PauloC
Estou certo que os ascendentes do Dogo Argentino (por exemplo) seriam meros rafeiros, até por um trabalho exaustivo de selecção e cruzamentos os caracteres da raça se fixarem e passarem a ser 'Dogos Argentinos".
ó paulo espero que se esteja a referir aos primeiros resultados dos cruzamentos das varias raças a que lhe deram origem!
mas como voçe disse e bem a raça por fim resultou dum trabalho tremendo!
Devido a ser uma raça mais recente,o seu desenvolvimento começou simplesmente pelo objectivo de criar um cão ideal para a pessoa em questao ( Dr Antonio Nores Martinez )ou seja, começou do vazio, sem nenhum "modelo" de cão ja existente a apurar, a unica base do começo foi a antiga raça local o Viejo Perro de Pelea Cordobés, onde entao começou a seleçao de varias raças puras , que na sua união resultassem num equilibrio morfologico/comportamental, isto para o Dr Martinez(para quem nao está de acordo). seleçao essa que composta por dogues alemaes arlequins, bull terrier, bulldog ingles, boxer, antigos mastiffs, mastim dos pirineus, pointer, wolf hound... basicamente foram estas unioes, que deram o contributo morfologico e comportamental ao dogo argentino,
tb nao me vou adientar mt..pq isto era só um pequeno aparte...
Paulo espero que entenda o motivo..da minha pequena intervençao..
pq quando voçe fala em rafeiros, que penso que esteja a falar dos 1ºs caes resultantes dos cruzamentos entre as raças que falei em cima,
o que de facto é correcto!
mas pode passar a ideia
que se pegou em rafeiros e se fez a raça
e eu como sou amante dessa raça meteu-me confusao...as possibilidades de interpretaçao da sua frase!
espero que nao tenha levado a mal o meu acrescento
cmp
Em relaçao ao tema do topic acho que encontrei a pessoa com a explicaçao mais explicita! pelo menos...tem a opiniao igual á minha..
LindAlba
ESTALÃO
(do b. Lat. stallone) s. m. Padrão, bitola, medida, craveira
VERDADE DE LA PALISSE
Não há no mundo um animal perfeito, no conceito de estar 100% dentro do estalão definido para a sua raça (já agora, não são os juízes, nem o público a estabelecer os estalões, ok?).
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Imaginemos que sou criador e tenho um cão/cadela que se ENQUADRA mesmo no estalão definido para a raça (até aos 99,9% .. era maravilhoso, mas isto é 1 exemplo, ok??)
Sou feliz. Sou orgulhoso. Vou a todo o lado com a foto dele/a estampada em t-shirts. Mandei fazer pins. Tatuei o/a bicho no meu corpo. Os meus (ex)amigos já fogem de mim quando abro a boca, porque já sabem do que vou falar. Limpo todos os títulos em exposições. Tenho uma lista de espera para cobrições e/ou cachorros que venha a criar.
MAS ELE/A INFELIZMENTE NÃO VIVERÁ PARA SEMPRE .
Aí, numa sempiterna tentativa de MELHORAMENTO e de CONTINUIDADE procurarei atempadamente obter novos cachorros com outro reprodutor (ou vários), obedecendo, entre outros considerandos, ao seguintes pressupostos :
- um “casamento” dentro da mesma raça
- dentro do estalão definido para a raça e com as características morfológicas e de temperamento que considerarei mais adequadas para obter cachorros o mais parecidos com a “estrelinha” de que sou orgulhoso proprietário
- tentarei conjugar as mais-valias do/a meu cão/cadela, com as dos outros animais seleccionados, ainda que estes sejam “menos perfeitos” que o meu
Por favor deixem-se de tretas, se os reprodutores não forem da mesma raça ( um Pincher Miniatura e um Chihuahua são “parecidos”???? ), o que obtêm são SRD ’s, popularmente designados RAFEIROS , e que até poderão ser adoráveis !!!!!
Claro que a criação selectiva pressupõe uma dose elevada de “personalização” que reflecte o gosto do(s) criador(es), a utilidade pretendida, o temperamento idealizado e mesmo as cores do manto.
Agora não me venham com essa de que pelo facto de alguém preferir, por exemplo e já que é a “ minha raça ”, um boxer com pelo comprido e malhadinho (até me arrepio de pensar…) e de fazer tanta m… que finalmente até conseguiu uns quantos SRD em conformidade com esse “ideal”, o estalão acabará por mudar porque muita gente achou piada e passou a querer ter um igual.
Os estalões definidos para as raças existem e dão bastante latitude para se trabalhar neles.
Desenvolver "novas raças" é um trabalho de gerações (caninas e nossas) e têm de se fixar características bem definidas, tanto morfológicas, como temperamentais e funcionais.
Não chega inventar um cruzamento entre um Rottweiller e um Dobermann para criar uma raça nova com o nome Rottmann, que será um rott magrinho e altinho
simplificando
todas e quaiqueres linhas de uma raça têm que obrigatoriamente estar dentro de um estalao, ao ultrapassar essa barreira ja nao poderá ser chamado de melhoramento ou personalizaçao, mas sim de sair do que é esperado da raça, ou seja esses caes tornam-se inuteis para a raça
apesar do seu "sangue"! isso é como voltar para trás!
outra coisa é falar em melhorar ou personalizar até dar origem a uma nova raça!
1º uma nova raça nunca poderá apenas partir de uma só, como é logico, logo, o desenvolver uma nova raça implica "mexer a serio!" com ela, cruzamentos etc...e o que nao se faz do dia para a noite...como LindAlba frisou!
o dogo argentino é um excelente exemplo do sucesso da criação de uma raça pura significativamente recente (5/07/64)
isto para dizer que é possivel sim senhor criar novas raças! mas isso requer largos conhecimentos...muitos anos, muito trabalho...etc...
só que na minha opiniao hoje em dia acho que temos é que pensar é em preservar as que já temos, pq muitas delas já andam a ser estragadas e de que maneira!
não é altura para pensar em criar novidades mas sim de manter raridades!
cmp