Texto do PIF - PCC

Fórum para todos os assuntos relacionados com os nossos amigos felinos.

Moderador: mcerqueira

Responder
WaterMonitor
Membro Veterano
Mensagens: 3790
Registado: quarta mar 17, 2004 2:20 pm
Localização: 5 cães - 12 gatos

quinta mar 18, 2004 5:51 pm

Aqui está. Agora digam-me em que parte é recomendado o abate.


Um dos mais incompreendidos e enigmáticos vírus que afectam os gatos é o coro- navirus felino responsável pela Peritonite Infecciosa Felina (PIF). Não é exagero dizer que é uma das doenças mais temidas pelos criadores. Muitos dos gatis que permanecem activos durante vários anos terão tido um contacto com esta doença. Apesar desta enfermidade ser uma experiência partilhada por quase todos no mundo dos gatos, os gatis afectados são erradamente temidos e votados ao ostracismo. Todos os criadores devem fazer um esforço para compreender e controlar esta doença.

Se bem que a primeira descrição da Peritonite Infecciosa Felina tenha sido efec- efectuada em 1963, pelo Dr. Jean Holzworth, existem relatórios clínicos de casos prováveis de PIF desde 1914. Apesar de termos há muito conhecimento da existência deste virus, sabemos muito pouco sobre ele. Todavia foram efectuadas muitas pesquisas novas nos últimos 5 anos, que estão a lançar uma nova luz sobre este problema felino, sempre presente. Este artigo destina-se a apresentar algumas das novas informações e a tentar mudar algumas ideias antiquadas que ainda persistem.

O coronavirus felino opera de forma diferente de todos os outros virus felinos, em diversos aspectos muito importantes:

a) Os anticorpos do sistema não têm qualquer função protectora para o gato e ainda podem desempenhar um papel na doença em si mesma.

b) O número de anti-corpos detectados não tem qualquer significado no prognóstico ou diagnóstico do PIF.

c) Há uma vacina disponível nalguns países, mas não há consenso quanto à sua eficácia ou segurança.

Antes de mais, algumas notas sobre terminologia:

* PIF - É a designação para a doença clinica associada à infecção pelo coronavirus felino

* A forma benigna do coronavirus felino é conhecida por CVEF (Coronavirus Entérico Felino)

* Quando CVEF sofre uma mutação que o torna na causa da doença, passa, então, a designar-se VPIF (Virus da Peritonite Infecciosa Felina)

* VPIF (Virus da Peritonite Infecciosa Felina)

* Os coronavírus felinos são, em geral, designados como FCoV nos países de lingua inglesa.

O CVEF é um vírus muito comum e altamente infeccioso. Pertence ao género Coronavírus, que tem variedades que podem infectar outras espécies animais (humanos, porcos, gado, aves, cães) A maioria dos gatos portadora do CVEF (cerca de 95% ou mais) mantém-se saudável. Mas, nun reduzido número de casos, o facto de estarem infectados com CVEF é o primeiro passo numa cadeia de acontecimentos que leva ao PIF. Isto acontece porque os coronavírussão compostos por um largo número de nucleotides, a unidade básica do material genético, e são muito propensos a mutações. à medida que um vírus se reproduz a si mesmo, são cometidos erros na cópia desses nucleotides. Quanto mais nucleotides, maior o número de erros possível. Enquanto muitos desses erros são inofensivos, alguns terão o efeito de dar ao CVEF a capacidade de causar a doença. Esse grupo mutante de CVEF é chamado VPIF.

Pesquisas recentes têm mostrado que CVEFs mutantes têm origem num gato individual. Então, sabemos que a grande maioria dos gatos não "apanham" PIF, mas desenvolvem-no por si próprios através dos seus CVEFs mutantes. A transmissão de PIF de gato para gato é considerada rara. Este facto deu origem a que alguns dos principais investigadores da doença declarassem que os gatos doentes com PIF muito dificilmente serão um risco para outros gatos e não têm qualquer necesidade de serem isolados.

Estima-se que numa casa onde existam vários gatos e onde o CVEF tenha sido introduzido, 80% a 90% de todos os felinos serão infectados. Os gatis têm a maior probabilidade de serem CEVF positivos, uma vez que o tráfego de adultos e bébés a entrarem e saírem é comum. Todavia a incidência de casos de PIF é muito baixa comparativamente. Em geral a maioria dos gatis perde menos de 10% de animais devido ao PIF ao longo dos anos. São raros os casos documentados em que uma aparente epidemia de PIF é associada a um indíce de mortalidade acima dos 10% num curto período de tempo. Um factor possível nessas epidemias é o espalhar de um vírus particularmente virulento, uma situação fora de comum. Normalmente as fatalidades são esporádicas e imprevisíveis. As idades mais propensas para percas através do PIF são dos 6 meses aos 2 anos de idade (com grande incidência nos 10 meses de idade). Imunidade ao PIF associada à idade é aparentemente possível. A transmissão do PIF de uma mãe para os gatinhos no seu ventre nunca foi demonstrada.

Quais os factores que predispôem uma pequena percentagem de gatos portadores de CVEF a desenvolverem o PIF?

Pesquisas tentam tualmente encontrar mais respostas para esta questão, mas alguns factos estão já a tornar-se claros. A Drª Janet Foley e o Dr. Niels Pedersen da Universidade da Califórnia identificaram três factores chaves de risco: susceptibilidade genética, a presença de CVEFs mutantes crónicos e ambientes com muitos gatos que que favorecem o espalhar do CVEF.

A predisposição genética para o desenvolvimento de PIF foi identificada pelos Drs.
Janet Foley e o Dr. Niels Pedersen em 1996. Eles examinaram pedigrees e fichas clínicas de 10 gerações de gatos em diversos gatis de raças puras e descobriram que a susceptibilidade genética podia ser muito alta (cerca de 50%). É, provavelmente uma característica poligenética, em vez de um simples modo dominanteou recessivo de hereditariedade. O "inbreeding" em si mesmo não representa um factor de risco. Seleccionar os reprodutores para obter resistência à doença é uma ferramenta que ajuda os criadores. O provável defeito na imunidade ao PIF está na média das células. Assim,gatos susceptíveis ao PIF, serão, também, susceptíveis a outras infecções, especialmente fúngicas e virais. Esta descoberta dá aos criadores a possibilidade de sucesso na redução de casos de PIF, usando a análise dos pedigrees parautilizar gatos cuja linhagem tenha grande resistência ao PIF e a outras doenças infecciosas.
Pesquisas demonstram que existem dois padrões principais que ocorrem com a infecção de CVEF. Muitos gatos ficam infectados e recuperam, mas não ficam imunes. São susceptíveis de nova infecção quando voltam a contactar o vírus. Um pequeno número de gatos fica infectado e não recupera. Tornam-se o principal fulcro de contágio no gatil e fonte de nova infecção de CVEF para os outros gatos. Assim, a maneira de eliminar o CVEF (e o risco de PIF) seria a identificação e isolamento do animal que está a espalhar a infecção. Infelizmente, não existe, ainda, nenhuma forma fácil de determinar que gatos num gatil são os que persistentemente transmitem aos outros o vírus. A maneira mais eficiente e prática é através de análises RT-PCR (Vide www.dr-addie.com/whatsnew.htm) das fezes para detectar a presença de CVEF, e isto não é disponível em todo o lado.

Para além de seleccionarem reprodutores resistentes à doença, os criadores podem, igualmente, iniciar práticas de acasalamento que reduzam a possibilidade de contágio por CVEF e posterior desenvolvimento de PIF. Ambientes com muitos gatos favorecem a transmissão do altamente contagioso CVEF. A Drª. Diane Addie da Universidade de Glasgow, na Escócia, diz que a maneira ideal de manter gatos em gatis é individualmente. Mas uma vez que isto nem sempre é possível, ela recomenda que os exemplares sejam mantidos em grupos estáveis de 3 ou 4, no máximo. Os bébés devem ser mantidos em grupos de idade similar e não misturados com os adultos do gatil. Todas as medidas que reduzam o stress ambiental e social na população de um gatil terão um efeito benéfico.

O CVEF é primariamente espalhado através das vias orais e fecais e, em menor grau pela saliva ou liquidos oriundos da respiração. O vírus pode persistir em fezes secas nos w.c. dos gatos entre 3 a 7 semanas, pelo que a limpeza escrupulosa dos habitats e das casas de banho dos gatos é fundamental para reduzir a quantidade de vírus no meio ambiente. É importante dispor de um número adequado de casas de banho e que as mesmas tenham as fezes retiradas uma vez por dia. Estas casas de banho devem ser desinfectadas uma vez por semana. As casas de banho devem ser mantidas o mais longe possível da taça da alimentação e a areia derramada deve ser regularmente aspirada do chão.

A Drª. Diane Addie também descreve um método eficaz para um desmame precoce de gatinhos nascidos de uma gata portadora de CVEF. É um método complexo e rigoroso, destinado a evitar o contágio por CVEF, que exige alguma técnica, pelo que não serve para todos os gatis ou criadores. O processo envolve primeiramente o isolamento da fêmea grávida numa área separada para dar à luz os bébés. quando estes atingem as 6 semanas (uma altura em que a sua imunidade maternal ao CVEF está a desvanecer-se) os gatinhos são retirados à mãe e isolados. Alguma da dificuldade deste método prende-se com os procedimentos necessários para o estrito controlo da infecção e possíveis dificuldades em socializar os gatinhos. Quando praticado adequadamente, não só se produzem gatinhos CVEFs negativos, como ainda eles serão menos vulneráveis a doenças respiratórias e outros problemas comuns aos bébés felinos.

Tal como muitos outros aspectos do PIF, os testes mantêm-se problemáticos. Até à data não existe maneira de testar em gatos saudáveis a possibilidade de virem a desenvolver PIF. A contagem no número de anticorpos não está suficientemente relacionada com o risco de PIF e não deve ser usada como teste: Tal como existem problemas de interpretação dos teste de anticorpos, também existem problemas com a qualidade dos testes laboratoriais. Há novos testes baseados no ADN, que é suposto serem específicos para o PIF. Todavia estes testes não são validados por peritos, uma vez que não foram sujeitos a escrutínio científico por pesquisadores independentes dos laboratórios que os apresentam. Além disso, não existem estudos publicados que identifiquem a diferença genética entre CVEF e PIF. Foi publicado um artigo em 1998 pelo Cornell Feline Healt Center avisando que os designados Elisa testes, específicos para PIF, são baseados em testes insuficientes e os ensaios não foram ainda validados.

Mantém-se inalterado o facto de que não disposmos de testes para detecção de PIF em gatos saudáveis. Nem tão pouco temos maneira de diagnosticar o PIF num gato doente. O padrão seguro continua a ser uma biópsia efectuada na necrópsia. Recentemente o Dr. Andrew Sparkes e os seus colegas da Universidade de Bristol, em Inglaterra, sugeriram que combinar resultados de diversos testes (níveis de globulina e contagem de linfócitos) com observação e contagem do número de anticorpos pode ajudar a diagnosticar o PIF. No entanto, mantém-se veradeira a afirmação de que uma contagem negativa de anticorpos não quer dizer que não haja PIF, assim como uma contagem positiva não quer dizer auto´aticamente que o animal está com PIF. Uma vantagem dos novos testes baseados no ADN é poderem vir a ser feitos a fluidos corporais como líquidos do torax ou do abdómen de um gato doente. Se o vírus for encontrado dará grande apoio ao diagnóstico presuntivo de PIF.

Uma das áreas provavelmente mais controversas da discussão sobre o PIF é a Primucell, a vacina criada pela Pfizer Animal Health, disponível nalguns países desde 1991. A vacina consiste num virus mutante modificado, sensível à temperatura e está licenciada, apenas nalguns países, para uso intra-nasal, em gatos com, pelo menos, 16 semanas de idade. O fabricante recomenda vacinação anual, se bem que não estejam disponíveis estudos sobre a duração da imunidade que a mesma dá. A vacina estimula a imunidade local e também produz anticorpos. A avaliação dos riscos e benefícios desta vacina é tarefa difícil e tem originado muita controvérsia.

Uma vez que o PIF é uma doença grave e fatal, a segurança de qualquer vacina é da maior importância. O Dr Fred Scott, do Cornell Feline Health Center, concluiu num estudo recentemente publicado, que os riscos associados à vacina Primucell são minímos na maioria dos casos. Ele salienta que a vacina está a ser usada há 7 anos sem aumento da incidência do PIF. Relatórios perturbadores sobre um fenómeno designado como "aumento da dependência de anticorpos" foram produzidos por diversos laboratórios, onde experimentalmente gatos previamente vacinados foram postos em contacto com o vírus e desenvolveram a doença ainda mais rapidamente, em vez de estarem protegidos. Ninguém sabe se este fenómeno ocorre no mundo real e não há nenhuma maneira fácil de saber. Se realmente ocorre, é certamente um fenómeno raro, mas a mera possibilidade é perturbadora.

Por outro lado, os benefícios da vacina Primucell parecem ser poucos. A eficácia melhor documentada da vacina verificou-se quando gatos com pelo menos 16 semanas e CVEF negativos foram duas vezes (com três semanas de intervalo) vacinados, num estudo efectuado pela Dra. Nancy Reeves e publicado em 1995. Neste estudo, gatos CVEF negativos foram vacinados antes de entrarem num grande abrigo de felinos onde o PIF era endémico. Os animais vacinados tiveram um índice de mortalidade significativamente inferior ao dos gatos não vacinados. Calculou-se que a vacina teria uma eficácia de 75% (como medida preventiva).

Em gatis onde o PIF é endémico, estudos feitos provam que a vacina não tem qualquer efeito na incidência da doença. Tal pode dever-se ao facto da maioria dos gatinhos em gatis serem infectados entre as 6 e as 10 semanas de vida, muito antes das 16 semanas, recomendadas para aplicação da vacina. Uma vez um gato infectado com CVEF, a vacina não traz quaisquer benefícios. Alguns criadores têm estado a utilizar a vacina antes das 16 semanas de idade, como forma de contornarem o problema. O Dr. Johnny Hoskins delineou um protocolo de utilização da vacina para gatis que tenham sofrido perdas de gatos com idades inferiores às já referidas 16 semanas. Ele recomenda a vacinação às 9;13 e 17 semanas, com posteriores reforços anuais. O uso deste protocolo deve ser feito com a plena consciência de que não existem estudos sobre o tema efectuados com gatos de menos de 16 semanas e de que esta utilização não consta na bula da vacina. Aparentemente o fabricante apenas recomenda o uso da vacina em animais CEVF negativos que vão estar expostos a situações de risco como Gatis e Abrigos.
WaterMonitor
Membro Veterano
Mensagens: 3790
Registado: quarta mar 17, 2004 2:20 pm
Localização: 5 cães - 12 gatos

quinta mar 18, 2004 6:04 pm

Sem querer ser hostil, porque me parece que já há hostilidade que chegue neste forum, quero dizer o seguinte:

Alguém tem ideias muito erradas sobre o que os americanos pensam e praticam no mundo dos criadores.

Concedo que estou a basear-me no meio americano dedicado à fenilicultura. Desconheço se é prática dos veterinários recomendar o abate ao dono comum. Tenho a certeza que não o fazem aos criadores.

Em termos de gatos, deve haver pouca coisa mais genuinamente americana que a Cat Fancier's Association. Este texto é a tradução portuguesa do texto original que está na página dessa organização.
leonildecarvalho
Membro Veterano
Mensagens: 19895
Registado: segunda dez 16, 2002 1:46 am
Localização: Abul-Fadl Nadr al-Hamdani

quinta mar 18, 2004 6:21 pm

Boa tarde Water Monitor.

Enviei-lhe uma PM ( private message ) sobre esclarecimento... ;)

Leo
<p>Desejo a mesma sorte, que a triste sorte dos animais que nao sejam ajudados por quem nao deixa que se os ajude. Autor desconhecido</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>-------------------------------------------------------------</p>
<p>Regurgito nas postas de pescada dos arrotadores. Autor desconhecido</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>&nbsp;</p>
WaterMonitor
Membro Veterano
Mensagens: 3790
Registado: quarta mar 17, 2004 2:20 pm
Localização: 5 cães - 12 gatos

quinta mar 18, 2004 6:30 pm

Já respondi, agora despeço-me. Volto outro dia.
noggy
Membro Veterano
Mensagens: 1117
Registado: segunda ago 26, 2002 3:23 pm

quinta mar 18, 2004 6:32 pm

Pois, pois... criadores e vets ;)
catlover
Membro Veterano
Mensagens: 413
Registado: quarta dez 12, 2001 3:39 pm
Localização: 2 gatas:Luna (x siames) e Fiona ( siamesa), 3 peixes agua salgada
Contacto:

quinta mar 18, 2004 6:40 pm

Eu desde pequenina que gosto de ler tudo, absorver, meditar e tirar conclusoes. Como já disse antes pelo menos devido á infelicidade da Luisa tem aparecido imensa informaçao sobre o PIF. Eu agradeço....

Water : agradeço o trabalho e nao se preocupe pelo tamanho do texto, pr vezes á aqui respostas bem mais longas e que delas nao se tira nada de proveitoso.
sfigueira
Membro Veterano
Mensagens: 836
Registado: terça set 10, 2002 10:49 am
Localização: Gatos, Cães e Caturras

quinta mar 18, 2004 6:54 pm

WaterMonitor Escreveu: Desconheço se é prática dos veterinários recomendar o abate ao dono comum. Tenho a certeza que não o fazem aos criadores.
E em que é que os criadores são diferentes de um dono comum?
Só se for no aspecto de deverem ser mais responsáveis e terem obrigação de não contribuirem para o aumento de animais doentes.

E acho ainda que no caso de um criador, se houver suspeita de um animal estar doente deve tomar todas as medidas para evitar contaminar os outros, nem que para isso seja obrigado a eutanasiar algum dos animais se não dispuser de condições para um total isolamento do mesmo.

Também não sei qual é o tabu em se mandar eutanasiar um animal!
Qualquer vet consciente só o recomenda em casos que o animal manifestamente está em sofrimento e não há esperança...

Trabalhei mais de um ano numa clínica vet e se algum dos vets de lá me disser alguma vez que o melhor para um dos meus gatos é pô-lo a dormir, eu não terei a menor dúvida em fazê-lo, pois infelizmente verifiquei situações em que os donos prolongaram o sofrimento dos seus gatos e em todos os casos, em vão, tendo eles acabado por morrer em sofrimento, coisa que eu me recuso a fazer passar algum dos meus!

No que diz respeito ao PIF, mantenho a minha posição sobre aquilo a que assisti enquanto Auxiliar de Veterinária e que é o facto de que quando se manifesta é mortal e altamente contagioso, pondo em risco todos os gatos da mesma casa/colónia, que invariavelmente acabam por contrair a doença e morrer.

Em relação ao diagnóstico, admito que só com a autópsia se pode ter a certeza absoluta se é ou não PIF, mas com os sintomas apresentados pelo animal, um vet experiente e competente, ajudado por alguns exames clínicos, pode com pouca margem para dúvidas dar um diagnóstico preciso.
No caso dos vets com que trabalhei, se eles disserem que é PIF, eu não duvido!

Se não confiam nos vets que assistem os vossos animais ao ponto de discutirem os seus diagnósticos e quererem pedir 2ªs e 3ªs opiniões, o meu conselho e que mudem de vet e procurem algum em quem confiar, pois só assim os vossos bichos estarão bem assistidos!

Cumprimentos,
Susana
CasadeAnaval
Membro Veterano
Mensagens: 8292
Registado: quarta abr 30, 2003 9:05 pm

quinta mar 18, 2004 7:37 pm

A questão é que se anda a falar de animais com PIF e FiV com "animais saudáveis" e criticando os vets que sugerem a sua eutanásia. Gostaria então de saber em que capacidade e quando essas pessoas observaram os animais em causa para acusarem os veterinários de assassinos. Só isto...
<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
anjaazul
Membro Veterano
Mensagens: 5695
Registado: sábado mar 30, 2002 6:33 pm
Localização: 9 gatos, 2 cães

quinta mar 18, 2004 7:56 pm

eu começo a achar que daqui a pouco o pif está a cair no histerismo da pedofilia. começam os gatos todos a sofrer de pif, tal como toda a gente é pedófila :o
fabriro
Membro Veterano
Mensagens: 808
Registado: quarta jun 12, 2002 2:52 pm
Localização: Quatro gatos europeus comuns lindos:Pantufas, Patusca, Ninja e Principe Azul

quinta mar 18, 2004 8:02 pm

Acuso eu Vasco com todas as letras. Não de ouvir contar, não de ler na net, mas de observar e viver na pele casos desses.
Há um ano atrás ia ser abatida uma gatinha numa clinica veterinária, (por um vet, como é lógico) pelo simples facto de ter dado Pif positivo para ele, para mim coronavirus positivo. Retirei a gata de lá que vive feliz e saudável com a pessoa que a adoptou. O Pif ficou na clinica, pelos vistos. Gatos fiv positivos, sem desenvolver a doença, são muitos abatidos, recentemente vivi um desses casos que já aqui foi falado. Diga-me que suporte cientifico os vet's tem para estes abates? O que é que eles observam que eu não observo? Se não há desenvolvimento da doença, não há sintomas. Há vet's sim que abatem por dá cá aquela palha, porque é que esses vet's não hão-de ser apontados como assassinos? É o que eles são! Porque é que os defende tanto? Isso é uma coisa que me surprende, agora não me diga que todas as eutanasias são bem feitas, porque garanto-lhe que não são!!!!
Não defendo, nem nunca defendi o sofrimento e já partiu de mim mais que uma vez a ordem para eutanasiar o animal, mas sou contra e sempre serei que se matem animais, SAUDAVEIS sim, por serem apenas portadores de um virus.
CasadeAnaval
Membro Veterano
Mensagens: 8292
Registado: quarta abr 30, 2003 9:05 pm

quinta mar 18, 2004 8:17 pm

O suporte é fácil.Os vets baseados nas análises feitas dão as opções, se o dono decide o abate isso é opção deste e não do vet.

Para mais o que eu refiro é a mania que aqui há de se decidir que a culpa e a responsabilidade é sempre do vet. Não sabia que a Fabriro é veterinária para ter opinião a contrapor ao veterinário :Eu geralmente sugiro uma segunda opinião mas noutro veterinário, e um que observe o animal e não dos chicos-espertos que dizem " se fosse comigo..".

existem aldrabões em todo o lado, eu não percebo é que quando uma pessoa aqui diz que se passou tal, tanta gente venha dizer esfola, sem saber nada do caso...Não defendo ninguém, somente sugiro que se fale do que se sabe. A conversa aliás está muito técnica, mas com o devido respeito, nenhum dos envolvidoe é médico-veterinário. Já li que a Noggy acha que o canudo não serve para nada, mas diferentes pessoas com diferentes formações tiram diferentes conclusões. Foi comoa Kikcat e alguns a falarem sobre interferões sem terem ideia sequer do que são :D

O que se tem passado é que se tem vindo neste fórum a falar de animais Fiv positivos "saudáveis".Isso não existe, tal como não se chama a uma pessoa com sida "saudável".É uma pessoa doente e como tal têm que se tomar precauções. Este fórum tem sido submetido a uma descriminação positiva dos gatos com FIV em demasia. Quem quer adoptar tem que ser informado dos riscos. Basta um animal no cio tentar cruzar ( e antes que venham com a conversa da não transmissão por relação sexual , informo que pelo acto sexual em si que é agressivo com dentadas e arranhadelas apanha-se facilmente Fiv) basta uma arranhadela de brincadeira, ou um susto... e eis um contágio.
<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
Kiki_Cat
Membro Veterano
Mensagens: 229
Registado: quinta fev 12, 2004 3:39 pm

quinta mar 18, 2004 8:23 pm

CasadeAnaval Escreveu: O suporte é fácil.Os vets baseados nas análises feitas dão as opções, se o dono decide o abate isso é opção deste e não do vet.

Para mais o que eu refiro é a mania que aqui há de se decidir que a culpa e a responsabilidade é sempre do vet. Não sabia que a Fabriro é veterinária para ter opinião a contrapor ao veterinário :Eu geralmente sugiro uma segunda opinião mas noutro veterinário, e um que observe o animal e não dos chicos-espertos que dizem " se fosse comigo..".

existem aldrabões em todo o lado, eu não percebo é que quando uma pessoa aqui diz que se passou tal, tanta gente venha dizer esfola, sem saber nada do caso...Não defendo ninguém, somente sugiro que se fale do que se sabe. A conversa aliás está muito técnica, mas com o devido respeito, nenhum dos envolvidoe é médico-veterinário. Já li que a Noggy acha que o canudo não serve para nada, mas diferentes pessoas com diferentes formações tiram diferentes conclusões. Foi comoa Kikcat e alguns a falarem sobre interferões sem terem ideia sequer do que são :D

O que se tem passado é que se tem vindo neste fórum a falar de animais Fiv positivos "saudáveis".Isso não existe, tal como não se chama a uma pessoa com sida "saudável".É uma pessoa doente e como tal têm que se tomar precauções. Este fórum tem sido submetido a uma descriminação positiva dos gatos com FIV em demasia. Quem quer adoptar tem que ser informado dos riscos. Basta um animal no cio tentar cruzar ( e antes que venham com a conversa da não transmissão por relação sexual , informo que pelo acto sexual em si que é agressivo com dentadas e arranhadelas apanha-se facilmente Fiv) basta uma arranhadela de brincadeira, ou um susto... e eis um contágio.
Não esqueça-mos que o casa de anaval tem canudo de Veterinário minha gente :) ele é o sabe tudo aqui da arca, dá-me mesmo vontade de rir este senhor :)

Luisa
CasadeAnaval
Membro Veterano
Mensagens: 8292
Registado: quarta abr 30, 2003 9:05 pm

quinta mar 18, 2004 8:28 pm

Pelo menos não falo da minha vida particular nem de "interferons" nem vim aqui dizer que sou jornalista :D
<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
anjaazul
Membro Veterano
Mensagens: 5695
Registado: sábado mar 30, 2002 6:33 pm
Localização: 9 gatos, 2 cães

quinta mar 18, 2004 8:30 pm

Pelo menos não falo da minha vida particular nem de "interferons" nem vim aqui dizer que sou jornalista
e eu a pensar que isto era uma secção do vidas reais :evil:
CasadeAnaval
Membro Veterano
Mensagens: 8292
Registado: quarta abr 30, 2003 9:05 pm

quinta mar 18, 2004 8:31 pm

anjaazul Escreveu:
Pelo menos não falo da minha vida particular nem de "interferons" nem vim aqui dizer que sou jornalista
e eu a pensar que isto era uma secção do vidas reais :evil:
:D
<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
Responder

Voltar para “Gatos”