Pelo que tenho visto, anda aqui pelo outrora pacífico forum das aves muita balburdia acerca da apanha de aves indígenas. Na minha opinião é o resultado de leis e regulamentos demasiado inflexíveis, os quais não são depois fiscalizados. Eu concordaria com a apanha controlada de aves indígenas a curto prazo. Isto é, concordaria que fossem apanhadas quantidades muito reduzidas de determinadas aves indígenas em determinadas zonas, numa parceria entre o ICN ou qualquer que seja o instituto encarregue destes assuntos e criadores de aves profissionais e competentes. Seria feito um estudo de modo a averiguar que número de aves se poderiam apanhar sem prejudicar a população. Seriam apanhadas aves jovens, uma vez que seriam mais adaptáveis, talvez ao longo de vários anos, para evitar um envelhecimento da população. Estas aves seriam entregues aos tais criadores, que se encarregariam primeiramente de as manter vivas e de boa saúde, para depois se dedicarem à sua criação. Assim que estivesse estabelecido um plantel de criação suficientemente grande, seria de novo proibida qualquer tipo de apanha. Mais: esses criadores comprometer-se-iam a vender as aves a preços moderadamente baixos, tal que esse dinheiro desse para cobrir os custos de manutenção mas não muito mais, de modo a evitar a compra por parte de compradores menos informados de aves apanhadas ilegalmente, por serem mais baratas. Estas aves, criadas em cativeiro, seriam anilhadas com anilhas "fechadas", que uma vez postas, em tenra idade, não saem. Não é possivel colocar estas anilhas em aves adultas, o que tornaria possivel identificar as aves apanhadas. Deste modo, poderíamos disfrutar da companhia, beleza e voz das magníficas aves que habitam o nosso território sem estar a por em causa o seu futuro nem a causar mortes desnecessárias, abolindo quase por completo este comércio ilegal. Aproveito para dizer que abomino as pessoas que apanham grandes quantidades de aves indígenas para venda, deixando morrer metade e a outra metade em péssimo estado, sem sequer se preocuparem se essas talvez não sejam as últimas 15 aves dessa espécie num raio de muitos quilómetros.
Bem, este "testamento" é apenas a minha opinião. Digam-me o que acham
P'ra meu espanto, havendo tanta caça, tive a oportunidade de observar, à noitinha, duas corujas das torres à procura de alimento. 
...