Desculpas aceites, não faz mal nenhumNocturnus Escreveu: [ Peço desde já desculpas à Alicia por ter deturpado as suas palavras.

Eu tambem acho que a gente deve manter o espírito aberto nestes (e ainda noutros) assuntos, mas as coisas que numa primeira impresão parecem inexplicaveis, geralmente acabam por ter uma explicação racional, se a gente se da ao trabalho de a procurar.
Gostei imenso da explicação do Aragão, até porque encontro nela muita semelhança com as etapas do crescimento duma criança.
Tenho duas filhas já adolescentes e ainda lembro-me das etapas de medos ao escuro despoletadas sabe-se lá porque. Ora se numa dessas etapas eu (a mãe) começava a procurar ánimas no armario dos brinquedos, estamos feitos, não é? Uma mãe deve é acalmar ao filho, mostrar que não há nada de mau no escuro, deixar uma luzinha acesa, sei lá, mas mostrar calma e segurança para a criança ultrapassar a etapa.
Há uma diferença essencial entre a educação duma criança e a dum cachorrinho (para alem da mais obvia: não é o mesmo, claro), e é que a gente educa um filho para que seja independiente e saiba ponderar e escolher por si proprio, e o cão nunca vira ser independiente, sempre, toda a sua vida, dependerá do dono. Mas nalgumas coisas é mesmo muito semelhante, acho eu.
Sobre a empatía que existe entre o cão e o dono, sobretudo quando a relação entre ambos é de muito carinho, eu acho uma das coisas mais maravilhosas que os nossos bichos podem nos oferecer. Não acho que nisto há qualquer coisa de sobrenatural, até porque o mesmo acontece com um amigo muito querido, ou num casal de muitos anos de boa convivência: a gente sabe quando o outro está em baixo ou tem qualquer problema e fica ao pé a dar ajuda o consolo, a "pôr o ombro" como se disse no meu país para expressar aquele apoio silencioso mas firme dos amigos.
E já agora, vou passear com o "meu filhote" ao jardim :p
Desculpas pelo testamento, bom domingo para tudos, e até a segunda

Alicia