"Melisaa", antes que tudo, domesticar um piri (ou outra ave domesticável) exige uma boa dose de paciência, carinho e atenção. Mas uma boa dos, mesmo!

Ah, e prepare-se para aguentar coma lgumas bicadas, no ínicio!
Pode acontecer a fêmea matar o macho,

. Felizmente que ainda não tive de lidar com isso, ufa, mas quase...houve uma piri q tivemos q teve de voltar para o viveiro do meu pai (ele cria piris, caturras, papagaios cinzentos e rosélas) pq não a domesticavamos de maneira nenhuma (vinha p o dedo, mas...) e pq começou a tornar-se muito agressiva com o pobre Gadjot. Acontece às vezes as piris quererem à força toda, acasalar com o macho, e se o macho as recusa, atacam-no com agressividade, chegando a matá-lo. Ou é o macho que quer acasalar, ela não quer e...pronto...

. Uma coisa me parece ser opinião geral: as piris fêmea têm tendência para ser mais agressivas e, por vezes, tb mais difíceis de domesticar (mas com paciência e carinho é possível!).
Qto ao macho so seu segundo casal, só posso especular, provavelmente ficou doente e, como sabe, os piris são animais mto frágeis, geralmente não conseguimos salvá-los (como aconteceu com o me Flokito...

). Mas sei de um casalito do viveiro do meu pai no qual o macho morreu (doença) e a fêmea deixou-se morrer de tristeza (deixou de comer, de beber, de aceitar companhia fosse de que piri fosse e tb não conseguiamos "obrigá-la" a comer, recusava tudo)...talvez tenha acontecido isso ao macho (pura especulação).
Tb já me aconteceu deixar a gaiola do meu Gadjot cair (sou mto trapalhona),

, mas felizmente que ele voou para uma árvore próxima e veio de imediato para a minha mão qd o fui buscar...ufa...graças por estar domesticado e ter a tendência para se manter perto de nós!!
Qto à domesticação propriamente dita, daria pano para muitas mangas, lol, mas eu vou tentar descrever o que fiz (se me esquecer de algo, depois pergunta-me ou os restantes foristas colmatam-me ou corrigem-me). Com o Gadjot, que foi o primeiro que domestiquei na vida, custou um pouquito, mas conseguimo-lo (eu e o meu companheiro) em cerca de duas semanas. Ele já não era um bebé, mas sim um adolescente muito rebelde (já tinha a cera do bico azul, ou seja, já tinha começado a amadurecer), o que dificultou o processo (já para não falar das bicadas que ele dava...

).
A ideia é fazer com que o piri se habitue à nossa presença e, aos poucos, perca o medo. Pode começar por o deixar na gaiola e falar muito com ele, a ideia é dizer-lhe "piriquito, eu estou aqui, não tenhas medo", lol. Depois, aos poucos, vá experimentando introduzir a mão na gaiola, talvez com uma pedacito de fruta, algo que ele goste, aproximar a mão dele devagar...aos poucos ele deverá habituar-se e pode começar a ir para a sua mão.
Qd o soltar, tem de ser numa divisão fechada. Se tiver janelas, feche as cortinas (e a janela, claro!) para q o piri não veja o vidro (eles não o reconhecem como obstáculo, pensam que não está lá nada e vuuup, vão direitinhos...). É normal que de início ele seja desajeitado, porque não conhece o espaço, eu por ex, andava sempre atrás deles, durante os voos, com as mãos perto, para tentar evitar encontrões contra qq coisa (já me aconteceu um piri ir parar atrás de um armário...

). Há quem aconselhe a cortar a pontinha das asas aos piris p que estes não possam voar (só esvoaçar), mas eu não sou adepta (procure o tópico "caturras"). Solte-o só qd estiver na divisão, não o deixe sozinho eqto ele não conhecer os "cantos da casa".
Com o Gadjot, tb o agarrávamos, fazendo-lhe festinhas e falando suavemente, mas ele detestava isso, fartava-se de "chorar" (é um som assim parecido com um quáquá, esganiçado...não sei descrever melhor), espernear e bicar. Mas aos poucos ia ficando no dedo. Depois, faziamos as "escadinhas", isto é, obrigar o piri a ir de dedo para dedo (por, ex, está no dedo indicador da mão direita, aproxima o da mão esqd das patitas dele e incita-o a ir p esse novo dedo, depois p o da dta, etc). Depois começámos a pô-lo no ombro, ele ao principio fugia, nós insistiamos, ele acabou por se manter lá e assim andávamos muito com ele no ombro, sempre falando calmamente e animadamente. Nesta altura ele já estava habituado a nós.
Com o tempo, e sempre dando atenção e carinho, o passarinho vai ficando mais e mais próximo. Ajuda de domesticar um sozinho, secalhar começando por um macho jovem. Os mais jovens (se der, um ainda bébé, um que não tenha a cera ainda colorida - mas aí tb não sabe se vai sair macho ou femea, lol, só qd amadurecer; e atenção que há raças em que o macho não chega a ficar com a cera azul, que é o caso dos lutinos - albinos, arlequins...o Flokito era um arlequim). Depois qd domesticar o primeiro, partia para um segundo, para formar o casalito. Funciona melhor qd estão sozinhos, pq assim afeiçoam-se ao dono (começam a ver o dono como um piri tb,

).
Com O Flokito foi diferente, pq ele era um bébé mansinho e vinha para o dedo naturalmente, não tinha medo. Mas tive de o ensinar a comer no comedouro e a voar. De resto, foi só dar-lhe atenção, olhar por ele, dar-lhe mimnhos (ele adorava festinhas)...os piris adoram que se fale com eles.
Bem, desculpem todos o testamento!!!
Se eu esqueci algo ou me enganei...
Espero que este testamento tenha ajudado!!
