Bater ou não bater, eis a questão

[nel]

Olá

Já aqui há tempos abri um tópico com este tema. Lembro-me vagamente que o título era “Batem no cão?”. Mas ir buscá-lo ao “sótão” dá uma trabalheira. Como, por outro lado, há muitos participantes novos no fórum que não intervieram nesse tópico e este tema de certo modo está relacionado com alguns tópicos abertos ultimamente sobre a “humanização” e o relacionamento dono/cão, julgo que será oportuno para debate.

Quem é que não bate no cão? Quem é que já não lhe deu umas palmadas? Palmadas simbólicas ou palmadas a doer? Será útil? Será justo? Será necessário? Não será antes o resultado da falta de controlo que o dono tem sobre o cão? Ou, pior ainda, não será o descarregar no cão as tensões, as frustrações do dono ou, em suma, não será antes um acto de cobardia?

Numa sociedade em que a violência doméstica é aquilo que se sabe, ou melhor, é aquilo que se sabe mais aquilo que não se sabe, o cão é necessariamente o bombo da festa. É o que está mais a jeito e, para muita gente, até nem é grave bater no cão.

Custar-me-ia muito acreditar que haja participantes neste fórum que descarregam as suas mágoas batendo no cão. Por isso, não é neste sentido que o tema aqui é trazido. Contudo, estou convencido de que a palmada muitas vezes é dada com demasiada facilidade, por impulso, ou mesmo por raiva, ou pela dificuldade de encontrar uma solução de castigo mais adequada.

Em muitos casos, eu diria na maioria dos casos, o cão é vítima do castigo porque o dono não o soube educar a tempo. Porta-se mal e... zás. E, em vez de ser o dono a receber a palmada, não, é o pobre do cão que apanha pela medida grande.

Eu lá muito de vez em quando dou uma palmada (simbólica) aos meus cães. Principalmente ao Kiko que é levado da breca. Considero palmada simbólica a que não doi, mas cujo gesto é humilhante para o cão e que ele entende mesmo como castigo.
Mas acho que é uma falta de respeito para com o animal. Não devia ser necessário. Eu devia ter a obrigação de resolver as coisas de outra forma.
Dando aqui a minha opinião, não quero de forma alguma condicionar as respostas. Sobre esta matéria tenho algumas dúvidas.
Gostava de saber a vossa opinião sobre isto.

[anjaazul]

eu não sou muito dada a violências físicas. acho que nunca bati à carlota. enfim... já lhe dei umas palmaditas no nariz porque rosnou. e a culpa foi minha, porque adora acordá-la ou seja, ela deita-se aos meus pezinhos para dormir e eu puxo-a. a dita passa-se e rosna.
o max já levou umas 3 valentes palmadas. uma das vezes, até deu direito a uma dentadinha no dedo. no meu, entenda-se como ele é muito dado ao disparate.... quando precisa, lá vai um enxota moscas. "jornaladas", também costumava levar. agora, leva uns belos pontapés no rabo quando se quer engalfinhar com outros cães. irra! é que o tipo fica cego e surdo. e puxa, fica histérico e eu já dei uns belos trambolhões. nem conto o que fez hoje. fiquei tão aparvalhada, que só lhe ralhei e tratei-o com maus modos

[isabelnobre]

Havia aqui uma forista que dizia o seguinte: " uma palmada na hora certa nunca fez mal a ninguém" e eu concordo.

[Dalilah]

Lá muito de vez em quanto, dou também um "toquezinho" quando uma das malucas abusa. À Dalilah, dou-lhe uma palmada no nariz, porque não doi mas é irritante, e só mesmo quando ela tem de se acalmar um bocadinho porque com toda a sua força e entusiasmo ainda acaba por me arrancar um bocado. A Laika nunca precisou. A Rebeca faz tanta tolice que de vez em quando, quando tudo o resto falha, tem mesmo de levar uma palmadita no rabiosque para ver se mete na cabeça que assim não pode ser. Mas eu devo dar com tanta força que ela não liga nenhuma e acaba sempre por fazer o que quer...

[xabita]

Porrada neles!

Quando é necessário há que chegar ao pelo.Agora os meus são grandes e rijos como o caraças,e ás vezes quem fica dorido de mão sou eu.

[Catarina1]

Olá!!

A minha cadela já tem 4 meses. Idade boa para aprender e perceber o que deve e não deve fazer...
Já levou algumas "jornaladas" quando fazia asneira... E na rua quando faz alguma asneira eu tapo-lhe os olhos e despapo, assim muitas vezes para se atrapalhar toda, e digo k não... Em casa, quando faz asneira, basta eu dizer o nome dela e não...que ela pára e foge. Pior são as revistas... Houve uma vez que comeu uma revista quase toda... Ainda para mais era a revista da semana. Deve ter gostado das novidades. Claro que não ralhamos com ela. Já tinha feito sem ninguém estar em casa. O tapete da sala, também tá um pouco desfiado. Mas já levou alguns safanões do meu irmão, mas com força...Depois de passarem horas de ela ter feito a asneira. Eu digo-lhe k n vale apena bater porque ela não percebe... E ele diz com toda a firmeza que percebe e não sei quê. Nessas alturas tenho pena da cadela. Pois não é ele que a está a educar. E depois, também não lhe pode bater depois de tanto tempo... Já lhe disse... Quando a cadela crescer, ele pensar que está dominada por ele lhe bater e não sei quê...Aí eu quero ver... Já lhe disse. Ele não quer saber. Se ela a mim respeita-me e faz tudo ou quase tudo o que eu mando, porque é que a ele não faz?
Enfim...Mimos meus tem com fartura. Agora com as ferias...tou mais tempo com ela... Pior vai ser quando eu for trabalhar..Vai ter de ficar em casa, mas também , ela já ficava quando eu estava na aulas...Mas depois, quando chegar é brincadeira até cansar!

Bjinhos

[CasadeAnaval]

Nem mais, quantos problemas surgem , por os donos nãos e saberem impôr...e]

[tome]

Boa noite

Por aqui há sempre um jornalinho a mão .

Normalmente ralhar é suficiente mas qd há bulha apanham os 3. Já o rasteirinho...devia ser cada esquina mijada cada jornalada mas as vezes ele pira-se a tempo.

Tomé

[mareana]

Boa noite

Claro que também não concordo nada em bater aos animais. Isto é, se for a “sacudir as moscas” ainda sou capaz, mas mesmo assim só em casos extremos. Como nunca bati nas cadelas, um qualquer sacudir de moscas já é um grande castigo.

Mas mesmo assim evito, normalmente ralhar já basta. Já não sabem o que hão-de fazer. E quando toca a ralhetes é para as duas.

Se considero a asneira grave, então ponho-as de castigo. Fecho-as cada qual num quarto uma meia horita, que acho que é muito pior que ralhar.

Cumprimentos,

Ana

[loba_lua]

Porrada neles!

Quando é necessário há que chegar ao pelo.Agora os meus são grandes e rijos como o caraças,e ás vezes quem fica dorido de mão sou eu.

POis é, eles nem sentem quase nada, é como uma festa para eles

[loba_lua]

O Wolfie esta comigo desde os dois neses e meio. Aprendeu o NÃO. Foi assim que foi ensinado. Mas como ele é muito ciumento e dominante, quando quer morder aos outros lá leva uma palmadita no rabo e um raspanete.

A Diana nasceu aqui, foi dada, mas foi retirada ao dono e ficou aqui. Claro que ela sabe o que é o não. Antes de o Wolfie vir para aqui ela era a menina dominante, e como é pequena, quando mordia na mãe Andorinha segurava-a/levantava-a pelo pelo do pescoço e colocava de castigo. Agora se faz alguma asneira, o que é raro, chega um raspanete.

A Homara, apesar de estar comigo há pouco tempo, é muito obediente e não precisa de palmadinha no rabo, nem de raspanete. A não ser quando salta o muro para ir atrás de mim. Aí tenho que ralhar com ela.

A acolhida Bianca é a desobediência em pessoa ... Ralho, leva umas palmaditas no rabo, mas nada. Desde Janeiro que está um cadito melhor, mas só um cadinho

O acolhido Dusky, ainda é um bebezão, é um pouco desobediente, mas vai no bom caminho. Basta ralhar com ele.

[_Freitas_]

Acho k uma palmadinha no momento certo ñ fal mal a ng.
Só bati aos meus canitos, qd eram cachorrinhos, um não firme, uma palmadinha, bastava para eles perceberem k tinhas feito asneira. Ñ sou apologista de bater com o jornal, mas claro k qd batia, quem ficava dorida era eu .

Agora basta um não firme, e um olharzito de má que eles percebem.

[Ladybird]

Quando é necessário há que chegar ao pelo.Agora os meus são grandes e rijos como o caraças,e ás vezes quem fica dorido de mão sou eu.

Pois os meus são como os do Xabita.

Mas o belo do chinelinho de plástico bem assente na focinheira faz milagres!

[Pedra]

TUNGA neles!

Raramente levam nas orelhas, mas quando acho necessário sim. O problema é que muitas vezes passam em branco, pois só vejo os disparates depois... e depois, não adianta. Agora em flagrante delito, isso sim. Mas, para ser sincera, para a grande maioria um tom de voz diferente e zangado é o suficiente para saberem que estão a fazer mal. um castigo na hora certa é muito eficaz.
Depois, como sou perita em enxotar moscas, levar ou não levar, vai dar quase ao mesmo
Isabel

[nel]

... O problema é que muitas vezes passam em branco, pois só vejo os disparates depois... e depois, não adianta.

Exactamente. Eu esqueci-me de mencionar este aspecto no texto de apresentação do tópico. Muitas pessoas não batem (porque não) e castigam o bicho passado meia hora quando chegam a casa. Claro que ele não vai entender por que motivo vai ser fechado no quarto escuro. O castigo à posteriori está apenas na nossa cabeça e é facilmente entendido por uma criança, mas não queiramos que o cão raciocine como a criança...