Ora vamos lá a ver. Todos nós, de louco temos um pouco, não é?
Todos nós temos as nossas excentricidades, as nossas manias, os nossos caprichos, os nossos vícios, os nossos gostos, xiiiii, querem mais?
Bem, eu tenho essas coisitas todas e mais algumas (hummm, algumas não confesso

) e orgulho-me disso.
Mas não é disso que se trata neste tópico. Por outro lado, ao pôr o rótulo de "atraso mental" ou de "deficiência mental" ou o uso de outra designação qualquer a certas pessoas, julgo que se tratou mais de uma facilidade de expressão do que propriamente para lhes diagnosticar uma doença do foro mental.
Isto não significa que não haja situações doentias no que se refere à relação dono/animal. Bom, mas sobre isto não tenho mais nada a acrescentar, pois teria que repetir o que disse no meu primeiro post.
O que sentimos pelos nossos animais é extremamente subjectivo (Mas que grande máxima!!! Puxa, de vez em quando saem-me assim uns lugares comuns). Mas não é fácil dizer isto de outra forma. Os nossos animais preenchem espaços nas nossas vidas e esses espaços diferem muito conforme as especificidades de cada vida, conforme usufruimos do animal e conforme aquilo que somos. São muitos "conformes" que entram neste jogo. E quando um dos "conformes" é excessivo, a situação foge do normal e então é considerada "doentia".
Se nos mantivermos atentos, poderemos usufruir da companhia do animal sem o desrespeitar como animal e sem nos desrespeitarmos a nós próprios. Mas isto nem sempre é fácil.
Quando me referi ao amor doentio que certas pessoas nutrem pelo seu animal de estimação, foi em termos abstractos. O que está por detrás desse sentimento doentio é um conjunto de motivações das mais variadas. Nalguns casos, o cão é o único súbdito de um dono que na sua vida em sociedade nunca soube ou nunca conseguiu impor-se a ninguém. Ou é o ser leal e fidelíssimo, sem limites nem condições, relação tão difícil de encontrar entre as pessoas. Ou ainda, é o ser que aceita sem reservas paixões e amores... não correspondidos. E também é o ser em que se descarregam frustrações. Quantos e quantos cães sofrem no lombo a cobardia dos donos.
Há de tudo. Em maior ou em menor grau.