Independentemente da raça ou mesmo sem raça definida, quando os cães vivem em grupo, há uma tendência natural para um deles se destacar como líder.
Nas nossas casas, onde poderá existir mais que um cão/cadela, o mesmo se passa, embora por vezes de forma mais discreta. Dado que todos são alimentados, e tem de alguma forma a atenção repartida, não há grande necessidade de disputas.
Para eles, nós somos os líderes. Tendo as condições atrás descritas, poderá a um nível inferior, não haver grandes manifestações de dominância. Estas sim, podem surgir, quando inconscientemente começamos a destacar (excesso de atenção ou outro tipo de privilégios), um determinado elemento. Por exemplo:
Estamos a dar uma guloseima a um cão, outro apercebe-se, e corre para junto de nós. Empurrando o que já lá estava, ganha posição. Caso não haja reacção, temos aqui um sinal de dominância, apenas detectado numa situação fora da rotina.
Foi referido como um disparate, que um sinal de dominância, é ver quem passa primeiro a porta. Poderá não ser, dependendo da razão que os faz passar a porta e o que acontece após essa passagem. Se estivermos a falar de cães que passam uma porta para ir brincar, pois é capaz de não fazer muito sentido.
Comigo, nenhum cão passa primeiro uma porta do que eu. Inicialmente, não era assim. Por vezes, até era derrubado quando vinha a “cavalaria”. Ao serem repreendidos após a sua passagem, hoje aguardam pacientemente que eu passe. Entre eles, criaram (frequente na maior parte das vezes) uma ordem de passagem: Stuka (femea) - Panzer (macho) - Pulga (fêmea).
Fiz uma experiência, entre as cadelas, que foi o seguinte:
Coloquei no exterior, um comedouro com comida, enquanto elas aguardavam (a ver) na cozinha. Inicialmente, após ordem minha, saíam as duas em simultâneo completamente eufóricas. Quem defendia o comedouro, neste caso a cadela Rottweiler, passou em experiências seguintes a defender a passagem da porta. Sempre que a pulga se aproximava, no sentido de estar pronta para a “partida”, a Stuka eriçava-se rosnando.
Hoje ao passarem as portas, só de pensarem que há algo para disputarem do outro lado, existe uma ordem passagem. Esta ordem. mantém-se grande parte das vezes, quando os mando para fora de casa.
Obs – Nos vossos empregos, se forem a passar uma porta com o vosso director/chefe, quem passa primeiro?...Pois é... Se reconhecemos “superioridade”, deixamos passar.
No caso das cadelas se montarem umas nas outras quando estão com o cio, tem mais a ver com o instinto sexual do que outra coisa qualquer. A minha cadela Rottweiler monta a Pulga (SRD) e vice-versa. Em condições, fora do cio, tal nunca aconteceu e quem manda é a Stuka. Nos machos já não será assim. O macho que é montado, “jamais” ousará montar o outro. Embora, algumas vezes possamos estar a falar de desvios sexuais, este método de mostrar dominância, é comum a outros animais.
A minha cadela Pulga (SRD), tem sempre que urinar por cima do local onde o meu cão e a outra cadela fazem, no entanto ela é (entre eles) a última do grupo. Este comportamento é um sinal de dominância, contudo neste caso, deve ser mais psicológico que outra coisa qualquer.
Resumindo, os cães domésticos dado não viverem em estado selvagem, muitas vezes tem alguns comportamentos mais por influencia dos seus antepassados do que por uma razão aparente.
Dominância e hierarquia
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há coisas que me deixam doida com estes cães e muito em especial quando se trata de petiscos. lá de vez em quando, dou-lhes comida de lata ou comida feita. ambos são doidos por essas coisas. quase que se atiram a mim mal me vêem pronta a dar-lhes esses manjares. hoje, por exemplo, dei-lhes uma lata ao jantar. foi o fim do mundo. entraram numa luta que tive de os separar para comerem. é só isto o que eu vejo em termos de grande agressividade entre eles. mas o max deve ser doido por essa comida, porque mesmo com o prato vazio, mete lá o focinho e até lambe o chão.
anjaazul
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