Tentei registar-me mas pra já n consegui, espero que, ainda assim, esta mensagem chegue a boas mãos (ou olhos, neste caso
)A situação não é simples e preciso mesmo de ajuda...
Sempre fui uma amante de animais, principalmente de gatos... Quando fui para a Universidade, custou-me imenso ficar sem os meus bichinhos, o Gil (cão, uma mistura de caniche com ovelha
) e a Xana (a gata mais linda q algum dia vi, desculpem-me os outros donos, e que infelizmente morreu de velhice no passado mês de Dezembro ).Há cerca de um ano e meio eu e o meu namorado entramos numa loja de animais. Nunca fui a favor da existência delas nem da venda de animais, mas se o primeiro amor existe, então ele é inter-espécies, pq foi isso que senti pelo Ziggy, um persa chinchila branco, com um olho de cada cor (o fãs de Mr David "camaleão" Bowie vão perceber o nome).
Desde o inicio que o Zigo (alcunha carinhosa) exibiu um comportamento pouco normal, pelo menos em relação ao que eu estava habituada. Pouco carinhoso e pouco dado a meiguices, por vezes não reagia ao chamamento. Chegamos mesmo a pensar que fosse surso (um dos olhos é azul) mas depois concluimos que não, que simplesmente era um pouco "desligado".
Vivo num andar alugado, espaçoso e com uma boa varanda, no entanto o excesso de carros e cães no condomínio manteve sempre o Ziggy em casa. De vez em quando levavamo-lo a dar um passeio (até à praia!!!) e numa dessas saídas até às traseiras do prédio, vimos um cão. Claro, agarrei no Ziggy, entrei rapidamente no prédio e, depois de abrir a porta, notei que ele estava a olhar para mim de uma maneira esquisita. Assustei-me. Deixei-o na cozinha, ele miava de forma agressiva quando me via e só voltou ao normal (com um ronronar muito carinhoso e personalizado, diga-se) quando lhe acenei com a garrafa de leitinho.
Alguns meses mais tarde, depois de uma limpeza ao quarto (pelos, pelos e pelos), na brincadeira, disse-lhe: "olha os pelos que tu largas" e mostrei-lhe a escova. Começou a cheirá-la e, quando a ergui, começou a olhar para mim com aqueles olhos assustadores, pupilas dilatadas, a miar (gritar) ameaçadoramente. Fugi, ele seguiu-me.... Bom, a verdade é que isto se repetiu várias vezes até que, a conselho de veterinário e com muito custo para mim, decidimos castrá-lo. A semana após a castração foi horrível, mas depois, durante alguns meses, o Ziggy andou bem.
Mais tarde, voltou a acontecer. Acho que toda a gente lá de casa foi atacada (violentamente) e a resposta agressiva, que no inicio acontecia quando o Zigo sentia o cheiro dele num qq objecto que tivessemos na mão, generalizou-se. Fiquei de rastos, tinha imenso medo dele e de qq cão ou gato com que me cruzasse e a violência dos ataques e a generalização, bem como estar a por as minhas amigas, com quem moro, em risco e o sentir que ele tb estava a sofrer, fez-me tomar a última decisão:.... ir ao vaterinário e.... pronto, o que eles aconselham nestes casos.
Felizmente (
) o meu namorado opôs-se. Levou-o para a casa dele, noutra cidade, na qual trabalha e levou-o a outro veterinário, que após alguma pesquisa decidiu prescrever ao Ziggy benzodiazepinas (mais concretamente, um genérico equivalente ao valium). Isto aconteceu em janeiro.O Ziggy acalmou, está mais querido, mais comunicativo. Mas todas as semanas, quando o meu namorado me vem ver, ele tem ataques e n´s não conseguimos perceber pq é q ele só tem ataques em minha casa e n em casa do meu namorado. Da última vez, estávamos a brincar com ele. Como o veterinário nos tinha dito que tinhamos que re-educar o gato e ser ele a ter medo de nós, e n o contrário, tentei falar alto com ele, para impor respeito. Ele começou a aproximar-se e o meu namorado, para me proteger, levantou-se e ameaçou-o com a mão. Foi horrivel, o Ziggy atirou-se com tanta violencia que voaram pelos pelo quarto todo...
Já tentamos ignorá-lo e n lhe dar umas palmadas (como aconselhou o 1º vet) e berrar-lhe (como aconselhou o 2º vet); n sabemos como re-educá-lo pq n sabemos qual é, na realidade, a má educação; já o mantivemos em diferentes divisões da minha casa, nada resulta. Nunca sabemos o que vai acontecer, n percebemos como é que, com uma medicação tão forte, ele continua agressivo e, apesar de ele n ter ataques em casa do meu namorado, vivo constantemente com medo que ele me telefone pq aconteceu alguma coisa. Além disso, agora n é só o Zigo que precisa de ajuda, sou eu tb. Comecei a trocar de passeio para evitar cães e, no outro dia, ao ir a casa de uma amiga, cruzei-me com um gato lindo no prédio e as pupilas dele estavam dilatadas e n conseguia passar por ele com medo que se atirasse às minhas pernas. Eu nunca tive medo de animais nenhuns.
Por favor, ajudem-me a perceber qual é o problema do Ziggy!
