Acordo de co-propriedade

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Moderador: mcerqueira

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Jordan
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quarta nov 03, 2004 5:39 pm

Eu dei a minha opinião de que comigo a co propriedade não resultava!
Lógico que comprava um bom exemplar, mas não aceitava a co propriedade, aceitava disponibilizar o cão para a cruza, mas deixar a minha cadela quase 3 meses com o criador... (no meu caso teria que ser assim pq não tenho nenhuma experiência com parturientes nem ninhadas e não sujeitaria aos animais correrem riscos comigo, né!) isso não, nesse caso para que o comprava?

Mas expliquem lá, sempre que o criador vende um bom exemplar, tem de haver o acordo de co propriedade?? :| Se assim for, perco todas as ilusões de um dia vir a ter um bom cão de raça, pq como disse, não aceito co propriedade.

Fiquem bem
Musky
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quarta nov 03, 2004 5:49 pm

Jordan

Não é obrigatório fazer um acordo de co-propriedade, aliás estes até são raros em Portugal (penso eu).

Mas os criadores não podem ficar com todos os bons exemplares que produzem, e é uma dor d'alma ver alguns exemplares magníficos desperdiçados por aí...

Daí a co-propriedade: o comprador compra muito mais barato do que o valor real do cão, o criador tem hipótese de fazer algum trabalho com ele.
Moody_Blue
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quarta nov 03, 2004 6:12 pm

Se me permitem dar tb a minha opinião, penso que o tipo de acordos de copropriedade para cães têm de ser necessariamente diferentes dos de cadelas, e que no caso das cadelas deve ser exigido que antes do parto, e até ao desmame, o animal esteja nas instalações do criador, o que do meu ponto de vista implica que dono / criador estejam muito próximos.

Compreendo quem diz que é difícil a separação dos nossos amigos, para mim também seria, porém quem vir a "sujeira" que uma ninhada origina, o tempo e a dedicação a que obriga, penso que "ficará vacinado" e da próxima vez preferirá que a cadela vá para a "maternidade", ou seja, para o criador. Mal comparado com os humanos, já ninguém hoje em dia tem os filhos em casa. E se o criador nos permitir ajudar ao parto e visitá-la todos os dias, tanto melhor.

Advogo tb que, por uma questão de protecção à raça, a maior parte das cadelas devem ser vendidas já esterilizadas, caso tal seja possível (não sei se existem limites de idade para o fazer), ou com acordos de cruza.

Ao fim e ao cabo, os donos acabam quase sempre por esterilizar as cadelas ao fim de algum tempo, e se não houver interesse nem do comprador ou do criador numa posterior cruza, melhor será que o trabalho venha feito de origem, mas sem exageros, terá de haver sempre mais animais férteis do que aqueles que vão cruzar mais tarde, caso contrário há algum risco em extinguir-se a linhagem.
xanda
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quarta nov 03, 2004 7:21 pm

:D

Eu continuo a achar uma boa ideia, pois existe uma contribuição para a manutenção de determinada raça.
Mas também digo que tem existir uma boa relação criador/proprietário e honestamente não me faz muita confusão, desde que haja participação do proprietário. Além de que um criador não pode ter uma matilha de cães em "casa" :D

Bjs Alex
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quarta nov 03, 2004 7:52 pm

Musky Escreveu: Mas os criadores não podem ficar com todos os bons exemplares que produzem, e é uma dor d'alma ver alguns exemplares magníficos desperdiçados por aí...
Numa ninhada de 6, em que o criador apenas aprecia 4 como sendo bons, porque não ficar com apenas um e castrar/esterilizar os restantes antes de sair???
Já não se desperdiçavam....
CasadeAnaval
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quarta nov 03, 2004 8:19 pm

A co-propriedade pode ser nteressante desde que se efectue um contrato bem definido. Infelizmente o tempo do aperto de mão já lá vai.

Querem melhor exemplo do que este ?

Um conhecido meu contou-me que um tipo foi a uma oficina de concessionário pedir um orçamento por causa de um sinistro. A concessionária cobra X por orçamento ( ou cobrava) caso a reparação não seja feita lá...porque muita gente lá ia, eles colocavam o pessoal a trabalhar no carro para orçamentar e depois lá se iam embora com o orçamento sem pagar nada.

O tal tipo teve de assinar um acordo em que se comprometia a pagar X. Chega ao fim, e já na posse do orçamento mete-o no bolso e vai para levantar o carro...sem pagar.

Grande sururu, chamam o Eng. responsável e este confronta-o com o papel assinado em que ele se comprometia a pagar X pelo orçamento caso não fizesse lá a reparação.

O que faz o gajo... apanha o documento da mão do Eng. rasga-o em pedacinhos enquanto lhe diz - Sr- Eng. , este papel para mim é M....
Gostaram do ex?...É real.
<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
aisd
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periquito FALCANITO

quarta nov 03, 2004 8:39 pm

A mim faz-me confusão muita coisa.

Parece que esta conversa evoluiu para o seguinte conceito - ou se vendem os cães esterilizados ou se fica com eles (em copropriede ou propriedade total).

Isto é o quê ?
Alguma ideia do norte da europa ?
Os senhores criadores ficam com o exclusivo da procriação ?
É isso que ambicionam ?
E para quê ?
Para poderem establecer o preço tipo monopólio ?

Aliás não vejo razao para confiar num criador mais do que em qualquer outra pessoa.
Não os conheço senão superficialmente, não são família.
Porque havia de confiar ?

Por se dizerem criadores como outros se dizem honestos ?
Será que aproveitei alguma coisa da minha experiência na política ?
Ou estou ao nível de um matarruano e acredito no Pai Natal ?

ps - tenham em mente que estou a conversar em termos abstratos, não desejo ofender ninguém.
CasadeAnaval
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quarta nov 03, 2004 8:40 pm

Não se está a generalizar, penso que falamos de casos especificos.

Mas se fosse possível só cães certificados cruzarem, sera muito melhor...tanto para os criadores como para os donos...
aisd Escreveu: A mim faz-me confusão muita coisa.

Parece que esta conversa evoluiu para o seguinte conceito - ou se vendem os cães esterilizados ou se fica com eles (em copropriede ou propriedade total).

Isto é o quê ?
Alguma ideia do norte da europa ?
Os senhores criadores ficam com o exclusivo da procriação ?
É isso que ambicionam ?
E para quê ?
Para poderem establecer o preço tipo monopólio ?

Aliás não vejo razao para confiar num criador mais do que em qualquer outra pessoa.
Não os conheço senão superficialmente, não são família.
Porque havia de confiar ?

Por se dizerem criadores como outros se dizem honestos ?
Será que aproveitei alguma coisa da minha experiência na política ?
Ou estou ao nível de um matarruano e acredito no Pai Natal ?

ps - tenham em mente que estou a conversar em termos abstratos, não desejo ofender ninguém.
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PauloC
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quarta nov 03, 2004 9:40 pm

Olá,
Eu parece-me que andam por aqui uns mal entendidos, ou então sou eu que estou a perceber mal. :o
Os criadores têm orgulho em todos os bons exemplares que criam, sejam eles de sua propriedade, de propriedade de outros donos ou em co-propriedade. A vantagem para as partes que fazem este tipo de acordos já foram aqui plenamente descritas. Só faz estes acordos quem quiser e vir que essas vantagens lhe agradam, é isso que um acordo pressupõe.
Não percebo porquê pensar que um bom exemplar que não seja para o criador usar em reprodução deva ser esterelizado! Não basta ele ser 'desperdiçado' e não contribuir para o património genético da raça, então nem sequer poderia ser apreciado em exposição e ser avaliada a qualidade do criador? É que um cão castrado não pode participar de exposições!
Pessoalmente, EU, também não entraria num tal acordo, porque gosto de ter controlo TOTAL sobre o que diz respeito aos MEUS cães. Mas admito perfeitamente que estes acordos existam e quem neles tem interesse os faça. Não me chocam minimamente.

Cumprimentos
Paulo C.
Budgerigar
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quarta nov 03, 2004 9:49 pm

Perdoem-me a minha intervenção, mas tudo isto vai contra o meu conceito de "ter um cão"

Atenção que não pretendo gerar nenhuma polémica e isto é apenas e só a minha opinião.

Eu actualmente tenho 6 cães (o ultimo veio na 2ª feira) e todos eles são para mim, mais um membro da familia.

Não me vejo na pele de proprietário de uma cadela da qual o criador decide a qual veterinário devo ir, que ração devo dar ou com que cão devo cruzar.

Para mim e perdoem-me a comparação, seria o mesmo que obrigar o meu filho a casar com determinada mulher, ser vegetariano e ir ao médico de familia quando tem um médico particular.

Quando adquiri os meus cães, foi com plena consciência de que seria o responsável máximo por eles e que nunca em situação alguma os "abandonaria", por isso não faria sentido absolutamente nenhum que, tendo uma cadela grávida, a mesma fosse para casa do criador até ter a ninhada ou melhor até que a ninhada fosse desmamada.

Então e se por algum motivo a cadela morresse ??? como é que eu me sentiria ? não, para mim está totalmente fora de questão e que me desculpem os criadores, mas a situação de co-propriedade é para mim um desrespeito pelo cão e pelo valores da amizade que nós donos devemos estabelecer com os nosso animais.

Quer-me parecer que esta situação de co-propriedade é relegar o cão para uma situação de objecto, que servirá os interesses, quer dos criadores quer dos donos que olham para o seu cão, não como um amigo e companheiro, mas como uma mera "coisa"
<strong>Paulo Santos</strong><strong> </strong>
fang
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quarta nov 03, 2004 10:44 pm

Sabem que mais?
No meu caso, cão que não fique comigo é para esquecer no que respeita a outros "voos".
Tenho alguns cães registados no meu nome, sendo eu o tetentor do LOP, que foram dados a pessoas de confiança com vista a participar em expos.
É certo que os animais estão bem entregues, é certo que posso "mandar" na reprodução, etc, etc.
Agora no que diz respeito a ring, ao princípio é tudo muito bonito, até ganham uns prémios, mas passado 1 ano já é complicado. As vidas mudam, a disponibilidade muda, há acidentes com os animais, etc.
Mesmo eu mudo e acabo por me chatear, acabando~se a carreira do bicho.
É que a minha disponibilidade de tempo não é assim tanta. Afinal tenho o meu emprego e os cães cá de casa.
<p>Francisco Barros</p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
nynf
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quarta nov 03, 2004 10:58 pm

Budgerigar
Realmente é verdade, os criadores não tÊm qualquer tipo de sentimento relativamente ás ninhadas que criaram, e os cães são meras coisas ou objectos... :roll:
Aceito a sua opinião, mas não concordo em nada com ela por diversas razões que já tentei explicar mas que pelos vistos não interessam nada. Também não interessa nada que se tenha dito que este acordo só pode ser feito entre 2 pessoas que confoem muito uma na outra e blablablabla...

Pedra ;) eu por acaso já sabia que tinhas razão, mas é sempre interessante constatar essa realidade in loco ;)
<p><strong>Sauda&ccedil;&otilde;es!</strong></p>
<p><strong>Cristina Paulo</strong></p>
<p>&nbsp;</p>
Golden_
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quinta nov 04, 2004 2:17 am

...
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Pedra
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quinta nov 04, 2004 3:06 am

Afinal, não está assim tão mau quanto eu esperava.
Uns nem pensar, outros talvez conforme as condições.
Não vos vou sequer falar de países em que esta é quase a única forma de obter um cão de um criador respeitavel, porque senão passavam-se todos da marmita. No entanto, isso acontece, e as condições são sempre a favor do criador. Só compra e aceita este tipo de acordo quem quer, em muitos casos, é quase a única forma de obter um animal de uma determinada raça.
Sobre a discussão em si, não acho que seja absolutamente necessário ou até talvez indicado, no caso de uma cadela, ir parir a casa do criador. Mas que deve ter o seu apoio, isso sem duvida.
Também não me parece que seja condição necessaria, que o cão, depois de usado seja libertado, pois aí, na minha opinião, o criador perdia o controle e poderia deitar muito a perder. Por outro lado, sempre achei que quem roeu a carne, que roa também os ossos.
Para mim, o conceito de co.propriedade, não difere muito do de propriedade, a diferença é que legalmente, o proprietário do animal é mais que uma pessoa. Tal como um unico proprietario, há responsabilidades, e um cão é para a vida. Mas os acordos são isso mesmo, e desde que não seja contra a lei, cada um acorda o que muito bem entende. Só é preciso é que na realidade se cumpra na integra.
Se isto sair mal, desculpem mas é do sono. Amanha falo mais.
Isabel
Pedra
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quinta nov 04, 2004 3:14 am

aisd Escreveu:
Isto é o quê ?
Alguma ideia do norte da europa ?
Os senhores criadores ficam com o exclusivo da procriação ?
É isso que ambicionam ?
E para quê ?
Para poderem establecer o preço tipo monopólio ?
Não propriamente do Norte da Europa, mas também.
E se ficarem com o exclusivo da procriação dos caes que eles próprios criaram e trabalharam? Talvez seja melhor que o dar a gente que não sabe o que faz, ou não?
Não, para estabelecer monopolio de preço, mas se calhar para proteger um pouco mais as raças que selecionam, que muito trabalho lhes deu a selecionar, e que os simples donos tanto apreciam, por isso mesmo.

Isabel
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