Penso que algumas pessoas conhecem a história do Mike neste fórum, mas não vou colocá-la. Curiosamente com a guerra colonial acabada, não se esqueceram somente os soldados que morreram em Africa, mas também os cães que os defenderam. E muitos deles, tal como as tropas indígenas foram abandonados por nós e sofreram um triste fim.
Já há alguns anos que ando a estudar o papel dos cães na Guerra Colonial com o intuito de fazer algo sobre o seu contributo em algumas unidades. Entretanto deixo-vos um site de um país que não esquece os seus.
Pelo Mike, um dos ultimos pastores alemães dignos desse nome. E um dos raros retornados à metrópole.
De quem não esquece
http://www.war-dogs.com/about_wardogs.htm
http://www.qmfound.com/War_Dogs.htm
In memoriam Mike 1970-1985
Moderador: mcerqueira
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<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
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Olá
Sendo este um "MEMORIAL" a herois como Mike, não posso no entanto, deixar esta oportunidade de homenagear um heroi VIVO.....um Terrinha actualmente com a linda (e quase impossivel) idade de 17 anos que salvou muitos naufragos!?!
Nunca deviamos esquecer os nossos herois caninos, que ao longo de muitas e muitas gerações, deram um contributo crucial na História e continuam a servir dignamente a humanidade!
Bye
Sendo este um "MEMORIAL" a herois como Mike, não posso no entanto, deixar esta oportunidade de homenagear um heroi VIVO.....um Terrinha actualmente com a linda (e quase impossivel) idade de 17 anos que salvou muitos naufragos!?!
Nunca deviamos esquecer os nossos herois caninos, que ao longo de muitas e muitas gerações, deram um contributo crucial na História e continuam a servir dignamente a humanidade!
Bye
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Parabéns Vasco por teres colocado este post. A nossa história , tal como a de outros países , é feita com base em muitos heróis esquecidos mas que possibilitaram que ela acontecesse. O facto de os relembrarmos , ou os conheçamos , faz parte de uma memória colectiva que no fundo é o mais importante dos nossos patrimónios.
Saudações
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Boas.
desculpem puxar isto para cima, mas, aluém me sabe dar informações mais sobe cães de guerra em 1962-75 ?
Básicamente desejo entrar em contacto com os treinadores/parceiros dos mesmos, O EMGFA não me faculta logicamente contactos..
desculpem puxar isto para cima, mas, aluém me sabe dar informações mais sobe cães de guerra em 1962-75 ?
Básicamente desejo entrar em contacto com os treinadores/parceiros dos mesmos, O EMGFA não me faculta logicamente contactos..
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Um dos cães de guerra portugueses (mais ou menos por volta de 1972) era o Fogo, um pastor alemão preto, que ficou na Guiné com um destino inglório... foi trocado por uma vaca porque o destacamento não tinha comida (o condutor do Fogo era meu tio)...VascoV Escreveu: Boas.
desculpem puxar isto para cima, mas, aluém me sabe dar informações mais sobe cães de guerra em 1962-75 ?
Básicamente desejo entrar em contacto com os treinadores/parceiros dos mesmos, O EMGFA não me faculta logicamente contactos..
<p>Gonçalo</p>
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</p>
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Obrigado Gonçalo.
na verdade é para um livro que estoua a escever e um dos capítulos é dedicado mesmo a eles.
na verdade é para um livro que estoua a escever e um dos capítulos é dedicado mesmo a eles.
casadiscaes Escreveu:Um dos cães de guerra portugueses (mais ou menos por volta de 1972) era o Fogo, um pastor alemão preto, que ficou na Guiné com um destino inglório... foi trocado por uma vaca porque o destacamento não tinha comida (o condutor do Fogo era meu tio)...VascoV Escreveu: Boas.
desculpem puxar isto para cima, mas, aluém me sabe dar informações mais sobe cães de guerra em 1962-75 ?
Básicamente desejo entrar em contacto com os treinadores/parceiros dos mesmos, O EMGFA não me faculta logicamente contactos..
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Muito bem.VascoV Escreveu: na verdade é para um livro que estoua a escever e um dos capítulos é
Para quando o seu lançamento?????

P.S.- Já agora, será que como colega de forum, tenho direito a um exemplar devidamente autografado???

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VascoV Escreveu: Boas.
desculpem puxar isto para cima, mas, aluém me sabe dar informações mais sobe cães de guerra em 1962-75 ?
Básicamente desejo entrar em contacto com os treinadores/parceiros dos mesmos, O EMGFA não me faculta logicamente contactos..
Vou mexer uns cordelitos meus conhecidos



Não lhe consigo é garantir quando a terei...
Pode ser?
Última edição por Oskarina em sexta set 17, 2004 9:55 am, editado 1 vez no total.
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VascoV Escreveu: na verdade é para um livro que estoua a escever e um dos capítulos é dedicado mesmo a eles.VascoV Escreveu:
Meus sinceros parabens, Vasco.
Espero que vá dando notícias sobre a marcha do projecto.
Alicia
Bom dia
Passo a escrever um texto que encontrei na "História do Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas nº31" referente a Moçambique 1961-1975:
"A utilização de cães de guerra viria a ser experimentada a partir do fim do ano de 1966, mas, apesar das inegáveis potencialidades da acção destes animais, que poderiam detectar, e em alguns casos efectivamente dectectaram, atempadamente, emboscadas do IN, ou que poderiam aumentar a segurança dos estacionamentos nocturnos no mato, ou que poderiam seguir a pisto dos inimigos em fuga, verificou-se, na prática, que na maior parte das vezes as suas limitações, sobretudo a menor resistência às extensas caminhadas sob o calor intenso em terrenos difíceis neutralizavam as suas potencialidades.
Isso ter-se-á devido em parte a uma errada utilização de cães, já que um cão de patrulha, progredindo na testa da coluna, desloca-se em zig-zagueando numa faixa relativamente aberta, com vértice no seu tratador, e percorre, por isso, o triplo ou quadruplo do caminho percorrido pela coluna que precede, pelo que deve ser substituído com frequencia nessa função, devendo ser integrado no grosso da coluna, para descansar, enquanto outra equipa toma o seu lugar. Um bom rendimento dos cães necessitaria, assim, de cerca de 6 equipas para cada operação número esse que nunca se conseguiria reunir. Os poucos cães que acompanhavam as colunas, normalmente apenas uma das equipas, cansavam-se, pois, rapidamente. Duas das outras limitações importantes dos cães de guerra foram, por um lado, as realativas à sua especialização, já que, sendo a pistagem uma especialização exigente em qualidades naturais do cão e em tempo de instrução, a quase totalidades dos cães enviados para Ultramar apenas possuia a especialidade de cão de patrulha, e por outro, a constante mudança de tratadores a que os cães eram sujeitos, já que, sendo os tratadores soldados ou cabos do contingente geral, em média, de 2 em 2 anos o cão mudava de tratador, resultando daí todos os incovenientes ligados à dificuldade de mútuo entendimento entre o cão e os seus sucessivos, e sempre diferentes, tratadores. Como consequência, os cães acabaram por ser progressivamente afastados da actividade operacional, apesar de, por vezes, alguns terem contribuído para a obtenção de bomc resultados ou para evitar baixas entre as nossas tropas."
Tomé

Passo a escrever um texto que encontrei na "História do Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas nº31" referente a Moçambique 1961-1975:
"A utilização de cães de guerra viria a ser experimentada a partir do fim do ano de 1966, mas, apesar das inegáveis potencialidades da acção destes animais, que poderiam detectar, e em alguns casos efectivamente dectectaram, atempadamente, emboscadas do IN, ou que poderiam aumentar a segurança dos estacionamentos nocturnos no mato, ou que poderiam seguir a pisto dos inimigos em fuga, verificou-se, na prática, que na maior parte das vezes as suas limitações, sobretudo a menor resistência às extensas caminhadas sob o calor intenso em terrenos difíceis neutralizavam as suas potencialidades.
Isso ter-se-á devido em parte a uma errada utilização de cães, já que um cão de patrulha, progredindo na testa da coluna, desloca-se em zig-zagueando numa faixa relativamente aberta, com vértice no seu tratador, e percorre, por isso, o triplo ou quadruplo do caminho percorrido pela coluna que precede, pelo que deve ser substituído com frequencia nessa função, devendo ser integrado no grosso da coluna, para descansar, enquanto outra equipa toma o seu lugar. Um bom rendimento dos cães necessitaria, assim, de cerca de 6 equipas para cada operação número esse que nunca se conseguiria reunir. Os poucos cães que acompanhavam as colunas, normalmente apenas uma das equipas, cansavam-se, pois, rapidamente. Duas das outras limitações importantes dos cães de guerra foram, por um lado, as realativas à sua especialização, já que, sendo a pistagem uma especialização exigente em qualidades naturais do cão e em tempo de instrução, a quase totalidades dos cães enviados para Ultramar apenas possuia a especialidade de cão de patrulha, e por outro, a constante mudança de tratadores a que os cães eram sujeitos, já que, sendo os tratadores soldados ou cabos do contingente geral, em média, de 2 em 2 anos o cão mudava de tratador, resultando daí todos os incovenientes ligados à dificuldade de mútuo entendimento entre o cão e os seus sucessivos, e sempre diferentes, tratadores. Como consequência, os cães acabaram por ser progressivamente afastados da actividade operacional, apesar de, por vezes, alguns terem contribuído para a obtenção de bomc resultados ou para evitar baixas entre as nossas tropas."
Tomé
ois
No relatório da operação nº33/67 «LEÃO BRAVO» (de 2 a 4 de Setembro, nas nascentes do rio Muera, encosta sul do planalto de Mueda), além de considerações já habituais sobre a forma de actuar do inimigo, encontra-se uma das poucas referências, à valia da actuação operacional das equipas de cães de guerra.
"Salientou-se nesta acção a equipa de cães de guerra atribuída a esta companhia:
- O tratador, Soldado Páraquedista nº197/65, Carlos Figueira Martins revelou-se um bom combatente, corajoso, calmo e disciplinado
- O seu cão, FRASKO, revelou-se agressivo, robusto e obediente ao tratador
Em todas as missões que foi chamada a desempenhar, a equipa sempre cumpriu com muito acerto e desembaraço"
Tomé
No relatório da operação nº33/67 «LEÃO BRAVO» (de 2 a 4 de Setembro, nas nascentes do rio Muera, encosta sul do planalto de Mueda), além de considerações já habituais sobre a forma de actuar do inimigo, encontra-se uma das poucas referências, à valia da actuação operacional das equipas de cães de guerra.
"Salientou-se nesta acção a equipa de cães de guerra atribuída a esta companhia:
- O tratador, Soldado Páraquedista nº197/65, Carlos Figueira Martins revelou-se um bom combatente, corajoso, calmo e disciplinado
- O seu cão, FRASKO, revelou-se agressivo, robusto e obediente ao tratador
Em todas as missões que foi chamada a desempenhar, a equipa sempre cumpriu com muito acerto e desembaraço"
Tomé

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- Membro Júnior
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- Registado: segunda jun 07, 2004 5:12 pm
Vasco,
Não há memória de terem recusado informação a alguém. Pode ser que encontre as informações que precisa
Arquivo Geral do Exército
Convento de Chelas
Telef. 218372658 - 218372718
Arquivo Histórico Militar
Telef. 218842300
Boa sorte
Não há memória de terem recusado informação a alguém. Pode ser que encontre as informações que precisa
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Convento de Chelas
Telef. 218372658 - 218372718
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Telef. 218842300
Boa sorte