares não registados. Fariam melhor estes comerciantes de cães procurar outro ramo mais lucrativo.
Julgo eu que é lógico que tal não entre no âmbito do criador sério e que sito nem sequer seja por ele considerado.
Na altura da reprodução da sua cadela, esta anuncia-se aos cinólogos responsáveis da sua zona e em tempo oportuno segundo as directivas de criação, ela confirma-se conscientemente.
Na maior parte do tempo os órgãos dos clubes existem para dar conselhos ao principiante e se necessário ajudarem-no. Por isso é de grnde vantagem para o criador fazer parte dessas organizações, tornando-se sócio, como membro activo.
É pena que alguns criadores façam pouco caso das leis da hereditariedade, dando assim muitas vezes origem à multiplicação de taras graves dos progenitores através da sua reprodução, não tendo aqueles feito um estudo de ascendência suficientemente aprofundado. Mas diga-se que a responsabilidade é também dos juizes de exposições para os quais julgar não é fácil, podendo acontecer por vezes atribuírem prémios a cães de inferior bagagem genética em prejuízo de outros, que ficam relegados para segundo plano e que muitas vezes poderão ser melhores transmissores das características genéticas que interessam a uma raça.
Que me perdoem os que com artigo se sentiram lesados, mas não foi com outro objectivo senão o de diferenciar os bons criadores dos maus, tendo, de certeza absoluta, omitido focar muitos outros problemas neste artigo.
Por Vitor Manuel Dos Santos Oliveira (criador de cães).
Quem tem uma cadela em cio, certamente arranjará um cão para a fecundar.
Nove semanas depois é um criador de cães....
Até parece uma receita culinária!
Se fosse assim tão simples não seria necessário escrever este artigo. Não devemos confundir criar cães , com multiplicar cães.
Ser criador significa
Ø Melhorar uma raça, agora e sempre.
Ø Não poupar tempo, nem trabalho.
Ø Ter amor aos animais.
Como é óbvio, ser criador não é trabalho fácil. Antes de mais é indispensável amar os animais, sem o que não conseguiríamos o objectivo primordial. Esse sentimento não pode ser fraco, mas sim poderoso, porque por vezes terá que haver vítimas. Mas esta carolice também não deve ser cega de forma a impedir o criador, no seu interesse, presente e futuro, de agir pelo bem da raça que escolheu.
Para além do amor dispensado a todos os animais, o criador deve ser capaz de eliminar imparcialmente um cachorro, que à nascença apresente defeitos.
Talvez deva ainda, no interesse evidente dos próprios cachorros a criar, suprimir animais de perfeita saúde, quando a ninhada for excessivamente numerosa, o que nem sempre é fácil tendo em conta que poderá acontecer eliminar por vezes um ou mais cachorros de grande valor em prejuízo de outros, que poderão mais tarde revelar anomalias.
Criar cães com um objectivo bem definido exige do criador uma certa dureza, ao contrário dos seus próprios sentimentos para com os seus protegidos. Assim aquele que recuar perante esta dureza não terá estofo de criador. À sua firmeza de carácter será ainda posta a rude prova, aquando da colocação dos cachorros por si criados em boas mãos, pois as experiências com alguns com alguns proprietários de jovens cães são muitas vezes ocasião de depressão e dissabores. Julga-se ter encontrado o dono que convinha, mas, semanas depois, verifica-se o contrário o cão que criámos com todos os cuidados estragou-se por mimos de um proprietário ignorante, que agora já não gosta dele. Porém, o cão com a sua percepção também já não lhe corresponde. E, regra geral, o proprietário vai exigir ao criador, que retome o cão que ele estragou, pedindo-lhe um preço superior ao da compra, pois «não se tratou um cão todo este tempo por nada». Inútil fazer entender a esses proprietários, que a culpa não é do cão, mas sim deles. Que não se devolve um cão trocando-o como a um objecto qualquer. Melhor dizendo, não entendem que um cão não é uma mercadoria, mas sim um ser vivo, que tem direitos e perante quem tem obrigações. Este género de dificuldades repugnam, por vezes, muito bons criadores. È pena! Talvez fossem estes os melhores criadores.
Quando criamos cães devemos saber suportar os homens, juízo seja feito, no entanto, e com satisfação, que é graças aos cães, que também concretizamos agradáveis relações, tendo a oportunidade de travar conhecimento com grande número de gentis pessoas.
Deve ainda o criador a quem acontece ter algum êxito, suportar a inveja sentida por aqueles colegas que nada conseguirão por incapacidade própria e que procurarão possivelmente prejudicá-lo. Certos criadores só se refazem disto com dificuldade, acabando às vezes por virar a costas à Cinologia, cheios de amargura e com certa estupefacção.
O criador tem ainda o dever de habituar os cachorros a serem asseados desde tenra idade a fim de evitar que eles cresçam como “porquinhos”, consagrando também grande parte do seu tempo à limpeza do canil e a pentear e escovar os cães.
É necessário, não só aos cachorros como também ao criador, dispor de imenso espaço, pois os animais dejectam várias vezes ao dia, o que implica ter o criador que se baixar e voltar a baixar-se multiplicando assim o seu trabalho, não sendo este de modo algum indicado a pessoas com saúde delicada.
O criador deve ele mesmo, cuidar dos cachorros desde muito cedo. O contacto com o homem é dos mais importantes para o desenvolvimento psíquico do cão, sendo-lhe esta ocasião proporcionada pelos cuidados corporais diários. Escovar e pentear, quanto mais não seja, uma ninhada de 5 ou 6 cachorros, controlando cada um deles uma vez por dia, toma-lhe muito tempo. Quem não dispõe desse tempo não deverá dedicar-se à criação de cães.
A criação de uma ninhada não se faz sem problemas . Apresentam-de variados variadíssimas dificuldades começando talvez pelo nascimento, seguindo-se os cachorros que adoecem e morrem, e alguns que também se desenvolvem mal. Todos estes factores fazem parte da criação e aquele que não quiser admitir isto nunca será um verdadeiro criador.
Mas isto não acaba aqui!
Não sendo a perfeição uma dádiva do céu, ainda não aconteceu um criador nato cair do céu.
Ter vontade de aprender cada vez mais é essencial para que o criador adquira os seus galões. Está claro que alguns pretendem já tudo saber após terem criado com algum êxito uma ou duas ninhadas, profetizando os seus conselhos a torto e a direito, sendo o verdadeiro entendido aquele que, mesmo após dez ninhadas, revê o seu julgamento, modificando a sua opinião, no caso desta se revelar errada, conversando com outros criadores e tirando partidos disso. Será sempre este criador um estudioso da literatura respeitante à criação, comparando sempre os seus cães com os dos outros e evitando tomadas de posição.
Tudo isto se pode abarcar, se tivermos muito boa vontade. No entanto, saber diferenciar intuitivamente o essencial é um dote, que não se possui, mas que se pode cultivar.
Na sua área o criador é um artista comparável a um escultor, que vê no bloco de pedra a estátua já realizada. Pois ao primeiro golpe de vista o criador deve captar o que determina o valor de um cão, sabendo diferenciar particularmente, se este ou aquele cão é precioso ou não para a sua criação. Aquele que é dotado para a criação ainda será falado daqui a alguns anos nos meios da canicultura como um grande perfeccionista da raça.
Você não tem esses dotes? Não desencoraje!
Nem todos os cães são campeões, assim como os criadores também não o são. O nível de uma raça depende da qualidade média dos criadores, daqueles que com zelo e dedicação compreendem que se deve manter e reforçar o que com talento criativo foi feito pelos outros. Sem esta média o criador mais dotado trabalha no vazio. Como o escultor precisa de um bloco de pedra bruta para a sua obra, assim o criador de elite tem de começar com o material de criação que existe, fazendo progredir a raça tanto quanto melhor for a matéria prima de base. O pequeno criador que põe essa matéria –prima à disposição, tem tanto valor quanto o criador experiente que fixa a meta a atingir.
As boas intenções de nada servem se não se dispuser de espaço suficiente para passar à execução dos seus projectos de criação. È ser optimista e idealista se pensar criar a primeira ninhada em casa, no seu lar. Nada resiste à actividade dos cachorros em crescimento. Nem os tapetes, nem o jardim, e muito menos o protagonista dessa ideia. Neste caso, qualquer criador teria arruinado os seus projectos se não construísse um canil provisório para esta primeira ninhada e um definitivo para as seguintes. Não pode ser de outra maneira, mesmo com raças pequenas! É necessário aos jovens cães estarem ao ar livre. Faz-lhes falta o contacto com a natureza e não podemos, nem devemos criá-los como flores de estufa. Tal como para as crianças, é vantajoso que os cachorros estejam em contacto com todos os tipos de bactérias e vírus, de forma a que façam as suas doenças de infância enquanto são jovens e não quando forem adultos. Eles ficarão assim imunizados e ao abrigo de muitos problemas.
Da mesma forma, os cães em crescimento devem acostumar-se desde a mais tenra idade, ao clima das quatro estações, ora molhando-se, ora suportando o sole o frio. Eles terão o beneficio de tudo isto mais tarde.
É também importante para o criador participar num grande número de exposições no seu país, assim como no estrangeiro, com cães por ele criados. Claro que isto implica o dispêndio de muito tempo e dinheiro. Tendo esta regra já feito as suas provas, o bom criador deve cingir-se a uma só ninhada por ano, por cadela, não fazendo reproduzir antes dos vinte e quatro meses de idade e não permitindo a sua cópula com cães machos de idade inferior. Previamente o criador terá tomado conhecimento se existem prescrições de criação elaboradas e estabelecidas pelo clube especializado da raça que o interessa, pois grande parte destes clubes editaram regulamentos restritivos e cuidam que eles sejam observados e respeitados. Não pretendo aqui julgar se este ou aquele dirigismo é necessário ou não, quero simplesmente acreditar que esses regulamentos foram estabelecidos no interesse da raça, para a sua continuidade e progresso, inclinando-me perante o facto de que, se estes não forem cumpridos e respeitados, nenhum certificado de ascendência será obtido.
Não será talvez o caso no nosso país, visto ainda se admitirem em Portugal e no Clube Português de Canicultura cães de R.I. (Registo inicial), não se fazendo um controlo rigoroso das ninhadas, e não sendo também obrigatória a tatuagem nos cães de raça por parte dos criadores aquando da inscrição inicial desses no L.O.P (Livro de origens Português).Pois a identificação na maioria dos casos só é praticada após a venda dos cachorros, sendo os compradores da altura então obrigados a procederem a identificação dos seus animais em virtude de existirem exigências impostas pelo CPC só aquando dos pedidos de transferencia de propriedade assim como para na obtenção do LOP definitivo nesse mesmo órgão por parte dos supostos interessados. Tudo isto não faz muito sentido pois na verdade se controle houvesse teria de ser os criadores a proceder a identificação dos seus produtos aquando do nascimento dos mesmos e não os compradores a faze-lo após aquisição desses. Será isto uma lacuna provisória? O futuro nos dirá!
Por várias razões é desaconselhável praticar a criação de cães de “ raça pura, mas sem pedigree”(?!), como se pode por vezes ler nalguns anúncios. O que poderá significar « raça pura, mas sem pedigree»?
A pureza de uma raça deve precisamente ser notificada e comprovada pelo certificado de ascendência. Aquele que o não tem não pode pretender sem mais que o seu cão seja de raça pura.
Com a organização cinológica actual que é bastante restrita, é praticamente impossível tomar parte numa prova de trabalho com um cão sem documentos comprovativos de ascendência, assim como participar numa exposição de beleza com esses mesmos exemplares, sendo ainda invalidados os descendentes de tais animais, que como é obvio também não irão conseguir os seus pedigrees.
Devemos ainda desconfiar daqueles que não registam todos os cachorros de uma ninhada, fazendo venda dos mesmos, assim como daqueles que nas suas instalações possuem exemplares não registados. Fariam melhor estes comerciantes de cães procurar outro ramo mais lucrativo.
Julgo eu que é lógico que tal não entre no âmbito do criador sério e que sito nem sequer seja por ele considerado.
Na altura da reprodução da sua cadela, esta anuncia-se aos cinólogos responsáveis da sua zona e em tempo oportuno segundo as directivas de criação, ela confirma-se conscientemente.
Na maior parte do tempo os órgãos dos clubes existem para dar conselhos ao principiante e se necessário ajudarem-no. Por isso é de grnde vantagem para o criador fazer parte dessas organizações, tornando-se sócio, como membro activo.
É pena que alguns criadores façam pouco caso das leis da hereditariedade, dando assim muitas vezes origem à multiplicação de taras graves dos progenitores através da sua reprodução, não tendo aqueles feito um estudo de ascendência suficientemente aprofundado. Mas diga-se que a responsabilidade é também dos juizes de exposições para os quais julgar não é fácil, podendo acontecer por vezes atribuírem prémios a cães de inferior bagagem genética em prejuízo de outros, que ficam relegados para segundo plano e que muitas vezes poderão ser melhores transmissores das características genéticas que interessam a uma raça.
Que me perdoem os que com artigo se sentiram lesados, mas não foi com outro objectivo senão o de diferenciar os bons criadores dos maus, tendo, de certeza absoluta, omitido focar muitos outros problemas neste artigo.
Por Vitor Manuel Dos Santos Oliveira (criador de cães).
Última edição por daktari em terça nov 29, 2005 5:54 pm, editado 19 vezes no total.
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 476
- Registado: segunda fev 09, 2004 11:16 am
- Localização: Golden Retriever
Clubes que dão conselhos? onde? qual?????
Uma ninhada por ano, concordo inteiramente. Já discordo quanto à eliminação de cachorros. Existem biberons e quem gosta de cães não vai matar um cachorro saudável só pq. a mãe precisa de ajuda para o alimentar. Também não concordo quanto ao registo. Eu, se tiver um cachorro que não cumpre o estalão, por algum defeito mínimo como colocação das orelhas, cor dos olhos, não o registo, e ofereço-o a quem não pode pagar um bom Golden mas deseja muito um. É evidente que há um compromisso no sentido de não o reproduzir.
O problema é que entre exposições e o custo de manutenção dos cães e o de uma ninhada, com o risco de ver uma ninhada inteira morrer e ficar só com o prejuízo, há a tentação de produzir em série, o que acaba por criar situações péssimas. Normalmente quem tem produção em série tem também muitos cães campeões, porque tem uma estrutura financeira maior para ir adquirir os melhores reprodutores, e aparece muito nas expos.
Uma ninhada por ano, concordo inteiramente. Já discordo quanto à eliminação de cachorros. Existem biberons e quem gosta de cães não vai matar um cachorro saudável só pq. a mãe precisa de ajuda para o alimentar. Também não concordo quanto ao registo. Eu, se tiver um cachorro que não cumpre o estalão, por algum defeito mínimo como colocação das orelhas, cor dos olhos, não o registo, e ofereço-o a quem não pode pagar um bom Golden mas deseja muito um. É evidente que há um compromisso no sentido de não o reproduzir.
O problema é que entre exposições e o custo de manutenção dos cães e o de uma ninhada, com o risco de ver uma ninhada inteira morrer e ficar só com o prejuízo, há a tentação de produzir em série, o que acaba por criar situações péssimas. Normalmente quem tem produção em série tem também muitos cães campeões, porque tem uma estrutura financeira maior para ir adquirir os melhores reprodutores, e aparece muito nas expos.
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 1966
- Registado: terça jan 13, 2004 11:50 am
- Localização: Basset Hounds
- Contacto:
Sinceramente, Germanices ... 

<p>Cumprimentos,</p>
<p>Diamantino</p>
<p>Diamantino</p>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 1966
- Registado: terça jan 13, 2004 11:50 am
- Localização: Basset Hounds
- Contacto:
Agora, com um pouco de mais tempo e a frio, vou tentar comentar este texto:
O que um Criador deve fazer é impedir que esse cachorro veja a procriar.
Sabe, isto ás vezes, ajuda deixar os pontos nos Is à altura da compra.
E quanto ao contacto com os virus, ponha-se a pau.
Pensei que chegaria ao fim, mas cansei-me. Estou com fome e vou almoçar.
Até aqui penso que ía muito bem, nada tenho a dizer.daktari Escreveu: "CRIADOR É FACIL INTITULAR-SE."
Quem tem uma cadela em cio, certamente arranjará um cão para a fecundar.
Nove semanas depois é um criador de cães....
Até parece uma receita culinária!
Se fosse assim tão simples não seria necessário escrever este artigo. Não devemos confundir criar cães , com multiplicar cães.
Ser criador significa
Ø Melhorar uma raça, agora e sempre.
Ø Não poupar tempo, nem trabalho.
Ø Ter amor aos animais.
Nem me passa pela cabeça eliminar um cachorro só por apresentar defeitos. Salvo a excepção, desses defeitos poderem influenciar a qualidade de vida do animal.daktari Escreveu: Como é óbvio, ser criador não é trabalho fácil. Antes de mais é indispensável amar os animais, sem o que não conseguiríamos o objectivo primordial. Esse sentimento não pode ser fraco, mas sim poderoso, porque por vezes terá que haver vítimas. Mas esta carolice também não deve ser cega de forma a impedir o criador, no seu interesse, presente e futuro, de agir pelo bem da raça que escolheu.
Para além do amor dispensado a todos os animais, o criador deve ser capaz de eliminar imparcialmente um cachorro, que à nascença apresente defeitos.
O que um Criador deve fazer é impedir que esse cachorro veja a procriar.
Isto, desculpe lá (aliás retiro o pedido de desculpas), é a maior barbaridade que eu já ouvi. Então o que é que aconteceu ao "não deve poupar tempo e trabalho", se os cachorros necessitarem suplementação de leite você só tem mais é que a dar. Não é pela sua preguiça que vai abater cachorros, que vieram ao mundo graças a si.daktari Escreveu: Talvez deva ainda, no interesse evidente dos próprios cachorros a criar, suprimir animais de perfeita saúde, quando a ninhada for excessivamente numerosa, o que nem sempre é fácil tendo em conta que poderá acontecer eliminar por vezes um ou mais cachorros de grande valor em prejuízo de outros, que poderão mais tarde revelar anomalias.
Pois, como não li o "Mein Kampf", não tenho estofo de criador. Sinceramente ... ...daktari Escreveu: Criar cães com um objectivo bem definido exige do criador uma certa dureza, ao contrário dos seus próprios sentimentos para com os seus protegidos. Assim aquele que recuar perante esta dureza não terá estofo de criador.
De enganos de juízo em relação aos donos, estamos todos em risco. Agora quando é que lhe aconteceu quererem dinheiro em troca de devolverem o cão. É que a mim, nunca, devo ser muito sortudo.daktari Escreveu: À sua firmeza de carácter será ainda posta a rude prova, aquando da colocação dos cachorros por si criados em boas mãos, pois as experiências com alguns com alguns proprietários de jovens cães são muitas vezes ocasião de depressão e dissabores. Julga-se ter encontrado o dono que convinha, mas, semanas depois, verifica-se o contrário o cão que criámos com todos os cuidados estragou-se por mimos de um proprietário ignorante, que agora já não gosta dele. Porém, o cão com a sua percepção também já não lhe corresponde. E, regra geral, o proprietário vai exigir ao criador, que retome o cão que ele estragou, pedindo-lhe um preço superior ao da compra, pois «não se tratou um cão todo este tempo por nada». Inútil fazer entender a esses proprietários, que a culpa não é do cão, mas sim deles. Que não se devolve um cão trocando-o como a um objecto qualquer. Melhor dizendo, não entendem que um cão não é uma mercadoria, mas sim um ser vivo, que tem direitos e perante quem tem obrigações. Este género de dificuldades repugnam, por vezes, muito bons criadores. È pena! Talvez fossem estes os melhores criadores.
Sabe, isto ás vezes, ajuda deixar os pontos nos Is à altura da compra.
Nada a dizer ...daktari Escreveu: Quando criamos cães devemos saber suportar os homens, juízo seja feito, no entanto, e com satisfação, que é graças aos cães, que também concretizamos agradáveis relações, tendo a oportunidade de travar conhecimento com grande número de gentis pessoas.
Deve ainda o criador a quem acontece ter algum êxito, suportar a inveja sentida por aqueles colegas que nada conseguirão por incapacidade própria e que procurarão possivelmente prejudicá-lo. Certos criadores só se refazem disto com dificuldade, acabando às vezes por virar a costas à Cinologia, cheios de amargura e com certa estupefacção.
O criador tem ainda o dever de habituar os cachorros a serem asseados desde tenra idade a fim de evitar que eles cresçam como “porquinhos”, consagrando também grande parte do seu tempo à limpeza do canil e a pentear e escovar os cães.
É necessário, não só aos cachorros como também ao criador, dispor de imenso espaço, pois os animais dejectam várias vezes ao dia, o que implica ter o criador que se baixar e voltar a baixar-se multiplicando assim o seu trabalho, não sendo este de modo algum indicado a pessoas com saúde delicada.
O criador deve ele mesmo, cuidar dos cachorros desde muito cedo. O contacto com o homem é dos mais importantes para o desenvolvimento psíquico do cão, sendo-lhe esta ocasião proporcionada pelos cuidados corporais diários. Escovar e pentear, quanto mais não seja, uma ninhada de 5 ou 6 cachorros, controlando cada um deles uma vez por dia, toma-lhe muito tempo. Quem não dispõe desse tempo não deverá dedicar-se à criação de cães.
A criação de uma ninhada não se faz sem problemas . Apresentam-de variados variadíssimas dificuldades começando talvez pelo nascimento, seguindo-se os cachorros que adoecem e morrem, e alguns que também se desenvolvem mal. Todos estes factores fazem parte da criação e aquele que não quiser admitir isto nunca será um verdadeiro criador.
Mas isto não acaba aqui!
Não sendo a perfeição uma dádiva do céu, ainda não aconteceu um criador nato cair do céu.
Ter vontade de aprender cada vez mais é essencial para que o criador adquira os seus galões. Está claro que alguns pretendem já tudo saber após terem criado com algum êxito uma ou duas ninhadas, profetizando os seus conselhos a torto e a direito, sendo o verdadeiro entendido aquele que, mesmo após dez ninhadas, revê o seu julgamento, modificando a sua opinião, no caso desta se revelar errada, conversando com outros criadores e tirando partidos disso. Será sempre este criador um estudioso da literatura respeitante à criação, comparando sempre os seus cães com os dos outros e evitando tomadas de posição.
Tudo isto se pode abarcar, se tivermos muito boa vontade. No entanto, saber diferenciar intuitivamente o essencial é um dote, que não se possui, mas que se pode cultivar.
Na sua área o criador é um artista comparável a um escultor, que vê no bloco de pedra a estátua já realizada. Pois ao primeiro golpe de vista o criador deve captar o que determina o valor de um cão, sabendo diferenciar particularmente, se este ou aquele cão é precioso ou não para a sua criação. Aquele que é dotado para a criação ainda será falado daqui a alguns anos nos meios da canicultura como um grande perfeccionista da raça.
Você não tem esses dotes? Não desencoraje!
Nem todos os cães são campeões, assim como os criadores também não o são. O nível de uma raça depende da qualidade média dos criadores, daqueles que com zelo e dedicação compreendem que se deve manter e reforçar o que com talento criativo foi feito pelos outros. Sem esta média o criador mais dotado trabalha no vazio. Como o escultor precisa de um bloco de pedra bruta para a sua obra, assim o criador de elite tem de começar com o material de criação que existe, fazendo progredir a raça tanto quanto melhor for a matéria prima de base. O pequeno criador que põe essa matéria –prima à disposição, tem tanto valor quanto o criador experiente que fixa a meta a atingir
Pronto, como não tenho canis, e eles estragam-me a casa e o jardim, não devo ser criador.daktari Escreveu: As boas intenções de nada servem se não se dispuser de espaço suficiente para passar à execução dos seus projectos de criação. È ser optimista e idealista se pensar criar a primeira ninhada em casa, no seu lar. Nada resiste à actividade dos cachorros em crescimento. Nem os tapetes, nem o jardim, e muito menos o protagonista dessa ideia. Neste caso, qualquer criador teria arruinado os seus projectos se não construísse um canil provisório para esta primeira ninhada e um definitivo para as seguintes. Não pode ser de outra maneira, mesmo com raças pequenas! É necessário aos jovens cães estarem ao ar livre. Faz-lhes falta o contacto com a natureza e não podemos, nem devemos criá-los como flores de estufa. Tal como para as crianças, é vantajoso que os cachorros estejam em contacto com todos os tipos de bactérias e vírus, de forma a que façam as suas doenças de infância enquanto são jovens e não quando forem adultos. Eles ficarão assim imunizados e ao abrigo de muitos problemas. Da mesma forma, os cães em crescimento devem acostumar-se desde a mais tenra idade, ao clima das quatro estações, ora molhando-se, ora suportando o sole o frio. Eles terão o beneficio de tudo isto mais tarde.

Eu acho que isto é normal, mas por gosto, não por obrigação.daktari Escreveu: É também importante para o criador participar num grande número de exposições no seu país, assim como no estrangeiro, com cães por ele criados. Claro que isto implica o dispêndio de muito tempo e dinheiro.
Concordo em relação à cadela, mas qual a justificação para o cão ?daktari Escreveu: Tendo esta regra já feito as suas provas, o bom criador deve cingir-se a uma só ninhada por ano, por cadela, não fazendo reproduzir antes dos vinte e quatro meses de idade e não permitindo a sua cópula com cães machos de idade inferior.
Pensei que chegaria ao fim, mas cansei-me. Estou com fome e vou almoçar.
<p>Cumprimentos,</p>
<p>Diamantino</p>
<p>Diamantino</p>
-
- Membro
- Mensagens: 132
- Registado: quinta out 16, 2003 3:10 am
- Localização: Flash , Ice , Boby e a Yara
Bem , voces estão mesmo a atacar a pessoa que escreveu esse longo texto!! Penso que Vitor Oliveira apenas exprimiu o que lhe ia na ideia do que um criador deve e nao fazer.
Todos nos temos ideias diferentes , se assim nao fosse pobrezinhos de nós gostavamos todos da mesma coisa.
Existe a critica e o ataque e vejo que a maioria neste forum usa sempre o ataque.
Todos nos temos ideias diferentes , se assim nao fosse pobrezinhos de nós gostavamos todos da mesma coisa.
Existe a critica e o ataque e vejo que a maioria neste forum usa sempre o ataque.
É algum complexo?casadofarol Escreveu: O problema é que entre exposições e o custo de manutenção dos cães e o de uma ninhada, com o risco de ver uma ninhada inteira morrer e ficar só com o prejuízo, há a tentação de produzir em série, o que acaba por criar situações péssimas. Normalmente quem tem produção em série tem também muitos cães campeões, porque tem uma estrutura financeira maior para ir adquirir os melhores reprodutores, e aparece muito nas expos.
Tiago
A forma é a imagem plástica da função
Desde já o meu obrigado a todos os intervenientes presentes e futuros que aqui neste meu tópico se manifestam. Queria só aqui relembrar a alguns dos intervenientes que o próprio tópico tem as respostas para as vossas criticas e ataques. Basta os mesmos lerem com atenção o dito texto. Podem continuar a mandar a baixo o que escrevi! A armadilha acabou de se abater nos que aqui vão deixando escrito os seus descontentamentos sendo que alguns vão tirando as mascaras, mostrando a suas verdadeiras facetas de multiplicadores desenfreados de cães sem selecção e sem outros critérios para alem do lucro que procuram obter com a produção dos seus cães! Podem os críticos deste tópico explicarem porque que motivo alguns dos mesmos colocam nos seus anúncios de oferta de animais as palavras qualidade e selecção que se podem lerem quase todos os anúncios, se a selecção não existe e a qualidade é tudo o que conseguirem obter com a reprodução dos animais, inundando a sociedade com os seus refugos, aumentando o potencial dos viras latas. É certo que muitos vem aqui defenderem-se, dizendo que oferecem os animais por eles criados e de fraca qualidade! Está-se mesmo a ver que é mesmo assim! São tão santinhos meu deus, que não se importam de criar os animais só pelo prazer e depois oferecem-nos! Perdão, acho que não é necessário ler-se nas entre linhas de alguns foristas para se perceber que os mesmos oferecem cães a quem tiver na disposição de lhes oferecer algum dinheiro, por isso a dita venda não deve ser entendida como tal, mas sim como uma permuta. Vão lá tentar enganar outro, e deixem-se de balelas para se armarem em bonzinhos! Pois acredito que para muitos qualidade é bem mais do que isso! Por isso peço desculpa por não me manifestar para alem daquilo que já escrevi, sobre tudo aqueles que com os seus ataques procuram atingir-me pessoalmente. Lidar com as invejas etc...ser criticado e atacado isso só significa que estou no bom caminho! Porque dos perdedores toda a gente tem pena e não fala mal. Se o tema está afazer tantas ondas é porque a alguns serviu a carapuça !
A minha missão com vista em alertar os futuros compradores de cães de raça dos maus criadores está concluída. Tenho dito. Passem bem!
A minha missão com vista em alertar os futuros compradores de cães de raça dos maus criadores está concluída. Tenho dito. Passem bem!
<p>Vindo do passado, galopando no presente a caminho do futuro. Criando Pastor Alemão - Fazendo Amigos. </p>
<p>Cumprimentos </p>
<p>Vitor Oliveira</p>
<p>Cumprimentos </p>
<p>Vitor Oliveira</p>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 3417
- Registado: segunda jan 01, 2001 12:00 am
- Localização: Bobtail-aholic
Palavras para quê? É um artista português (ou será francês? ) E já agora, como é que selecciona os cães? E a que idade? E mata-os por afogamento ou a tiro? E sabe que está a infringir as regras, ao registar os seus cachorros no LOF? Ou será que consegue viver precisamente 6 meses cá e 6 meses em França? Ó céus, tantas questões!!! Que drama, não vou conseguir dormir hoje, com tanta preocupação ... 

"Quando o sábio aponta para a Lua, o idiota olha para o dedo" (provérbio chinês)
[quote=SeaLords]
Palavras para quê? É um artista português (ou será francês? ) E já agora, como é que selecciona os cães? E a que idade? E mata-os por afogamento ou a tiro? E sabe que está a infringir as regras, ao registar os seus cachorros no LOF? Ou será que consegue viver precisamente 6 meses cá e 6 meses em França? Ó céus, tantas questões!!! Que drama, não vou conseguir dormir hoje, com tanta preocupação ... :roll:
[/quote]
Responder a SeaLords:
Como não tem mais argumentos vem agora tentar pela via das perguntas evasivas as quais não lhe vou responder assim ficara com toda a sua sabedoria ignorante intacta! O desvio do tema para outro campo seria- lhe na verdade muito benéfico! Não tenho que argumentar a suas afirmações, se não acrescentar que para quem preza a vida animal como diz as suas perguntas mais se parecem com as de um carrasco sanguinário muito experimentado nas andanças! Já agora quem é você para falar daquilo que faço ou deixo de fazer em relação a eu poder ou não registar os meus cachorros no LOF? Não se preocupe com o que não lhe diz respeito! Deixe esse assunto a quem de direito! No entanto para o tranquilizar afim de poder dormir com menos preocupações, tenho a dizer lhe que os registos no LOF são legais! Quanto a viver 6 meses em França e 6 meses cá, uns tem e outros gostariam de ter! Já agora uma evasiva ao seu estilo: você pertence ao serviço Nacional do controle aos estrangeiros residentes ou é mesmo ao de fronteiras?
Preocupe-se em cuidar dos seus sonhos antes que estes se tornem num pesadelo, e deixe de se armar em investigador do serviço de imigração! Cada um vive onde e como quer!
Desculpe se lhe tenho tirado o sono. Na verdade nunca pensei ter assim tanta importância que o deixa-se assim tão aflito ao ponto de transtornar o seu sono! Não será antes o peso do seu consciente de bom criador negociante e multiplicador?!
:idea: :?: :!: :oops:
Palavras para quê? É um artista português (ou será francês? ) E já agora, como é que selecciona os cães? E a que idade? E mata-os por afogamento ou a tiro? E sabe que está a infringir as regras, ao registar os seus cachorros no LOF? Ou será que consegue viver precisamente 6 meses cá e 6 meses em França? Ó céus, tantas questões!!! Que drama, não vou conseguir dormir hoje, com tanta preocupação ... :roll:
[/quote]
Responder a SeaLords:
Como não tem mais argumentos vem agora tentar pela via das perguntas evasivas as quais não lhe vou responder assim ficara com toda a sua sabedoria ignorante intacta! O desvio do tema para outro campo seria- lhe na verdade muito benéfico! Não tenho que argumentar a suas afirmações, se não acrescentar que para quem preza a vida animal como diz as suas perguntas mais se parecem com as de um carrasco sanguinário muito experimentado nas andanças! Já agora quem é você para falar daquilo que faço ou deixo de fazer em relação a eu poder ou não registar os meus cachorros no LOF? Não se preocupe com o que não lhe diz respeito! Deixe esse assunto a quem de direito! No entanto para o tranquilizar afim de poder dormir com menos preocupações, tenho a dizer lhe que os registos no LOF são legais! Quanto a viver 6 meses em França e 6 meses cá, uns tem e outros gostariam de ter! Já agora uma evasiva ao seu estilo: você pertence ao serviço Nacional do controle aos estrangeiros residentes ou é mesmo ao de fronteiras?
Preocupe-se em cuidar dos seus sonhos antes que estes se tornem num pesadelo, e deixe de se armar em investigador do serviço de imigração! Cada um vive onde e como quer!
Desculpe se lhe tenho tirado o sono. Na verdade nunca pensei ter assim tanta importância que o deixa-se assim tão aflito ao ponto de transtornar o seu sono! Não será antes o peso do seu consciente de bom criador negociante e multiplicador?!
:idea: :?: :!: :oops:
<p>Vindo do passado, galopando no presente a caminho do futuro. Criando Pastor Alemão - Fazendo Amigos. </p>
<p>Cumprimentos </p>
<p>Vitor Oliveira</p>
<p>Cumprimentos </p>
<p>Vitor Oliveira</p>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 764
- Registado: quarta dez 12, 2001 3:35 am
- Localização: gatos (16); aves
Não compreendo que um criador "a sério", que tem amor aos animais, que se empenha em melhorar a raça, que supostamente não se poupe a esforços depois elimine cachorros "excedentários" à nascença (ou será mais tarde?) em benefício da ninhada
Atão e a parte de não se poupar a esforços? Eu sei que criar cachorros a biberão não é tarefa fácil (ai não que não sei!!), mas não deveria fazer parte das funções do verdadeiro criador, o tal que não se poupa a esforços, tal como abaixar-se 500 mil vezes ao dia para apanhar a trampa? Ainda para mais se põe a hipótese de eliminar bons exemplares, apenas porque a ninhada é numerosa... É uma estranha forma de ter amor aos animais que não me entra na cabeça... 



-
- Membro Veterano
- Mensagens: 1966
- Registado: terça jan 13, 2004 11:50 am
- Localização: Basset Hounds
- Contacto:
Mas em relação a quais criadores:daktari Escreveu: A minha missão com vista em alertar os futuros compradores de cães de raça dos maus criadores está concluída. Tenho dito. Passem bem!
Áqueles que registram os seus cães no estrangeiro, de modo a fugirem ao controlo (que apesar de pouco, começa a existir), que a proximidade do CPC pode provocar ?
Áqueles que eliminam cachorros com defeitos, para que esses defeitos não sejam vistos ? Vendendo os irmãos de ninhada, ocultando os defeitos que lhe apareceram na mesma, e de que esses cachorros são muito provávelmente portadores nos seus genes ?
Áqueles que eliminam cachorros prefeitamente saudáveis, com o objectivo de terem menos trabalho e optimizarem o lucro? Estes senhores pensam assim: "Eu tenho uma ninhada de 10 cachorros, provavelmente só consigo vender 5, então o melhor é matar 5".
Ó Homem vá-se catar, você não é ninguém para chamar mau criador a nenhum dos intervenientes neste tópico.
<p>Cumprimentos,</p>
<p>Diamantino</p>
<p>Diamantino</p>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 476
- Registado: segunda fev 09, 2004 11:16 am
- Localização: Golden Retriever
[/quote]
É algum complexo?
Tiago
[/quote]
CLARO QUE É. Principalmente porque é verdade!!!
É algum complexo?
Tiago
[/quote]
CLARO QUE É. Principalmente porque é verdade!!!
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 4980
- Registado: segunda jan 01, 2001 12:00 am
- Localização: Caes, peixes e passaros
- Contacto:
Caro "daktari",
Eu não percebo nada de cães, e é com satisfação que recebo qualquer tópico que de alguma forma possa contribuir para enriquecer, por pouco que seja, os meus conhecimentos. No entanto, depois de andar pela net uns tempos, começa-se a perceber que nem tudo o que se lê é válido, e existem mesmo coisas que é melhor nem levarmos em conta. De facto, hoje em dia qualquer pessoa tem acesso à net, e se um "Xico Esperto' decidir escrever sobre ' o metodo de fazer operações à apêndice com uma faca de cozinha", pode fazê-lo.
Por isso, há que filtar a informação e tentar, sempre que possível, distinguir os 'Xicos Espertos' de quem sabe realmente.
Eu, apesar de algumas desavenças passadas, tenho o previlégio de saber quem é a Sealords. Sei que, para além de formação específica, tem muita experiência que lhe permite falar sobre cães sabendo exactamente do que fala. Tal como ela, há mais pessoas aqui no forum que me merecem credibilidade pelo que delas conheço.
É por isso que me custa ouvir alguém, ainda por cima quem não conheço de lado nenhum, a falar de algumas destas pessoas sem sequer as conhecer ou saber de quem fala!
Modere-se lá, e já agora, uma vez que os outros intervenientes eu conheço, dê-nos lá o previlégio de nos informar sobre si, designadamente sobre a formação e experiência que tem e que, eventualmente, possa dar alguma credibilidade àquilo que escreve.
Eu não percebo nada de cães, e é com satisfação que recebo qualquer tópico que de alguma forma possa contribuir para enriquecer, por pouco que seja, os meus conhecimentos. No entanto, depois de andar pela net uns tempos, começa-se a perceber que nem tudo o que se lê é válido, e existem mesmo coisas que é melhor nem levarmos em conta. De facto, hoje em dia qualquer pessoa tem acesso à net, e se um "Xico Esperto' decidir escrever sobre ' o metodo de fazer operações à apêndice com uma faca de cozinha", pode fazê-lo.
Por isso, há que filtar a informação e tentar, sempre que possível, distinguir os 'Xicos Espertos' de quem sabe realmente.
Eu, apesar de algumas desavenças passadas, tenho o previlégio de saber quem é a Sealords. Sei que, para além de formação específica, tem muita experiência que lhe permite falar sobre cães sabendo exactamente do que fala. Tal como ela, há mais pessoas aqui no forum que me merecem credibilidade pelo que delas conheço.
É por isso que me custa ouvir alguém, ainda por cima quem não conheço de lado nenhum, a falar de algumas destas pessoas sem sequer as conhecer ou saber de quem fala!
Modere-se lá, e já agora, uma vez que os outros intervenientes eu conheço, dê-nos lá o previlégio de nos informar sobre si, designadamente sobre a formação e experiência que tem e que, eventualmente, possa dar alguma credibilidade àquilo que escreve.