O que fazem os criadores aos cães que fogem ao estalão?
Moderador: mcerqueira
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Olá
O Fabarm tem razão eu expliquei-me mal.
Cá no burgo os l cachorros com deficiências fisicas notórias são de imediato abatidos. Os cachorros que não estando dentro do ideal, mas que não apresentam deficiências fisicas são, regra geral, doados, mas sem registo . Os cachorros são sempre vendidos com a 1ª consulta no Vet incluída no preço.
Agora os concursos .
Estaremos todos de acordo que as capacidades de trabalho não deveriam estar desligadas da beleza ( estalão) . Mas o que acontece é que se um cão não "prestar" para exposições de beleza pordefeitos mais ou menos pequenos como p.e rabos enrolados quando devem estar caídos , rabos caídos quando devem estar enrolados , problemas de pigmentação , cabeças grandes ou pequenas , orelhas caídas ou partidas como é o caso do Pastor Alemão, e como basta que sejam de raça e registados para poderem entrar em competição porque não. Claro que estamos a falar de defeitos menores e não de atentados grosseiros ao estalão .
E porque numa ninhada não há 2 cachorros iguais, com os testes poderemos direccionar o treino do cachorro para uma ou mais modalidades , beleza , mondioring , rci , pista, soterrados , caça etc...
Estamos de acordo que na beleza e no trabalho procuramos o cão ideal.
O Fabarm tem razão eu expliquei-me mal.
Cá no burgo os l cachorros com deficiências fisicas notórias são de imediato abatidos. Os cachorros que não estando dentro do ideal, mas que não apresentam deficiências fisicas são, regra geral, doados, mas sem registo . Os cachorros são sempre vendidos com a 1ª consulta no Vet incluída no preço.
Agora os concursos .
Estaremos todos de acordo que as capacidades de trabalho não deveriam estar desligadas da beleza ( estalão) . Mas o que acontece é que se um cão não "prestar" para exposições de beleza pordefeitos mais ou menos pequenos como p.e rabos enrolados quando devem estar caídos , rabos caídos quando devem estar enrolados , problemas de pigmentação , cabeças grandes ou pequenas , orelhas caídas ou partidas como é o caso do Pastor Alemão, e como basta que sejam de raça e registados para poderem entrar em competição porque não. Claro que estamos a falar de defeitos menores e não de atentados grosseiros ao estalão .
E porque numa ninhada não há 2 cachorros iguais, com os testes poderemos direccionar o treino do cachorro para uma ou mais modalidades , beleza , mondioring , rci , pista, soterrados , caça etc...
Estamos de acordo que na beleza e no trabalho procuramos o cão ideal.
Um abraço
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Para mim o cão ideal é o que é representado pelo estalão da raça.
Ora como os estalões são escritos de acordo com a funcionalidade da raça, que seja de caça, de guarda, de trabalho com gado ou de companhia, haver duas linhas é uma anormalidade...
A principal característica do cão é a sua capacidade para o desempenho da função para que foi criado... o resto é paisagem.
Claro que não preciso de por um pit a combater para saber se ele tem as capacidades atléticas necessárias... posso fazer hunging dog (prova que consiste em por um cão a morder um isco, sendo posteriormente içado até ficar com os pés fora do solo e ver quanto tempo aguenta) ou weight pulling (arrastamento de peso), dois tipos de exercícios que exigem potência, estamina e determinação do cão (não gosto da palavra gameness pois foi apropriada dos terriers de caça, e infelizmente, com uma conotação negativa).
Testo o temperamento dos meus filas, e para isso sou apoiado por treinadores profissionais, a restante avaliação do carácter sou eu que a faço... também os meus amstaffs são acompanhados na avaliação que faço, nomeadamente na insensibilidade ao ruido e em travessias da feira de Custóias... é um mar de gente...
Mesmo a minha setter foi avaliada por um treinador de cães de parar, que o Gary também conhece... tem todo o instinto, mas como eu escolhi o cachorro menos dominante da ninhada (já tenho cães dominantes que cheguem), treina-la para provas de primavera (provas técnicas de trabalho sobre peças (codorniz ou perdiz) onde não há abate, apenas disparo de pistola de alarme) poderia estragar o seu temperamento e podendo-a tonar muito tímida, pois como ela não para a paragem sobre a peça teria que ser forçada, tipo coleira elétrica, pelo que optei por não o fazer... mas a funcionalidade está toda lá... nem eu pensaria em cruzar a Rumba um dia se assim não fosse...
há quem me chame fundamentalista...
Ora como os estalões são escritos de acordo com a funcionalidade da raça, que seja de caça, de guarda, de trabalho com gado ou de companhia, haver duas linhas é uma anormalidade...
A principal característica do cão é a sua capacidade para o desempenho da função para que foi criado... o resto é paisagem.
Claro que não preciso de por um pit a combater para saber se ele tem as capacidades atléticas necessárias... posso fazer hunging dog (prova que consiste em por um cão a morder um isco, sendo posteriormente içado até ficar com os pés fora do solo e ver quanto tempo aguenta) ou weight pulling (arrastamento de peso), dois tipos de exercícios que exigem potência, estamina e determinação do cão (não gosto da palavra gameness pois foi apropriada dos terriers de caça, e infelizmente, com uma conotação negativa).
Testo o temperamento dos meus filas, e para isso sou apoiado por treinadores profissionais, a restante avaliação do carácter sou eu que a faço... também os meus amstaffs são acompanhados na avaliação que faço, nomeadamente na insensibilidade ao ruido e em travessias da feira de Custóias... é um mar de gente...
Mesmo a minha setter foi avaliada por um treinador de cães de parar, que o Gary também conhece... tem todo o instinto, mas como eu escolhi o cachorro menos dominante da ninhada (já tenho cães dominantes que cheguem), treina-la para provas de primavera (provas técnicas de trabalho sobre peças (codorniz ou perdiz) onde não há abate, apenas disparo de pistola de alarme) poderia estragar o seu temperamento e podendo-a tonar muito tímida, pois como ela não para a paragem sobre a peça teria que ser forçada, tipo coleira elétrica, pelo que optei por não o fazer... mas a funcionalidade está toda lá... nem eu pensaria em cruzar a Rumba um dia se assim não fosse...
há quem me chame fundamentalista...
<p>Gonçalo</p>
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Para mim o cão ideal é o que é representado pelo estalão da raça.
Ora como os estalões são escritos de acordo com a funcionalidade da raça, que seja de caça, de guarda, de trabalho com gado ou de companhia, haver duas linhas é uma anormalidade...
A principal característica do cão é a sua capacidade para o desempenho da função para que foi criado... o resto é paisagem.
Claro que não preciso de por um pit a combater para saber se ele tem as capacidades atléticas necessárias... posso fazer hunging dog (prova que consiste em por um cão a morder um isco, sendo posteriormente içado até ficar com os pés fora do solo e ver quanto tempo aguenta) ou weight pulling (arrastamento de peso), dois tipos de exercícios que exigem potência, estamina e determinação do cão (não gosto da palavra gameness pois foi apropriada dos terriers de caça, e infelizmente, com uma conotação negativa).
Testo o temperamento dos meus filas, e para isso sou apoiado por treinadores profissionais, a restante avaliação do carácter sou eu que a faço... também os meus amstaffs são acompanhados na avaliação que faço, nomeadamente na insensibilidade ao ruido e em travessias da feira de Custóias... é um mar de gente...
Mesmo a minha setter foi avaliada por um treinador de cães de parar, que o Gary também conhece... tem todo o instinto, mas como eu escolhi o cachorro menos dominante da ninhada (já tenho cães dominantes que cheguem), treina-la para provas de primavera (provas técnicas de trabalho sobre peças (codorniz ou perdiz) onde não há abate, apenas disparo de pistola de alarme) poderia estragar o seu temperamento e podendo-a tonar muito tímida, pois como ela não para a paragem sobre a peça teria que ser forçada, tipo coleira elétrica, pelo que optei por não o fazer... mas a funcionalidade está toda lá... nem eu pensaria em cruzar a Rumba um dia se assim não fosse...
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Ora como os estalões são escritos de acordo com a funcionalidade da raça, que seja de caça, de guarda, de trabalho com gado ou de companhia, haver duas linhas é uma anormalidade...
A principal característica do cão é a sua capacidade para o desempenho da função para que foi criado... o resto é paisagem.
Claro que não preciso de por um pit a combater para saber se ele tem as capacidades atléticas necessárias... posso fazer hunging dog (prova que consiste em por um cão a morder um isco, sendo posteriormente içado até ficar com os pés fora do solo e ver quanto tempo aguenta) ou weight pulling (arrastamento de peso), dois tipos de exercícios que exigem potência, estamina e determinação do cão (não gosto da palavra gameness pois foi apropriada dos terriers de caça, e infelizmente, com uma conotação negativa).
Testo o temperamento dos meus filas, e para isso sou apoiado por treinadores profissionais, a restante avaliação do carácter sou eu que a faço... também os meus amstaffs são acompanhados na avaliação que faço, nomeadamente na insensibilidade ao ruido e em travessias da feira de Custóias... é um mar de gente...
Mesmo a minha setter foi avaliada por um treinador de cães de parar, que o Gary também conhece... tem todo o instinto, mas como eu escolhi o cachorro menos dominante da ninhada (já tenho cães dominantes que cheguem), treina-la para provas de primavera (provas técnicas de trabalho sobre peças (codorniz ou perdiz) onde não há abate, apenas disparo de pistola de alarme) poderia estragar o seu temperamento e podendo-a tonar muito tímida, pois como ela não para a paragem sobre a peça teria que ser forçada, tipo coleira elétrica, pelo que optei por não o fazer... mas a funcionalidade está toda lá... nem eu pensaria em cruzar a Rumba um dia se assim não fosse...
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<p>Gonçalo</p>
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Curiosidade científica: essas brincadeiras do weight pulling - estão estandardizadas (falo do trenó, ou o que quer que seja, tipo de pista, etc)?
"Quando o sábio aponta para a Lua, o idiota olha para o dedo" (provérbio chinês)
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Nos estados unidos estão... tenho um grupo de amigos que estão a tentar importar para cá esse desporto, a partir de espanha, vou ver se consigo regulamentos disso e depois faço um post...
<p>Gonçalo</p>
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Para todos aqueles que se ulceram e gozam e agridem e desprezam quem vem aos classificados pedir um cão desta ou daquela raça, fica a minha pergunta.... se não fossem estas pessoas que seria destes animais descritos acima? .... E mais uma pergunta... isto tudo de rejeitar os cães que não obedecem aos esterótipos que os humanos criaram para eles... não será uma barbaridade? Não será descriminação, elitismo, crueldade? Não estarão a dizer que os animais são uma mercadoria que apenas será vendida se passar no controlo de qualidade?gary Escreveu: Os cachorros que não estando dentro do ideal, mas que não apresentam deficiências fisicas são, regra geral, doados, mas sem registo . Os cachorros são sempre vendidos com a 1ª consulta no Vet incluída no preço.
É por isto que odeio e sempre vou odiar a criação de animais para e as próprias exposições de animais, cães ou gatos, para mim não passam de circos de amestrados para gaudio dos donos que saiem todos contentes de cauda a abanar porque o seu cão é campeão... o ego humano não tem limites.... e os menos capazes são abatidos...ou doados...como quem diz faz lá o favor de ficar com o trambolho mas não levas papeis porque dá mau nome à casa e ninguém mo compra....
Acho este tipo de criação de animais totalmente desprovida de ética porque senão o fosse as mesmas seleções poderiam ser feitas nos humanos ... mais uma vez o homem, decide, julga e age de acordo com as 'leis' que ele próprio criou ...
O meu cão é campeão... UAU!!! ...... somos mesmo... humanos...
A forma como tratamos os animais define-nos enquanto seres humanos.
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Sem querer comentar a sua intervenção (já que não me está a apetecer chatear-me) diga-me uma coisa: como é que concilia a sua postura com o facto de ter comprado um cão de raça? Não faz sentido ....
"Quando o sábio aponta para a Lua, o idiota olha para o dedo" (provérbio chinês)
Gonçalo
Após ter lido o seu post, ficaram-me algumas duvidas:
Quando o Gonçalo escreve que " haver duas linhas é uma anormalidade" quer dizer que as mesmas existem, mas não deveriam existir, ou por outro lado nega por completo a ideia?
Porque depois escreve: "A principal característica do cão é a sua capacidade para o desempenho da função para que foi criado... o resto é paisagem." Ora, se como no caso da sua Setter, a mesma não revela o instinto de paragem, não estará a negar o que escreveu?
Como a enquadra no 7º grupo? Apenas por ser uma Setter?
Um abraço
Tiago
Após ter lido o seu post, ficaram-me algumas duvidas:
Quando o Gonçalo escreve que " haver duas linhas é uma anormalidade" quer dizer que as mesmas existem, mas não deveriam existir, ou por outro lado nega por completo a ideia?
Porque depois escreve: "A principal característica do cão é a sua capacidade para o desempenho da função para que foi criado... o resto é paisagem." Ora, se como no caso da sua Setter, a mesma não revela o instinto de paragem, não estará a negar o que escreveu?
Como a enquadra no 7º grupo? Apenas por ser uma Setter?
Um abraço
Tiago
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Clowdia.
Pode parecer estranho mas olhe que a maioria das pessoas que pede um cão de raça de oferta também não aceita qualquer um... Tem que ser perfeitinho e com as marcações impecáveis...Adultos ? Também torcem o nariz...
E não são poucos os que pedem com pedigree. Ainda há tempos arranjei donos para uma ninhada acidental de terriers e dois dos novos donos vieram depois perguntar-me se conheciam alguém que lhes pudesse arranjar um "Pidigri" ou "pedégrê"
Ainda não percebi o seu problema com a criação de cães. Soa-me, desculpe um bocado a discurso da PETA, aquela associação "modelo" de "activistas" dos animais
Se alguém gosta da raça X porque não economiza para comprar em vez de pedinchar ? Trata-se simplesmente de querer aproveitar-se do fruto do trabalho de outrem. Com tantois animais sem dono disponiveis de graça, suas excelências querem um animal que dê status social. Sim, muita dessa gente é dos tais que compra tudo o que existe para dizer que tem. São os consumistas natos ( a prestações)
Ainda agora me telefonaram para saber se conheço quem venda um labrador "baratinho". Quando lhe falei dos custos e riscos de manutenção a pessoa disse logo " Ah, não fazia ideia"
Pode parecer estranho mas olhe que a maioria das pessoas que pede um cão de raça de oferta também não aceita qualquer um... Tem que ser perfeitinho e com as marcações impecáveis...Adultos ? Também torcem o nariz...
E não são poucos os que pedem com pedigree. Ainda há tempos arranjei donos para uma ninhada acidental de terriers e dois dos novos donos vieram depois perguntar-me se conheciam alguém que lhes pudesse arranjar um "Pidigri" ou "pedégrê"
Ainda não percebi o seu problema com a criação de cães. Soa-me, desculpe um bocado a discurso da PETA, aquela associação "modelo" de "activistas" dos animais
Se alguém gosta da raça X porque não economiza para comprar em vez de pedinchar ? Trata-se simplesmente de querer aproveitar-se do fruto do trabalho de outrem. Com tantois animais sem dono disponiveis de graça, suas excelências querem um animal que dê status social. Sim, muita dessa gente é dos tais que compra tudo o que existe para dizer que tem. São os consumistas natos ( a prestações)
Ainda agora me telefonaram para saber se conheço quem venda um labrador "baratinho". Quando lhe falei dos custos e riscos de manutenção a pessoa disse logo " Ah, não fazia ideia"
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OlÁ
Quando alguém me procura para comprar um Pastor Alemão fá-lo porque quer de facto um Pastor Alemão , Quer um cão com instinto de guarda equilibrado , meigo, dócil para com as pessoas, com grande capacidade de aprendizagem e como é lógico um cão bonito e dentro do estalão essa pessoa quer de facto um cão de Pastor Alemão . E como vai pagar por isso e como tenho normas de conduta que me inibem de vigarizar o meu semelhante é logico e humano (digo eu) que os cachorros que, infelizmente, saim deste perfil não sejam vendidos . Dou-lhe 2 exemplos das duas últimas ninhadas numa a cachorrada nas suas brincadeiras partiram uma orelha a um deles . Acha que seria sério vender um cachorro Pastor Alemão com uma orellha partida? Nós achamos que não ? De 8 cachorros um não cumpre as nossas exigências e como partimos do principio que não terá os nervos das orelhas suficientemente fortes é dado , geralmente a pessoal amigo, mas sem documentos para que mais tarde o cão não dê nome a possiveis ninhadas .
Na última ninhada e 7 meses depois o dono de um cachorro disse-me o que o cão tinha um "andar esquisito" fomos ver o cão levámo-lo ao vet e concluímos que tinha displasia da anca , deficiência grave, como a garantia cobre este aspecto, resolveu-se tudo a contento . é óbvio que o cão foi abatido. Estamos a investigar os antepassados do pai para decidir se este foi um acaso, em 14 ninhadas foi o 1º caso , ou se este macho , que é um cão espéctacular, terminou a carreira com reprodutor.
Em termos percentuais os cães que fogem grosseiramente ao estalão são minimos , logo não há qualquer problema na doação. mas se houvesse seriam naturalmente abatidos.
Quando alguém me procura para comprar um Pastor Alemão fá-lo porque quer de facto um Pastor Alemão , Quer um cão com instinto de guarda equilibrado , meigo, dócil para com as pessoas, com grande capacidade de aprendizagem e como é lógico um cão bonito e dentro do estalão essa pessoa quer de facto um cão de Pastor Alemão . E como vai pagar por isso e como tenho normas de conduta que me inibem de vigarizar o meu semelhante é logico e humano (digo eu) que os cachorros que, infelizmente, saim deste perfil não sejam vendidos . Dou-lhe 2 exemplos das duas últimas ninhadas numa a cachorrada nas suas brincadeiras partiram uma orelha a um deles . Acha que seria sério vender um cachorro Pastor Alemão com uma orellha partida? Nós achamos que não ? De 8 cachorros um não cumpre as nossas exigências e como partimos do principio que não terá os nervos das orelhas suficientemente fortes é dado , geralmente a pessoal amigo, mas sem documentos para que mais tarde o cão não dê nome a possiveis ninhadas .
Na última ninhada e 7 meses depois o dono de um cachorro disse-me o que o cão tinha um "andar esquisito" fomos ver o cão levámo-lo ao vet e concluímos que tinha displasia da anca , deficiência grave, como a garantia cobre este aspecto, resolveu-se tudo a contento . é óbvio que o cão foi abatido. Estamos a investigar os antepassados do pai para decidir se este foi um acaso, em 14 ninhadas foi o 1º caso , ou se este macho , que é um cão espéctacular, terminou a carreira com reprodutor.
Em termos percentuais os cães que fogem grosseiramente ao estalão são minimos , logo não há qualquer problema na doação. mas se houvesse seriam naturalmente abatidos.
Um abraço
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Infelizmente as duas linhas existem na maior parte das raças que chamamos de trabalho, o que a meu ver é uma anormalidade, só deveria existir uma.Quando o Gonçalo escreve que " haver duas linhas é uma anormalidade" quer dizer que as mesmas existem, mas não deveriam existir, ou por outro lado nega por completo a ideia?
Porque depois escreve: "A principal característica do cão é a sua capacidade para o desempenho da função para que foi criado... o resto é paisagem." Ora, se como no caso da sua Setter, a mesma não revela o instinto de paragem, não estará a negar o que escreveu?
Como a enquadra no 7º grupo? Apenas por ser uma Setter?
Quanto à setter, a paragem do setter irlandês resume-se ao respeitar do levante da peça (quando a peça levanta voo, o cão deve ficar parado... não tem que fazer uma paragem estática a apontar como o resto dos cães do 7º grupo)... por isso foi avaliada e seria apenas uma questão de treino, nada que tivesse que ver com a funcionalidade ou capacidades venatórias; tem um excelente nariz, comporta-se como um cão de grande busca, batendo bem o terreno em lances de mais de 400m, tem estamina e endurance... só não respeita o levante... para a avaliação da cadela, quer eu quer o treinador que a avaliou fomos ler o estalão de trabalho do setter irlandês. Pela avaliação do treinador, a cadela tem lá tudo, pelo que seria apenas uma questão de adestramento, pela avaliação do criador, interessa cruzar pois é um out-cross de linhas inglesas a linhas de caça continentais, para manter morfologia e funcionalidade (uma vez que ele está a tentar preservar e melhorar a sua raça preferida)... do meu ponto de vista, como a cadela é morfologicamente correcta e a avaliação independente de quem sabe da área é positiva, o cruzamento servirá apenas para apoiar o bom trabalho que o Pedro Completo tem vindo a fazer com a raça (a maior parte dos cachorros dessa futura ninhada já estão colocados - leia-se oferecidos)... não tenho a mínima pretensão em vir a ser criador de setters, mas se estou envolvido, quero fazer as coisas bem.[/code]
<p>Gonçalo</p>
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Olá a todos
Só depois de ter feito uma modesta intervenção sobre criadores no tópico dos whippets é que abri este e li as intervenções com alguma atenção. Provavelmente essa minha mensagem teria sido mais completa, se tivesse lido este tópico antes. Embora não retire nada do que escrevi, quer-me parecer o seguinte:
Desde já, e já tive oportunidade de o referir, não tenho grande experiência com cães e muito menos com negócios de criação de raças.
Estou a dar a minha opinião sobre este assunto, não porque ela interesse por ser a minha opinião pessoal (quem sou eu para tal?...), mas porque penso pertencer a um determinado grupo de pessoas possuidoras de animais.
Como referiu o VascoV, o cão para muita gente serve para dar um sinal exterior de estatuto social. Em muitos casos, infelizmente, para pouco mais serve. É chique, é moda. O rigor do estalão e o pedigree vão funcionar como garante de qualidade do "produto" e também como via de confirmação e de exibição dessa qualidade em futuros concursos.
Grosso modo, situa-se aqui, dentro deste espírito, um elevado número de consumidores do "produto-cão-de-raça". Este é um grupo.
Outro, ao qual eu pertenco e julgo que pertence a Clowdia, o importante é o animal em si, independentemente do pedigree e do estalão. Os meus cães, de facto, não servem de via de ostentação. Um dia levei os meus dois primeiros whippets a um concurso e um deles até ganhou um prémio, mas jurei de nunca mais. Pode ter sido muito interessante como convívio entre os concorrentes (donos), mas para os bichos foi uma seca.
Ora muito bem. Assumindo pertencer a este grupo, terei o direito de criticar ou condenar as pessoas que não pensam como eu? Neste aspecto, a Clowdia não se terá manifestado de forma extremista? Penso que sim.
E os criadores? Quando fiz a minha última intervenção no tópico dos whippets, salientei e aplaudi a atitude do VascoV em relação à criação do Dog Alemão, mas não quis reduzir este assunto de forma maniqueísta: dum lado estão os bons como o Vasco e do outro estão os maus, os comerciantes, os trapaceiros. Eu, como referi, não conheço o ramo, mas acredito que exista trabalho sério, honesto e rigoroso nesta área.
Quanto aos desvios do estalão, a responsabilidade de colocação dos exemplares "defeituosos" não cabe exclusivamente ao criador. Cabe aos consumidores, e estes, em tantos casos, são tão mais defeituosos!!!...
Cordiais saudações
Manuel cabral
Só depois de ter feito uma modesta intervenção sobre criadores no tópico dos whippets é que abri este e li as intervenções com alguma atenção. Provavelmente essa minha mensagem teria sido mais completa, se tivesse lido este tópico antes. Embora não retire nada do que escrevi, quer-me parecer o seguinte:
Desde já, e já tive oportunidade de o referir, não tenho grande experiência com cães e muito menos com negócios de criação de raças.
Estou a dar a minha opinião sobre este assunto, não porque ela interesse por ser a minha opinião pessoal (quem sou eu para tal?...), mas porque penso pertencer a um determinado grupo de pessoas possuidoras de animais.
Como referiu o VascoV, o cão para muita gente serve para dar um sinal exterior de estatuto social. Em muitos casos, infelizmente, para pouco mais serve. É chique, é moda. O rigor do estalão e o pedigree vão funcionar como garante de qualidade do "produto" e também como via de confirmação e de exibição dessa qualidade em futuros concursos.
Grosso modo, situa-se aqui, dentro deste espírito, um elevado número de consumidores do "produto-cão-de-raça". Este é um grupo.
Outro, ao qual eu pertenco e julgo que pertence a Clowdia, o importante é o animal em si, independentemente do pedigree e do estalão. Os meus cães, de facto, não servem de via de ostentação. Um dia levei os meus dois primeiros whippets a um concurso e um deles até ganhou um prémio, mas jurei de nunca mais. Pode ter sido muito interessante como convívio entre os concorrentes (donos), mas para os bichos foi uma seca.
Ora muito bem. Assumindo pertencer a este grupo, terei o direito de criticar ou condenar as pessoas que não pensam como eu? Neste aspecto, a Clowdia não se terá manifestado de forma extremista? Penso que sim.
E os criadores? Quando fiz a minha última intervenção no tópico dos whippets, salientei e aplaudi a atitude do VascoV em relação à criação do Dog Alemão, mas não quis reduzir este assunto de forma maniqueísta: dum lado estão os bons como o Vasco e do outro estão os maus, os comerciantes, os trapaceiros. Eu, como referi, não conheço o ramo, mas acredito que exista trabalho sério, honesto e rigoroso nesta área.
Quanto aos desvios do estalão, a responsabilidade de colocação dos exemplares "defeituosos" não cabe exclusivamente ao criador. Cabe aos consumidores, e estes, em tantos casos, são tão mais defeituosos!!!...
Cordiais saudações
Manuel cabral
Gonçalo
Em relação às duas linhas, estamos os dois de mutuo acordo. Efectivamente não se deveriam verificar.
Quanto há paragem do Setter, julgo haver aqui uma pequena confusão, mas no entanto aguardo resposta de um Juiz de Grande Busca, para que a mesma fique melhor esclarecida.
A meu ver a confusão reside na paragem, que em qualquer setter é efectiva. O mesmo após a detecção da emanação, "encosta" a barriga ao solo e vai avançando, até bloquear a peça. A paragem propriamente dita dá-se com o animal deitado ou com os membros posteriores flectidos.
A paragem no Setter é única, pois é feita tipo os felinos a fazem.
O respeito pelo levante é outra questão.
Nas provas de Trabalho quer de Continentais, quer de Britanicos é obrigatório que o cão respeite o levante da peça, mas isso não implica que a mesma não tenha que ter sido anteriormente parada.
Pessoalmente não vejo nenhuma utilidade neste exercicio, na caça prática.
O respeito ao levante acontece para que o cão não persiga as peças de pelo.
Continuo no entanto a aguardar a resposta do Sr. Aldo Rappan.
Um abraço
Tiago
Em relação às duas linhas, estamos os dois de mutuo acordo. Efectivamente não se deveriam verificar.
Quanto há paragem do Setter, julgo haver aqui uma pequena confusão, mas no entanto aguardo resposta de um Juiz de Grande Busca, para que a mesma fique melhor esclarecida.
A meu ver a confusão reside na paragem, que em qualquer setter é efectiva. O mesmo após a detecção da emanação, "encosta" a barriga ao solo e vai avançando, até bloquear a peça. A paragem propriamente dita dá-se com o animal deitado ou com os membros posteriores flectidos.
A paragem no Setter é única, pois é feita tipo os felinos a fazem.
O respeito pelo levante é outra questão.
Nas provas de Trabalho quer de Continentais, quer de Britanicos é obrigatório que o cão respeite o levante da peça, mas isso não implica que a mesma não tenha que ter sido anteriormente parada.
Pessoalmente não vejo nenhuma utilidade neste exercicio, na caça prática.
O respeito ao levante acontece para que o cão não persiga as peças de pelo.
Continuo no entanto a aguardar a resposta do Sr. Aldo Rappan.
Um abraço
Tiago
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1º O meu cão é de raça porque não consegui encontrar um pequenino e bebé para adoptar conforme pretendia para apartamento onde já tenho três gatos adultos... não obstante não está sequer registado, não trouxe pedigree e nem lop.... não prexiso disso para nada.....é apenas uma cadela linda... irrite-se se quiser, Sealords...estamos cá para isso... para irritações Valdispert é muito bom.
2º Talvez tenha sido agressiva na forma como expus os meus sentimentos relativamente à criação e exposição de animais.... mas não estou a criticar ou a dizer não façam... estou apenas a dizer que não gosto e que duvido que sejam os animais os principais interessados nessas ' passarelas do mundo animal...' ... tal como alguém disse dos humanos... o mundo tem milhões de habitantes, mas apenas 0.00001 % é top model.... os outros não estão dentro do ... estalão...
2º Talvez tenha sido agressiva na forma como expus os meus sentimentos relativamente à criação e exposição de animais.... mas não estou a criticar ou a dizer não façam... estou apenas a dizer que não gosto e que duvido que sejam os animais os principais interessados nessas ' passarelas do mundo animal...' ... tal como alguém disse dos humanos... o mundo tem milhões de habitantes, mas apenas 0.00001 % é top model.... os outros não estão dentro do ... estalão...
A forma como tratamos os animais define-nos enquanto seres humanos.