Bons dias felinófilos! Vivam os gatos europeus comuns e os abissínios!

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Moderador: mcerqueira

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Quem tem abissínios?

Votação encerrada em terça mar 15, 2005 5:16 am

Eu! :-)
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nop ;-(
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nuno57
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segunda mar 14, 2005 5:16 am

Serve isto para me apresentar.

Olá!

Tenho duas gatas, inteiras, uma preta, europeia comum, com 5,5 anos, e outra abissínia usual/selvagem (aparentemente), com quase 2 anos.
Já pensei em castrar as duas - esteve por um fio -, mas sempre tive pena, pois gostariam de certeza de ser mães :-). Agora, tardiamente este ano, tal como o mundo animal, começaram a entrar a em cio.
Se em relação à preta, de seu nome "Cuca" (ou "Cuca Maria") tenho sérias dúvidas em cruzá-la e penso em tratá-la, visto que é sempre difícil dar/adoptar gatos "rafeiros" em relação à outra não penso tanto assim.

Com efeito, a Pirolita, como é a sua graça, é uma gatinha bem bonita, que tem tudo (aparentemente) de Abissínia selvagem ou usual e que tive a sorte de me sair na União Zoófila quando para lá perguntei a pedir uma gatinha tigrada. Pois, uma senhora tinha acabado de lá deixar a última e mais pequenina de uma ninhada. Todos os meus amigos achavam, e ainda acham, a pelagem invulgar e foi a minha filhota que num calendário com gatinhos de várias raças verificou que a Pirolita era igual a uns que lá estavam e que eram denominados de Abissínios. Nem pensei que houvessem tais bichos, Consultei um guia de gatos que a minha filhota tem e éne sítios na Internet. De facto parece-me ser uma abissínia selvagem/usual. O meu (delas) veterinário diz que deveria ter talvez o focinho mais comprido (mas ele confessa que nunca viu um abissínio ao vivo). Ela, a Pirolita, tem de facto o focinho (para além das orelhas e das patas) mais comprido que a Cuca.

Ora bem, "não desfazendo na Cuca", que é como sabem a minha linda gata preta rafeirodes (bem, na verdade a Cuca é um pouco rodas baixas e às vezes tem algum mau feitio...), desde que a Pirolita entrou em cio este ano, não me sai da cabeça a possibilidade de a cruzar com um outro abissínio da mesma côr, i.e., "usual". Com efeito, não só gostava de fazer criação destes gatos, pois trata-se de uma raça lindíssima, elegantíssima, simpatiquíssima e outros íssimos, como sem dúvida que há poucos gatos destes no país e logo não será grande a dificuldade de "escoamento" das crias, cujas ninhadas até nunca são grandes, de 2-4. Estive a ver fotos de gatos selvagens africanos (Felis silvestris, grupo lybica), e de facto eles - sendo por norma menos listados que os gatos selvagens europeus (Felis silvestris, grupo silvestris), e com variedades mais adaptadas a condições mais áridas, logo com outras tonalidades e mais pequenos -, são os gatos selvagens mais parecidos com os abissínios (ou vice-versa?), nas tonalidades, listas (menor nº aparente), na forma (mais esguios) e dimensão do animal (mais pequenos).
De facto, os abissínios e nomeadamente os "usuais" e/ou "azuis" parecem ser os gatos mais parecidos com o ancestral selvagem que lhes deu origem, como vem referido em muito lado. Os europeus tigrados (e outros de raças apuradas), de que gosto muito também, diga-se, serão já mais próximos do gato selvagem europeu, descendentes directos deste e/ou de cruzamento com as formas lybica.
Ou seja, daí o meu crescente fascínio em querer criar abissínios selvagens/usuais, pois não só relembram bem os seus ancestrais, como são gatos lindíssimos. Note-se: o seu dorso castanho-dourado, com uma faixa negra ao longo do dorso, desde a cabeça à ponta da cauda; o seu peito beje/castanho, com castanhos-fulvos vivos (praticamente alaranjados) para o ventre; as riscas ou barras (taddy) negras nas patas e na parte terminal da cauda, que, tal como nos gatos bravos, termina em ponta negra; a "máscara" bonita na cabeça e focinho; o focinho nem demasiado curto nem comprido; as orelhas grandes não arrendondadas, que nalguns exemplares chegam a ter penachos com os linces; as pernas elegantes e altas. Isto para não contar com a sua grande agilidade e capacidade trepadora, o seu gosto em brincar com a água e de não a temerem (ou pelo menos não a detestarem tanto como os europeus comuns ), e principalmente com a sua simpatia, a facilidade com que brincam, lambuzam ou fazem ronron (pelo menos a minha Pirolita! :-) ).

Vivam os abissínios! (claro, não desfazendo nos europeus comuns e nos outros :-) ). Vivam os abissínios!
Não quero saber se a minha tem pedigree, LOP, ou se é puríssima (aliás penso o mesmo para as minhas duas)! Gostava de criar abissínios selvagens/usuais, é só!. Logo, se alguém tiver um gato abissínio que se disponha a deixá-lo namorar a minha Pirolita é bem vindo para conversar-mos.
Até lá, um abraço a todos.

Nuno

PS: entretanto vou deixar esta mensagem também no Forum dos Abissínios
:lol: :lol:
leonildecarvalho
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segunda mar 14, 2005 9:53 pm

nuno57 Escreveu: Não quero saber se a minha tem pedigree, LOP, ou se é puríssima (aliás penso o mesmo para as minhas duas)! Gostava de criar abissínios selvagens/usuais, é só!. Logo, se alguém tiver um gato abissínio que se disponha a deixá-lo namorar a minha Pirolita é bem vindo para conversar-mos.
Até lá, um abraço a todos.

Nuno

PS: entretanto vou deixar esta mensagem também no Forum dos Abissínios
:lol: :lol:

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Leo
<p>Desejo a mesma sorte, que a triste sorte dos animais que nao sejam ajudados por quem nao deixa que se os ajude. Autor desconhecido</p>
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<p>Regurgito nas postas de pescada dos arrotadores. Autor desconhecido</p>
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nickie
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segunda mar 14, 2005 11:15 pm

Não vou copiar o seu texto ou parte dele para colocar um boneco besta rindo logo abaixo, sem palavras, sem comentários...

Acho que o seu esforço, em termos, é válido. Você está cheio de amor e orgulho das suas gatas. Parabéns :!:

Há raças ou misturas de muitas raças, cada qual com características diferentes e especiais, às quais nos apegamos, nos apaixonamos, e tentamos convencer os nossos parentes, amigos, conhecidos, etc, de que estes são os mais lindos, os mais amigos, os mais qualquer coisa...
E são. Amamos os nossos animais a todo vapor, com todo amor, e eles merecem, apreciam, necessitam do nosso amor.

Agora, quando falamos na procriação dos nossos queridos amigos, temos de considerar uma série de factores. Um criador consciente estuda bem as características do seu animal em relação à raça, tentando buscar as melhores qualidades da raça. Desde o aspecto geral até ao instinto natural de cada raça, todos os pontos devem ser considerados.

Já é muito dificil criar os animais conforme os padrões estabelecidos pela raças em si (FiFe).

Para procriar animais pelo bel-prazer (quase todas as mulheres gostariam de ser mãe.... ), e depois ter dificuldades para encontrar donos fiéis para os bebês, sinceramente não vale à pena. Há tantos gatos à procura de donos nas Associações Protectoras de Animias, gatinhos que nasceram vai saber por que, e que alguma alma caridosa conseguiu recolher para ver se conseguem ter um dono. Mais vale apoiar estas instituições financeiramente e, principalmente, tentar ajudar a encontrar um lar para estes gatitos.

Uma dica de amigo: esterilize as suas gatas. Elas não se lembrarão do cio, você dormirá mais sossegado, e não haverá mais gatitos à procura de novos donos.

HÁ TANTOS GATINHOS A PRECISAR DE DONOS!
nuno57
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terça mar 15, 2005 5:56 pm

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Última edição por nuno57 em terça mar 15, 2005 6:33 pm, editado 2 vezes no total.
nuno57
Membro Júnior
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terça mar 15, 2005 6:26 pm

Boas tardes
Sempre me fascinou a hipótese de criar, reproduzir animais, à margem de regulamentos bestas determinados por instituições que visam interesses lucrativos em grande parte das vezes. Só encaro seriamente aqueles que visam o desenvolvimento de standards para raças autóctones, mesmo que acabem por arrastar fins lucrativos especulativos, p.ex. de standards para a conservação das nossas tradicionais de cães, cabras, etc.
Infelizmente, no mundo da criação e apuramento de novas formas de animais domésticos, acabam-se por criar aberrações ao gosto dos caprichos de alguns criadores e de habitantes das grandes cidades: animais minúsculos, ou atarracados, sem pelo ou com demasiado pelo, sem focinho ou quase, com taras genéticas tal é o inbreeding a que os forçam, etc. Estes sim, são animais cuja sobrevivência se torna completamente dependente do Homem.
Em relação aos gatos rafeiros (os chamados europeus comuns), de facto não faz sentido reproduzi-los, pois o que não falta para aí nas ruas são gatos desses. Mas tão pouco sou fundamentalista: os gatos da rua, que nasceram e vivem num estado semi-selvagem, sem dono, morrem que nem tordos e vivem sozinhos, apenas com os outros gatos. Com os verdadeiros gatos selvagens, no campo, é a mesma coisa, pois estes também morrem e em geral vivem menos tempo: atropelados (até os linces ibéricos em Portugal e Espanha!), predados (sejam adultos ou juvenis), de fome (principalmente os juvenis ou quando o habitat é alterado), de doença, etc.
Faz impressão visitar um centro de acolhimento de animais (cães e gatos na maior parte das vezes). Muitos deles são animais que nasceram em casa e depois são abandonados na rua, para aí deitados sem para isso estarem adaptados, devido aos caprichos de quem vai de férias e não tem onde os deixar, dos caçadores que logo na primeira época de caça verificaram que afinal o seu cão não é um bom cão de caça. Isto é também uma aberração, mas do comportamento dos donos.
Um gato (um cão, etc), não precisa de dono, de alguém que os adopte, salvo as aberrações criadas pelos Homem. Contudo, desde que sejam adoptados, então sim, devem ser tratados o melhor possível pelos donos, em particular com carinho.
Como disse, sempre me fascinou a possibilidade da reprodução com sucesso de qualquer animal, em particular os selvagens, sejam eles mamíferos, peixes ou aves.
Quanto aos gatos, gosto de gatos tigrados pois lembram os seus ancestrais, sejam estes o selvagem europeu ou o africano, para além de para mim serem os mais atraentes. Gostos! Tenho por acaso um abissínio (para além de uma rafeira preta), com o fenótipo usual (puro ou não, tanto faz), e gostava que se reproduzisse (aliás já pensei fazer isso com a europeia, mas o problema é arranjar futuros donos para as crias). O facto de não existirem muitos abissínios facilita a adoptação de parte da ninhada, que nunca é grande. Persas, noruegueses, siameses, etc, esses há éne.
Desde que exista alguém que os adopte e os trate bem, vale a pena criar, reproduzir e apurar animais, esta é a minha opinião. Não ensejo criar abissínios por serem de raça, mas sim por serem bonitos e esta variedade ter uma pelagem e um comportamento que os aproxima dos originais. Claro que o facto de serem pouco comuns é também um aliciante.
O que está em jogo não é a criação em massa, em jaulas de jardim, para venda, de gatos de elevado status, de excelente e comprovado pedigree ou LOP. Tanto mais que não estou preso a instituições que certifiquem os padrões de uma raça ou não (ou alguém acha que sim?). Quero fazer pelo gozo de conseguir ter ninhadas, de conseguir ter animais com as características que bem entendo. Faço porque gosto do que faço (como na vida em geral) e porque gosto de animais, sempre, do modo como sou capaz. Tenho animais em casa por que gosto, crio animais porque gosto e quando tenho condições. E, neste caso, por se tratar de uma variedade que é pouco vulgar (abissínios), quem gosta de gatos de certeza que quer levar um destes para casa (eu bem vi na União Zoófila quando fui buscar a minha gata, em que toda a gente a queria levar por ser tão bonita e meiga como já era).

Agradeço a sua simpática e cordial opinião, Nickie, que é diferente da minha, mas é a sua. Quanto à Leonilde, enfim, não acrescentou nada ao tema, apenas um boneco que não é dela e uma citação parafraseada de outro. A vulgar presunção pseudo-intelectualoide, sem ser infrequente, aparece de vez em quando, sarcástica mas sem conteúdo.
Um abraço,
Nuno
mirkinha
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terça mar 15, 2005 7:19 pm

olá,

acabei de adoptar uma gatinha de 3 meses, a cor do pêlo é sorrel ( dourada) na verdade, parece mesmo uma leoa em miniatura.

é linda e super meiguinha, o que mais estranhei foi a grande facilidade como entrou aqui em casa ( ainda não fez 24h) e parece que sempre aqui viveu e nos conheceu.

é de facto uma raça linda, não sei muito sobre o comportamento, mas espero conseguir obter mais informações aqui nos sites e na net.

beijokas para todos os amantes de gatos, sejam eles de raça ou não
:o)
Kathleen
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terça mar 15, 2005 9:11 pm

Olá,

Nuno, antes de lhe fazer algumas perguntas, vou dizer-lhe desde já o que penso da criação de animais.
Acho que Criador é quem cria por amor à raça, para tentar obter bons exemplares e exemplares saudáveis, não que cria por dinheiro. Os animais devem ter registo e despeite de doenças quando são comprados. Sou contra a venda em lojas.

Isto de uma forma muito simples.

A dúvida com que fiquei do que li é esta, está a pensar apurar uma nova raça? É essa a sua ideia? ir cruzando até obter o tipo de gato que pretende?

bejokas
Kathleen
nuno57
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quarta mar 16, 2005 2:58 am

Olá Kathleen

A minha gata tem, em termos de pelagem, características de abissínio selvagem, devido ao acentuado das suas marcas tabby nas patas e pescoço. Alguém que é especialista, e que não estou autorizado a mencionar aqui, disse-me que é abissínia sem dúvida e que certamente os pais tinham LOP. Não sei se é descendente de abissínios selvagens se de abissínios , lièvre/usual/ruddy, onde as marcas tabby tornaram a aparecer, apesar dos esforços de apuramento para as retirar. Pessoalmente, acho mais bonitos os gatos com estas marcas tabby e, segundo li, em Itália há gente que reproduz abissínios selvagens.
Tenho esta gata há quase dois anos e, sem desprimor nenhum à minha outra gata preta, acho esta gata uma maravilha, bonita, com um temperamento muito dócil e ao mesmo tempo muito engraçado -sui generis inclusive: "Trepa e salta com facilidade para qualquer sítio, anda e equilibra-se bem nas cordas do estendal da roupa (que está dentro da marquise da cozinha), gosta e brinca com água (aliás, parece ter as membranas interdigitais mais largas que a minha gata comum), etc.".

Sim, por tudo isto (e porque gostaria de ter ninhadas em casa), porque gosto muito da gata e da "raça", gostaria de criar estes animais, nomeadamente com a pelagem que esta tem, com as marcas tabby que nos abissínios se procura eliminar.
É pelo gozo de conseguir apurar e/ou manter uma linhagem onde estas marcas se mantenham, numa variedade que nem sequer é nova, bem pelo contrário, pois ela já existe na forma do abissínio selvagem. Quanto ao destino das crias, devido às características do animal - a sua pelagem pouco usual e lindíssima e o temperamento ultra dócil -, penso que não será difícil alguém querer adoptá-las, doando-as ou vendendo-as. Naturalmente que o dinheiro dá sempre jeito, sejamos sinceros, nomeadamente o mínimo para cobrir as despesas.

Também, sinceramente, o registo não é coisa que me preocupe, pelo menos para já. Preocupam-me naturalmente os problemas de inbreeding e sei que o registo ajuda a controlar as proveniências, etc. Mas para já...
Naturalmente que as minhas gatas são observadas e vacinadas pelo veterinário e naturalmente também as crias. Ah, estes gatos tem outra vantagem: minimizada que seja a consaguinidade, são em regra saudáveis, resistentes, tal como o europeu comum.

É simplesmente isto, vontade de os criar pelo gosto, pelo gozo (Só não cruzei a Cuca, a gata preta europeia, porque teria dificuldade em doar as crias, mas que gostava de a ver ter e cuidar de uma ninhada, isso gostava). O veterinário (meu amigo) e outras pessoas têm-me desmotivado a não ter criações, mas ... é quase irresistível.

Um abraço e até outra vez,

Nuno
Kathleen
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quarta mar 16, 2005 9:58 am

Olá

Conheço os Abissinios e alguns criadores desta raça, são animais magnificos e com um temperamento incrivel. Não faço ideia se existe um Abissinio Selvagem reconhecido ou não e pouco sei da raça.

Se tem um gato sem registo sabe que ele acaba por ser considerado um SRD por mais que lhe digam que deve ser puro. Mas, percebo a sua questão. Se pensa de facto inciiar a criação de uma "nova" raça, informe-se bem sobre como apurar as características que pretende e vá vendo tudo o que é necessário. Hoje em dia é complicado que novas raças sejam aceites, mas sendo a que pretende uma variação da existente talvez seja mais simples.
Eu não concordo que se crie só por criar, uma vez que tantos animais precisam de uma família, mas cada um faz o que quer com os seus animais.

Se quer levar a sua ideia em frente desejo-lhe boa sorte e gostava de depois ver os resultados ;)

Beijokas
kathleen
nuno57
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quarta mar 16, 2005 4:34 pm

Olá kathleen

Obrigado, sempre, pelas suas opiniões/sugestões.
Não sei muito de genética, mas aprender não custa.
De acordo com o Guia "Gatos", da colecção "Segredos da Natureza", editado pela Bertrand e da autoria de David Alderton (cf. pág. 233), existe já uma raça de abissínio selvagem, sem pedigree. Está a ser apurada nos EUA e em Itália. O exemplar que é mostrado no guia é o que vem por exemplo no site "http://tucka.t35.com/guiaderacas/pelocu ... lvagem.htm".

No fundo, é em termos de pelagem muito parecido com um abissínio lièvre/ruddy, mas com marcas tabby nas patas e no pescoço, tal como a minha gata, só que, segundo o Guia, um pouco maior. O apuramento das cores dos abissínios, incluíndo o lièvre/ruddy, procurou eliminar as tais marcas tabby que referi. Não sei se o alelo responsável por estas marcas é dominante ou não. Deve ser, pois ele é característico dos animais mais primitivos. A frequência é que já deve ser baixa nos animais que os criadores possuem e que criam abissínios típicos. Mas de vez em quando manifesta-se, dependendo dos animais que se cruzam (se é recessivo não sei, mas o que é certo é que um dos progenitores que deu origem à Pirolita deve ser heterozigótico neste aspecto, não sei - é preciso estudar ou diga-me alguém se estou errado).
Quando se manifesta esse gene dá origem a abissínios de pelagem muito parecida com a da minha gata e também com as dos tais abissínios selvagens, todos (e unicamente) da forma lièvre/ruddy/usual, como lhe queiram chamar. Tão pouco sei se ela é hetero ou homozigótica nesse aspecto, se o gene é recessivo ou não. Só experimentando se verá e o ideal era com outro animal com as mesmas caracteristicas de pelagem.
Era esta pelagem que gostava de criar, com marcas tabby nas patas e pescoço, mais próximos do ancestral (de acordo com o que consultei os primeiros abissínios que chegaram a Inglaterra seriam assim).
Calculo o que seja um SDR, mas de momento não estou preocupado com isso. Quero fazê-lo pela curiosidade, por que me dá gozo, porque gosto desta pelagem (mais selvagem e menos uniforme) e não procuro compromissos, comigo ou com alguém, pelo menos à partida. Pelo gozo da experiência, pelo gozo de gostar de animais e de os criar.

Um abraço,

Nuno

[img]http://abissinioselvagem001.htm_http://tucka.t35.com/guiaderacas/pelocurto/abissinioselvagem.htm[/img] (alt+p) Decididamente não sei colocar imagens aqui.
Kathleen
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quinta mar 17, 2005 9:00 pm

Ola,

Eu percebo a sua ideia, só lhe deixo algun consehos:

*Procure ter donos e bons donos para os gatinhos que nascerem;
*Veja os gatos que escolhe para que o temperamento extraordináio dos abissinios não se perca
*Quando encontrar o gato que quer tente registar a raça, ou variante dela, ou caso contrário vai estar sempre a criar mais gatos sem raça definida (SRD).

Depois quero ver os resultados.

Não consigo aprovar a 100% a sua ideia, mas consigo perceber. De qualquer forma não me cabe a mim fazer juizos de valor, apenas posso dar uma opinião.

Boa sorte
Kathleen
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